sábado, 23 de novembro de 2024

Beata Maria Cecília Cendoya y Araquistain, virgem e mártir – 23 de novembro

Martirológio Romano: Em Madrid, capital de Espanha, Beata Maria Cecília (Maria Felicidade) Cendoya y Araquistain, virgem, da Ordem da Visitação de Santa Maria, e mártir, que, na grande perseguição, ao ver que suas irmãs haviam sido presas, se entregou espontaneamente na mesma noite aos milicianos, e ao lado delas confirmou o testemunho de sua fé com o supremo sacrifício da vida († 1936).  A pequena Maria Felicidade fez sua entrada na vida no lar católico de Antônio Cendoya e Isabel Araquistain no dia 10 de janeiro de 1910, em Azpeitia (Guipúzcoa), Navarra. Cresceu feliz ao lado de suas irmãs. Seus pais imprimiram no coração de suas filhas o santo temor de Deus e uma sólida piedade. Embora tivesse um temperamento muito vivo, seu amor a Maria Santíssima fez com que pudesse superar seu temperamento para ser religiosa, como desejava. Sua mãe dizia que ela possuía algo diferente das demais, mas quando ela manifestou o desejo de ser religiosa, ela lhe disse: “Você monja, com esse gênio?... Você tem que corrigir esse gênio se quiser ser monja”. E sua mãe dizia que ela mudou desde aquele momento. Decidida e alegre, aos 20 anos ingressou no Primeiro Mosteiro da Visitação de Madrid, em 9 de outubro de 1930. Em sua tomada de hábito recebeu o nome de Maria Cecília. Seu temperamento vivo contrastava com seu caráter amável, simples, humilde, abnegado e muito serviçal. “Era o Anjo das pequenas práticas”, costumava dizer as Irmãs.

     Desde o princípio sofreu todas as consequências da perseguição religiosa: distúrbios, queimas de igrejas e conventos, dispersão de sua comunidade, etc. Ela teve muitas oportunidades de voltar para sua família, mas por amor a Jesus e a sua vocação nunca aceitou as propostas e sempre dizia com grande firmeza que por nada neste mundo deixaria o convento.
     Era simples, humilde. Tímida, costumava cantar para Nossa Senhora enquanto trabalhava. Se distinguia por sua fidelidade, espírito de recolhimento e de mortificação, sempre consciente de viver na presença de Deus. Foi a Irmã que mais sofreu; era a mais jovem e estava a pouco tempo no convento, não conhecia ninguém e, como era basca, não sabia bem o castelhano; tudo isto ajudou a ser mais penosa a sua última solidão, porém Deus velava por ela e a cumulou de fortaleza. Quando as Irmãs morreram, confessou sua condição de monja e a fuzilaram três dias depois no cemitério de Vallecas.
     Foi beatificada em 10 de maio de 1998.
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