Sacerdote franciscano missionário da Itália, que por espaço de 44 anos pregou 326 missões em 84 dioceses, apresentando-se assim como instrumento escolhido da Providência Divina, para a salvação de muitas almas († 1751).
Paulo Jerónimo nasceu em 1676, em Porto Maurício, actual. Impéria, Itália. Filho do capitão da marinha Domingos Casanova, ficou órfão ainda muito pequeno. Foi, então, levado a Roma para concluir os estudos no Colégio Romano. Depois, foi para o Retiro de São Boaventura, onde entrou para a Ordem Franciscana e vestiu o hábito tomando o nome de frei Leonardo.
Actuou como sacerdote a maior parte da vida em Florença. Era um empolgante pregador, principalmente quando escolhia como tema a Paixão de Cristo. Percorreu toda a Itália exercendo esse ministério e, com isso, escreveu muitas obras de grande valor para os pregadores e para os fiéis. Santo Afonso de Ligório, seu contemporâneo, dizia que ele era o maior missionário daquele século. O papa também usou para a Igreja os dons de Leonardo, quando o enviou para uma delicada missão na ilha de Córsega. Tinha de restabelecer a concórdia entre os cidadãos. Apesar das graves divisões entre eles, Leonardo conseguiu um inacreditável abraço de paz.
Também é considerado o salvador do Coliseu, ao promover pela primeira vez a liturgia da Via-Sacra naquele local que definiu como santificado, pelos martírios dos cristãos. Por esse motivo, a interpretação da Paixão de Cristo foi reproduzida, no jubileu de 1750, no Coliseu, cujas ruínas eram dilapidadas e suas pedras arrancadas para servirem em outras construções. A celebração da Via-Sacra em seu interior tornou-se tradição e a histórica construção passou a ser preservada. A tradição permanece, pois até hoje o próprio pontífice, toda Sexta-feira da Paixão, faz a Via-Sacra no Coliseu, em Roma.
Frei Leonardo era, também, muito devoto de Nossa Senhora e queria que a Igreja assumisse o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Lutou muito pelas suas ideias doutrinais e convenceu o papa Bento XIV de que era necessário convocar um concílio para discutir o assunto e depois proclamar esse dogma.
Não viu este dia, mas deixou uma célebre carta profética, onde previa que isso iria acontecer, como de fato ocorreu, em 1854. Frei Leonardo morreu, em 1751, no seu querido Retiro de São Boaventura de Palatino, Roma. Na ocasião, tal era sua fama de santidade que o próprio papa Bento XIV foi ajoelhar-se diante de seu corpo.
Papa Pio XI declarou-o padroeiro dos sacerdotes que se consagram às missões populares no mundo. São Leonardo de Porto Maurício é celebrado, no dia de sua morte, também como padroeiro da sua cidade de origem, actual. Impéria.
http://www.oarcanjo.net/site/index.php/testemunhos/sao-leonardo-de-porto-mauricio
Em 1980, São João Paulo II visitou a paróquia de Acília, perto de Roma, dedicada a São Leonardo de Porto Maurício, pregador da região italiana da Ligúria. Na ocasião, em sua homilia, o Papa disse que este sacerdote franciscano, de “palavra ardente, percorreu toda a Itália, admoestando e convertendo imensas multidões, apelando à penitência e à piedade, e vivendo, pessoalmente, a íntima união com Deus”.
O tema da Via Sacra
São Leonardo de Porto Maurício, - no civil se chamava Paulo Girolamo Casanova - nasceu em Porto Maurício, atual Impéria, no noroeste da Itália, em 20 de dezembro de 1676. Estudou em Roma, no Colégio Romano, depois entrou para a Casa de Retiro São Boaventura, no Palatino, onde recebeu o saio franciscano. Em suas pregações, Frei Leonardo tinha sempre em mente o suplício da Cruz. Além do Nome de Jesus e da Virgem Maria, ele sempre meditava sobre o tema da Via Sacra, devoção tipicamente franciscana, à qual deu grande impulso. Imensas multidões aglomeravam-se para ouvir seus sermões, que as comoviam e emocionavam, a ponto verter lágrimas. “Ele foi o maior missionário do nosso século”, disse Santo Afonso Maria de Ligório. Suas Missões Populares o levaram por toda a Itália, sobretudo à região da Toscana. Enviado também à Córsega, para restabelecer a harmonia entre os cidadãos, conseguiu até a receber um inesperado abraço da paz, apesar das graves divisões entre os habitantes.
Pregador incansável
Debilitado em sua obra missionária, Leonardo voltou para a Ligúria e, depois, para Roma. Pregador incansável, no Ano Santo de 1750, proclamado pelo Papa Bento XIV, criou 14 oratórios, no Coliseu de Roma, para a celebração do rito da Via Sacra, plantou uma grande cruz dentro do anfiteatro. Este foi seu último ato heroico. Leonardo de Porto Maurício faleceu, em 26 de novembro de 1751, na Casa de Retiro São Boaventura, no Palatino, quando já era venerado como Santo, sobretudo pelos romanos. Sua beatificação deu-se em 19 de março de 1796 e a canonização em 29 de junho de 1867, durante o pontificado do Papa Pio IX, que era muito devoto de São Leonardo. Em 1923, Pio XI o proclamou Padroeiro dos missionários nos países católicos. Desde meados dos anos 90, o Santo franciscano foi escolhido também como Padroeiro da cidade de Impéria, sua cidade natal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário