domingo, 31 de maio de 2015

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista. A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma. A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador. O encontro das duas Mães é a verdadeira explosão de salvação, de alegria e de louvor ao Criador. Dele resultou a oração da Ave Maria e o cântico do "Magnificat", rezados e entoados por toda a cristandade aos longos destes mais de dois milénios. Desde 1412, Nossa Senhora da Visitação é festejada especialmente pelos italianos da Sicília, como a Padroeira da cidade da Enna. Mas nem todo o mundo cristão celebrava esta veneração, por isto foi confirmada no sínodo de Basileia em 1441. Os portugueses sempre a celebraram com muita pompa, porque rei D. Manuel I, o Venturoso, que governou entre 1495 e 1521, escolheu Nossa Senhora da Visitação a Padroeira da Casa de Misericórdia de Lisboa, e de todas as outras do reino. Foi assim que este culto chegou ao Brasil Colónia, primeiro na Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, depois se disseminou por todo território brasileiro. Antigamente os fieis faziam uma enorme procissão até os Hospitais da Misericórdia para levar conforto aos enfermos e suas doações às instituições. Hoje, as paróquias enviam as doações recolhidas com antecedência, para as Pastorais dos enfermos, que actuam com os voluntários junto às Casas de Saúde mais deficitárias. Tudo para perpetuar a verdadeira caridade cristã, iniciada pela Mãe de Deus ao visitar a santa prima levando sua amizade e ajuda quando mais precisava. Em 1978, a Madre Maria Vincenza Minet foi chamada pelo Senhor para fundar uma congregação de religiosa sob o carisma de Nossa Senhora da Visitação. Com o apoio do Bispo de Assis, nesta cidade da Itália nasceu as Servas da Visitação em 1978, para abrirem missões a fim de atender as necessidades dos mais pobres e marginalizados em todos os continentes. Hoje, além da Itália, actuam na Polónia, Filipinas, África e Brasil.

CAMILA BATISTA DE VARANO Religiosa, Mística e Beata 1458-1524

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito. Aos dezoito anos, já sentia o chamado para a vida religiosa, mas continuava atraída pela vida e os divertimentos da corte. Quando conseguiu afastar todas as tentações, pediu a seu pai para ingressar num convento. Ele foi categórico e não permitiu. Camila ficou sete meses doente por causa disso. Seu pai fez de tudo, mas ela não desistiu. Após dois anos, acabou consentindo. Assim, aos vinte e três anos, em 1481, ingressou no mosteiro das clarissas, em Urbino, tomando o nome de irmã Baptista e vestindo o hábito da Ordem. O príncipe, entretanto, queria a filha próxima de si. Por isso comprou um convento da região e entregou aos franciscanos, para que o transformassem num mosteiro de clarissas. O primeiro núcleo saiu de Urbino, trazendo nove religiosas, entre as quais irmã Camila Baptista, como a chamavam, que se tornou a abadessa do novo mosteiro de Camerino. Os anos que se sucederam foram de grandes experiências místicas para Camila Baptista, sempre centradas na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Escreveu o famoso livro "As dores mentais de Jesus na sua Paixão", que se tornou um guia de meditação para grandes santos. Depois ela própria se tornou uma referência para as autoridades civis e religiosas que procuravam seus conselhos. Morreu com fama de santidade, em 31 de maio de 1524, nesse mosteiro. A cerimónia do funeral se desenvolveu no pátio interno do palácio paterno. Foi declarada beata Camila Baptista de Varano pela Igreja, para ser celebrada no dia de sua morte.

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715. A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida. Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888.

S. Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240

O espanhol Raimundo Nonato, viveu no século XIII, e se rebelou contra a escravidão que na época era tida como natural por muita gente. Em 1224, entrou na ordem dos mercedários, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos islâmicos, que eram levados para prisões na Argélia. São Raimundo não queria apenas libertar os escravos, mas lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles. Capturado e preso na Argéliaa, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 cardeal pelo papa Gregório IX; todavia, no início de seu caminho para Roma padeceu violentas febres pela qual morreu. Recebeu a alcunha de Nonato (em catalão Nonat) porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época. É considerado o patrono das parteiras e obstetras. http://pt.wikipedia.org

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo S. Mateus 28,16-20.
Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja 
Sermões para o domingo e as festas dos santos 
«Um só Deus, um só Senhor, na trindade das pessoas e na unidade da natureza» (Prefácio)
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são de uma só substância e de uma inseparável igualdade. A unidade está na essência, a pluralidade nas pessoas. O Senhor indica abertamente a unidade da essência divina e a trindade das pessoas quando diz: «Baptizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.» Não diz «nos nomes», mas «em nome», mostrando assim a unidade da essência. Em seguida, porém, emprega três nomes, para mostrar que há três pessoas. 
Nesta Trindade se encontra a origem suprema , a beleza perfeita, a alegria bem-aventurada de todas as coisas. A origem suprema, afirma Santo Agostinho no seu livro sobre a verdadeira religião, é Deus Pai, de quem provêm todas as coisas, de quem procedem o Filho e o Espírito Santo. A beleza perfeita é o Filho, a verdade do Pai, que em nada se distingue dele, que veneramos com o Pai e no Pai, que é o modelo de todas as coisas, porque tudo foi feito por Ele e tudo se refere a Ele. A alegria bem-aventurada, a soberana bondade, é o Espírito Santo, que é o dom do Pai e do Filho; e devemos crer e manter que este dom é exactamente como o Pai e o Filho. 
Ao contemplar a criação, concluímos pela Trindade de uma só substância. Apreendemos um só Deus: Pai, de quem somos, Filho, por quem somos, Espírito Santo, em quem somos. Príncipe, a quem recorremos; modelo, que seguimos; graça, que nos reconcilia.

O BUQUÊ DO PASTOR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Em tempos passados, sob a clara manhã de maio, uma criança pediu um buquê de flores a um senhor idoso que estava cuidando das roseiras do seu jardim. Trajava sobre-casaca e tinha nas mãos, uma tesoura de podar. 
- "Lógico! - respondeu o velho homem. - Tu terás o teu buquê. Mas o que farás com ele?" 
- "É para a Virgem Maria."
Ouvindo da criança que o buquê destinava-se à Virgem Maria, o homem sorriu misteriosamente, e continuou: 
- "Terás as flores que desejas!"
Com a tesoura de podar pôs-se a cortar as rosas mais belas. E para embelezar o buquê, mais ainda, juntou-lhe galhos de belas silindras, carregadas de flores brancas que exalavam suave aroma. A criança recebeu o buquê e agradeceu, não com os lábios, mas com os olhos. Os olhos do ancião responderam aos da criança e um sorriso, mais misterioso que o primeiro, iluminou o seu rosto. Era o antigo pastor da aldeia. Que exemplo comovente de ecumenismo! 
Ave, Maria cheia de graça! O Senhor é contigo! Bendita és tu entre as mulheres. E bendito é o fruto do teu ventre, Jesus.Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!

31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
1- Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
2- Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus, conforme lhe foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária. 
3- E por que não? Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
4- Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Recomende este portal aos seus amigos:

Homilia da Solenidade da SSma. Trindade (31.05.15)“Pai, Filho e Espírito Santo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Oh Trindade, nós Vos louvamos
            Louvamos pelo que sois, Trindade santa; Louvamos pelo que fez e faz por nós; Louvamos pela comunhão que nos concedeis! Dizer um Deus em Três Pessoas Divinas é professar o dogma fundamental de nossa fé cristã. Este augusto mistério nos foi revelado por Jesus Cristo e constitui a fonte de vida para todos os que acolheram as palavras de Jesus. Para falar sobre a Santíssima Trindade só pode ser quem vive esse mistério com intensidade, como vemos em tantos santos. É o que nos falta. Impressionou-me ver um tio, que era um homem simples, clamar pela Santíssima Trindade do profundo de sua dor no momento de se despedir de sua filha falecida. Isso mostra que nela nos movemos e somos. O louvor a Deus é o alimento de nossa vida. Reconhecer Deus é sabedoria espiritual e maturidade humana, pois o ser humano só consegue ser completo quando é capaz de saber de onde veio e para onde vai. Negar a Deus é desconhecer a si mesmo e sua dimensão maior. Somos mais que um punhado de carne com inteligência. Deus Trindade não nos diminui, pelo contrário, nos faz completos. Os que O negam é porque O reconhecem como existente, do contrário não precisariam negá-Lo. O louvor não consiste em palavras, mas na aceitação deste diálogo vital entre a criatura e o Criador. Por isso rezamos no salmo: “Para Vós, até o silêncio é louvor” (Sl 65,1). Como podemos perder a força desse encontro que nos toma por inteiro? Se a vida pode ser pesada no dia a dia, temos certeza que sermos saciados por essa Presença que preenche a eternidade na densidade de realização e completa satisfação. Ao nos abrirmos ao diálogo em nosso dia temos o eterno que invade nosso cotidiano. Teremos o sentido e o significado de tudo o que fizermos e buscarmos.
Abba, Pai!
            Aprendemos de Jesus como amar o Pai, pois, unidos a Ele nós estamos em contínuo louvor e ação de graças. Quem reza em nós é o Espírito. O mesmo Espírito que unia Jesus ao Pai, nos une também a Ele nesse mesmo diálogo amoroso de tal modo que Rezamos em Cristo e Cristo reza em nós. Entramos no relacionamento de Jesus como Pai e podemos dizer com Ele Abba, que significa Papai. O relacionamento de Jesus com o Pai era de total carinho e abertura ao amor. Essa é a oração que nos ensina: Orar é contemplar amando. Só assim poderemos dizer: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. A liturgia de hoje nos ensina o mistério em sua teologia e nos ensina a pedagogia do amor que responde. Depois de ouvirmos tanto sobre o Deus vingativo e repressor que ameaça, ouvimos sobre o Deus misericórdia que quer que todos tenham vida e a tenham em abundância.  Responder ao amor é a adoração que a Trindade espera de nós.
                 Um Deus que se faz misericórdia            
Todos os atos de Deus em relação a nós são atos de amor misericordioso. A própria criação é a primeira expressão desse amor como rezamos no salmo 32. Moisés relata a grandeza da ação de Deus. Ele é o Deus que escolheu o povo dentre todos os povos. Salvou-o da escravidão. Servir e amar esse Deus é garantia de felicidade e vida longa. Não podemos imaginar um Deus diferente do Deus amor. Se seu mistério é profundo, mais profundo é seu amor libertador. Cristo ao vir a nós para nos acolher nessa Vida, nos garante se sofrermos com Ele, somos glorificados com Ele (Rm 8,17). Vivemos sempre voltados para a Trindade, pois toda celebração se inicia com o sinal da cruz, obra da Salvação realizada por Cristo em união com o Pai e o Espírito. A cruz domina o universo.
Leituras: Deuteronômio 4,32-34.39-40;Salmo 32;Romanos 8,14-17;Mateus 28,16-20 
1.   Celebrar a Santíssima Trindade é louvar o Deus Uno e Trino. É um mistério acessível a nós pelo amor. Reconhecer Deu sé uma sabedoria espiritual e maturidade humana. Deus não nos diminui, mas nos faz completos. O louvor é o acolhimento do diálogo vital entre criatura e Criador. 
2.   Aprendemos com Jesus como amar o Pai. Quem reza em nós é o Espírito Santo que nos une ao amor do Filho pelo Pai e do Pai pelo Filho. A liturgia nos introduz na pedagogia do amor que responde. Deus é misericórdia e quer que todos tenham vida. Responder ao amor de Deus é a adoração. 
3.   Todos os atos de Deus são atos de amor misericordioso. A criação, a escolha de um povo e a libertação do sofrimento do Egito são atos de misericórdia. Participando de seus sofrimentos, participamos de sua glória. Toda celebração se inicia com o sinal da cruz. 
            Meu pai é rico. 
Santíssima Trindade! A fé cristã professa com verdade e fonte de vida que há um só Deus em três Pessoas distintas. Nós adoramos Deus Trindade. Quer dizer que reconhecemos que Dele dependemos e para Ele dirigimos nossa vida e como Ele vivemos. É uma Unidade na diversidade de missão. Onde age um, agem as três Pessoas unidas, pois em Deus não há separação nem anulação das Pessoas.
É um dogma de nossa fé. É um mistério insondável: pois podemos sempre conhecer melhor. É inefável: Nunca explicaremos o suficiente. É fonte do amor, razão de nosso amor e finalidade de nosso amor. É importante, nas missas, fazer bem a oração do Creio em Deus Pai. É nossa profissão de fé. 
Todas as ações de Deus entre nós foram de salvação e libertação. Deus sempre toma a iniciativa no amor que tem por nós.
Que Deus há tão grande que tenha se manifestado com tantos sinais em favor do povo? Guarda suas leis e será feliz. Esse Deus nos convida a ter um relacionamento de filhinhos queridos, chamando-o de Abba! Paizinho. O Espírito nos põe em relacionamento com a Trindade. Jesus nos manda levar a todos esse anúncio e fazer discípulos seus todos os povos.
Esse Pai tem todas as riquezas. Por que passar tanta fome de tudo no mundo? 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 ‒ Domingo ‒ Santíssima Trindade ‒ Santos Câncio, Petronila, Pascásio 
Evangelho (Mt 28,16-20) “Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” 
Depois daqueles dias passados com Jesus ressuscitado, os discípulos estavam preparados para um novo tempo, em que não teriam a presença visível do Senhor. Dalí em diante teriam de começar uma nova caminhada, cheia de surpresas e obstáculos, desilusões e vitórias, confiados apenas na presença oculta do Salvador. Começava para eles o nosso tempo, o tempo da fé. Receberam uma missão que será sua vida: conquistar discípulos, formá-los para uma vida nova. Deviam ir ao mundo, aos povos todos para de todos formar um só. Deviam mergulhar (batizar) esses novos discípulos na vida da Trindade, na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Unidos a Cristo e por ele enviados, seriam os formadores do novo povo de Deus, povo fraterno e livre. 
Oração
Senhor, imagino que os discípulos sentiram muita falta de vossa presença, e muitas vezes se terão lembrado dessa despedida e da missão recebida. Só puderam ir até o fim porque acreditaram de fato em vossa promessa. No íntimo do coração sabiam que estáveis sempre a seu lado. Ou melhor, sabiam que estáveis neles e eles estavam em vós. É dessa mesma fé que eu também preciso, Senhor, para ter a coragem de continuar, mesmo quando parece não haver caminho. Creio que estais comigo, agindo em mim para minha salvação, e através de mim para a salvação dos que me confiastes. Fazei que essa certeza seja a alegria de minha vida, a coragem nos momentos difíceis e a esperança quando estiver chegando o fim da estrada. Ficai conosco, Senhor. Amém.

sábado, 30 de maio de 2015

SANTA JOANA D’ARC Guerreira do Altíssimo

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão
*****
O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação:
"O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

FERNANDO III Rei de Castela e Leão, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história. Em 1225, teve que pegar em armas contra os invasores árabes, mas levou em sua companhia o arcebispo de Toledo, para que o ajudasse a perseverar os soldados na fé. Queria, com a campanha militar, apenas reconquistar seus domínios e propagar o catolicismo. Vencida a batalha, com a expulsão dos muçulmanos, os despojos de guerra foram utilizados para a construção da belíssima catedral de Toledo. Durante seu reinado, cidades inteiras foram doadas às ordens religiosas, para que o povo não fosse oprimido pela ganância dos senhores feudais. Com a morte do pai em 1230, foi coroado também rei de Leão. Em seguida, chefiou um pequeno exército, aos seus moldes, e reconquistou dos árabes ainda Córdoba e Sevilha, onde edificou a catedral de Burgos. Pretendia lutar na África da mesma forma, mas foi acometido de uma grave doença. Morreu aos cinquenta e três anos, depois de despedir-se da família, dos amigos e companheiros, no dia 30 de maio de 1252, em Sevilha. Imediatamente, o seu culto surgiu e se propagou rapidamente por toda a Europa, com muitas graças atribuídas à sua intercessão. Foi canonizado pelo papa Clemente X, em 1671, após a comprovação de que seu corpo permaneceu incorrupto. São Fernando III é venerado, no dia de sua morte, como padroeiro da Espanha.

JOSÉ MARELLO Bispo, Santo 1844-1895

José Marello nasceu em 26 de Dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o frequentou até o final da adolescência, quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese. José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias. Muitas vezes, pensou em tornar-se um monge contemplativo, entretanto sua forte vocação para as necessidades sociais o fez seguir o exemplo do carisma dos fundadores, mais tarde chamados de "santos sociais", do Piemonte. Corajosamente, assumiu a responsabilidade dos problemas reais da época, sem se preocupar com o Estado, que fechava conventos, seminários e confiscava os bens da Igreja, sempre convicto de que os mandamentos não lhe poderiam ser confiscados por ninguém. Muito precisava ser feito, pois cresciam a miséria, o abandono, as doenças, a ignorância religiosa e a cultural. Mas, José também tinha de pensar nas outras pequenas paróquias da diocese, em condições precárias, e ainda, não podia deixar de estimular os padres, de cuidar da formação religiosa das crianças e jovens e de socorrer e amparar os velhos. Por isso decidiu criar uma "associação religiosa apostólica", em 1878, em Asti. O início foi muito difícil, contando apenas com quatro jovens leigos. Mas a partir deles fundou, depois, a Congregação dos Oblatos de São José, integrada por sacerdotes e irmãos leigos, chamados a servir em todos os continentes. Os padres Josefinos pregam, confessam, educam, fundam escolas, orfanatos, asilos, constroem igrejas e seminários. Dedicando-se igualmente aos jovens, velhos, doentes, por isso seu fundador os chamou de "oblatos", ou seja, "oferecidos" a servir em todas as circunstâncias. Em 1888, o papa Leão XIII consagrou José Marello bispo de Acqui. Porém, já com o físico muito enfraquecido pelo ritmo do serviço que nunca conheceu descanso ou horário, quando foi para a cidade de Savona, acompanhar a festa de São Filipe Néri, passou mal e morreu, aos cinquenta e um anos de idade, no dia 30 de Maio de 1895. O papa João Paulo II canonizou-o em 2001. A festa de são José Marello é celebrada no dia de sua morte e seu corpo repousa no santuário que recebeu o seu nome, em Asti.

Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basilea Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. 
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo S. Marcos 11,27-33.
Naquele tempo, Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Quando Ele andava no templo, aproximaram-se os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes isto? Quem Te deu autoridade para o fazeres?». Jesus respondeu: «Vou fazer-vos só uma pergunta. Respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço isto. O batismo de João era do Céu ou dos homens? Respondei-Me». Eles começaram a discorrer, dizendo entre si: «Se dissermos: ‘É do Céu’, Ele dirá: ‘Então porque não acreditastes nele?’. Vamos dizer-Lhe que é dos homens?». Mas eles temiam a multidão, pois todos pensavam que João era realmente um profeta. Então responderam: «Não sabemos». Disse-lhes Jesus: «Também Eu não vos digo com que autoridade faço isto». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 167; CCL 248, 1025; PL 52, 636 
«João Baptista veio até vós [...] e não acreditastes nele» (Mt 21,32)
«João Baptista proclamava: 'Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus'» (Mt 3,1). [...] Bem-aventurado João, que quis que a conversão precedesse o julgamento, que os pecadores não fossem julgados mas recompensados, que os ímpios entrassem no Reino e não na punição. [...] Quando proclamou João esta iminência do reino dos Céus? O mundo estava ainda na sua infância [...]; mas para nós, que hoje proclamamos essa iminência, o mundo está extremamente velho e cansado. Perdeu as forças, perde as faculdades; os sofrimentos acabrunham-no [...]; clama o seu enfraquecimento, ostenta todos os sintomas do fim. [...] 
Vamos a reboque de um mundo que se evade; esquecemos os tempos que aí vêm. Estamos ávidos de actualidade, mas não temos em consideração o julgamento que se aproxima. Não acorremos ao encontro do Senhor que chega. [...] 
Convertamo-nos irmãos, convertamo-nos depressa. [...] O Senhor, pelo facto de tardar, de ainda esperar, revela o seu desejo de nos ver voltar para Ele, o desejo de que não pereçamos. Na sua grande bondade, continua a dirigir-nos estas palavras: «Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim na sua conversão, de maneira que ele tenha a vida» (Ez 33,11). Convertamo-nos, irmãos; não tenhamos medo de o tempo estar a acabar. O tempo do Autor do tempo não pode ser encurtado. A prova disso é aquele malfeitor do Evangelho que, na cruz e na hora da sua morte, escamoteou o perdão, se apoderou da vida e, ladrão do paraíso com arrombamento, conseguiu penetrar no Reino (Lc 23,43). 

O SÁBIO CONSELHEIRO DO REI

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Existiu um rei que tinha como seu conselheiro, um homem muito sábio. Para qualquer problema que surgisse, o sábio tinha uma solução. Até que um dia o velho sábio caiu enfermo para não mais se levantar. E agora! A quem recorrer nos momentos difíceis? E desabafava-se com seu conselheiro:
- Meu velho amigo, a quem vou recorrer quando não mais existires? Alem da saudade que vou sentir, quem resolverá meus problemas? 
Ao ver seu desespero, o sábio revelou-lhe o segredo que abria um compartimento secreto, onde estaria a solução. Mas recomendou que só abrisse quando tivesse um problema impossível de resolver. O sábio morreu e passaram vários anos. O rei viu-se muitas vezes cercado de problemas e tentado a abrir o compartimento secreto para resolvê-los mais depressa. Mas vencia a tentação, porque a advertência do saudoso sábio vinha sempre na lembrança: 
“Só abrir quando tiveres um problema que pensas não ter solução!” 
Um dia chegou esse momento inexorável em que não havia outra solução diante de um problema, a não ser recorrendo ao segredo . Com mãos trêmulas quebrou o selo e abriu o compartimento secreto. Dentro havia apenas um papelzinho onde se lia: 
“Também este vai passar. Reze e lute”. 
Lição: Nossa tendência é procurar sempre o mais fácil. Soluções fáceis nos tornam acomodados. Deus ajuda a quem madruga, mas não a quem se espreguiça. - Jorge E. Chan, de Panamá

30 DE MAIO – A JOVEM QUE SALVOU A FRANÇA

Santa Joana D’Arc (1412-1431) passou a infância trabalhando no campo. Nunca aprendeu a ler e a escrever. Dotada de uma inteligência inata, mas sem maior formação, aos 14 anos começou a ouvir vozes misteriosas e celestiais, convocando-a para salvar a França e repor o rei no trono.Diante da situação desesperadora do exército francês derrotado e humilhado, não duvidou em expor ao Delfim (mais tarde Carlos VII) a missão que recebeu do céu de salvar a França. Ganhou dez mil soldados para essa tarefa. Em 1429, usando a armadura branca marchou à frente do exército. Sua presença e sua fé inquebrantável levantaram a moral das tropas. Venceu várias batalhas e reconquistou a coroa para o Delfim. Missão cumprida. Mas foi traída e vendida aos ingleses, que atribuíram seu êxito a uma bruxaria. Encarcerada em Rouen, acusada de heresia, foi submetida a diversos interrogatórios humilhantes. Os juízes declararam falsas e diabólicas suas visões. Foi levada ao cemitério de Rouen diante de uma grande multidão e intimada a se retratar. Não o fez, porém. Voltou para a prisão e foi condenada ao suplício da fogueira. Morreu olhando para um crucifixo e exclamando :
“Jesus! Jesus! Jesus!”
Este foi um dos processos mais tenebrosos e infames da História. Poucos anos depois, foi revisto, e reconhecida sua inocência. Para reparar o mal, a Igreja abriu outro, o da canonização, o que aconteceu em 1920. É a segunda padroeira da França. 
José Marello (1844-1895). Italiano nascido em Turim. Era inteligente, alegre, idealista. Devotissimo de São José. Fundou até a Congregação dos “Oblatos de São José” para cuidar da juventude.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Recomende este portal aos seus amigos:

REFLETINDO A PALAVRA - Segredos da felicidade

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
304.Oração do casal
            A espiritualidade matrimonial está unida ao coração de Cristo que ama sua Igreja e por ela reza ao Pai. Em sua missão de profeta a instrui, como pastor a conduz e como sacerdote une-a a Deus, o Pai. Cristo leva ao Pai o louvor de todo o povo, e dEle, nos traz a santificação. Santificação é a presença de Deus em nós. A liturgia é o primeiro lugar no qual se realiza o diálogo com Deus Pai. Cristo continua sua oração na oração de seus irmãos. Essa oração se estende às orações pessoais no segredo do coração. O casal, de modo todo especial, continua a oração de Cristo Esposo. Os cônjuges realizam de modo excelente a palavra de Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). O matrimônio os faz unidos em Cristo, pois isso é oração. A primeira oração do casal é estarem unidos em Cristo pelo amor um ao outro. O amor se faz oração. Nesse amor surge o diálogo com Deus. Dialogar é conversar com Deus a respeito do cônjuge. A oração que nasce do amor, continua a doação de vida pelo outro, na súplica ou no agradecimento pelo cônjuge. O interesse pelo outro diante de Deus vai sustentar sua vida matrimonial. “Entre ele e ela o elo é Ele”. Essa oração feita juntos será forte elo de união e santificação. Rezar pelo outro é de grande responsabilidade e de grande caridade. É amar o outro em Deus. Assim faz Cristo por sua Igreja. Jesus reza: “Que eles sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21). Essa oração os faz um espiritualmente para que sejam um só coração, uma só carne e um só amor.
305. Diálogo
            Do diálogo com Deus, pode-se passar ao diálogo entre si. Creio que jamais haverá um diálogo bom entre os dois, se não tiverem dialogado com Deus. Depois desse dialogo, seguramente poderão superar as dificuldades de um diálogo sobre a vida, os problemas, o futuro, os filhos, as dificuldades, os erros, as diferenças pessoais, os projetos, vida a muitos, e tanta coisa mais, mesmo o pecado que se cometem um contra o outro. É o momento de cada um não procurar a si, a suas razões, mas de procurarem juntos a direção. Na conversa (discussão) cada um procura defender a própria opinião buscando sobretudo acusar ou escusar-se. No diálogo divino e humano, a principal busca é entender e acolher para juntos se entenderem. O casal precisa conversar muito. Quando eram namorados passavam tanto tempo conversando. Depois que se casam acaba o namoro e a conversa, e às vezes o casamento. Uma de minhas sobrinhas, dormindo uma noite no quarto de seus tios disse-lhes depois: “Acho bonito vocês ficarem conversando durante a noite”. Esse diálogo é também fundamental na velhice. É o momento da memória agradecida, lembrando um ao outro as belezas da vida que viveram juntos. A velhice solitária deve ser muito dura.  E há!
306. Gostar da diferença
            O casamento é construído sobre a diferença de sexo, de tradição, formação, educação e tanta coisa mais. O diálogo é o aventureiro que procura ir conhecendo as preciosidades de cada um. É uma mútua educação que leva a construir a unidade e até serem como que iguais. Cada um é um mistério a ser descoberto, uma terra a ser conquistada. Quem não aceita a diferença, não pode se casar. Que maravilha é a diversidade. Os filhos são como os dedos das mãos: cada um de um jeito. São uma riqueza. Gostar da diferença é já sair de si, de seu egoísmo e individualismo. Colocar a própria diferença no modo de ser e viver enriquece e gera felicidade.  

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ‒ Sábado ‒ Santa Joana d’Arc 
Evangelho (Mc 11,27-33) “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 
Os adversários de Jesus contestavam não apenas o fato de ter expulsado os vendedores do Tempo. Questionavam toda a sua pregação, seu modo de falar sobre Deus e nosso relacionamento com ele. Porque não adiantaria, pois não queriam acreditar, Jesus recusou-se a dar-lhes resposta. É a fé, esse dom de Deus, que nos leva a reconhecer Jesus como nosso mestre e único salvador. 
Oração

Senhor Jesus, agradeço o dom da fé, e a ajuda que me destes para que pudesse acreditar em vós. Aumentai minha fé, meu comprometimento convosco, para que viva sempre mais seguindo vossos passos. Sei que enfrentarei dificuldades, mas tenho certeza que somente convosco posso encontrar paz e felicidade. Dai-me firmeza e perseverança para que nunca vos deixe. Amém.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Santa Theodósia de Constantinopla

Theodósia era uma freira em Constantinopla em meados de 18º século quando o p imperador estava destruindo imagens de Jesus, da Virgem Maria e dos santos.Uma das imagens de Cristo era muito querida por Theodósia .I O imperador enviou um de seus oficiais para quebrá-la em vários pedaços .Quando ele subiu a escada para alcançar o ícone acima da porta de seu convento e fazer o ato sacrílego, Theodósia sacudiu a escada e ele caiu no chão e morreu. Não satisfeita com isso Theodósia liderou um grupo de mulheres para atirar pedra no palácio do patriarca de Constantinopla que apoiava a destruição dos ícones.As autoridades prenderam e puniram as mulheres cristãs, mas Theodósia que liderava a rebelião foi duramente torturada e morta. Isto aconteceu em 745 DC. Sua festa é celebrada no dia 29 de maio.

S. Fernando, rei de Leão e Castela, +1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história. Em 1225, teve que pegar em armas contra os invasores árabes, mas levou em sua companhia o arcebispo de Toledo, para que o ajudasse a perseverar os soldados na fé. Queria, com a campanha militar, apenas reconquistar seus domínios e propagar o catolicismo. Vencida a batalha, com a expulsão dos muçulmanos, os despojos de guerra foram utilizados para a construção da belíssima catedral de Toledo. Durante seu reinado, cidades inteiras foram doadas às ordens religiosas, para que o povo não fosse oprimido pela ganância dos senhores feudais. Com a morte do pai em 1230, foi coroado também rei de Leão. Em seguida, chefiou um pequeno exército, aos seus moldes, e reconquistou dos árabes ainda Córdova e Sevilha, depois do que edificou a catedral de Burgos. Pretendia lutar na África da mesma forma, mas foi acometido de uma grave doença. Morreu aos cinquenta e três anos, depois de despedir-se da família, dos amigos e companheiros, no dia 30 de maio de 1252, em Sevilha. Imediatamente, o seu culto surgiu e se propagou rapidamente por toda a Europa, com muitas graças atribuídas à sua intercessão. Foi canonizado pelo papa Clemente X, em 1671, após a comprovação de que seu corpo permaneceu incorrupto. São Fernando III é venerado, no dia de sua morte, como padroeiro da Espanha.

S. Félix de Nicósia, religioso, +1787

Nasceu em Nicosia, Sicília, no ano de 1715, de uma família pobre, mas animada de profunda fé e temor a Deus, unidos a uma grande laboriosidade. O pai começava o dia participando da missa e o encerrava com uma visita ao SS. Sacramento. A mãe, quando dava um pedaço de pão aos filhos, convidava-os a deixar um pouco para os pobres, educando-os desse modo, no amor aos mais necessitados. Félix com a idade de 20 anos pediu para ser admitido no convento dos frades Capuchinhos. Obteve resposta negativa. Mas não desistiu: rezou, implorou, pediu novamente até que, depois de sete anos de provas, em 1743, é admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Frei Félix não precisou de uma transformação no noviciado: pobreza, penitência, humildade, obediência, união com Deus na oração e no trabalho, toda uma vida animada e iluminada no amor de Deus e ao próximo, ele procurou viver também na vida religiosa, numa atmosfera franciscana. Passou quarenta e três anos de vida religiose e gostava de se chamar “o jumentinho do convento”. Passava dia após dia pelas ruas e becos da cidade e pelas localidades próximas, com uma batina velha e remendada, os pés descalços, cabeça descoberta sob a chuva ou sol quente da Sicília, sacola nos ombros o terço nas mãos e o coração em Deus. Era afável e cordial com grandes e pequenos, ricos e pobres, autoridades e gente simples, tendo sempre uma palavra boa para todos, ora consolando, ora admoestando. Sempre agradecia com um alegre "Deo gratias" não só as esmolas, mas também as ofensas e repulsas. Frei Félix dedicava o dia ao apostolado e a noite às orações e penitências. No fim de maio de 1787, adoece de uma febre forte e, no último dia do mês de Nossa Senhora, a quem tinha amado e venerado desde a infância, entrou na paz eterna. Foi canonizado em 2005 pelo Papa Bento XVI.

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo S. Marcos 11,11-25.
Naquele tempo, Jesus, depois de ser aclamado pela multidão, entrou em Jerusalém e foi ao templo. Observou tudo à sua volta e, como já era tarde, saiu para Betânia com os Doze. No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus sentiu fome. Viu então de longe uma figueira com folhas e foi ver se encontraria nela algum fruto. Mas, ao chegar junto dela, nada encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. Então, dirigindo-Se à figueira, disse: «Nunca mais alguém coma do teu fruto». E os discípulos escutavam. 
Chegaram a Jerusalém. Quando Jesus entrou no templo, começou a expulsar os que ali vendiam e compravam: derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas e não deixava ninguém levar nada através do templo. E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? E vós fizestes dela um covil de ladrões». Os príncipes dos sacerdotes e os escribas souberam disto e procuravam maneira de o fazer morrer. Mas temiam Jesus, porque toda a multidão andava entusiasmada com a sua doutrina. Ao cair da noite, Jesus e os discípulos saíram da cidade. Na manhã seguinte, ao passarem perto da figueira, os discípulos viram-na seca até às raízes. Pedro recordou-se do que tinha acontecido na véspera e disse a Jesus: «Olha, Mestre. A figueira que amaldiçoaste secou». Jesus respondeu: «Tende fé em Deus. Em verdade vos digo: Se alguém disser a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te no mar’, e não hesitar em seu coração, mas acreditar que se vai cumprir o que diz, assim acontecerá. Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes e assim sucederá. E quando estiverdes a orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai que está nos Céus vos perdoe também as vossas faltas». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequese baptismal 5 
«Tende fé em Deus»
«Quem achará um homem verdadeiramente fiel?», pergunta a Escritura (Prov 20,6). Não to digo para te incitar a abrires-me o coração, mas para que mostres a Deus a candura da tua fé, a esse Deus que sonda os rins e os corações e que conhece os pensamentos dos homens (Sl 7,10; 93,11). Sim, grande coisa é um homem de fé, mais rico do que todos os ricos. Com efeito, o crente possui todas as riquezas do universo, dado que as despreza e as esmaga aos pés. Porque, mesmo que possuam imensas coisas materiais, que pobres são espiritualmente os ricos! Quanto mais juntam, mais consumidos se sentem pelo desejo daquilo que não têm. Pelo contrário, e esse é o cúmulo do paradoxo, o homem de fé é rico na sua pobreza, porque sabe que apenas precisa de se alimentar e se vestir; contentando-se com isso, pisa aos pés as riquezas. 
E não somos só nós, os que trazemos o nome de Cristo, que vivemos da fé. Todos os homens, mesmo os que são estranhos à Igreja, vivem da mesma maneira. É pela fé no futuro que pessoas que não se conhecem por completo contraem matrimónio; a agricultura baseia-se na confiança de que os trabalhos empreendidos trarão frutos; os marinheiros depositam a sua confiança num frágil esquife de madeira. […] A maior parte dos empreendimentos humanos assenta na fé; toda a gente acredita em princípios. 
Hoje, porém, a Escritura apela à verdadeira fé e traça-nos o caminho que verdadeiramente agrada a Deus. Foi esta fé que, em Daniel, fechou a boca aos leões (Dan 6,23). «Empunhai o escudo com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno» (Ef 6,16). […] A fé sustenta os homens, a ponto de eles conseguirem andar sobre as águas do mar (Mt 14,29). Alguns, como o paralítico, foram salvos pela fé de outros (Mt 9,2); a fé das irmãs de Lázaro foi tão forte, que ele foi chamado dos mortos (Jo 11). […] A fé dada gratuitamente pelo Espírito Santo ultrapassa todas as forças humanas. 
Graças a ela, podemos dizer a esta montanha: «Muda-te daqui para acolá» e ela mudar-se-á (Mt 17,21). 

“VOU CONTAR PARA TUA MÃE”

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CsSR
Aconteceu em 1926, no Santuário de Lourdes, na França. Foi na hora da benção dos enfermos. Na esplanada do Santuário havia centenas de enfermos deitados em macas ou reclinados em cadeiras de rodas, sob a assistência vigilante dos enfermeiros. Entre os enfermos havia um jovem que sofria muito. Temia-se o desenlace a qualquer momento. Momentos antes havia recebido a unção dos enfermos. O celebrante começou a percorrer as fileiras. Com a custódia na mão passou traçando sobre cada deles uma grande cruz. Chegou a vez do rapaz. Recebeu a benção com grande fé e esperança. Mas parece que sua esperança foi frustrada. Não teve nenhuma melhora. Reunindo as forças que ainda lhe restavam, disse num tom de sentida queixa: 
- Jesus, tu não me curaste. Vou contar para tua mãe.
Comovido com este desabafo, o celebrante voltou até o enfermo e deu-lhe a benção com o Santíssimo Sacramento. Desprendeu-se então uma virtude muito forte do Filho de Deus. O milagre aconteceu. O jovem, sentindo-se curado, gritou jubiloso: 
- Jesus, Filho de Maria, tu me curaste. Vou contar para tua mãe para que ela me ajude a agradecer. 
Lição: Tudo o que pedirdes na oração com fé, recebereis (Mt 21,22).

DIA 29 DE MAIO – MARTIRIO COM REQUINTES DE MALDADE

Os adoradores do deus Saturno não gostaram dos primeiros evangelizadores cristãos na região de Trento porque, além de pregar contra a idolatria, recusaram-se a adorar esse ídolo. Eram eles Sisinio, Maltartiri e Alexandre, acólitos e futuros padres (+397). 
Foram surpreendidos na sua igreja e agredidos violentamente. O primeiro, Sisinio, morreu em conseqüência dos maus tratos. Martiri e Alexandre, dois irmãos, foram queimados vivos diante do altar do deus Saturno, usando-se para isso a madeira da mesma igreja que os idólatras destruíram. 
URSULA LEDOCHOWSKA (+1939) nasceu na Austria. Fundadora de uma Congregação Religiosa. Percorreu vários paises da Europa pregando o ecumenismo. Criou novo estilo de vida religiosa. Foi beatificada em 1983.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Recomende este portal aos seus amigos:

REFLETINDO A PALAVRA - “Tu és o Messias”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
E vós quem dizeis que eu sou?
            Os evangelhos narram os ensinamentos de Jesus, mas também nos fazem conhecer o que se passava com Ele. O texto de Marcos 8,27-35 relata um momento difícil para Jesus que veio ao mundo para anunciar a chegada do Reino. Tem consciência de sua missão. A pergunta que fez aos discípulos demonstra como vê sua missão. Humanamente falando está falido. Após ter ensinado tanto e comprovado com Seus milagres, o povo ainda pensa que Ele é ou um profeta ou Elias ou Jeremias. Voltando-se para seus discípulos pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Que fé possuem Seus discípulos? Pedro responde: “Tu és o Cristo (o mesmo que Messias)!” Pedro está manifestando a fé dos discípulos. É o Messias, pois todos os dons estão presentes nEle. Jesus precisava ouvir essas palavras. Está em uma fase difícil de seu ministério. Assim encontra em seus discípulos o apoio a sua missão e não está só. Contudo rejeita toda interpretação política e social que destoe de sua missão. Jesus dá então os ensinamentos fundamentais da missão com a qual os discípulos se comprometem professando sua fé: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia” (Mc 8,31). Pedro não entendendo a lição, chama Jesus à parte e faz-lhe uma repreensão. A resposta não se faz esperar: “Vai para longe, Satanás, tu não pensas como Deus e sim como homem” (32-33). Satanás é o Inimigo, aquele mesmo que estivera com Ele na tentação do deserto. Quantos de nós temos uma fé que não corresponde ao Reino, mas aos homens. Assim somos inimigos de Jesus.
Com a cruz às costas
            Jesus, tendo superado a tentação que lhe sugere Pedro, de abandonar Seu objetivo de ir a Jerusalém e ali sofrer, chama os discípulos e mostra-lhes como seguí-lo nesse caminho nada glorioso que assume. Em Jesus há uma decisão de cumprir a vontade do Pai até o extremo da obediência, pois tem a certeza de que o Pai lhe dá garantia. Chama, então, os discípulos e ensina-lhes como pensa Deus, pois Pedro pensa como os homens. Eles, que professaram sua fé, aprendem que “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar sua vida, vai perdê-la; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la” (Mc 8,34-35). Jesus propõe-se a perder a vida para retomá-la na Ressurreição. Esse é o caminho do discípulo que O confessa como o Messias, Cristo, vindo de Deus.
Crer com as mãos e os pés
            Tiago é muito prático, ensina-nos o que significa crer. Crer em Jesus é tomar sua cruz. O caminho do Calvário se faz pelo amor aos irmãos. A fé é verdadeira quando se transforma em amor, em atos aos irmãos. Fé sem obras é morta, confirma o apóstolo. Vemos em contraposição uma frase de Paulo que escreve: “Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” (Rm 3,28). As obras de que diz Paulo são a obediência à letra da lei. Mas também afirma que “em Cristo nada vale ... a não ser a fé que é operosa através da caridade” (Gl 5,6). Crer é mais que simplesmente ter fé: é caminhar seguindo Jesus no amor; é agir com as mãos, isto é, concretamente. Caminhar é ir atrás dos meios de realizar a caridade. Do contrário, nossa fé será morta e teremos o pensamento dos homens e não de Deus. Quando passamos por momentos difíceis na vida, temos que ver se não são conseqüências de nossa fé que é união com Jesus que sofre por ser fiel ao Pai.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ‒ Sexta-feira ‒ Santos Maximino, Cirilo de Cesareia, Sisínio 
Evangelho (Mc 11,11-26) “Ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto ... encontrou só folhas, pois não era tempo de figos.” 
Temos no trecho três temas distintos: a maldição da figueira, a purificação do Templo, e o poder da oração. Como não era tempo de figos, podemos dizer que Jesus realizou uma ação simbólica, como os antigos profetas. Estaria condenando a esterilidade dos que se apegam à letra da Lei, e lembrando-nos que, tendo recebido tantas graças de Deus, temos de produzir muitos frutos. 
Oração
Senhor Jesus, reconheço que não basta a folhagem das aparências. Minha vida precisa ter conteúdo, não basta parecer; tenho de ser discípulo e seguidor na vida real; não bastam palavras, tenho de produzir frutos. Preciso de vossa ajuda para começar afinal a viver como ensinais, preciso que leveis meu coração para o rumo certo. Assim irei aproveitar mais o tempo que me dais. Amém

quinta-feira, 28 de maio de 2015

São Germano Conhecido também como São Germano de Paris.

Nasceu em Autun, Franca em 496, foi ordenado em 530 e 10 anos mais tarde foi eleito Abade do Monastério de São Sinfrônio. Em 556 ele foi para Paris e quando o bispado ficou vago ele foi nomeado Arcebispo de Paris pelo Rei Childebert I. Em nenhum modo o seu oficio mudou a sua vida de santidade e bondade. Sempre austero, ele continuamente passeava junto dos pobres e nunca os afastava e por isso a história passou a chama-lo de “pai dos pobres”. São Germano não tinha medo e certa vez acabou com uma revolta civil e mais de uma vez tentou acabar com os vícios do rei. Finalmente com a suas bênçãos e orações ele curou o Rei Childebert I de uma terrível doença e acabou convertendo-o para o cristianismo terminando assim com sua licenciosidade e sua injustiça para com os pobres. Quando ele faleceu o grande poeta Venatius Fiortunatus escreveu uma peça sobre sua vida e pelos seus inúmeros milagres, ele foi declarado um vigoroso santo e canonizado em 754 DC. A Abadia de Saint Germain-des-Prés foi de fato fundada pelo santo com a ajuda o Rei Childebert em 553 DC. São Germano consagrou-a a São Vicente e a sagrada Cruz. Quando Germano morreu na idade de 80 anos ele foi enterrado na abadia em uma suntuosa tumba. Na revolução francesa, ela foi destruída. Mais tarde, ela foi reconstruída e a ela foi dado o seu nome e é destinada ao ensino religioso como São Germano queria a seu tempo. A Abadia de Saint Germain-des-Pré é um tributo a influência de São Germano na França. Na arte litúrgica da Igreja, São Germano é mostrado deitado em uma cama extinguindo o fogo pelas suas preces. Ou é mostrado com uma corrente e com as chaves do reino ou com São Pedro ao seu lado, também com as chaves do reino. Ele é o padroeiro dos cantores de corais e é invocado contra o fogo. 
Sua festa é celebrada no dia 28 de maio. 
São Germano tinha a maior devoção para com a Virgem Maria e escreveu : “Os rogos da Bem Aventurada Virgem como mãe em certo sentido são ordens. Não é possível não ser atendida quando pede. Ó Maria ,vós que gozais da autoridade de mãe junto a Deus , alcançai o perdão aos maiores pecadores , já que o Senhor reconhecendo-vos sua Mãe, não pode deixar de vos conceder o que lhe pedis.” E também escreveu esta linda oração a Virgem: "Ó Mãe de misericórdia, quem depois de vosso Filho tem tanto zelo por nós e pelo nosso bem? Quem nos protege como vós nos males que nos afligem? Quem, como você, toma a defesa dos pecadores? Certamente Ó Maria, o vosso patrocínio é mais poderoso e mais afetuoso do que podemos compreender.”

Santa Maria Ana de Paredes, virgem, +1645

Santa Maria Ana de Paredes nasceu em Quito, Equador, no dia 31 de Outubro de 1618. Órfã de pai aos quatro anos e de mãe dois anos mais tarde. Foi educada pela irmã mais velha. Jovem ainda, foi iniciada nos Exercícios de Santo Inácio de Loyola. Por várias vezes tentou abraçar a vida religiosa, quer como missionária no meio aos índios, quer como reclusa em algum convento. Por fim, foi apoiada pelos irmãos, que lhe deram alguns aposentos da casa, que Santa Maria Ana transformou em clausura. Passou ali a vida inteira recolhida, dedicando-se à penitência e à oração, saindo apenas para assistir à missa e para ajudar os pobres, os necessitados e consolar os infelizes. Em 1645, ofereceu a sua vida pelas vítimas da epidemia que assolava a cidade de Quito. Caindo gravemente enferma, morreu nesse mesmo ano. Foi canonizada por Pio XII, em 1950. É a primeira santa do Equador. Foi proclamada também heroína nacional. www.ecclesia.pt

EVANGELHO DO DIA 28 DE MAIO

Evangelho segundo S. Marcos 10,46-52.
Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim». Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e disse: «Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus. Jesus perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vai: a tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho n°2; PL 76, 1081 
«Ele gritava cada vez mais»
Que todo o homem que conhece as trevas que fazem dele um cego [...] grite a plenos pulmões: «Jesus filho de David, tem misericórdia de mim!» Mas ouçamos também o que se segue aos gritos do cego: «Os que iam à frente repreendiam-no para o fazer calar» (Lc 18,39). Quem são estes? Eles estão ali para representar os desejos da nossa condição neste mundo, promotores de confusão, os vícios do homem e o seu tumulto, que, querendo impedir a vinda de Jesus a nós, perturbam o nosso pensamento semeando nele a tentação, e querem abafar a voz do nosso coração que ora. Com efeito, acontece frequentemente que a nossa vontade de nos virarmos de novo para Deus [...], o nosso esforço para afastarmos os nossos pecados através da oração, é contrariado pela sua imagem; a vigilância do nosso espírito afrouxa ao seu contacto, eles semeiam a confusão no nosso coração, sufocam o grito das nossas preces. [...] 
Que fez então este cego para receber a luz mau-grado estes obstáculos? «Ele gritava cada vez mais: 'Filho de David, tem misericórdia de mim!'» [...] Sim, quanto mais o tumulto dos nossos desejos nos acabrunhar, mais insistente deve ser a nossa prece. [...] Quanto mais abafada for a voz do nosso coração, mais vigorosamente ela deve insistir até se sobrepor ao tumulto dos pensamentos invasores e tocar o ouvido fiel do Senhor. Creio que todos nos reconheceremos nesta imagem: no momento em que nos esforçamos por desviar o nosso coração deste mundo para o reencaminhar para Deus [...], são muitos os importunos que pesam sobre nós e que temos de combater. É um enxame que o desejo de Deus tem dificuldade em afastar dos olhos do nosso coração. [...] Mas, persistindo vigorosamente na oração, deteremos no espírito Jesus que passa. Donde a narração do Evangelho: «Jesus parou e mandou que o trouxessem até Ele» (v.40)