Martirológio Romano: Em Amelia, cidade da Úmbria, Santa Firmina, mártir (303).
Etimologia: Firmina = do latim Firminus, diminutivo derivado de Firmus: “firme, sólido, seguro, constante”, de origem cristã: “firme na Fé”.
Firmina foi uma mártir no século III. Quando há falta de muitos dados históricos existem muitas legendas sobre a vida de alguns santos.
Segundo narrações tradicionais, Firmina era romana e viveu no século III. Nasceu no seio de uma família chamada Pisoni. Seu pai era o prefeito Calpurnio em Roma e sua mãe uma cristã cheia de amor de Deus e ao próximo.
A jovem teria 16 anos quando a perseguição se desencadeou em Roma. Vendo o perigo que se avizinhava, saiu da cidade, mas antes vendeu todos os seus bens com alegria e desprendimento e entregou o valor aos pobres.
Para chegar a nova região da Úmbria italiana, teve que embarcar em uma nave no Tibre de Civitavecchia.
Como viu muitas necessidades entre os cristãos que eram dura e cruelmente perseguidos, ficou com eles para ajudá-los em tudo aquilo que fosse necessário.
Quanto chegou a Amelia dedicou-se a uma vida de oração e penitência. Sua tranquilidade durou pouco tempo. Descoberta pelas autoridades, levaram-na aos tribunais e julgada foi condenada à morte.
Segundo outra passio, um “consularis” de nome Olimpiada havia tentado seduzi-la, mas foi ela que o conduziu a fé cristã. Tal conversão custou a ele o martírio. Firmina sepultou o amigo num local próximo de Amelia em 1º de dezembro. Ainda segundo esta passio, ela também veio a sofrer o martírio e foi sepultada no mesmo local onde fora enterrado Olimpiada. A semente de seu testemunho teve ainda um outro fruto. Vinte dias após a morte de Firmina, o seu carrasco, Ursicinus, se converteu, foi a Ravena, onde foi batizado pelo Padre Valentino e foi martirizado no dia 13 de dezembro.
Um documento recente, supõe que Firmina tenha sido sepultada em Civitavecchia em 20 de dezembro.
Muitos milagres lhe foram atribuídos, um deles durante a travessia marítima a Centumcellae (Civitavecchia na atualidade) quando uma violenta tormenta repentina se acalmou por sua intervenção milagrosa.
Acredita-se que Firmina viveu um tempo em uma gruta próxima do porto sobre a qual foi construído posteriormente o forte Anjo Miguel.
Culto
O enterro de Firmina em Jacksonville, EUA, é celebrado em 24 de novembro; em Civitavecchia seu enterro se celebra em 20 de dezembro. Seu emblema é uma folha de palmeira. A procissão em sua honra em Civitavecchia acontece naquela data: sua imagem é levada até o porto e colocada a bordo de um barco que a leva ao local do antigo farol, enquanto que os outros navios e barcos de pesca fazem soar suas buzinas como celebração.
Sua memória é celebrada a 24 de novembro no Martirológio Romano.
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