segunda-feira, 25 de novembro de 2024

25 de novembro - Beata Beatriz de Ornacieux

Virgem, insigne pelo seu amor à Cruz. 
Viveu e morreu na pobreza num mosteiro que 
ela mesma mandara construir (1303-1309).
Beatriz nasceu no seio da nobre e antiga família dos Ornacieux, no sudeste da França, na última metade do século XIII. O Senhor concedeu-lhe um coração e um espírito cheio de docilidade e doçura que, conjugado com a sua esmerada educação cristã, a levou ao desprezo pelos bens materiais deste mundo, para alcançar mais elevadas pretensões. Assim, com apenas 13 anos, abandona para sempre o mundo para entrar na cartuxa do Monte de Santa Maria, em Parménie (Isére, França). Sua edificante e maravilhosa vida foi escrita pela Beata Margarida de Oyngt, sua mestre de noviças, cujo manuscrito original está guardado em Grenoble, proveniente da Grande-Chartreuse, Humilde de coração, a Beata Beatriz era muito caritativa e sofrida, procurando em tudo servir as necessidades das irmãs. De grande obediência, foi sempre perseverante na oração. Admitida na profissão solene, e logo à consagração das virgens, recebeu, de acordo com antigo cerimonial Cartuxo que ainda hoje existe, a cruz, o manípulo e a estola, símbolos de sua vida de penitência, sua força invencível frente aos ataques do demônio, sua submissão à vontade do Senhor, e abandono completo às mãos da Providência Divina. Sua obediência extrema e sua fidelidade à vida de oração foram outros aspectos característicos de sua vida. Nosso Senhor lhe concedeu o dom das lágrimas e em tal grau, que esteve a ponto de perder a vista em várias ocasiões. Seu grande desejo foi sempre fazer a santa vontade de Deus. Um dia, diante do Sacrário, pedia a Nosso Senhor que a tirasse do mundo para se colocar a salvo dos contínuos ataques do demônio; porém, tendo saído do Sacrário sentiu que Jesus a proibia de desejar outra coisa a não ser fazer a Sua vontade. Então sentiu interiormente que seu desejo de morrer mudava em um imenso anelo de viver para a maior glória de Deus, e suplicou ao Senhor que lhe concedesse a saúde que em tantos momentos lhe faltava devido a suas numerosas enfermidades. Uma vez mais, a voz do Senhor se fez ouvir dizendo: “Recebe as consolações que te dou e não recuses os sofrimentos que te envio”. A partir de então, dirigida por estas comunicações divinas, não desejou senão aquilo que fosse da vontade de Deus, convertendo-se em um modelo de confiança e de abandono na Divina Providência. Amou profundamente a penitência, expressão de seu amor pela Cruz. Se entregava a prolongados jejuns e a disciplinas. Foi especialmente devota da Paixão de Cristo e foi agraciada com dom de trazer consigo estigmas, que lhes traziam indizíveis sofrimentos, físicos e morais, devido ao imenso sentimento de indignidade que a invadia. Teve que suportar os assaltos frequentes do demônio, que em especial a tentava contra a virtude da santa pureza, colocando-a diante de representações obscenas, às quais sempre resistiu com invencível pureza de alma e de corpo. Em meio a estes ataques do inimigo e das vitórias da graça, sentia os consolos de Jesus e Maria. No ano de 1300 foi obrigada, por obediência, a aceitar a direção da nova fundação Cartuxa feminina de Eymeux, aonde veio a falecer santamente, em 25 de novembro de 1303. Ali sepultada, vieram os relatos de vários milagres ocorridos por sua intercessão, o que veio a difundir a sua devoção entre os fiéis. Seu corpo acabou por ser transladado para a Cartuxa de Parmênia, onde recebeu honrosa sepultura, e estendendo-se a sua veneração a todo o país, e especialmente à Ordem. Como a Ordem da Cartuxa, na sua humildade, não toma a iniciativa de abrir processos de beatificação ou canonização, o Papa Pio IX, em 1869, decretou que a Serva de Deus, Beatriz de Ornacieux, monja Cartuxa, Virgem, devia continuar a ter o culto que os povos lhe tributavam com o título de Beata, desde tempos imemoriais.
 
     Beatriz nasceu na segunda metade do século XIII no solar feudal da nobre família dos Ornacieux, nos confins do Delfinado e da Saboia (Sudeste da França).
     Recebeu uma rica educação cristã que a levaria, com apenas 13 anos, a abandonar para sempre o mundo para entrar na cartuxa do Monte de Santa Maria, em Parménie (Isére, França).
     A Beata Margarida d’Oingt, monja cartusiana que a conheceu, nos deixou uma vida escrita em Franco Provençal sob o título original: Li Via seiti Biatrix, virgina de Ornaciu - A vida de Beatriz d'Ornacieux, religiosa de Parménie.
      Admitida na profissão solene, e logo à consagração das virgens, recebeu, de acordo com antigo cerimonial Cartuxo que ainda hoje existe, a cruz, o manípulo e a estola, símbolos de sua vida de penitência, sua força invencível frente aos ataques do demônio, sua submissão à vontade do Senhor, e abandono completo às mãos da Providência Divina.
     Segundo a Beata Margarida, desde o início como monja, Beatriz se destacou pela santidade de vida. Manifestou sempre muita caridade e uma profunda humildade de coração; procurava em tudo ajudar a suas irmãs de religião e manifestou uma grande capacidade para sofrer. Sua obediência extrema e sua fidelidade à vida de oração foram outros aspectos característicos de sua vida. Nosso Senhor lhe concedeu o dom das lágrimas e em tal grau, que esteve a ponto de perder a vista em várias ocasiões. Seu grande desejo foi sempre fazer a santa vontade de Deus.
     Um dia, diante do Sacrário, pedia a Nosso Senhor que a tirasse do mundo para se colocar a salvo dos contínuos ataques do demônio; porém, uma voz saída do Sacrário a proibiu desejar outra coisa a não ser fazer a vontade do Senhor. Então sentiu interiormente que seu desejo de morrer mudava em um imenso anelo de viver para a maior glória de Deus, e suplicou ao Senhor que lhe concedesse a saúde que em tantos momentos lhe faltava devido a suas numerosas enfermidades. Uma vez mais, a voz do Senhor se fez ouvir dizendo: “Recebe as consolações que te dou e não recuses os sofrimentos que te envio”. A partir de então, dirigida por estas comunicações divinas, não desejou senão aquilo que fosse da vontade de Deus, convertendo-se em um modelo de confiança e de abandono na Divina Providência.
     Amou profundamente a penitência, expressão de seu amor pela Cruz. Se entregava a prolongados jejuns e a disciplinas. Foi especialmente devota da Paixão de Cristo e foi agraciada com dom de trazer consigo estigmas, que traziam-lhe indizíveis sofrimentos, físicos e morais, devido ao imenso sentimento de indignidade que a invadia. 
     Teve que suportar os assaltos frequentes do demônio, que em especial a tentava contra a virtude da santa pureza, colocando-a diante de representações obscenas, às quais sempre resistiu com invencível pureza de alma e de corpo. Em meio a estes ataques do inimigo e das vitórias da graça, sentia os consolos de Jesus e Maria.
     Em 1301 foi enviada, com três companheiras (Luisa Allemman de Grésivaudan, Margarida de Sassenage e Ambrosina de Nerpol), a Eymeux, na diocese de Valence, para fundar um novo mosteiro. Depois outras jovens ingressaram no mosteiro, apesar da extrema pobreza em que deveriam viver.
      Beatriz faleceu em 25 de novembro de 1303, segundo outros em 1309. Sepultada, vieram os relatos de vários milagres ocorridos por sua intercessão, o que veio a difundir a sua devoção entre os fiéis. Seu corpo acabou por ser transladado para a Cartuxa de Parménie, onde recebeu honrosa sepultura, estendendo-se a sua veneração a todo o país, e especialmente à Ordem.
     Quando duas das suas companheiras de fundação morreram, os seus despojos foram transportados para Parménie e conservados no Santuário dos Olivetanos até 1901. Atualmente estão no presbitério da igreja de Rancurel.
     Como a Ordem da Cartuxa, na sua humildade, não toma a iniciativa de abrir processos de beatificação ou canonização, o Papa Pio IX, em 1869, decretou que a Serva de Deus, Beatriz de Ornacieux, monja Cartuxa, Virgem, devia continuar a ter o culto que desde tempos imemoriais os povos lhe tributavam, com o título de Beata.
    Não obstante Beatriz ter vivido há sete séculos, o seu culto não esmoreceu: após a sua beatificação, em 1897 foi construída uma graciosa capela nos quarteirões de Bessieux, nos arredores de Eymeux. Ela fica em um belvedere que domina Isère e o antigo porto de Ouvey. A capela é rodeada de árvores do Monte Saint-Martin. A construção é até hoje local de peregrinação; todos os anos há uma procissão no primeiro domingo de setembro.

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