domingo, 30 de abril de 2017

BANDINHA DE LATA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
“Trovão” era um moleque terrível, tanto na escola como na igreja, dentro de casa e fora na rua. A professora não podia com ele, pois bagunçava tudo, virando as coisas de pernas para o ar.Um dia ele inventou de formar uma bandinha de lata. Todos concordaram. Cada um bolou um instrumento. Rosinha e Carlinhos fizeram chocalho com latinhas de óleo e cerveja. Rita arrumou uma corneta velha. Beto conseguiu um bumbo de verdade. Pelezinho achou no ferro velho uma tampa de latão que fazia um barulho danado. Começaram os ensaios. Aí a coisa enguiçou. Logo no primeiro dia alguns engraçadinhos começaram a avacalhar tudo. Trovão quis organizar mas ninguém o levava a sério, pois era o primeiro bagunceiro. Um batia lata fora de hora, outro marchava errado, aquele outro dava cambalhotas. Só para bagunçar. Aí a Carla, que gozava de liderança perante o grupo, falou forte:
- Gente, essa bandinha não é do Trovão. Ela é nossa. Vamos gostar do que é nosso. É preciso ter moral. Quem sai perdendo somos nós.
A coisa entrou nos eixos. O ensaio correu bem. A bandinha não era só dele, mas de todos. Quembagunçava, prejudicava-se a si e aos colegas. Trovão também aprendeu que a aula não era dele, mas de todos. Por isso parou de atrapalhar. 
Oração da Bíblia: Quem quiser fazer-se grande no meio de vós, será vosso servidor... (Mt 20,26).
ORAÇÃO: Senhor, eu não estou sozinho no mundo, não sou o dono e nem o centro das atenções. Que eu respeite quem dorme, que sofre num leito de dor, quem trabalha, quem estuda e mesmo quem se diverte. Que eu respeito os menores do que eu. Amém.
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Homilia do 3º Domingo da Páscoa (30.04.17)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
“Ele está no meio de nós!” 
Testemunhar a Ressurreição
            O Tempo Pascal celebra Jesus vivo que se manifesta aos discípulos. Há sempre a tensão entre o crer e o ver. Não é preciso ver para crer, e sim, crer para ver. Os discípulos creram e puderam ver. Essa afirmação é muito forte nos discursos de Pedro. Este discurso afirma que “Deus ressuscitou Jesus, libertando-O das angústias da morte, porque não era possível que ela O dominasse” (At 2,24). Prova pelas palavras da profecia de Davi e conclui: “Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos somos testemunhas. E agora, exaltado à direita de Deus, Jesus recebeu o Espírito Santo que fora prometido pelo Pai e o derramou como estais vendo e ouvindo” (At 2,32). A prova não é só a profecia, mas a própria manifestação do Espírito naquele dia de Pentecostes. Os discípulos foram privilegiados por verem Jesus, tocá-Lo, comer e beber com Ele depois da Ressurreição. Ver pela fé vai além do crer porque tocou. A comunidade tem consciência da salvação que lhe foi dada pela morte e ressurreição de Jesus. Pedro, no dia de Pentecostes, anuncia corajosamente que Aquele morto estava vivo e fora glorificado por Deus. Podemos entender o vigor da pregação dos apóstolos e o resultado pela experiência que tiveram do Ressuscitado. Essa experiência falta em nossas comunidades. Onde se baseia sua fé? Por que não existe vigor apostólico? A narrativa do encontro de Jesus com os discípulos que iam para Emaús é a explicação que conforta os discípulos que não têm mais a presença física de Jesus. João dá o consolo e mostra onde Ele se encontra.
Onde está Jesus?
Dois discípulos iam juntos para uma aldeia chamada Emaús. “Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido”. Jesus aproxima-se e entra na conversa. Onde está Jesus? Na fraternidade na qual caminhamos juntos. Um é apoio ao outro. Este apoio é um modo da presença de Jesus. Os sinais dos tempos, os acontecimentos da vida são outra presença de Jesus. O mundo que está diante de nós é uma presença de Jesus que nos convida a tomar parte e dar-lhe uma direção.“Jesus explica as Escrituras” e mostra como sua Paixão, Morte e Ressurreição estavam já previstas na Palavra de Deus.  Esta Palavra é uma presença preciosa de Jesus que nos orienta, esclarece e nos encaminha. A Palavra ouvida, refletida e vivida na comunidade é uma presença clara de Jesus. Um plano pastoral pode tomar esses quatro momentos e estabelecer um processo de fraternidade como ponto necessário na vida da comunidade. A comunidade não pertence ao mundo, mas vive nele, por isso é preciso estar atenta aos sinais dos tempos. Pastoral é um processo atual. A comunidade se orienta a partir da Palavra que vai conduzir à Eucaristia e anunciar.
Fica conosco, Senhor!
Chegando à aldeia convidam Jesus: “Fica conosco, Senhor, pois se faz tarde e a noite já vem chegando”. Nos momentos escuros da vida, esta presença é tão confortante! “Quando estavam à mesa, Ele tomou o pão, abençoou-o partiu e distribuiu. Então seus olhos se abriram e reconheceram Jesus”. Outra presença de Jesus é a Eucaristia na qual partimos o pão e o repartimos entre nós pela comunhão. Ele sempre faz parte de nossa vida e “faz arder nosso coração quando fala conosco”. O reconhecimento da presença de Jesus faz de nós missionários. “Eles se levantam, mesmo de noite e voltam a Jerusalém para anunciar aos outros”. Conhecer a presença de Jesus é a razão de anunciá-lo. Esta resposta de Lucas à comunidade é uma proposta de caminho para a Igreja.
Leituras: Atos 2,14.22-33; Salmo 15;1Pedro1,17-21;Lucas 24,13-35 
1.    Após Pentecostes os discípulos anunciam com vigor a ressurreição de Jesus. Eles são testemunhas que Deus O ressuscitou, deu-lhe o Espírito para ser derramado sobre todos. 
2.      A narrativa de Emaús quer indicar aos discípulos que Jesus continua presente de diversas modalidades. Continua presente em nossas comunidades. 
3.      A presença privilegiada de Jesus na Eucaristia leva os discípulos a anunciar, na noite. 
            Não era conversa fiada 
Depois da vinda do Espírito Santo os apóstolos pregavam com muito entusiasmo. Sabiam o que havia acontecido com eles no momento em que foram inundados pelo Espírito.
A maior força era a certeza da presença de Jesus no seu meio. Ao ir para o Céu, disse: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Essa cena tão preciosa dos discípulos que iam para Emaús, esclarece como entendiam a presença de Cristo.

Temos quatro tipos de presença: a unidade na presença fraterna, pois iam juntos; os sinais dos tempos analisados a partir de Cristo; Jesus está na Palavra, pois Jesus lhes explica as Escrituras; e a presença mais significante, no partir do pão, isto é, na Eucaristia.  Assim podem voltar na noite, na clara noite da lua brilhante, para anunciar aos outros. Deve ter sido uma delícia esse encontro. E a conversa não era fiada.

EVANGELHO DO DIA 30 DE ABRIL

Evangelho segundo S. Lucas 24,13-35.
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes. «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja 
Homilia 23; PL 76, 1182 
«Não vos esqueçais da hospitalidade» (Heb 13,1)
Dois dos discípulos caminhavam juntos. Eles não acreditavam, e no entanto falavam sobre o Senhor. De repente Este apareceu-lhes, mas sob uns traços que não lhes permitiam reconhecê-Lo. [...] Convidam-no para partilhar da sua pousada, como é costume entre viajantes [...] Põem a mesa, apresentam os alimentos, e descobrem a Deus, que não tinham ainda reconhecido na explicação das Escrituras, na fração do pão. Não foi portanto ao escutarem os preceitos de Deus que foram iluminados, mas ao cumpri-los: «Não são os que ouvem a Lei que são justos diante de Deus, mas os que praticam a Lei é que serão justificados» (Rom 2,13). Se quisermos compreender o que ouvimos, apressemo-nos a pôr em prática o que conseguimos perceber. O Senhor não foi reconhecido enquanto falava; Ele dignou-Se manifestar-Se quando Lhe ofereceram de comer. 
Ponhamos pois amor no exercício da hospitalidade, queridos irmãos; pratiquemos de coração a caridade. Diz Paulo sobre este assunto: «Que permaneça a caridade fraterna. Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos» (Heb 13,1; Gn 18,1ss). Também Pedro diz: «Exercei a hospitalidade uns para com os outros, sem queixas» (1Pe 4,9). E a própria Verdade nos declara: «Era peregrino e recolhestes-Me». [...] «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,35.40) [...] Apesar disto, somos tão preguiçosos diante da graça da hospitalidade! Avaliemos, irmãos, a grandeza desta virtude. Recebamos Cristo à nossa mesa, para que possamos ser recebidos no seu festim eterno. Demos agora a nossa hospitalidade a Cristo que no estrangeiro está, para que no dia do julgamento não sejamos como estrangeiros que Ele não sabe de onde vêm (Lc 13,25), mas sejamos irmãos que em seu Reino recebe. 

Beata Rosamunda, esposa e mãe – 30 de abril

 
Figura medieval com dama e guerreiro
      Rosamunda de Blaru, esposa de João, senhor de Vernon, foi a mãe de Santo Adjutor a quem deu uma esmerada educação cristã. João de Vernon e Rosamunda tiveram vários filhos: Adjutor, Ricardo, Mateus, Anzeray e uma filha cujo nome não se conhece. João e Rosamunda eram conhecidos por sua grande piedade e caridade. Rosamunda particularmente foi mesmo honrada com o título de beata.
     Quando João de Vernon faleceu, em 1094, seus domínios passaram para seu filho mais velho, Adjutor, que fora educado por São Bernardo, Abade de Tiron, na observância estrita da religião Católica.
     Em 1095, Adjutor partiu para a Terra Santa com duzentos cavaleiros para participar na 1ª Cruzada, deixando seus domínios nas mãos de seu irmão Mateus. Acompanhava-o seu irmão Ricardo. Próximo de Antioquia, estes valentes defensores do Cristianismo foram cercados por mil e quinhentos infiéis ameaçadores. Adjutor invocou Santa Maria Madalena, por quem a cidade de Vernon já tinha grande devoção, e subitamente os infiéis foram vítimas de uma violenta tempestade e fizeram meia-volta. Muitos tombaram sob as flechas dos homens de Adjutor.
     Tendo sido vítima de uma emboscada em Tambire, foi capturado, lançado numa prisão, carregado de correntes, duramente pressionado para renegar sua fé. Novamente Adjutor recorreu à sua Santa Protetora e foi miraculosamente transportado para Vernon, após ter ficado ausente por dezessete anos. O fato foi constatado pelo bispo Hugues de Rouen, mas uma hipótese leva a supor que na realidade Adjutor voltou para a França após a vitória de Antioquia.
     Segundo uma legenda, o santo reconheceu com alegria a floresta onde muitas vezes passara horas contemplando e rezando a Deus. Pediu então a um pastor que se encontrava próximo que fosse avisar sua mãe, a Duquesa Rosamunda, que seu filho tinha retornado. Conta ainda a legenda que quando Rosamunda chegou ao local onde fora dito que seu filho se encontrava, este agonizava.
     Após seu retorno, Adjutor mandou construir uma capela em honra de Santa Maria Madalena para agradecer a graça de voltar são e salvo ao seu país. Ele se tornou beneditino na Abadia de Tiron, mas logo preferiu a solidão de sua pequena capela, onde ele passou os últimos anos de sua vida como eremita, recebendo os doentes para lhes proporcionar algum remédio ao corpo e conduzir as almas à alegria de Deus.
     Santo Adjutor faleceu em Pressagny-l’Orgueilleux em 30 de abril de 1131.
     Ele tornou-se um santo muito popular entre os Normandos. Em Blaru, uma fonte milagrosa era o local onde a nutriz de Adjutor lavava suas roupas.
     Quanto a Duquesa Rosamunda de Blaru, como viúva recebeu o véu tornando-se religiosa e após sua morte foi sepultada junto a seu filho. Rosamunda logo foi venerada como beata e é comemorada no dia 30 de abril, junto com o filho, nas Dioceses de Chartres, Evreux e Rouen, no norte da França.
     O túmulo de Santo Adjutor existe ainda nos dias atuais.
Etimologia: Rosamunda = do germânico, “proteção ou protetora (mund) da glória (hroud)”; ou “boca (mund) vermelha (rothe)”.

S. Pio V, papa, +1572

Miguel Guisleri foi uma figura de extrema importância para a vida da Igreja Católica. Nascido em Bosco Marengo na província da Alexandria, em 1504, aos quatorze anos ingressou na vida religiosa entrando na ordem dominicana. A partir daí a sua vida desenvolve-se, pois alcançaria rapidamente todos os degraus de uma excecional carreira. Foi professor, prior do convento, superior provincial, bispo de Mondovi e finalmente Papa, aos 62 anos, com o nome de Pio V. Promoveu diversas reformas na Igreja através do Concilio de Trento, como, por exemplo, a obrigação de residências para bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos Bispos, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos e a censura das publicações. A sua autoridade e prestígio pessoal impunham a sua personalidade de pulso firme e de atitudes rigorosas, como a que tomou em relação à invasão dos turcos, pondo fim aos seus avanços a 7 de outubro de 1571, na famosa batalha de Lepanto. Apesar do seu carácter marcante, apresentava sinais de um homem bondoso e condescendente para com os humildes, paterno, às vezes, e extremamente severo com aqueles que faziam parte do corpo da Igreja. Mesmo sabendo das consequências que sofreria a Igreja, não pensou duas vezes ao excomungar a rainha Elizabete I. Morreu em 1 de maio de 1572. A sua canonização chegaria em 1712 e a sua memória fixada a 30 de abril.

S. José Bento Cottolengo, presbítero, fundador, +1842

Nasceu no dia 3 de Maio de 1786 em Bra, na região de Piedmont, Itália de uma família da classe média e estudou em um seminário em Turim. Ordenou-se em 1811 . Foi pároco em Bra e em Corneliano. Entrou para a Ordem de Corpus Christi em Turim. Foi cânon da Igreja da Trindade em Turim. Uma noite foi chamado a cama de uma mulher pobre e doente em trabalho de parto. A mulher necessitava desesperadamente de ajuda médica mas para todos os lados que ia não encontrava ajuda por falta de dinheiro. José ficou com ela durante todo trabalho e ouviu dela a confissão, deu sua absolvição e a comunhão e a extrema unção. Batizou a pequena criança e os olhava boquiaberto enquanto ambos morriam na cama. O trauma mudou a sua vida e a sua vocação. Em 1827 ele fundou um abrigo para os doentes e pobres, alugando uma casa e enchendo os quartos com camas e procurando homens mulher voluntárias. O local se expandiu e ele recebeu ajuda dos Irmãos de São Vicente e das Irmãs Vicentinas. Durante a cólera de 1831 a policia local fechou o hospital pensando que era a origem da doença. Em 1832 ele transferiu a operação para Valdocco e chamou o Abrigo de Pequena Casa da Divina Providencia. A Casa começou a receber apoio e suporte e cresceu em asilos, orfanatos, hospitais, escolas, casa de aprendizado para pobres e capelas. Vários programas para o pobres, doentes e necessitados de todos os tipos foram criados. Esta pequena Vila dependia totalmente das almas caridosas e José não aceitava ajuda oficial do Estado. A casa ainda funciona até hoje, servindo a 8000 pessoas ou mais por dia .Ele fundou ainda 14 comunidades para os residentes inclusive as Filhas da Companhia do Bom Samaritano , Os Eremitas do Santo Rosário e os Padres da Santíssima Trindade. Faleceu em 30 de abril de 1842 de tifo em Chieri, Itália. Foi canonizado em 1934 pelo Papa Pio XI. Sua festa é celebrada no dia 30 de abril.

30 DE ABRIL - A CIDADE DOS ENFERMOS

Uma pobre mulher está morrendo porque não conseguiu internação. Os filhos choram junto ao leito da agonizante. Pe. José Bento Cottolengo (1786-1842) assiste a esta cena confrangedora sem poder fazer nada. Mas tomou uma resolução: tudo faria para que tais cenas não se repetissem. Vendeu o pouco que tinha, inclusive a capa, alugou alguns quartos e começou sua obra de assistência. A quem confiar esta obra? Sim, à Divina Providência. O ministro do rei se ofereceu para patrocinar o arrojado empreendimento. Pe. Cottolengo respondeu que não era preciso, pois já possuía um bom padrinho. E apontou para o que escrevera no frontispício: Piccola Casa della divina Providenza. Hoje esta casa virou uma cidade dentro da grande Turim. Abriga mais de oito mil doentes, atacados de todas as enfermidades. Nos duzentos e cinqüenta anos de existência, nunca foi preciso pedir esmola nem criar fundos para manutenção. Quem cuida é a Divina Providência. Deus Pai continua mantendo o contrato até hoje. Em troca, os internos se revezam dia e noite, em adoração perpétua, nas diversas capelas existentes nessa imensa “Casa da Caridade”. Muitas entidades caritativas inspiraram-se nesta obra, entre elas, a conhecida “Vila São Bento Cottolengo” em Trindade,GO.. 
Outros santos: São Pio V
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – 3º Domingo da Páscoa – Santos: Pio V, Lourenço de Novara, Sofia. 
Evangelho (Lc 24,13-35) “Enquanto conversavam e discutiam, Jesus aproximou-se e começou a caminhar com eles. Mas, como cegos, não o reconheceram.” 
Muitas vezes me perguntei porque os dois discípulos não reconheceram Jesus. Penso que aí temos uma demonstração do respeito e da delicadeza do Senhor. Discreto, não queria impor-se a eles. Aproximou-se, conquistou sua simpatia, informou-se, procurou conhecer quais eram seus sentimentos e preocupações. Só depois começou a lhes falar, e conquistou-os. Depois eles diziam: “Não ardia o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” O mesmo faz Jesus conosco. Invisível, discreto, a nos convidar sugerindo ideias e passos, ele caminha conosco respeitando nosso ritmo. Como às vezes há muito ruído na estrada, precisamos prestar atenção para o ouvir, e deixar que aos poucos nos leve a acompanhar o ritmo de seus passos. 
Oração
Senhor Jesus, vejo que tivestes carinho especial por esses dois a caminho de Emaus; parece que com os outros não ficastes tanto tempo. Não consigo imaginar por quê. Mas também não sei explicar o carinho e o cuidado que tendes comigo. Olho para o passado, para caminhada feita, e dou-me conta de vossa companhia. Vossa presença a meu lado explica meus acertos e avanços, e também os desvios que evitei, e a volta apressada dos que tomei. Agradeço tanta atenção, as ajudas no momento certo, as inspirações que me ajudam a ir adiante. Continuai comigo, Senhor, porque o caminho é cheio de surpresas, e nem sempre nos basta o que aprendemos no passado. Convosco a meu lado, espero continuar alegremente o caminho, apesar de tudo. Amém.

sábado, 29 de abril de 2017

29 de abril: FUNDADOR DOS CISTERCIENSES

São Roberto (1027-1110) é um dos grandes fundadores de Ordens Religiosas da Idade Média. Inicialmente pertenceu aos Beneditinos. Eleito Prior, tentou impor certas disciplinas inovadoras, mas nem todos os monges aceitaram. Desgostoso, retirou-se para o deserto de Citeux na França com alguns companheiros fiéis. É tido como um dos fundadores da rigorosa Ordem dos Cistercienses. Dormia-se apenas 4 horas. Todo o tempo restante era dedicado à oração e ao trabalho. O alimento consistia em ervas e raízes. Vivendo naquelas paragens desertas, os monges se dedicaram à catequese e ao cultivo racional da terra. Tanto assim que aquela solidão transformou-se num jardim de comunidades florescentes. Por vontade do Papa e dos monges, ele voltou ao seu primeiro mosteiro beneditino, onde morreu em 1110.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
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OS PRATOS DE CRISTO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Num bairro a 3 km. de Ipati, num pequeno sítio, morava João Ferreira pai de numerosa família. Casal trabalhador e caridoso ao extremo. À hora do almoço a menina Joana arrumava a mesa, colocando sempre dois pratos a mais, para algum pobre que chegasse. Eram “os pratos de Cristo” como diziam. Um dia o farmacêutico do bairro veio trazer uma triste noticia:
Morrera a viúva dona Melânia, deixando oito órfãos. 
Luto e tristeza na casa. João e a esposa dona Ana foram tomar providencias. Após consolar a todos, o casal resolveu pegar dois dos meninos:
- Quem tem 12, pode criar mais dois – disse a esposa. 
E João acrescentou:
- Leve a menina maior para cuidar dos dois. 
O vigário mandou entregar dois orfãozinhos para sua mãe, e os outros três foram logo adotados. Pouco tempo depois chegou o juiz da comarca a fim de conhecer esse casal tão prestimoso. Fez questão de pegar um dos “pratos de Cristo”. Após o almoço deixou um relógio de ouro como presente.Ao nascer Guilhermino, o 13º filho, o juiz fez questão de ser o compadre de batismo. Depois do batizado, foi com o padre vigário até a casa e mandou João assinar uns papéis. Era a escritura de dois terrenos que estava recebendo como presente e recompensa pelas suas boas obras. Dona Maria, esposa do juiz, repetiu mais uma vez: 
- Quem dá aos pobres empresta a Deus. 
Lição para a vida -Â Todos os fiéis viviam unidos e colocavam tudo em comum (At 2,44).
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REFLETINDO A PALAVRA - “Coragem! Não tenhais medo”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA, REDENTORISTA
Mostrai-nos vossa bondade! 
O refrão do salmo revela um desejo profundo de nosso coração: A sede de Deus. Rezamos no salmo: “A minha alma tem sede do Deus vivo, quando verei a face de Deus? (Sl 42,3). Queremos que a bondade de Deus ajude em nossas necessidades. Infelizmente vivemos o imediatismo espiritual. Buscamos Deus só no aperto. Pensamos muito em nós mesmos e em resolver nossos problemas. O que Deus quer é que O busquemos com toda ânsia do coração. Ele nos recrimina pela boca do profeta Jeremias: “Este povo cometeu dois pecados: Abandonou a mim, fonte de água viva e cavou para si reservatórios rachados que não podem reter a água” (Jr 2,13). A sede do coração humano, que busca coisas materiais ou milagres, não encontra satisfação. O povo abandonou a Deus e o profeta Elias procura reconduzi-lo e é perseguido. O zelo que tem por Deus e por suas coisas é para ele motivo de sofrimento. Tendo que fugir, busca refúgio no Monte Horeb onde Deus falara com Moisés. É um símbolo para que nos animemos e subamos ao encontro de Deus. Ele se tornará presente em nossa vida. Também nós temos momentos de dificuldade. Passamos pela mesma experiência de Elias. Caminhamos ao encontro de Deus. Olhemos para a experiência do profeta. Elias não encontrou Deus na confusão, mas na brisa leve. Está a nos indicar que é preciso dar atenção ao modo como encontrar Deus. Numa situação diferente, encontramos Pedro que vai ao encontro de Cristo no meio das ondas, andando sobre as águas. Andou, mas teve medo, pois sua fé era fraca. Mostrou a fragilidade, mas não perdeu a mão de Jesus. Jesus lhe recrimina a falta de fé: “Homem fraco na fé, por que duvidastes?” (Mt. 14,31). 
Ir ao encontro de Deus 
Somos chamados a ir ao encontro de Deus. Como é um mistério acima de nossos sentidos, deu-nos Jesus que é sua imagem visível. O apóstolo João fez a experiência: “Aquele que ouvimos, o que vimos com nossos olhos e nossas mãos apalparam da Palavra da Vida... nós vos anunciamos” (1Jo 1,1). Nós encontramos Deus através da fé, na Eucaristia, na pessoa do outro, nos acontecimentos da vida. Jesus diz a Tomé que exigia tocar para crer: “Felizes os que creram ser ter visto” (Jo 20,28). Cada celebração é um encontro com Deus. Sem esta experiência, não podemos progredir na fé. Vivemos, como Pedro, afundando em qualquer circunstância, ou como Elias, desanimando de viver a fé e pedindo a morte (1Rs 19,4). Deus se manifesta e de tantos modos em nossa vida. É uma questão de tomar consciência desse momento e fazer dele um alimento para a vida. Paulo sofreu por se afastar de seu povo por Cristo, mas soube vencer. 
Senhor, salva-me! 
Jesus, andando sobre as águas, foi confundido com um fantasma. O evangelista alerta o cristão em seus momentos de desespero. Pedro pediu Jesus que provasse que, se era Ele mesmo, permitisse que Pedro andasse sobre as águas. E andou. “Mas, quando sentiu a força do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me’!” (Mt 14,30). A fé em Jesus não é para fazer milagres. Justamente quando é o momento de amadurecer na fé, é que abandonam e afundam, em lugar de colocar em Jesus sua esperança. Milagres são bons. A fé é melhor. https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL

Evangelho segundo S. Mateus 11,25-30.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar». Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa 
Diálogos, 167, 2-3 
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra»
Pai, dou-Vos graças por não terdes desprezado a vossa criatura. Não desviastes de mim o vosso rosto nem rejeitastes os meus desejos. Vós, que sois a Luz, não considerastes as minhas trevas; Vós, que sois a Vida, não Vos afastastes de mim, que sou a morte; Vós, que sois o Médico supremo, poisastes os olhos na minha grande enfermidade; Vós, que sois a pureza eterna, não Vos afastastes das minhas manchas e das minhas misérias; Vós sois o Infinito, eu o nada; Vós sois a Sabedoria, eu a loucura. A despeito das minhas faltas e dos inúmeros vícios que em mim existem, Vós não me desprezastes; sim, Vós, a Sabedoria, a Bondade, a Clemência; Vós, o Bem supremo e infinito. Na vossa luz, encontrei a luz; na vossa sabedoria, a verdade; na vossa clemência, a caridade e o amor do próximo. Quem Vos determinou? Não foram as minhas virtudes, foi a vossa caridade. O amor levou-Vos a aclarar o olhar da minha inteligência pela luz da fé, para me fazer conhecer e compreender a vossa Verdade, que se manifestava a mim. 
Fazei, Senhor, que a minha memória retenha os vossos benefícios; que a minha vontade se abrase com o fogo da vossa caridade; que esse amor me faça derramar todo o meu sangue e que, com esse sangue dado por amor do Sangue e com a chave da obediência, eu possa abrir a porta do céu. Peço-Vos do fundo do coração essa graça para todas as criaturas racionais, em geral e em particular, e para o Corpo Místico da Igreja. Confesso e não nego que me amastes antes do meu nascimento, e que me amais até à loucura do amor.

São Roberto de Molesmes-Conhecido tambem como Roberto de Molesques .

Nascido de pais nobres em Troyes,Champanhe ,França em 1018, morreu em 21 de março de 1110 e foi canonizado em 1222. Roberto foi um dos fundadores do movimento Cisterciense, como os monges de Cluny no 10° século e era beneditino. A Regra de São Benedito havia perdido o seu valor desde a sua fundação na Itália no sexto século. A fidelidade absoluta a esta Regra era o alvo de São Roberto, que o perseguiu toda a sua vida. São Alberico juntou-se a Roberto neste objetivo e foram seguidos logo por São Stephen Hardind, mas eles não tinham a iniciativa de Roberto, a sua energia, e a coragem capaz de vencer os obstáculos que não foram poucos. Como Stephen, Roberto recebeu o seu treinamento beneditino em Moutier-La-Celle quando tinha 15 anos. Ele foi indicado prior, logo após o seu noviciado na então Abadia de Miguel de Tonnerre. Ele tentou sem sucesso, reformar a Abadia. Os escândalos na Abadia eram a grande motivação por traz das atividades de Roberto. Os monges pareciam ter se esquecido da disciplina imposta por São Benedito de Núrsia aos beneditinos, ao fundar a Ordem. Não era a Regra que estava antiga e fora de moda, mas sim os homens que estavam fracos, mesquinhos e preguiçosos. O primeiro desejo de Roberto era convence-los do seu erro. Roberto retornou a Moutier-La-Celle após ter conhecido um grupo de eremitas na floresta de Collan, os quais por sua vez queriam que ele vivesse com eles mas Roberto primeiro tinha que obedecer ao Abade de Moutier-La-Celle que o enviou a Saint-Avoul. Mas Roberto conseguiu nada menos que um decreto do Papa Alexandre II para que Roberto e os eremitas ficassem juntos de novo. O decreto apontava Roberto o superior deles e assim Roberto e eles foram viver na floresta de Molesque em 1075, seguindo estritamente a Regra de São Benedito. Foi lá que Roberto e Stephen se encontraram e Roberto fundou um pequeno monastério em Molesques e passou a ser conhecido como Roberto de Molesmes. O que Roberto conseguiu lá foi um modelo em miniatura de uma Ordem que passou a ser chamada mais tarde de Cisterciense. No início um mero agrupamento de tendas em torno de uma capela com um oratório e homens que seguiam estritamente a Regra de São Bendito. Esses homens passavam o dia em períodos de silencio, preces ,em contemplação e trabalho, e tinham muito mais dependência com Deus que com o mundo. Eles partilhavam o evangelho- a pobreza- a castidade – a obediência e faziam tudo isto numa atmosfera de alegria e paz. A austeridade e a santidade dos membros era rejuvenescida com um grande influxo de candidatos e Roberto para afastar os fracos, sucessivamente aumentava os valores a um nível mais rígido de tal modo que acabou sendo chamado a atenção pelo bispo de Troyes, que achava que sua autoridade estava sendo violada. Roberto novamente sacudiu a poeira dos seus pés e deixando Alberico e Stephen para traz se retirou para um ermida em Or. Chamado de novo para Molesque e desgostoso, ele tentou escapar a jurisdição do bispo de Troyes e conseguiu ficar sob a jurisdição do bispo de Landres, que finalmente conseguiu a aprovação do Arcebispo de Lyons e mais tarde do legado Papal (em 1098) e finalmente a Ordem que recebeu na Diocese de Chalon-sure-Saone o nome e sua Constituição, onde estava claro que seus membros teriam que seguir a mais estrita observância da Regra de São Benedito. É famoso na França como fundador da Abadia de Citeaux. Mais tarde Roberto foi eleito Abade e foi indicado para reformar a Abadia de Moutier-La-Celle e desta vez ele finalmente conseguiu. Ele dizia : "Seja primeiro um cisterciense e depois um santo" De fato Roberto foi o fundador da Ordem dos Cistercienses. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um monge cisterciense escrevendo um livro. As vezes é mostrado segurando uma cruz e um anel e as vezes com o símbolo das armas da Abadia de Molesmes ao seu lado e ainda as vezes com São Stephen Harding. Sua festa é celebrada no dia 29 de abril.

Santa Catarina de Siena

Santa Catarina de Siena nasceu em Siena no dia da Anunciação e começou a ter experiências místicas aos 6 anos vendo anjos da guarda, claramente com as pessoas as quais eles protegiam. Tornou-se uma Dominicana quando tinha 16 anos e ainda continuou a ter visões de Cristo, Maria e dos santos. Santa Catarina foi uma das mais brilhantes mentes teológicas do seu tempo, não tendo entretanto qualquer educação formal. Trabalhou com êxito como moderadora entre a Santa Sé e Florença e persuadiu o Papa a voltar para Roma de Avignon. Finalmente conseguiu a conciliação no reinado do Papa Urbano VI. Mas tarde Santa Catarina se estabeleceu em Roma, onde lutou infatigavelmente com orações, exortações e cartas para ganhar novos partidários para o Papa legítimo. Em 1377 quando ela morreu, já havia conseguido curar as feridas e acabar com o Grande Schisma Ocidental. Santa Catarina de Siena foi ao Convento onde estava a sua sobrinha de nome Eugenia, e foi visitar o corpo incorrupto de Santa Agnes de Montepulciano, para venera-la. Quando ela se inclinou para beijar o pés de Santa Agnes, todos ficaram maravilhados ao verem que Agnes levantava o seu pé, suavemente, ao encontro dos lábios de Catarina. Ela teve visões de Jesus, Maria, São João, São Paulo e São Domingos, o fundador da Ordem dos Dominicanos. Durante uma dessas visões a Virgem Maria a apresentou a Jesus que a desposou, colocando um anel de ouro com quatro pérolas em um círculo e um grande diamante no centro, dizendo a ela: "receba isto como um penhor e testemunho que você é minha e será minha para sempre". Experimentou maravilhosas experiências misticas. Com a idade de 26 anos, ela começou a sentir as dores de Cristo, em seu corpo. Dois anos mais tarde, em 1375, durante uma visita a Pisa, ela recebeu a Comunhão na pequena igreja de Santa Christina. Quando ela meditava e agradecia orando ao crucifixo, raios de luz furaram suas mãos, pés e o lado e todos puderam ver os estigmas de Cristo nela. Por causa de tanta dor ela não falava nem comia. Assim ficou por oito anos sem comer líquidos ou qualquer outra coisa que não fosse a Sagrada Comunhão (Inédia). Ela orava para que as marcas não fosse muito visíveis, e elas ficaram pouco visíveis, mas após sua morte os estigmas ficaram bem visíveis em seu corpo incorrupto, como uma transparência na pele, no local das chagas de Cristo. As vezes quando orava ela levitava. Uma vez quando recebia a Sagrada Comunhão o padre sentiu a hóstia tornar-se viva, movendo-se agitada e voando de seus dedos para a boca de Catarina. Na "Vida de Santa Catarina" a Madre Francisca Raphaela relata que a santa era imune ao fogo. Ela conta que certa vez Catarina caiu em um fogo na cozinha e apesar do fogo ser grande quando foi retirada dêle por outros membros presentes, nem ela, nem suas roupas estavam sequer chamuscadas. Das cartas de Santa Catarina de Siena há uma trilogia chamada "O Diálogo" que é considerado o mais brilhante escrito da história da Igreja Católica. Morreu jovem, aos 33 em anos de idade, em 29 de abril de 1380, mas seu corpo foi encontrado incorrupto e conservado em 1430. Foi canonizada em 1461 e declarada Doutora da Igreja em 1970. É co-padroeira do Continente Europeu junto com Santa Edith Stein e Santa Brígida da Suécia, e padroeira da Itália junto com São Francisco de Assis. Ela é padroeira dos Consultores. A festa em comemoração a santa em Criciuma, Santa Catarina é uma das mais lindas do Brasil. Sua festa é celebrada no dia 29 de abril.

29 DE ABRIL – A SANTA QUE CONVENCEU O PAPA

Os Papas residiam na cidade francesa de Avinhão desde 1309. Ficaram 70 anos nesse exílio chamado “cativeiro de Avinhão”. O Papa Gregório XI foi o sétimo Papa a viver nessa situação de exílio. Pressionado de ambos os lados, franceses e italianos, não sabe o que fazer. Precisa de uma palavra amiga, de um conselheiro sincero. Para isso mandou chamar Irmã Catarina (+ 1380), conhecida pela sua franqueza e coragem. Ela entrou na sala, humilde e tranqüila. Ele começou: 
- Prezada Irmã, é verdade que suas mãos caridosas cuidaram dos enfermos durante a última epidemia? Contam que você cuidou de uma leprosa, totalmente carcomida pela doença, e acabou se contagiando também. . . 
- Sim, Santo Padre. Mas sarei. Havia muita gente que precisava de mim. 
-Você consolou e ajudou exilados, empestados, famintos, e encarcerados. Não tem também uma palavra de conforto para este pobre servidor da Igreja?
Estou tão atribulado e desnorteado. 
- Santo Padre - disse Catarina com ternura e firmeza - só existe um caminho: a volta para Roma. Então haverá paz no seu coração e no coração da cristandade. 
O Papa permaneceu longo tempo mergulhado em profundo silêncio. Depois, erguendo a cabeça, disse com voz sumida: 
-Sim, voltarei para Roma. 
Dia 17 de janeiro de 1378 Gregório XI fazia sua entrada em Roma, graças ao empenho corajoso de Santa Catarina de Sena. (O coro dos anjos, Pe. Hünermann).
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sábado – Santos: Catarina de Sena 
Evangelho (Jo 6,16-21) “Os discípulos tinham remado uns cinco quilômetros, quando viram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca.” 
Vendo a multiplicação dos pães, o povo queria aclamar Jesus como rei, mas ele retirou-se para o alto do monte. Depois, à noite, andando sobre as águas, ele alcançou a barca dos discípulos. Queriam fazê-lo rei, mas ele era muito mais do que isso. Mostrou aos discípulos que não era um simples homem, mas alguém muito maior, acima das forças da natureza: deviam reconhecer que era divino. 
Oração
Senhor Jesus, por isso sois importante para mim, porque sois Deus, e podeis salvar-me de mim mesmo e do poder do mal. Muitos já me ensinaram muita cosa sobre o como viver certo, mas somente vós podeis dar-me a força de vencer o egoísmo, fazer o bem e abrir-me para o amor. Creio em vossa divindade, e coloco em vós toda a minha esperança. Só vós me podeis dar a vida nova. Amém.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

A PROCISSÃO DOS GUARDA-CHUVAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
A seca estava matando as plantas e ocasionando falta d’água na cidadezinha. O povo se preocupava. Os agricultores, muito mais. E o vigário, pai daquela comunidade, quase não dormia, multiplicando rezas e missas com seus paroquianos.Um dia propuseram fazer uma procissão de penitência até o cruzeiro da Missão, a dois quilômetros da matriz. Todos concordaram. Escolheu-se uma Sexta-feira na hora mais quente do dia.No dia e hora marcados uma grande multidão aguardava na praça da igreja. O sol estava pegando fogo. A poeira se levantava pelos caminhos, provocando redemoinhos.Finalmente o padre apareceu na porta da igreja com seu enorme guarda-chuva no braço. Ao lado, um velho sacristão segurava a cruz processional. Com voz forte, correndo os olhos pela multidão: 
- Tudo pronto, meus irmãos? Não está faltando nada? 
- Só falta sair, seu padre. O sol está derretendo nossa moleira. 
- Não estou vendo ninguém com guarda-chuva. Onde está a fé? Onde se viu fazer procissão para pedir chuva e não levar guarda-chuva? 
Muitos saíram correndo atrás de um guarda-chuva. Quando vinham voltando da caminhada penitencial, desabou pesado aguaceiro. Refrescou, matou a poeira, esperançou o coração dos roceiros e... reforçou a Fé.
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REFLETINDO A PALAVRA -

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA, REDENTORISTA
984. O mesmo Caminho
            Jesus é o caminho. Mesmo sem conhecê-lo, Ele permanece o único caminho. Como os discípulos seguiam seus passos, assim o seguimento de Jesus é a base da vida espiritual. Aderir pela fé a sua Pessoa é assumi-lo como o caminho. Diz Ele: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim, (Jo,14,6). Isso significa que Ele, conhecido ou não, é o único modo de se encontrar o Pai.  Um mestre entre os judeus perguntou a Jesus sobre qual era o maior mandamento. Vendo que respondera bem, Jesus lhe diz: ‘Não estás longe do Reino de Deus”’ (Mc 12,34). Mesmo não tendo a verdade total, se aproxima dele. Isso nos faz mais unidos. Na medida em que soubermos ver nos outros a ação da graça de Deus, podemos ver quanto o Reino penetrou o mundo. Onde se vive a justiça, o amor e a paz, ali está o Reino de Deus e a presença salvadora de Cristo. Assim há muitos meios de seguir Jesus. Esse caminho não pode ser utilizado em favor de si próprio mas em favor de Cristo Jesus. Às vezes a gente se serve de Jesus e não serve a Jesus.
985. A mesma Verdade
            Há diversos modos para aprofundar o conhecimento e a relação com Jesus Cristo. É como uma escada em caracol. Subimos e, em cada degrau, há uma visão diferente. Não se trata de ter um Cristo sob nosso modo de entender, mas Aquele que Deus nos deu. São Paulo diz: “Se alguém - mesmo que seja nós mesmos ou um anjo do céu – vos anunciar um evangelho diferente do que vos anunciamos, seja excomungado” (Gl 1,8). Em todos os séculos surgiram na Igreja movimentos espirituais. Ultimamente eles se tornaram até um modo de ser Igreja. Não apresentam uma doutrina diferente, mas acentuam aspectos diferentes da mesma verdade. É muito boa essa diversidade, pois o Espírito de Deus abre caminhos para aprofundarmos aspectos que ficaram esquecidos com o correr dos tempos. Referimo-nos às Ordens Religiosas e Congregações. Elas acentuam aspectos do Evangelho, como por exemplo: S. Francisco buscou a pobreza; Santo Inácio a obra missionária; S. Vicente de Paulo acentuou a caridade para com os pobres. Os movimentos atuais trazem riquezas e um conhecimento mais aprofundado de Cristo. É o mesmo Cristo. Há grupos que pensam que só existe aquele modo de ser de Cristo. Não se pode dizer que só o seu é verdadeiro. Há o risco de usar Cristo para aprovar as próprias idéias, sem coerência com o Evangelho. Não podemos pegar frases soltas. Por isso temos a Tradição, o Magistério e a Teologia que buscam orientar na coerência evangélica.
956. A mesma Vida
            O caminho espiritual não são práticas devocionais, mas é a vida de comunhão com Deus em Cristo e com os irmãos no amor. Acima de idéias, teologias e ensinamentos, está a vida em Cristo. Nós nos perdemos em fazer coisas espirituais e nos esquecemos de ser em Cristo. Isso empobrece o caminho espiritual. A vida em Cristo nos leva a compreender a verdade e fazer o caminho. Daí surgirão práticas devocionais coerentes com a verdade. A devoção é muito boa. É preciso, contudo, salientar mais que a Vida de Cristo é a fonte. É preciso conhecer a Verdade e transformá-la em vida para fazer o caminho. Os diversos caminhos espirituais devem convergir todos para a Vida. Jesus nos dá um modo de realizar bem esse processo: “Assim, o discípulo do Reino é como o pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt 13.52).

EVANGELHO DO DIA 28 DE ABRIL

Evangelho segundo S. João 6,1-15.
Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades.Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?». Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um».  Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?». Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar, e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Catecismo da Igreja Católica §§1333-1335 
«Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.»
Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo, em sua memória, até à sua volta gloriosa, o que Ele fez na véspera da sua Paixão: «Tomou o pão», «Tomou o cálice cheio de vinho». Ao tornarem-se misteriosamente o Corpo e o Sangue de Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação. Assim, no ofertório, damos graças ao Criador pelo pão e pelo vinho, fruto «do trabalho do homem», mas antes «fruto da terra» e «da videira», dons do Criador. A Igreja vê neste gesto de Melquisedec, rei e sacerdote que «trouxe pão e vinho» (Gn 14,18), uma prefiguração de sua própria oferta. 
Na antiga aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primícias da terra, em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas eles recebem também um novo significado no contexto do êxodo: os pães ázimos que Israel come cada ano na Páscoa comemoram a pressa da partida libertadora do Egipto; a recordação do maná do deserto há de lembrar sempre a Israel que ele vive do pão da Palavra de Deus. Finalmente, o pão de todos os dias é o fruto da Terra Prometida, penhor da fidelidade de Deus às suas promessas. O «cálice de bênção» (1Cor 10,16), no fim da refeição pascal dos judeus, acrescenta à alegria festiva do vinho uma dimensão escatológica: a da espera messiânica do restabelecimento de Jerusalém. Jesus instituiu a sua Eucaristia dando um sentido novo e definitivo à bênção do pão e do cálice. 
O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães aos seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão da sua Eucaristia. O sinal da água transformada em vinho em Caná já anuncia a hora da glorificação de Jesus. Manifesta a realização da ceia das bodas no Reino do Pai, onde os fiéis beberão o vinho novo, transformado no Sangue de Cristo. 

Beata Hosana de Cattaro (Kotor) ou Catarina de Montenegro - 27 de abril

A Beata Hosana de Kotor foi uma alma contemplativa que, como toda dominicana, se nutriu da Sagrada Escritura. Deus lhe concedeu o dom do conselho para guiar muitas almas para Ele. Nasceu e cresceu na Igreja Ortodoxa Grega e se converteu ao Catolicismo. Considerada em sua cidade patrona do movimento ecumênico, ela pode nos ajudar a encontrar os caminhos da unidade querida por Jesus para os seguirmos.      
Montenegro é um Estado situado nos Balcãs, às margens do Mar Adriático. No ano 2003 formou com a Sérvia a Federação de Sérvia-Montenegro e em 2006 foi declarada a independência de Montenegro, votada num plebiscito popular.
     Deve seu nome a Lobcen, a “montanha negra”, assim chamada devido a tonalidade dos bosques que cobrem seu cume. A montanha faz parte dos Alpes Dináricos.
     Podgorica, hoje capital da República de Montenegro, de 1466 a 1878 fez parte do império otomano e a partir de então pertenceu a Montenegro.
     Kotor, importante cidade portuária de Montenegro, é circundada por uma impressionante muralha. De 1420 a 1797 a cidade e seus arredores pertenciam à República de Veneza. Este território veneziano foi um baluarte contra a expansão dos turcos otomanos nos Balcãs.
     É uma das cidades medievais mais preservadas nesta parte do Mediterrâneo. Típica cidade dos séculos XII e XIV, sua configuração original se conservou bastante até nossos dias.
     A estrutura simétrica de suas ruas estreitas, praças, numerosos e valiosos monumentos da arquitetura medieval, contribuíram para que Kotor fosse colocada numa lista de “Patrimônio Cultural da Humanidade” da UNESCO. O sistema de fortificação de Kotor, que a protege do mar, é um paredão de 4.5 km de comprimento, 20 m de altura e 15 de largura, e é considerado um tesouro histórico.
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Santa Joana Beretta Molla, mãe de família, +1962

Gianna nasceu a 4 de outubro de 1922, em Magenta, na Itália. Pertencia a uma família de 13 irmãos. Escolheu a profissão de médica a qual já era uma tradição na família e casou em 1955 com Pietro Molla, engenheiro industrial também militante da Ação Católica. Estava decidida a formar uma família cristã e a coadonar a sua vida familiar, profissional e apostólica no seu projeto de vida. Ingressou na Ação Católica desde muito jovem, em 1943 e pôs-se ao serviço dos irmãos através de variados cargos , quer na área estudantil quer paroquial. Aos 39 anos, grávida do seu quarto filho, começou a ter complicações de saúde. Mais tarde, o seu marido, então com 82 anos recorda os pormenores: «Durante a quarta gravidez, em setembro de 1961, apareceu um grande fibroma no útero, por causa do qual, aos dois meses e meio de gestação do bebé, foi necessário fazer uma intervenção cirúrgica».  Este foi o início do holocausto. Fidelíssima aos seus princípios morais e religiosos, ordenou sem hesitações que o cirurgião se ocupasse em primeiro lugar de salvar a vida da sua "criaturinha". Nas vésperas do parto não hesitou reunir à sua cabeceira o marido e os médicos para lhes dizer:_Se tiverem de escolher entre o bebé e eu, não duvidem: escolham, exijo-vos , a criança. Salvem-na!" Com estas convicções profundas e sabendo o que a esperava, (Gianna era pediatra), deu entrada na clínica de Monza no dia 20 de Abril de 1962, sexta feira santa, tendo dado à luz a sua filha Gianna Manuela. Santa Gianna faleceu oito dias depois. O seu processo para a canonização teve início em 1980. O Papa João Paulo II declarou-a venerável em julho de 1991.Durante mais de 20 anos a sua vida, os seus escritos, os testemunhos e as virtudes desta jovem mulher, foram cuidadosamente examinados, bem como os milagres atribuidos à sua intercessão e confirmados pela Igreja. Na sua beatificação, a 24 de abril de 1994, o Papa propô-la como modelo para todas as mães.Foi proclamada Santa no dia 16 de maio de 2004.

S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841

São Pedro Maria Chanel é o padroeiro da Oceânia. Nasceu em Cuet, França, no ano de 1803. Em 1824, ingressou no seminário de Bourg e em 1827 foi ordenado sacerdote. Foi vigário de Amberieu e de Gex. Entrou depois, para a Sociedade de Maria, sob a guia do Pe. Colin. Em 1837 partiu na companhia de um confrade leigo para Futuna, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, no arquipélago de Tonga. A sua pregação logo produziu frutos abundantes entre a geração jovem da ilha. Mas logo veio a reacção e a oposição dos líderes mais antigos, ciosos das suas tradições e costumes, ameaçados pelo "sacerdote branco". Avisado pelos amigos do risco que corria e para que deixasse a ilha, São Pedro ignorou o aviso e decidiu permanecer e continuar a pregação. O seu martírio deu-se no dia 28 de Abril de 1841. O seu sacrifício não foi em vão. A semente de sua pregação germinou e todos os habitantes acolheram o cristianismo.

S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716

Nasceu em 1673 na aldeia de Montfort, em França. Foi educado no colégio da Companhia de Jesus de Rennes e ordenado padre em 1700. Fundou uma congregação de sacerdotes, a "Companhia de Maria", para o ministério de missões populares, e uma congregação feminina, as "Filhas da Sabedoria". Foi um missionário infatigável e abnegado que, com missão recebida directamente do Papa, evangelizou a Bretanha e diversas regiões de França ao longo de muitos anos, tendo sofrido inúmeras perseguições, instigadas pelo espírito jansenista que nessa época se tinha infiltrado não só entre os fiéis como entre o clero e até na hierarquia da Igreja de França. A característica que mais o distinguiu na sua pregação e marca a sua espiritualidade foi a devoção à Virgem Santíssima, com modalidades tão pessoais que fazem dele um caso sem igual na espiritualidade mariana de todos os tempos. Morreu santamente em 1716. Foi beatificado por Leão XIII e canonizado por Pio XII.

28 DE ABRIL - GIANNA BERETTA MOLLA, MÃE DE FAMÍLIA

Gianna nasceu a 4 de outubro de 1922, em Magenta, na Itália. Pertencia a uma família de 13 irmãos. Escolheu a profissão de médica a qual já era uma tradição na família, Casou-se com Pietro Molla, engenheiro industrial também militante da Ação Católica. Estava decidida a formar uma famíla cristã... Ingressou na Ação Católica desde muito jovem. Aos 39 anos, grávida do seu quarto filho, começou a ter complicações de saúde. Mais tarde, o seu marido contou Oe pormenores: «Durante a quarta gravidez 1961, apareceu um grande fibroma no útero, por causa do qual, aos dois meses e meio de gestação do bebé, foi necessário fazer uma intervenção cirúrgica». Este foi o início do holocausto. Fidelíssima aos seus princípios morais e religiosos, ordenou sem hesitações que o cirurgião se ocupasse primeiramente de salvar a vida da sua "criaturinha". Nas vésperas do parto não hesitou em reunir à sua cabeceira o marido e os médicos para lhes dizer:_”Se tiverem de escolher entre o bebé e eu, não duvidem: escolham, eu exijo, a criança. Salvem-na!" Com estas convicções profundas e sabendo o que a esperava, (Gianna era pediatra), deu entrada na clínica de Monza dia 20 de Abril de 1962, sexta feira santa, tendo dado à luz a sua filha Gianna Manuela. Santa Gianna faleceu oito dias depois. O seu processo para a canonização teve início em 1980. Foi proclamada Santa no dia 16 de maio de 2004. É a protetora das mães gestantes.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Sexta-feira – Santos: Pedro Chanel, Valéria 
Evangelho (Jo 6,1-15) “André, o irmão de Simão Pedro, disse: – Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 
Os discípulos acharam que Jesus queria que resolvessem o problema da falta de pão. Filipe só lembrou que nada podiam fazer. André, porém, pelo menos apontou o menino dos cinco pães e dois peixes. Não era o suficiente, mas era alguma coisa. Acho que isso é que Deus espera de nós. Se não podemos fazer e resolver tudo, pelo menos podemos fazer o que estiver ao nosso alcance. 
Oração
Senhor Jesus, preciso aprender a olhar em primeiro lugar para o que posso fazer, ainda que seja apenas um começo de solução, em vez de ficar lamentando. Preciso aprender a confiar em vós, ver bem os meios ao meu alcance, ter iniciativa e fazer o que puder para ajudar. E ajudai-me também a me preparar o mais possível, a aprender todo o necessário para poder servir os irmãos. Amém.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

AS QUATRO VELAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Quatro velas queimavam lentamente e conversavam. O ambiente estava tão silencioso que se podia ouvir a conversa delas. A primeira disse: 
- Eu sou a Paz. As pessoas, porém, não conseguem manter-me acesa. Vivem só brigando.
Diminuindo sua chama devagarzinho, apagou-se totalmente. A segunda disse: 
- Eu me chamo Fé. Infelizmente estou sobrando. Quase ninguém quer saber de Deus. Por isso não faz sentido continuar queimando.
Um vento bateu levemente nela e se apagou. A terceira vela se desabafou, muito tristonha: 
- Eu sou o Amor. Não tenho mais força para continuar queimando. As pessoas só querem cuidar de si, esquecendo os outros ao seu redor.
Também se apagou. De repente entrou uma criança e viu as três velas apagadas. Apenas uma estava acesa ainda. A criança perguntou: 
- Que é isso? Por que estão apagadas? 
A vela que continuava acesa, respondeu: 
- Podemos reacendê-las. Eu sou a Esperança. Você me ajuda? 
A criança pegou a Esperança e com ela acendeu novamente as que estavam apagadas. 
Palavra de vida: “Esperei em ti, Senhor, não serei confundido eternamente”. A esperança é sempre a última que morre.
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