sexta-feira, 28 de abril de 2017

A PROCISSÃO DOS GUARDA-CHUVAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
A seca estava matando as plantas e ocasionando falta d’água na cidadezinha. O povo se preocupava. Os agricultores, muito mais. E o vigário, pai daquela comunidade, quase não dormia, multiplicando rezas e missas com seus paroquianos.Um dia propuseram fazer uma procissão de penitência até o cruzeiro da Missão, a dois quilômetros da matriz. Todos concordaram. Escolheu-se uma Sexta-feira na hora mais quente do dia.No dia e hora marcados uma grande multidão aguardava na praça da igreja. O sol estava pegando fogo. A poeira se levantava pelos caminhos, provocando redemoinhos.Finalmente o padre apareceu na porta da igreja com seu enorme guarda-chuva no braço. Ao lado, um velho sacristão segurava a cruz processional. Com voz forte, correndo os olhos pela multidão: 
- Tudo pronto, meus irmãos? Não está faltando nada? 
- Só falta sair, seu padre. O sol está derretendo nossa moleira. 
- Não estou vendo ninguém com guarda-chuva. Onde está a fé? Onde se viu fazer procissão para pedir chuva e não levar guarda-chuva? 
Muitos saíram correndo atrás de um guarda-chuva. Quando vinham voltando da caminhada penitencial, desabou pesado aguaceiro. Refrescou, matou a poeira, esperançou o coração dos roceiros e... reforçou a Fé.
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