sábado, 30 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “E transfigurou-se”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Ouvir o Filho para transfigurar-se
 
Os dois primeiros domingos da Quaresma são para nós uma síntese do Mistério Pascal de Cristo. No primeiro fomos colocados diante da tentação, força do mal que Cristo também enfrentou. Ele venceu pela Palavra, pela humildade e por sua fiel adoração ao Pai. O mal e a morte não são invencíveis (1Cor 24-26). Jesus o fez na Ressurreição e será completo quando entregar o Reino ao Pai (24). Jesus se transfigura, com suas vestes brancas e brilhantes, símbolos de sua Ressurreição. A gloriosa transfiguração é uma demonstração de que a vitória já está Nele. Temos dois grupos de pessoas: o grupo de Moisés e Elias, simbolizando a lei e os profetas que falaram Dele. Os discípulos puseram Jesus entre eles. Vemos que o Antigo Testamento não é uma oposição a Jesus, mas uma preparação. A atitude de Pedro querendo colocar Jesus no Antigo Testamento e achar que tudo estava bom, era a tentação dos primeiros cristãos que não conseguiam romper com o passado. A aliança de Deus com Abraão, dando-lhe a descendência por ter obedecido, é a bênção para todas as nações da terra (Gn 22,18). Esta bênção é Jesus, o Filho amado do Pai sacrificado. Por ter obedecido, recebe a vida na Ressurreição, como Isaac é poupado e substituído pelo cordeiro. Jesus é o Cordeiro que nos substitui e nos une a Si em sua Ressurreição e Glorificação. Quando Pedro ainda falava, o Pai (simbolizado pela nuvem) se faz presente e proclama o Filho como Aquele que, de agora em diante é a lei e a profecia: “Este é meu Filho amado. Escutai o que Ele diz” (Mc 9,7). Não temos o problema dos primeiros cristãos, mas temos um problema que percorre os séculos: não ouvimos o Filho amado do Pai. 
Desceram à planície 
Ouvir o Filho e obedecer sua palavra é participar de sua transfiguração do Filho e da bênção a todos os povos. A transfiguração de Jesus explica-nos como será nossa transfiguração por participarmos de seus sofrimentos e de sua morte. Vencer a tentação unido ao Cristo que foi tentado é ser transfigurado por sua Ressurreição. Viver a obediência de Abraão e de seu herdeiro, Jesus, é tornar-se também uma bênção. Continuamos na visão da glória, mesmo quando contemplamos o Cristo crucificado. Rezamos na oração da Eucaristia: “Alimentai nosso espírito com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória”. Lavados dos pecados nos santificamos para celebrar os sacramentos pascais. Depois da maravilhosa transfiguração os apóstolos e Jesus desceram para a planície, para alimentar a vida do povo. Continuamos carregando fragilidades, mas na certeza da manifestação da glória. Ser transfigurado é transformar-se em ação de transformação do mundo das pessoas. 
Participar das coisas do Céu 
A vida cristã não é só mirar um futuro distante, mas caminhar orientando a própria vida pela palavra que ouvimos do Filho. Por isso rezamos no salmo: “Andarei na presença do Senhor na terra dos vivos” (Sl 115). Temos a certeza que Deus está ao nosso lado: “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com Ele?” (Rm 8,31-34). A Transfiguração está a nos estimular a “ainda na terra, participar das coisas do Céu” (Pós-Comunhão). As celebrações da Quaresma são preparação para a Páscoa, não algo que vai acontecer, mas a participação dos mistérios de Cristo nas celebrações. 
Leituras: Gênesis 22,1-2.9-13.15-18; 
Salmo 115; 
Romanos 8,31b-34;Marcos 9,2-10 
1. O início da Quaresma é uma síntese do Mistério Pascal de Cristo. Jesus venceu a tentação. Jesus venceu o mal pela sua Ressurreição. A Transfiguração é demonstração da vitória. Não mais Moisés nem Elias, mas é Jesus quem fala. Abraão obedeceu e recebeu seu filho. Por isso vai ter uma descendência que será uma bênção. Esta é Jesus que obedeceu e foi atendido na Ressurreição. O Pai proclama o Filho que comunica a Palavra. 
2. Ouvir o Filho e obedecer a sua palavra é participar de sua transfiguração. Assim será a nossa transfiguração. Viver a obediência de Abraão e de Jesus é tornar-se uma bênção. Somos santificados para celebrar os sacramentos pascais. Carregamos as fraquezas, mas seremos transfigurados na manifestação da Glória. Se transfigurado é transformar-se em ação de transformação do mundo. 
3. A vida cristã não é só mirar o futuro, mas caminhar orientando a vida pela palavra que ouvimos do Filho. Deus está do nosso lado e tudo tem por nós. A transfiguração está a nos estimular a “ainda na terra, participar das coisas do Céu”. A celebração da Quaresma é preparação para a Páscoa, não como algo que vai acontecer, mas participação dos mistérios de Cristo. 
Tirando molde
Na Quaresma deste ano refletiremos sobre as alianças de Deus com seu povo na História da Salvação. O fio da história é a atitude de Deus em estar em aliança com seu povo. Mesmo quando o povo peca, Deus é fiel. Esta aliança culmina na aliança que Jesus sela com seu sangue. Refletimos hoje a Transfiguração de Jesus. Vimos no primeiro domingo que o pecado nos cerca. À medida que o vencemos somos transfigurados assumindo sempre mais a imagem gloriosa que Cristo nos conquistou em sua Ressurreição. Ser transfigurado é ouvir o Filho, como nos ensina o evangelho de hoje. Abraão obedeceu à Palavra de Deus e entregou seu Filho. Em sua obediência todos os povos recebem a bênção emparticipar da aliança de Deus com o Patriarca Abraão. O compromisso de cada um é obedecer ao projeto de Deus manifestado em Cristo. Deste modo vamos tirando o molde em Cristo. À medida que nos transfiguramos, transformarmos o mundo. 
Homilia do 2º Domingo da Quaresma (01.03.2015)

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 4,18-22. 
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai, Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os, e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-no.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Atanásio(295-373) 
Bispo de Alexandria, doutor da Igreja 
Sermão em louvor de Santo André, 2-3 
André, a primeira planta do jardim apostólico 
André foi o primeiro a reconhecer o Senhor como seu mestre; ele é o primogénito do colégio apostólico. O seu olhar penetrante pressentiu a vinda do Senhor, e ele trocou as instruções de João pelos ensinamentos de Cristo, selando as palavras do Batista. Ele era o discípulo estimado de João: à luz da lâmpada, procurava a verdade da luz; e, sob o seu brilho indeciso, habituou-se ao esplendor de Cristo. «Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo», disse João (Jo 1, 29): eis Aquele que liberta da morte, eis Aquele que destrói o pecado; eu não fui enviado como o noivo, mas como aquele que acompanha o noivo, vim como servo e não como senhor. Impressionado com estas palavras, André deixou o seu mestre e correu para Aquele que tinha sido anunciado; compreendendo o sentido desta linguagem, a sua língua tornou-se mais afiada do que a do Batista. Ele avança para o Senhor com um desejo patente nos seus passos e leva consigo João evangelista. Ambos deixam a lâmpada e e se encaminham para o Sol. André é a primeira planta do jardim apostólico: é ele que abre as portas aos ensinamentos de Cristo e foi ele o primeiro a colher os frutos do campo cultivado pelos profetas. Adiantando-se às esperanças de todos, foi o primeiro a abraçar Aquele que todos esperavam.

30 de novembro - Beato João Garbella de Vercelli

O Beato João Garbella nasceu no início do século XIII, por volta do ano 1205, em Mosso Santa Maria, perto de Vercelli (Piemonte, Itália). Formou em direito romano e canônico em Paris, de forma brilhante, onde lecionou, antes de retornar a Vercelli, ainda como professor, quando foi atraído pela pregação do Beato Jordão, ingressando na Ordem dos Pregadores em 1229, tomando o nome de João de Vercelli. Foi o fundador do convento de Vercelli e província da Lombardia. Eleito sexto Mestre da Ordem em 1264, permaneceu no cargo por vontade dos capítulos gerais por quase vinte anos, sendo o modelo dos frades. O papa Inocêncio IV e seus sucessores nutriram nele uma confiança ilimitada e, nos anos posteriores, confiaram a ele tarefas muito importantes e espinhosas. Ele participou do conselho de Lyon (1274); Conselheiro do Papa Clemente IV, foi designado por ele, legado pontifício, na Itália, França. Empreendeu um grande trabalho de pacificação entre as repúblicas italianas e os soberanos europeus e foi um dos organizadores mais ativos das Cruzadas. Ele visitou continuamente as províncias mais distantes e suas intermináveis ​​viagens a pé permaneceram de fato lendárias. Reformou incansavelmente os conventos da Ordem dos Pregadores por toda a Europa, sem nunca dispensar, durante suas viagens, os jejuns eclesiásticos e os de sua ordem. O papa Gregório X escolheu João de Vercelli para cuidar de espalhar o culto ao nome de Jesus, uma solução que o conselho de Lyon havia identificado para reparar a heresia dos albigenses.

30 de novembro - Beato José Lopes Piteira

A providência divina queria que este jovem, primeiro beato cubano, derramasse seu sangue defendendo sua fé em Cristo, na Espanha, a terra de seus antepassados, apesar de ter gravada em seu coração, até o último suspiro, a ilha caribenha que o viu nascer. Mas um apóstolo é um cidadão do mundo, um vasto território que é conquistado de polegada a polegada, entregando tudo, como Cristo exige no Evangelho, para que qualquer lugar para o qual ele seja conduzido por causa da vontade divina se torne um destino amado. E isso que José manteve em mente em todos os momentos, juntamente com a graça divina que o iluminou, fez com que não vacilasse em nenhum momento, mesmo quando enfrentou a morte brutal que lhe foi imposta. O Beato José não é tão conhecido em todo o mundo como outros mártires, mas ele é parte, por próprio direito, daqueles que souberam enfrentar corajosamente o destino cruel que se aproximava, e generosamente deram suas vidas deixando para trás um admirável legado de amor. Um dia, no início do século XX, sua família humilde deixou a Espanha para ganhar a vida, assim como tantos compatriotas. Lá permaneceram, sob a custódia dos avós, dois de seus filhos, de quem eles se despediram com imensa dor. Em sua bagagem, eles levaram a fé herdada de seus pais como um precioso tesouro que eles transmitiriam aos seus numerosos descendentes. José nasceu em Jatibonico – Cuba - em 2 de fevereiro de 1912.

30 de novembro - São Galgano Guidotti

Galgano Guidotti, era filho de Guido e Dionisa e nasceu por volta de 1150 em Chiusdino (Siena), um pequeno burgo. Ficou órfão de pai muito cedo e foi educado por sua mãe com os valores cristãos, e uma grande devoção a São Miguel Arcanjo. Era uma época da Idade Média repleta de violência, e Galgano também, como outros cavaleiros, afastou-se dos princípios de sua educação, tornando-se prepotente e cheio de si pela juventude despretensiosa e frívola que vivia. Com o passar do tempo, Galgano começou a perceber a inutilidade do seu estilo de vida, e ficou atormentado por não ter nenhum objetivo para a sua vida. Ele teve duas visões místicas: na primeira, o Arcanjo Miguel disse que o protegeria pessoalmente; e na segunda, apareceram-lhe os doze apóstolos e o próprio Jesus. Foi neste estado de ânimo que decidiu mudar, retirando-se na colina de Montesiepi. Galgano abandonou o seu mundo, infeliz pelo que cometeu e por aquilo que via diariamente, para dedicar-se a uma vida de eremita e penitência, em busca daquela paz que àquele tempo não era consentida. Na estrada para o Maremma, o cavalo de Galgano parou de repente; embora o jovem tenha insistido para que ele continuasse, ele não conseguiu se mexer. Galgano então retornou aos seus passos, em direção a uma igreja próxima na qual ele ficou. No dia seguinte - a solenidade do Natal - quando ele chegou ao mesmo lugar, porque mais uma vez o cavalo parou, o jovem deixou as rédeas e orou ao Senhor para levá-lo ao lugar onde encontraria sua paz espiritual.

Santa Maura de Constantinopla, Mártir - 30 de novembro

Maura e seu esposo, Timóteo, suportaram enormes sofrimentos e torturas por causa da fé em Cristo durante a perseguição do Imperador Diocleciano (285-305). Timóteo era de uma aldeia no Egito chamada Perapa, onde seu pai, Pikolpossos, era sacerdote; foi ordenado entre o clero como leitor da Igreja, onde também foi o custódio e o copiador dos livros dos Serviços Divinos. Timóteo foi denunciado como guardião dos livros cristãos quando o imperador deu ordens para que os livros fossem confiscados e queimados. Então levaram Timóteo diante do governador Arriano, que lhe ordenou entregar todos os Livros Sagrados. Timóteo foi submetido a terríveis torturas por não obedecer à ordem; aguentou a dor com grande valentia e sempre dando graças a Deus por permitir-lhe tal sofrimento em Seu nome. Arriano foi então informado que Timóteo tinha uma jovem esposa chamada Maura, com a qual havia contraído matrimônio uns vinte dias antes. Arriano procurou por Maura com a esperança de quebrar a vontade de Timóteo, mas o santo recomendou a sua esposa que não temesse as torturas e que emulasse seu caminho. Maura lhe respondeu: "Estou disposta a morrer contigo".

André, Apóstolo século I

Apóstolo de São João Baptista, 
irmão de Sâo Pedro e como ele pescador, 
foi o primeiro discípulo que Jesus chamou, 
junto do rio Jordão.
Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Baptista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galileia. Foi levado por João Baptista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". As-sim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes.

NOSSA SENHORA DE WALSINGHAN

N.Sra. de Walsingham
Walsingham é o principal título com que Nossa Senhora há cerca de mil anos vem aspergindo suas graças no Reino Unido, a partir do priorado agostiniano situado na região de mesmo nome, fundado em 1016. Localiza-se ele a poucos quilômetros do Mar do Norte, numa das renomadas campinas verdejantes e ajardinadas da Inglaterra, no território de Norfolk, cujos Duques constituíram uma grande estirpe que manteve a fidelidade a Roma, em meio à generalizada apostasia anglicana. Em 1016 já vivia Santo Eduardo o Confessor, e poucos anos antes havia reinado seu tio, Santo Eduardo o Mártir. Desde o início, os insignes favores concedidos por Nossa Senhora naquele santuário tornaram-no objeto de frequentes peregrinações, que partiam de toda a Inglaterra e até do Continente europeu. Ainda no século atual é conhecido como Palmers’Way (Via dos Peregrinos) o principal caminho que conduz a Walsingham, através de Newmarket, Brandon e Fakenham. Muitas foram as dádivas de terras, prebendas e igrejas obsequiadas aos cônegos agostinianos de Walsingham em virtude da grande devoção mariana arraigada na população britânica, e dos muitos milagres alcançados através das súplicas dirijas a Nossa Senhora de Walsingham.

ORAÇÕES - 30 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – SábadoSantos: André, apóstolo, Troiano, Justina
Evangelho (Mt 4,18-22) “Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André.”
Jesus não estava a passear; estava à procura. Simão, André,Joãoe Tiago não sabiam, mas ele procurava-os. Era uma escolha cuidadosa, em vista de um projeto. O Mestre continua passando por perto, a nos procurar, a cada um cuidadosamente. Tem para nós um projeto de vida plena, sabe a tarefa que vai confiar a cada um. Eles deixaram as barcas para o seguir. E eu, que pretendo fazer?
Oração
Senhor Jesus, prometestes estar sempre conosco. Ajudai-me, pois, a estar sempre atento aos vossos sinais e chamadas. Que eu esteja atento e disponível, para vos seguir logo, sem demoras.Perdoai-me por às vezes não ter coragem de fazer o que sugeris. Com vossa ajudaquero melhorar e trabalhar mais na tarefa do momento.Não sei o que me pedireis amanhã. Confio em vós. Amém.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Dizer não ao desânimo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
As tentações do operário
 
Ao iniciar a Quaresma, somos alertados pela Palavra de Deus a contemplar nossa realidade humana no quadro da vida espiritual. A fé deve ser vivida na condição humana. Separar religião e vida é desconhecer o ser humano e a fé. Seguimos Jesus que, Homem-Deus, era humano e divino em perfeita união. A estrutura quaresmal apresenta as tentações de Jesus. Tentação não é o pecado. É a tendência do coração de buscar o mal, destruindo a unidade da pessoa humana. Jesus passou pela tentação a vida toda. As três tentações são reais e atingem todas as dimensões do ser humano. A tentação do pão, do poder e do prazer invade também o campo da evangelização. O dinamismo missionário é invadido pelo egoísmo. Muitos leigos acham bonitas a espiritualidade e a pastoral, mas dizem com suas atitudes: não conte comigo. Não tenho tempo. O tempo livre deve ser ocupado com a distração e a vaidade. Mesmo sacerdotes não têm tempo. Sempre há outras coisas por fazer, como administração, viagens, passeios etc.... A riqueza do tempo, como as riquezas pessoais são a primeira preocupação. É o egoísmo que desanima a assumir qualquer compromisso com a vida do povo e da comunidade. Muitos se cansam de dedicar a vida aos outros, também nos compromissos pastorais. É difícil achar gente para catequese, formação, serviços e coisas mais. É duro o trabalho pelo povo e na Igreja porque requer tempo e espera da semente crescer. Não vemos resultados. Mas se plantarmos, o fruto é abundante porque depende de Deus. Não há fracasso no trabalho pastoral. Há falta de paciência. O pão do tempo, que é a espera, é sempre fresco. O Papa insiste: “Não deixem que nos roubem a alegria da evangelização” (83). 
Caminhar sempre 
Diante das dificuldades, a primeira condição é não ficar pessimista e desanimar. O Reino de Deus é exigente e só os fortes podem conquistá-lo. Os males do mundo são desafios que nos convidam a crescer. O Papa joga mais longe: “O olhar do fiel é capaz de reconhecer a luz que o Espírito Santo sempre irradia no meio da escuridão sem esquecer que, ‘onde abundou o pecado, superabundou a graça’” (Rm 5,20) (84). Jesus transformou a água em vinho. Tudo se supera. Há muitos males no mundo. Não podemos deixar de pensar que os bens são muito maiores. O bem cresce e o mal é anulado. Há muitos que lamentam as desgraças. E nada fazem para melhorar. Ver que tudo está mal e não procurar soluções, não deve matar nossa ousadia. Nos piores momentos ouvimos a palavra de Jesus a Paulo: “Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza”. O Papa diz a palavra cristã que nos distingue de outros: “O triunfo do cristão é sempre uma cruz que é ao mesmo tempo estandarte de vitória” (85).
A fé nos desertos
Nem tudo são luzes no anúncio da vida nova do Reino. Há uma forte desertificação. A fé não é mais o centro nem entra em questão. Sabemos que os países mais ricos se formaram com as raízes da fé, agora a destroem. Parece impossível anunciar a fé nesse vazio. Este é um processo que vem de longa data. Não podemos nos esquecer que a culpa vem de certos modos de ser Igreja. Há também violenta perseguição contra os cristãos que os obriga a viver ocultamente a fé. Nas próprias famílias e nos lugares de trabalho é impossível a fé. Mesmo assim, como em todo o deserto há um oásis, vemos sinais da busca de Deus. É nesse deserto que podemos oferecer a água fresca de uma opção melhor. Do peito transpassado de Jesus brotou uma fonte de água viva. Não perder a esperança!
ARTIGO PUBLICADO EM FEVEREIRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,29-33. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o Reino de Deus. Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo aconteça. Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São John Henry Newman 
(1801-1890) 
Teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
 «The Invisible World» » PPS, t. 4, n.°13 
«Olhai a figueira» 
A terra que vemos não nos satisfaz, pois é apenas um começo, a promessa dum porvir; nem quando está no auge da sua alegria, quando se cobre de flores e mostra os seus tesouros escondidos da forma mais atrativa, nem então nos basta. Sabemos que há nela muito mais coisas do que as que conseguimos ver. Um mundo de santos e de anjos, um mundo glorioso, o palácio de Deus, a montanha do Senhor Sabaoth, a Jerusalém celeste, o trono de Deus e de Cristo: todas essas maravilhas eternas, preciosíssimas, misteriosas e incompreensíveis se escondem por trás do que vemos. O que vemos não é senão a camada exterior do reino eterno e é nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé. Mostra-Te, Senhor, como no tempo da tua natividade, em que os anjos visitaram os pastores; que a tua glória se expanda como as flores e a folhagem se desenvolvem nas árvores. Pelo teu poder, transforma o mundo visível nesse mundo mais divino que ainda não vemos. Que aquilo que vemos seja transformado naquilo em que cremos. Por mais brilhantes que sejam o sol, o céu e as nuvens, por mais verdejantes que sejam as folhas e os campos, por mais suaves que sejam os trinados das aves, sabemos que isso não é tudo, e não queremos tomar a parte pelo todo. Essas coisas procedem dum centro de amor e de bondade que é o próprio Deus, mas não são a sua plenitude; falam do Céu, mas não são o Céu. São apenas, digamos, raios dispersos, um ténue reflexo da sua imagem; são apenas migalhas que caem da mesa.

Santos Demétrio e Biagio de Veroli Mártires - Festa: 29 de novembro

Palestina, século I 
Veroli (Frosinone), século I
Etimologia: Demétrio = sagrado à deusa Deméter, do grego
Emblema: Palma 
Santos BIAGIO E DEMÉTRIO, mártires de Veroli 
Todas as informações que se podem dar sobre os santos mártires Demétrio e Biagio, venerados em Veroli (Frosinone), referem-se mais às suas relíquias. Eles teriam vindo para Veroli junto com s. Maria Salomé, mãe dos apóstolos João e Tiago, colaborando com ela no anúncio do Evangelho aos habitantes da região e que depois sofreria aqui o martírio, enquanto s. Maria di Salomé morreu pacificamente em idade avançada, tornando-se mais tarde a principal padroeira da vila de Ciociaria. Os dois mártires, como Salomé, eram evidentemente originários da Palestina e seguidores do cristianismo primitivo, sendo Maria Salomé contemporânea de Jesus e presente entre as mulheres piedosas que, sem saber da Ressurreição, tinham ido de manhã cedo ao túmulo de Cristo. , para ungir seu corpo com aromas.

29 de novembro - São Tiago de Sarug

São Tiago (Ya'qùb) de Sarug, junto com Narsai 
- o primeiro ocidental e o segundo oriental -, 
está entre os maiores escritores 
da língua siríaca do século V.
Nascido em 449 na aldeia de Qurtam, no Eufrates, filho de um padre, Tiago estudou na Escola Edessa, formando-se no conhecimento linguístico, filosófico e teológico que ele usará sabiamente em todo o seu trabalho. Aos 22 anos, já monge e eremita, Giacomo foi submetido a um exame por cinco bispos, que queriam apurar sua ortodoxia. Naquela ocasião, ele improvisou sua homilia com a visão de Ezequiel, composta de 700 versos, incluindo 396 versículos das Escrituras, no XII metro da poesia siríaca, despertando o espanto dos bispos, que o aprovaram e o incentivaram a continuar seu trabalho como orador que levará com sucesso à sua morte. Tendo se tornado sacerdote, logo foi nomeado periodeuta (visitante eclesiástico) de Hawra, uma função à qual se dedicou com grande zelo, visitando mosteiros por toda a Síria e ganhando a estima dos monges e eremitas. No final da vida, em 519, Tiago tornou-se bispo de Batnàn, que naquela époga chamava-se Sarug. Ele morreu em 29 de novembro de 521 e apenas muito tempo depois as suas relíquias foram transferidas para Diyarbakir. Os numerosos escritos de Tiago lhe renderam o título de "harpa do Espírito Santo".

29 de novembro - Beato Bernardo Francisco Hoyos

Eu não saio do Sagrado Coração; 
quer este Divino Dono que eu seja 
discípulo do Sagrado Coração de Jesus, 
e discípulo amado. 
Bernardo Francisco Hoyos é considerado como o principal apóstolo do Sagrado Coração de Jesus na Espanha e, apesar de sua breve vida, pode ser considerado um extraordinário místico. Não escreveu grandes tratados. Somente instruções e documentos espirituais, alguns sermões, apontamentos e várias centenas de cartas - possivelmente mais de duzentas - ao seu diretor espiritual. Bernardo era natural de Torrelobatón, localidade espanhola situada no coração de Castela, onde nasceu em 20 de agosto de 1711. Teve pais piedosos que lhe transmitiram o patrimônio da fé, o puseram sob a proteção de São Francisco Xavier e o incentivaram em sua vocação religiosa. Desde os 9 anos até a morte precoce, esteve sempre com os jesuítas. Com eles estudou em várias localidades de Valladolid, integrando-se à Companhia de Jesus aos 14 anos, época em que já experimentava favores celestiais. Um dos traços preponderantes da sua existência foi a profunda e singular vida interior, que recorda a dos grandes místicos, como Teresa de Jesus e João da Cruz.

29 de novembro - Beato Frederico de Ratisbona - Agostiniano

O beato Frederico foi um irmão agostiniano conhecido pela sua generosidade, humildade, delicadeza para com os irmãos, caridade para com os pobres, religiosidade, dedicação à oração e seu amor devocional à Eucaristia, nasceu em Ratisbona, Bavária, Alemanha. Seus pais pertenciam à classe média. Entrou na Ordem como irmão não clérigo no mosteiro agostiniano de São Nicolau em sua cidade natal. O mosteiro era a mais importante comunidade da Província da Bavária naquela época, e acolheu o capítulo geral da Ordem Agostiniana de 1290. Nele, a primeira Constituição dos Agostinianos foi promulgada. Frederico serviu a comunidade como carpinteiro e tinha a responsabilidade de prover à casa a lenha necessária para o uso cotidiano, modesto trabalho levado a cabo durante anos unido a uma profunda vida de oração. É lamentável que seja pouco o que se sabe de sua vida. Conhecemos, isso sim, alguns relatos lendários do século XVI, como os que aparecem na biblioteca do capítulo metropolitano de Praga. Algumas pinturas representando cenas da vida de Frederico e encomendadas por ocasião de sua morte ajudaram a inspirar tais lendas. Entre elas, a mais conhecida narra como um dia, impossibilitado de assistir à missa e estando no mesmo lugar onde se encontrava trabalhando,

Santa Iluminada, Venerada em Todi

 
Neste vídeo, exploramos a vida de Santa Iluminada de Tódi, uma virgem que brilhou com a luz divina na Úmbria. Conheça sua jornada de santidade, seu compromisso com a virgindade consagrada e o impacto espiritual que deixou em sua comunidade. Uma jóia radiante na história cristã que continua a iluminar corações. 🌟🙏 
Salve Maria!

Beata Maria Madalena da Encarnação, Fundadora - 29 de novembro

Fundadora da Congregação das Adoradoras Perpétuas do Santíssimo Sacramento
      Nasceu em Porto Santo Stefano (Itália) no dia 16 de abril de 1770, no seio de uma família fervorosamente católica. Foi batizada no dia seguinte com os nomes de Catarina Maria Francisca Antônia.
     Cresceu em um ambiente impregnado de religiosidade exemplar. Seu pai, Lourenço Sordini, promoveu que se expusesse o Santíssimo Sacramento na igreja paroquial, para a veneração pública, em circunstâncias especiais, com espírito de amor e reparação, como, por exemplo, no carnaval. Assim, desde sua adolescência, Catarina passava horas em adoração junto a Jesus Sacramentado.
     Aos 17 anos recebeu uma proposta de casamento da parte de Afonso, jovem de boa posição, que lhe presenteou joias preciosas. Adornada com elas, ao olhar-se no espelho o rosto doloroso de Jesus Crucificado lhe apareceu, convidou-a a entregar-se totalmente a ele e lhe dizendo: "Catarina, me abandonas por um amor humano?" Em fevereiro de 1788 ingressou no mosteiro das Terciárias Franciscanas de Ischia de Castro. Ao vestir o hábito religioso tomou o nome de Irmã Maria Madalena da Encarnação. Nos primeiros anos foi dirigida pelos passionistas de um mosteiro próximo.     

Santos da Família Real Armênia – 29 de novembro

     A história tradicional da conversão do rei e da nação armênia relata como Gregório, filho de Anak, sendo um cristão convertido, sentindo culpa pelo pecado de seu próprio pai, entrou para o exército armênio e trabalhou como secretário do rei.
     A conversão da Armênia começou no início do século IV, tradicionalmente colocam a data de 301. O rei Tiridates III, apenas havia conquistado o trono, em 294, se aliou ao imperador Diocleciano e, conforme os usos da época, quis prestar homenagem a deusa Diana, que lhe havia sido propícia naquela difícil empresa. Com ele os cortesãos também ofereceram dons, exceto Gregório que quando chegou sua vez se recusou a fazê-lo, explicando ao soberano que o Criador do Céu e da terra era o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. O rei então mandou tortura-lo durante 25 dias e o aprisionou no calabouço subterrâneo em Khor Virap, na fortaleza de Artashat, cheia de répteis venenosos.
     Durante os anos de prisão de Gregório, o imperador Diocleciano tentara seduzir a virgem Santa Rhipsime, a qual, para subtrair-se ao perigo, fugiu de Roma acompanhada de umas 40 companheiras, buscando refúgio na Armênia sob o amparo da abadessa Santa Gayana. A beleza da jovem atraiu a atenção do rei Tiridates, que quis faze-la sua. Ante o rechaço de Santa Rhipsime, o rei se enfureceu e mandou matá-la e à suas companheiras usando para isto suplícios cruéis.

Saturnino de Toulouse Primeiro Bispo de Toulouse, Mártir, Santo Século III

Primeiro bispo desta cidade francesa. 
Segundo a tradição foi arrastado desde 
o alto do capitólio de Toulouse 
até abaixo deste, acabando destroçado.
Saturnino forma um elo entre o Gaul, França, e Judeia. Entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Ele ouviu falar de São João Baptista e foi ouvi-lo pessoalmente e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi baptizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, o qual ele seguiu sendo um dos seus 72 discípulos. Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo apareceu a eles. Foi com Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando a Gaule, e após foi para Arles e Nimes e acabou se fixando em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus que ele converteu em sua jornada. Quando chegou a Toulouse ele começou a destruir os ídolos pagãos e o povo estava muito desconfiado. Saturnino sentiu que algo mais deveria ser feito. Assim um dia Saturnino curou a lepra de Austris da Saxónia, filha de Marcellus o governador de Toulouse! Imediatamente quase toda a cidade se converteu.

Beato Dionísio da Natividade (Pietro Berthelot) Mártir Carmelita - Festa: 29 de novembro

(+)Aceh, Indonésia, 29 de novembro de 1638
 
Dionísio nasceu em Honfleur, na França, em 12 de dezembro de 1600. Cosmógrafo e capitão dos navios dos reis de França e de Portugal, em 1635 tornou-se carmelita descalço em Goa, onde em 1615 Thomas Rodriguez de Cuhna (nascido em 1598) também havia professado como "converso"), português, assumindo o nome de Resgatados da Cruz. Enviados para a ilha de Sumatra, na Indonésia, em 29 de novembro de 1638, coroaram a sua fé em Cristo com o martírio, perto da cidade de Aceh, do qual testemunharam com firmeza até ao fim. Foram beatificados por Leão XIII em 10 de junho de 1900.
Etimologia: Dionísio = consagrado a Dionísio (ele é o deus Baco) 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Aceh, na ilha de Sumatra, os beatos mártires Dionísio da Natividade (Pedro) Berthelot, sacerdote, e Resgatados da Cruz (Tomás) Rodríguez, religioso da Ordem dos Carmelitas Descalços, que foram primeiro escravizados pelos maometanos e finalmente morto à beira-mar com flechas e machados.

Redento da Cruz Religioso, Missionário, Mártir, Bem-aventurado 1598-1638

(Tomás Rodrigues), religiosocarmelitas. 
O Beato Redento da Cruz é portugês, 
natural de Cunha, Paredes de Coura.
Os carmelitas, Dionisio e Redento, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, aqui se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Beato Redento da CruzTeresa de Jesus e S. João da Cruz. O Beato Redento da Cruz é portugês, natural de Cunha, Paredes de Coura, Viana do Castelo. Aqui nasceu em 1598. O seu nome de baptismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam. Na cidade de Tatá, no reino de Sinde, conheceu os carmelitas descalços que aí tinham uma comunidade. Depressa se sentiu atraído peio estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de Sta.Teresa de Jesus e São João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa.

António Fasani (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Franciscano italiano, provincial da sua Ordem,
reformador, conhecido como “Padre Mestre” ; 
confessava muito. 
Místico, canonizado em 1986.
Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres.

Beato Alfredo Simão Colomina , sacerdote jesuíta, mártir - Festa: 29 de novembro

(*)Valência, Espanha, 18 de março de 1877
(+)El Saler, Espanha, 29 de novembro de 1936 
Padre Alfredo Simón Colomina nasceu em Valência em 18 de março de 1877 e ingressou na Companhia de Jesus em 1895, onde se tornou sacerdote. Foi Reitor do Colégio de San José. Foi assassinado em El Saler em 29 de novembro de 1936, aos 59 anos. Martirológio Romano: Na localidade chamada El Saler, perto de Valência, na Espanha, o beato Alfredo Simón Colomina, sacerdote da Companhia de Jesus e mártir, que durante a perseguição contra a Igreja confirmou com seu sangue a sua lealdade ao Senhor.
https://www.santiebeati.it/dettaglio/93198Sacerdote 
Jesuíta, martirizado em El Saler, 
perto de Valência, durante a 
guerra civil espanhola (1936). 
Nasceu em Valência em 1877. Entrou na Companhia de Jesus em 1895, tornando-se sacerdote. Ele era reitor da escola San José de Valência quando a República chegou e, em 12 de maio de 1931, sua escola foi assaltada pela multidão, com tanto vandalismo que a escola foi forçada a fechar por vários meses.

ORAÇÕES - 29 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sexta-feiraSantos: Iluminada, Brás de Véroli, Paramão
Evangelho (Lc 21,29-33) O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.”
Todos conhecemos os Evangelhos, sabemos até repetir quase de cor algumas passagens.Para nós esses textos têm um valor especial acima de todos.Cada um a seu modo guarda para nós o ensinamento de Jesus, sua palavra, que para nós é verdade. Não é palavra humana que possa enganar Em palavras humanas ele nos oferece o seu testemunho, a verdade imutável, na qual acreditamos.
Oração
Senhor Jesus,  não sois para mim um mestre do passado, cujas palavras envelhecem entre as páginas de livros. Sois meu Mestre agora, e falais diretamente o mais íntimo de mim. Não apenas me ensinais; vossa palavra é criadora, leva-me a um novo modo de ser, faz de mim, pequeno e limitado filho adotivo, participante da vida divina. Creio em vós, entrego-me a vós por todo sempre. Amém.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Estabelecer a paz”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
e
PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO(
+)
Aliança para a paz.
 
Quando entra em Jerusalém, o Senhor chora sobre a cidade: “Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz” (Lc 19,42). Na primeira leitura lemos que Deus faz aliança com Noé e coloca seu arco no céu. É o arco-íris que lembra o arco de guerra. Deus quer a paz (Gn 9,13). No Natal os Anjos cantam aos pastores: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens que Ele ama” (Lc 2,14). Paulo exclama: “Deixai-vos reconciliar” (2Cor 5,20). O Messias veio para trazer a paz e a reconciliação. Chamamos de Quaresma (40 dias) esse tempo de preparação para a Páscoa para viver a reconciliação pela Morte e Ressurreição do Senhor. As leituras nos levam a perceber a aliança que Deus fez durante a história da salvação para culminar com a aliança selada com o sangue do Filho. A salvação chega a nós e é explicada através de muitos símbolos. Na leitura sobre o dilúvio entendemos que as águas nos purificam e a arca simboliza o batismo que hoje é nossa salvação como nos explica Pedro (2Pd 3,21). Neste quadro de aliança, surge a questão da tentação. É bom ser tentado, como nos diz S. Agostinho: “Enquanto somos peregrinos neste mundo, não podemos estar livres de tentações, pois é através delas que se realiza nosso progresso e ninguém pode conhecer-se a si mesmo sem ter sido tentado. Ninguém pode vencer sem ter combatido, nem pode combater se não tiver inimigo e tentações” (CCL 39,766). As tentações de Cristo nos animam a não temermos. Ele foi realmente tentado, como nós. “Ele nos representou em sua pessoa quando quis ser tentado... Em Cristo tu eras tentado, porque Ele assumiu tua condição humana, para te dar a sua salvação... Se Nele fomos tentados, Nele também venceremos o demônio... Reconhece-te Nele em sua tentação, reconhece-te Nele em sua vitória” (Idem). Esta vitória nos dá a paz e reafirma nossa aliança. Na oração, no texto original em latim, dizemos sacramento da Quaresma. Como sacramento, não só lembra, mas torna presente o mistério recordado e faz agir. 
Vitórias sobre o mal 
Deus projeta uma permanente aliança. Pendurou seu arco no céu e não quer mais castigar a terra. Para superar as grandes tentações contra o projeto de paz de Deus, o esforço humano procurará mudar de mentalidade, que significa converter-se. Certamente não temos as belas tradições do passado. Houve um aprofundamento. Não ficamos na periferia das questões, mas vamos a sua raiz. É a vitória sobre o mal. É a Páscoa que se atualiza na vida de cada um. O profeta Joel é claro: “Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes” (Jl 2,13). Não bastam atitudes exteriores, é preciso mudar a fonte do mal que nos domina. Aí sim podemos assumir as atitudes bonitas da penitência, do jejum e outros. É preciso encontrar modos que correspondam ao nosso mal. Rezamos: “Mostrai-nos Senhor vossos caminhos, fazei-me conhecer vossa estrada” (Sl 24). 
Uma comunidade de vida. 
No deserto Jesus vivia entre os animais selvagens e os anjos O serviam. A comunidade tem dificuldades que são selvagens. Mas temos também, nessa comunidade, o serviço mútuo dos anjos que sevem. A Quaresma não é um exercício individual, mas uma comunhão de vida no serviço fraterno, sobretudo para com os mais necessitados. É de se pensar em tirar um pouco do que temos para dar aos que não o tem. Dar vida é o que nos garante ter Vida. O tempo de deserto para Jesus não era solidão, mas comunhão com o Espírito Santo. Daí parte para evangelizar semeando a paz. 
Leituras: Gênesis 9,8-15; Salmo 24; 
2Pedro3,18-22;Marcos 1,12-15 
1. O Messias veio trazer a paz e a reconciliação. Deus diz a Noé que não vai destruir a terra, por isso pendura seu arco no céu. Na Quaresma preparamos a Páscoa para celebrar e viver a reconciliação. No quadro da Aliança aparece a tentação. Ela é boa, nos ensina a lutar e nos fortalece no combate. Em Cristo somos tentados e Nele vencemos. 
2. Para superar a tentação contra o projeto de paz de Deus, o esforço humano procurará mudar a mentalidade através conversão. Mudaram-se as tradições. Aliás, aprofundou-se o sentido da Quaresma. Vamos à raiz. É a vitória sobre o mal. Não bastam atitudes externas, é preciso tirar o mal que nos domina. Assim podemos assumir as atitudes externas mais aptas a nós. 
3. Em seu jejum Jesus vivia entre os animais selvagens e era servido pelos anjos. Na comunidade temos o serviço mútuo feito pelos anjos com quem vivemos na comunhão do amor fraterno. Dar vida é o que garante a nossa vida. O tempo de Jesus no deserto não era solidão, mas comunhão com o Espírito. 
Mais feio que parece 
Iniciando a Quaresma ouvimos que Jesus foi tentado. Ele vivia nossa condição humana e participou em tudo de nossos sofrimentos. É bom ser tentado para ver a força que temos para corresponder à proposta de Jesus. Ele nos dá a graça para vencermos. O diabo não é tão feio como pintam, mas, mais perigoso do que parece. Temos muitos símbolos na Quaresma. As águas simbolizam a purificação. A arca lembra o batismo que é o lugar para celebrar a purificação pelo perdão. Por isso rezamos no salmo: “Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, fazei-me conhecer vossa verdade. Vossa verdade me oriente e me conduza” (Sl 24). A partir da vitória sobre a tentação, Jesus inicia sua pregação: “O Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). A Quaresma não é só um tempo litúrgico. É um sacramento no qual temos muitas práticas que nos levam a viver o Mistério Pascal de Cristo, fonte de todos os sacramentos. 
Homilia do 1º Domingo da Quaresma (22.02.2015)

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,20-28. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes, os que estiverem dentro da cidade saiam para fora e os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque serão dias de castigo, nos quais deverá cumprir-se tudo o que está escrito. Ai daquelas que estiverem para ser mães e das que andarem a amamentar nesses dias, porque haverá grande angústia na Terra e indignação contra este povo. Cairão ao fio da espada, irão cativos para todas as nações, e Jerusalém será calcada pelos pagãos, até que aos pagãos chegue a sua hora. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na Terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604)
Papa, doutor da Igreja 
«Moral sobre Job», Livro XII, SC 212 
«Hão de ver o Filho do homem vir» 
«Tu Me chamarás e Eu responder-te-ei» (Jb 14,15 Vg). Diz-se que respondemos a alguém quando fazemos que o nosso comportamento esteja de acordo com os atos dessa pessoa. Nesta transformação, o chamamento vem do Senhor e a resposta do homem, porque, perante o esplendor radiante do ser incorruptível, também o homem se mostra incorruptível, liberto da sua corrupção. Ora, de facto, enquanto somos escravos da nossa corrupção, não respondemos ao autor da nossa vida, porque, não tendo a corrupção e a incorrupção uma medida comum, não há semelhança que nos permita dar uma resposta. Mas sobre esta mudança definitiva diz a Escritura: «Quando Ele Se mostrar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como é» (1Jo 3,2). Assim, responderemos verdadeiramente ao chamamento de Deus no dia em que, por ordem da soberana incorrupção, ressuscitarmos incorruptíveis. E, como a criatura é impotente para realizar por si mesma tal estado, e só um dom de Deus omnipotente permite tal mutação, que confere a maravilhosa glória da incorruptibilidade, Job tem o direito de acrescentar: «Estenderás a tua mão direita para a obra das tuas mãos». É como se dissesse abertamente: se a tua criatura corruptível pode subsistir até à incorruptibilidade, é porque a mão do teu poder a endireita e a graça da tua atenção a mantém, a fim de que possa subsistir.

São José Pignatelli, padre que deu exemplo de obediência à Sé Apostólica

Origem e seu começo nos Jesuítas
José Pignatelli nasceu em Saragoça, em 1737, pertencente a uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdeu a mãe aos cinco anos, morando com uma irmã, de quem recebeu educação católica. Retornando para a Espanha, aos doze anos, entrou para a Companhia de Jesus acompanhado de seu irmão. Fez o Noviciado junto aos Jesuítas da província de Aragão. Aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e, depois, nos colégios de Bilbau e de Saragoça. Em 1762, foi ordenado sacerdote, dedicando-se ao ensino das Letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Em 1767, levantou-se uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus, onde os Jesuítas foram expulsos dos países que atuavam: França, Reino das Duas Sicílias, dos Ducados de Parma e Piacenza, de Malta e de Portugal. Por fim, foram também expulsos da Espanha por rei Carlos II. Em meio às adversidades, Padre Pignatelli mostrou sua força e constância, por isso foi nomeado Provincial de todos esses exilados. Recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara, na Itália, onde fez a profissão solene de quatro votos.

São Sóstenes Discípulo de Paulo - Festa: 28 de novembro

Durante a longa permanência do Apóstolo São Paulo em Corinto, ocorreu um acontecimento não só sensacional, mas, pelo menos para nós, difícil de explicar, embora relatado com a habitual clareza por São Lucas, o cronista dos Atos dos Apóstolos. " Sendo Gálio então procônsul da Acaia (ou seja, da região em que Corinto estava localizada) - lemos - os judeus todos de acordo se levantaram contra Paulo e o levaram ao Tribunal, dizendo: "Este homem convence o povo a dar a Deus um culto contrário à lei." "E estando Paulo ali pronto para falar, Gálio disse aos judeus: "Se se tratasse de algum crime, de algum delito grave, eu, judeus, vos ouviria como a razão dita; mas como estas são questões de palavras e nomes, e pertencem à sua lei, pense bem: não quero ser o juiz dessas coisas. E ele os mandou embora do tribunal. "Todos eles então pegaram Sóstenes, o chefe da Sinagoga, e espancaram-no perante o tribunal; e Gálio não se importou nem um pouco." A primeira parte do episódio é bastante clara: o procônsul romano, numa cidade que, afinal, ficava na Grécia e não na Palestina, recusa-se habilmente a ser o juiz de uma questão doutrinal que interessa e diz respeito apenas a uma minoria dos seus súbditos. . É, novamente, a tática de lavar as mãos, adotada por Pilatos para com Jesus, com a diferença de que Corinto não era Jerusalém, e portanto o “abstencionismo”, por assim dizer, do governador romano salva Paulo das acusações e ameaças dos seus inimigos, sem que o Apóstolo sequer abrisse a boca.

28 de novembro - Beato Eleutério Bento Prado Villaroel

Beato Eleutério Bento Prado Villaroel nasceu em Prioro (León), na Espanha e pertencia a uma família de humildes agricultores, de conduta moral inatacável e profundamente religiosa. A devoção à Eucaristia e a oração do Rosário se destacaram na família. Sua mãe, "tia Dominga", tinha a fama de uma santa e era muito conhecida não apenas em Prioro, mas também nas cidades vizinhas como apóstola e fundadora de mulheres chamada "Maríe dei Sacrari", um movimento que ainda existe e que promove a devoção a Jesus na Eucaristia. Como costumava ser chamado, Teyo sentiu-se chamado a seguir os passos de seu irmão, padre Máximo, que seria um grande missionário no Texas. Iniciou seus estudos do curso secundário no seminário menor dos Oblatos de Urnieta (Guipúzcoa). Como tivesse alguma dificuldade em estudar, optou por continuar na Congregação como Irmão Oblato e, assim, fez o noviciado como Irmão Coadjutor e fez os primeiros votos em 1928. Em 1930, foi aberta a nova casa de estudos em Pozuelo e ele foi enviado para esta comunidade. Em 1935, ele fez uma os votos perpétuos como Irmão e foi integrado para sempre na Congregação de Missionários Oblatos por quem ele sempre demonstrou grande afeição. Piedoso e afável, Teyo sempre parecia feliz, era prestativo e divertido. Ele era muito caplicado, especialmente na marcenaria, que era sua principal tarefa.

Santo Estevão, o Jovem

Mosaico de Estêvão, o Jovem
presente no 
Mosteiro de São Lucas
Estevão, o Jovem foi um monge bizantino de Constantinopla que tornou-se um dos principais oponentes das políticas iconoclastas do imperador Constantino ele nasceu em Constantinopla no ano de 713. Seu pai, Gregório, foi um artesão. Sua mãe chamava Ana e teve duas irmãs mais velhas, Teodora e outra de nome desconhecido. Aos 15 anos foi confiado por seus pais aos monges do Monastério de Santo Auxencio, não muito distante de Calcedônia. Lá recebeu o ofício de comprar as provisões para o monastério. Quando seu pai faleceu, Estevão precisou ir à Constantinopla, quando aproveitou para vender todas as suas posses, repartindo com os pobres o dinheiro resultante da venda. Uma de suas irmãs já era religiosa. A outra partiu para Bitínia com sua mãe, retirando-se, ambas, num monastério. Ao morrer o abade João, Estevão, com apenas 30 anos, foi eleito para sucedê-lo em seu posto.

Santa Teodora de Rossano, Abadessa - 28 de novembro

Madonna Acheropita, Rossano

Martirológio Romano: Próximo de Rossano, na Calábria, Santa Teodora, abadessa, discípula de São Nilo o Jovem e mestra de vida monástica.      Teodora nasceu cerca de 910, filha de Eusébio e Rosália. Dedicou-se bem jovem às obras de caridade e para conservar sua virgindade resolveu abandonar os hábitos mundanos e entrou, aos 15 anos, no Mosteiro de Santo Opoli, colocando-se sob a direção de São Nilo o Jovem (*).  Distinguiu-se por sua grande devoção, tornando-se guia natural de outras jovens que a tomavam como exemplo. Algum tempo depois, São Nilo desejou premiar tanto empenho: quando da construção do Oratório de Santa Anastásia, realizada graças à generosidade de um devoto de nome Eusébio, o Santo entregou-o a direção de Teodora, que reuniu ali todas as jovens que desejavam se consagrar a Deus e as monjas suas companheiras do Mosteiro de Santo Opoli. Teodora permaneceu ali por toda sua vida. Faleceu em 28 de novembro de 980 tendo, segundo a tradição, 70 anos.  Quanto ao local de sua sepultura, há dúvidas: segundo alguns, ela foi sepultada na Catedral de Rossano, mas segundo testemunhos escritos por dois contemporâneos da Santa, Eugênio e Beltrano, o corpo da abadessa foi sepultado no Mosteiro de Santa Anastásia, onde normalmente eram custodiados os restos mortais das mulheres beatas.
*) Nilo de Rossano, ou Nilo o Jovem, batizado com o nome de Nicolau (Rossano 910 – Tuscolo 26 de setembro de 1004) era monge basiliano, abade e fundador da Abadia de Santa Maria de Grottaferrata. O Abade Nilo, nascido na Calábria bizantina e portanto grego de origem e de rito, fundou vários mosteiros; decidiu fundar um mosteiro na colina de Tuscolo, onde teria aparecido Nossa Senhora. É venerado como santo pela Igreja Católica e é santo patrono de Rossano onde é festejado no dia 26 de setembro. No ano 2004, foi celebrado o milênio de São Nilo.

Santa Fausta Romana, Mãe de família - 28 de novembro

Ver nota
     Na Passio de Santa Anastásia se lê uma carta dirigida a um certo Crisogono, na qual está escrito: "Se bem que meu pai fosse um idólatra, minha mãe Fausta viveu sempre fiel e casta. Ela me fez cristã desde o berço”.
     Este é o único texto existente que menciona a Santa recordada deste dia. Nada mais resta para recordar-nos de Santa Fausta, a não ser este breve testemunho de reconhecimento filial.
     Façamos uma tentativa de retratá-la. É uma mãe que instrui a própria filha no Cristianismo “desde o berço”. Ela era esposa de um idólatra, mas adorava o Deus verdadeiro. Uma esposa fiel, uma mulher casta, segundo diz sua filha. Parece muito pouco para aqueles que esperam da santidade manifestações espetaculares e fatos inusitados.
     Mas, nos primeiros tempos do Cristianismo era um fato inusitado encontrar almas dispostas ao sacrifício e à perseguição por amor daquele Deus desprezado pelos pagãos, difamado como um vulgar malfeitor que morreu numa cruz.
     Para os apologistas, a primeira difusão do Cristianismo já foi um milagre. Bastaria este milagre para demonstrar a divindade de Cristo. Pela mesma razão, bastava a conversão para demonstrar a santidade dos primeiros cristãos. Era preciso muita coragem e amor de Deus para declarar-se cristão, enfrentando as perseguições, a prisão, a condenação, o suplício e o martírio.