terça-feira, 31 de março de 2015

TERÇA FEIRA DA SEMANA SANTA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venrável Padre Pelágio CSsR
No drama da Paixão, o processo mais injusto e tenebroso da História, encontramos todo tipo de personagens, desde os mais santos até os mais perversos:
-Judas, com seu cinismo de traidor. 
-Os juízes, zombadores e venais
-A massa popular manipulada 
-Os apóstolos, medrosos e fujões.
-Os fariseus, cheios de ódio, inveja e ambição.
-Pilatos, medroso e covarde. 
-Os carrascos, torturadores desalmados.
-Cireneu, repartindo com Jesus o peso da cruz.
-Verônica, enxugando o rosto de Jesus.
-O bom ladrão arrependido e humilde. 
-O mau ladrão, impenitente e blasfemo. 
-José de Arimatéia e Nicodemos, generosos até a morte.
-João Evangelista, o discípulo fiel. 
-Madalena e as santas mulheres ao pé da cruz.
-A Mãe das Dores, serena e sublime em sua imensa dor.
-JESUS, o protagonista desse drama sangrento.
LIÇÃO: Acompanhemos essa dolorosa Via Sacra, não com a multidão que caçoava e vociferava, mas com o Cireneu, a Verônica e as pessoas de bem. A Semana Santa não consiste apenas na procissão do Encontro e do Enterro Não vou fazer da Semana Santa um “feriadão” com passeios, diversões, leviandades. Quero participar ativamente das cerimônias, principalmente do tríduo sacro: Quinta Feira e Sexta Feira Santas, Sábado Santo, e a solene Vigília pascal.
http://www.boletimpadrepelagio.org/

Obrigado, Antônio, pelo envio de alguns textos do Pe. Clóvis.
O da semana santa ele foi muito feliz.
O de hoje, com ótimas tiradas, acima de tudo com a forma original de encarar o assunto.(imagino que houve fariseus santos, que o mau ladrão podia não ter ouvido falar de Jesus etc..., enfim que temos o habito de pasteurizar tudo)
Carlos Felício
Gerente Administrativo
Caelum | Ensino e Inovação
SP (11) 5571-2751 RJ (21) 2220-4156 DF (61) 3039-4222 - (11) 983358083

Santa Balbina, virgem, mártir (+132)

Balbina era filha de Quirino (militar e tribuno). Converteu- se à fé cristã e foi batizada pelo papa Alexandre, jurando voto de virgindade. Por causa de sua riqueza e nobreza espirituais, muitos jovens a pediram em matrimônio, mas ela manteve seu voto incorruptível e livre de qualquer mácula. Estando gravemente enferma, o pai a levou ao Papa, que estava encarcerado, e ela foi curada. Em 132, mais provavelmente no dia 31 de Março, foi arrastada com o pai por ordem do imperador Adriano e, com barbaridade, cortaram- lhe a cabeça. Devido a sua bravura diante da morte e por ter morrido em nome da fé, foi elevada, pelos hagiógrafos, à categoria de mártir e santa, sendo- lhe dedicada uma Basílica Menor em Roma. Está sepultada, ao lado de seu pai, num antigo cemitério entre as vias Ápia e Ardeatina, o qual recebeu o seu nome.
http://www.evangelhoquotidiano.org/

Santo Amós, profeta

Amós (nome que em hebraico significa "levar" e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que significa Deus levou) foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós. O terceiro dos chamados profetas menores era um vaqueiro e cultivador de sicómoros (7:14), um fru
to comestível que se parece com o figo, cujas frutas devem ser arranhadas com a unha ou com um objeto de metal antes de amadurecerem para que fiquem doces. Vivia em Técua (Teqoa), nos limites do deserto de Judá (1:1), perto de Bet-Lehem, povoado situado a menos de 20 Km ao sul de Jerusalém. Aproximadamente em 760 AC, deixou sua vida tranquila e foi anunciar e denunciar no Reino de Israel Setentrional, durante o reinado de Jeroboão II (1:1). Nesse contexto, o luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o esplendor do culto disfarçava a ausência de uma religião verdadeira. Amós denunciava essa situação com a rudeza simples e altiva e com a riqueza de imagens típica de um homem do campo. A palavra de Amós incomodava porque ele anunciava que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas também, e principalmente, o povo escolhido; este já se considerava salvo, mas na prática era pior do que os pagãos (1:3-2:16). Amós não se contentava em denunciar genericamente a injustiça social, ele denunciava especificamente: os ricos que acumulavam cada vez mais, para viverem em mansões e palácios (3:13-15; 6:1-7), criando um regime de opressão (3:10); as mulheres ricas que, para viverem no luxo, estimulavam seus maridos a explorar os fracos (4:1-3); os que roubavam e exploravam e depois iam ao santuário rezar, pagar dízimo, dar esmolas para aplacar a própria consciência (4:4-12; 5:21-27); os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro que recebiam dos subornos (2:6-7; 4:1; 5:7.10-13); os comerciantes ladrões sem escrúpulo que deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo (8:4-8).

Santo Acácio, bispo, +250

Santo Acácio, cognominado Agatangelo, isto é, bom Anjo, viveu como bispo de Antioquia quando Décio era imperador romano. Em Antioquia existiam muitos Marcionitas, que abandonaram a religião, quando os católicos guiados pelo bispo, ficaram firmes na fé. O próprio bispo, por motivos de religião, foi citado perante o tribunal de Marciano. Este lhe disse: 
- " Tens a felicidade de viver sob a proteção das leis romanas. Convém, pois, que honres e veneres os nossos príncipes, nossos defensores". 
Acácio respondeu-lhe: 
-"Quem poderá ter nisso mais interesse que os cristãos, e por quem o imperador é mais amado, senão por eles? É a nossa oração constante, que tenha longa vida aqui no mundo, governe com justiça os povos e lhe seja conservada a paz; nós rezamos pela salvação dos soldados e de todas as classes do império". 
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

S. Guido, Leigo, Peregrino, séc. X e XI

Guido viveu entre os séculos X e XI, e terá nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, ele já demonstrava o seu desapego dos bens terrenos, tanto que na juventude distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência. Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas, seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. Convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados. Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e da assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade. Depois da longa peregrinação incluindo a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado nesta cidade e a sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim com o passar do tempo foi erguida uma igreja a elededicada, para guardar suas relíquias. Com o passar dos séculos, a devoção a São Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal. A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.
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EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO

Evangelho segundo S. João 13,21-33.36-38.
Naquele tempo, estando Jesus à mesa com os discípulos, sentiu-Se intimamente perturbado e declarou: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me entregará». Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem de quem falava. Um dos discípulos, o predilecto de Jesus, estava à mesa, mesmo a seu lado. Simão Pedro fez-lhe sinal e disse: «Pergunta-Lhe a quem Se refere». Ele inclinou-Se sobre o peito de Jesus e perguntou-Lhe: «Quem é, Senhor?» Jesus respondeu: «É aquele a quem vou dar este bocado de pão molhado». E, molhando o pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Naquele momento, depois de engolir o pão, Satanás entrou nele. Disse-lhe Jesus: «O que tens a fazer, fá-lo depressa». Mas nenhum dos que estavam à mesa compreendeu porque lhe disse tal coisa. Como Judas era quem tinha a bolsa comum, alguns pensavam que Jesus lhe tinha dito: «Vai comprar o que precisamos para a festa»; ou então, que desse alguma esmola aos pobres. Judas recebeu o bocado de pão e saiu imediatamente. Era noite. Depois de ele sair, Jesus disse: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, também Deus O glorificará em Si mesmo e glorificá-l’O-á sem demora. Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Haveis de procurar-Me e, assim como disse aos judeus, também agora vos digo: não podeis ir para onde Eu vou» Perguntou-Lhe Simão Pedro: «Para onde vais, Senhor?». Jesus respondeu: «Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora; seguir-Me-ás depois». Disse-Lhe Pedro: «Senhor, por que motivo não posso seguir-Te agora? Eu darei a vida por Ti». Disse-Lhe Jesus: «Darás a vida por Mim? Em verdade, em verdade te digo: Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja 
Tratado sobre São Lucas 10, 49-52, 87-89 
«Em verdade te digo: não cantará o galo, antes de Me teres negado três vezes!»
Irmãos convertamo-nos: tomemos cuidado para que não ocorram entre nós disputas de precedência para nossa perdição. É verdade que os apóstolos discutiam entre si (cf Lc 22,24), mas isso não é desculpa para nós: é um convite a tomarmos cuidado. É certo que Pedro se converteu no dia em que respondeu ao chamamento do Mestre, mas quem pode afirmar que a sua própria conversão foi repentina? […] 
O Senhor dá-nos exemplo. Nós tínhamos necessidade de tudo; Ele não precisa de ninguém e, no entanto, apresenta-Se como mestre de humildade, servindo os seus discípulos. […] 
Pedro, rápido de espírito, mas ainda frágil nas disposições do corpo (cf Mt 26,41), foi prevenido de que iria negar o Senhor. A Paixão do Senhor encontra imitadores, mas não iguais. Assim, não censuro Pedro por ter negado o Senhor; felicito-o por ter chorado. Uma coisa vem da nossa condição humana, a outra é um sinal de virtude, de força interior. […] Mas, se nós o desculpamos, ele não se desculpou. […] Preferiu acusar-se do seu pecado e justificar-se com uma confissão, em vez de agravar o seu caso com negações. E chorou. […] 
Pedro chorou, mas não se desculpou. Quem não se pode defender pode lavar-se: as lágrimas lavam as faltas que nos fazem corar quando as confessamos de viva voz. […] As lágrimas confessam a falta sem tremer […]; as lágrimas não pedem perdão e, no entanto, obtêm-no. […] Boas lágrimas, as que lavam a falta! E aqueles para quem Jesus olha sabem chorar. Pedro negou uma primeira vez e não chorou, porque o Senhor não estava a olhar. Negou uma segunda vez, ainda sem chorar, pois o Senhor ainda não estava a olhar. Negou uma terceira vez; Jesus olhou para ele e ele chorou amargamente. Olha para nós, Senhor Jesus, para que saibamos chorar os nossos pecados. 

NÃO TEVE CORAGEM DE DESPEDIR-SE DELA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VIce-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Uma senhora, seduzida pelos conselhos de alguma “amiga”, resolveu passar para outra religião. Foi a contra gosto que aceitou essa passagem brusca em sua vida. Pediu um prazo para fazer sua despedida. Despediu-se do padre vigário que sentiu demais esta mudança, despediu-se dos parentes que lamentaram este passo.Faltava despedir-se de Nossa Senhora.Foi doloroso. Assentou-se diante da sua imagem e balbuciou entre lágrimas, algumas palavras cheias de sentimento. Deu largas ao seu choro e não achou jeito de dizer Adeus. Pelo contrário:
- Não, minha Nossa Senhora! Não posso deixar a senhora. Devo-lhe tanto. Seu Filho ficaria muito triste. Perdoe este passo precipitado que eu ia dar. Jamais deixarei a senhora e tudo o que aprendi na Igreja do seu Filho. Vou ficar para sempre na Igreja onde fui batizada. 
Lição: E ela ficou. E seu amor pela Igreja Católica cresceu. Antes de tomar uma decisão, vá conversar com Nossa Senhora Experimente klickar numa das imagens ao lado: Divino Pai Eterno ou Grupo Semear.

31 DE MARÇO - PASTOR DE OVELHAS, CHAMADO PARA PROFETIZAR

Foi Amós, um dos profetas do Antigo Testamento. Nasceu em Técua, perto de Belém, numa região desértica, mas propicia para a criação de ovelhas. Era pastor e cultivador de sicômoros, até ser chamado para profetizar. Amós é um dos doze profetas menores. Ama a simplicidade, odeia o luxo, é independente. Seu linguajar reflete a sobriedade em que vivia. O livro que escreveu está cheio de imagens da vida campestre que levava: a carroça que atola sob o peso dos feixes de trigo; a caça aos pássaros com a arapuca; o pastor que tira a presa da boca do leão; a serpente escondida nas gretas do assoalho; a torrente que jorra, etc. Denuncia as injustiças e ameaça os injustos com os castigos divinos: Escutai, vós que esmagais o pobre e quereis exterminar os humildes do país... Mas convoca para a conversão: Procurai o bem, e não o mal, para que possais viver... e apela para a misericórdia divina. 
- Vale a pena ler o pequeno livro das profecias de Amós. Serve para nós também.
- Vai profetizar, é o apelo que todos recebemos.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “O discípulo que Jesus amava”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Lendo os evangelhos sempre vejo João dizer: o discípulo que Jesus amava! Não existe uma discriminação? Por que não se fala o mesmo dos outros? João, quando fala de si no seu evangelho não cita seu nome, mas simplesmente aquilo que o identificava no grupo dos apóstolos: aquele que Jesus amava. Não amava os outros? Jesus dava a cada um o tratamento que lhe era especial. Amava cada um do modo que cada um queria ser amado. A discriminação é desprezar um pelo outro. Por exemplo: Jesus tinham um modo de tratar Judas que os outros não sabiam. 
Havia coisas que os outros não entendiam. Basta ver a última ceia quando Judas sai da sala. Com João, o tratamento era conhecido de todos: João era jovem (quantos anos? 15, 18?). Era cheio de vida e entusiasmo. Era bravo, tanto que Jesus chamava-o, como também a seu irmão Tiago, de Boanerges, filhos do trovão. Numa cidade samaritana onde não queriam receber Jesus, eles pediram para fazer descer fogo do céu sobre a cidade. Parece-nos ouvir Jesus dizer a João: Joãozinho, calma! devagar! João era como que a sombra de Jesus. Estava em todas. Nos momentos mais selecionados de Jesus, quando não queria ninguém por perto, levava consigo Pedro, Tiago e João. Testemunha escolhida, querida, amada. João bebia as palavras de Jesus e mais as palavras, a própria pessoa de Jesus. 
Quando escreve sua carta ele diz: "o que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, e o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida, nós a vimos e lhes damos testemunho e vos anunciamos esta Vida eterna...o que vimos e ouvimos nos vo-lo anunciamos para que estejais em comunhão conosco" (1 Jo.1.1-3). E está ali, ao pé da Cruz tocando o sangue, expressão do amor: "tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao extremo do amor" (Jo 13,1). Está sempre ao lado. Na ceia pode recostar a cabeça no peito de Jesus e ouvir sobre o traidor. Era uma proximidade palpável (aquele que nossas mãos tocaram). João pegava toda a mensagem de Jesus como que através do contato pessoal. É ele que vai falar tanto do amor. 
Ele viu este amor em Jesus, conheceu Jesus como o Amor do Pai, comunhão com o Pai. E se sentiu envolvido por este amor. Para ele, existir era ser amado por Jesus. Sua identidade era o amor de Jesus que estava nele. Quando Madalena anuncia a ressurreição ele corre ao túmulo. Ele o reconhecia: na pesca milagrosa ele diz: “é o Senhor!” Este amor que era sua identidade torna-se sua pregação: "filhinhos, não amemos só com palavras” (1 Jo.18).  Amar é permanecer nele. No quadro da Semana Santa não existe somente o mal. Existe o amor de tantos por Jesus. Somos chamados a partilhar!

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31‒ Terça-feira Santa ‒ Santos: Balbina, Benjamim, Cornélia 
Evangelho (Jo 13,21-33.36-38) “Ao dizer essas coisas, Jesus ficou profundamente comovido e afirmou: ‘Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará’.” 
O Filho de Deus quis viver toda a nossa realidade humana. As alegrias e as tristezas. Sofreu ao prever que iria ser atraiçoado por um de seus amigos, ao prever os sofrimentos que o aguardavam. Não apelou para seu poder divino. Devo aprender a não procurar saídas miraculosas: devo aceitar com amor as limitações de meu corpo e de meu espírito, alegrar-me e sofrer como ser humano. 
 Oração
Senhor, ajudai-me a viver minha condição humana, com seus trabalhos e descansos, alegrias e tristezas, momentos de prazer e de dor. Esse é o caminho para ser feliz agora e depois. Aceito as dificuldades que me esperam, as doenças e até a morte. Uno minha vida à vossa, para a glória de Deus e a salvação de todos. Se me ajudais, nada poderá tirar-me a coragem e a alegria. Amém.

segunda-feira, 30 de março de 2015

SEGUNDA FEIRA SANTA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Apesar de tantas mudanças de costumes e mesmo de tradições, a Semana Santa continua sendo para nós cristãos:
- A Semana do Amor, do amor crucificado por nós. Esta lição de amor não foi escrita com tinta mas com o sangue do Cordeiro.
- A Semana do perdão. Jesus está de braços abertos na cruz para nos dar o abraço do perdão e da reconciliação.- A Semana da conversão. Quem terá coragem de continuar de costas viradas para o Crucificado? Vivendo uma vida pecaminosa?
- A Semana do compromisso. com a Campanha da Fraternidade deste ano: Eu vim para servir.
- A Semana da expectativa: A espera ansiosa pela ressurreição de Cristo e nossa ressurreição para uma vida nova. Preparemo-nos com alma e coração. Para muitos será a última Semana Santa de sua vida.

São Jonas de Hubaham e São Barachisius

SÃO JONAS
No 18º ano de seu reinado o Rei Sarraceno Shapur II começou uma violenta perseguição aos cristãos na Pérsia. Ele colocou na prisão dois monges irmãos da cidade de Beth-Asa e decidiu visitá-lo se confortá-los nas ultimas horas de seus terríveis tormentos e morte. Os dois monges foram levados a julgamento e o juiz disse a eles que eles deviam venerar o Rei da Pérsia e também o sol , a lua, o fogo e a água. Eles responderam que somente um tolo veneraria um mortal em vez de um imortal Rei dos Céus. Barachisius foi colocado em um calabouço muito pequeno. E Jonas ficou preso. Quando ele continuou recusando a oferecer sacrifícios aos deuses,as torturas começaram. Ele apanhou com bastões e enfiaram um bastão pontudo em seu umbigo e ele ainda cantava hinos de louvor a Jesus. Foi colocado em um lago gelado e deixado para morrer. Algum tempo depois Shapur mandou trazer Barachisius e disse a ele como seu irmão havia sido morto. O mártir disse que isto era impossível e que Jonas estava vivo, e falou tanto sobre o poder da Santíssima Trindade que todos ficaram perplexos. 
Barachisius foi torturado com ferros em fogo e martelos foram colocados debaixo de seus braços foi dito: se você deixar qualquer um deles cair, você estará renegando a Cristo. Bateram muito nele, mas os seus braços, milagrosamente, não deixaram os martelos caírem. Eles inventaram novas torturas: Chumbo derretido foi derramado em suas narinas e olhos e foi jogado em uma cela pendurado por um dos pés. Na manhã seguinte eles encontraram, (como havia previsto Barachisius), Jonas ainda vivo e tentaram minar a sua fé dizendo que seu irmão tinha renegado a Cristo. O mártir interrompendo disse: “Eu sei que há muito tempo ele renegou o demônio. Se vocês são inteligentes sabem que é melhor semear o milho que guardá-lo para perder. Minha vida é como uma semente e reviverá novamente após a morte, por Jesus Cristo”. Em seguida os dois santos forma barbaramente torturados, cortaram suas línguas, dedos, retiraram seus escalpos e queimaram com óleo fervendo e o corpo de Jonas foi colocado em uma prensa de uvas e prensado até a morte. Mesmo após sua morte eles continuaram. Serraram seu corpo em vários pedaços e jogaram dentro de uma cisterna seca e colocaram guardas para evitar que outros cristãos levassem suas relíquias. Barachisius foi tratado com igual brutalidade. Centenas de farpas foram colocadas em sua pele e ele foi rolado no chão de modo que todas penetrassem em sua carne. Lá pelas tantas o juiz perguntou se ele ainda estava vivo. Barachisius respondeu “Deus, o criador deste corpo, o restaurará e será seu juiz e seu rei”. Em seguida eles o mataram derramando uma espécie de piche quente (usado para selar as madeiras dos navios da época) em sua garganta. Algum tempo após morte deles, Abtusciatus, um velho amigo, comprou seus corpos por 500 drachmas e três vestidos de seda. Ele os enterrou em um local que somente alguns cristãos conheciam e veneravam suas relíquias. Os atos de seu martírio são autênticos e foram escritos em originalmente escritos em Chaldaic. Sua festa é celebrada no dia 29 de março. Nos anos bisextos a festa de São Barachisius é comemorada no dia 29 de fevereiro.

S. Leonardo Murialdo, confessor, +1900

Nasceu em 1828 em Turim - Itália, numa família burguesa. Conheceu cedo a riqueza que a vida de oração, de sacrifício e de caridade pode proporcionar para o amadurecimento humano, e também o discernimento em todas as coisas. Foi uma pessoa muita atenta aos sinais dos tempos e sensível à opressão dos mais pobres. E foi assim que ele discerniu e quis ser um padre para os pobres. Leonardo voltou-se para as classes mais desprezadas, a que realiza os trabalhos simples. Até criou um jornal chamado 'A voz dos operários'. De fato, tinha uma fé solidária. Ele foi sinal de esperança para Igreja e para a sociedade. O santo de hoje foi ponte para que muitos se encontrassem com Cristo no mistério da cruz e do sofrimento. Ele se consumiu na evangelização, na caridade, na promoção humana, falecendo no ano de 1900. Peçamos sua intercessão para que sejamos sinais de esperança na Igreja e no Mundo.

S. João Clímaco, religioso, +649

A história do santo de hoje está intimamente ligada com o Monte Sinai, citado na Bíblia, isso porque São João Clímaco foi um dos inúmeros homens que buscaram nos mosteiros do Monte Sinai, o ideal da Santidade. Nasceu na Palestina em 579, e recebeu dos pais exemplar formação literária e cristã. João Clímaco, para começar a rica experiência, renunciou livremente aos bens familiares e a uma próspera vida religiosa, para entrar na linda família monástica. Inicialmente, colocou-se na direção espiritual de martírio, depois, perto da cela de um outro eremita, prosseguiu seu caminho de oração, jejum, estudos, trabalhos e principalmente silêncio. Por meio dos jejuns e mortificações, este santo conseguia, em Cristo, vencer o demônio e viver com os outros irmãos, com os quais se encontrava aos sábados e domingos. Do conjunto de mosteiros e celas que povoavam o Sinai, São João, que era muito respeitado pela santidade e conhecimento da doutrina, foi eleito abade geral, até entrar na Vida Eterna no ano de 649. www.cancaonova.com

Santa Irene, virgem (séc. IX)

Santa Iria ou Irene é uma mártir lendária da cidade de Nabância (próxima da moderna Tomar). Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio. Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria. Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus. Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez. Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos. Lançado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Teja, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

EVANGELHO DO DIA 30 DE MARÇO

Evangelho segundo S. João 12,1-11.
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Ofereceram-Lhe lá um jantar: Marta andava a servir e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus. Então Maria tomou uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-Lhos com os cabelos; e a casa encheu-se com o perfume do bálsamo. Disse então Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que havia de entregar Jesus: «Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários, para dar aos pobres?» Disse isto, não porque se importava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, tirava o que nela se lançava. Jesus respondeu-lhe: «Deixa-a em paz: ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco; mas a Mim, nem sempre Me tereis». Soube então grande número de judeus que Jesus Se encontrava ali e vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes resolveram matar também Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
Sermões sobre o evangelho de João, n° 50, 6-7 
«Os pobres sempre os tendes convosco, mas a Mim não me tendes sempre.»
«Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-Lhos com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume.» Eis o facto histórico; procuremos o simbólico. Sejas tu quem fores, se quiseres ser uma alma fiel, unge com Maria os pés do Senhor com perfume. Esse perfume é a rectidão. […] Deita perfume sobre os pés do Senhor. Segue as pegadas do Senhor com uma vida santa. Enxuga os seus pés com os teus cabelos: se tens coisas supérfluas, dá-as aos pobres e assim terás enxugado os pés do Senhor. […] Talvez os pés do Senhor na terra sejam os necessitados. Pois não é dos seus membros (Ef 5,30) que Ele dirá no fim do mundo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40)? 
«A casa encheu-se com a fragrância do perfume.» Quer dizer, o mundo encheu-se da boa reputação desta mulher, porque o bom odor é como a boa reputação. Aqueles que associam o nome de cristãos a uma vida desonesta injuriam a Cristo […]; se o nome de Deus é blasfemado por esses maus cristãos, ele é, pelo contrário, louvado e glorificado pelos bons: «somos em toda a parte o bom odor de Cristo» (cf 2Cor 2,14-15). E diz também o Cântico dos Cânticos: «A tua fama é odor que se difunde» (1,3). 

VER TAMBÉM O LADO BOM DAS COISAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Conheci um rapaz que nunca se queixava de nada. Que sempre via algo de bom nas piores circunstâncias. Delicadíssimo com todos, chegava ao extremo de pedir desculpas se alguém lhe pisava no pé.Uma vez seus colegas quiseram ver até onde chegava tanto cavalheirismo. Hospedando-se na casa de amigos, na hora do café combinaram de lhe servir café sem um pingo de açúcar e ficaram observando sua reação. Ao provar o primeiro gole, disse sorrindo: 
-Que bom! Está bem quentinho.
Conta-se de Jesus que andando com o povo por um caminho, aproveitava cada cena para tirar uma lição. Foi quando passaram perto de um cachorro morto. Estava estirado no chão, todo ferido, a boca escancarada. Todos se desviavam do cadáver fazendo sua observação: Que mau cheiro horrível! Com certeza foi briga de cachorro. Andou roubando por aí. Não dá para aproveitar nem o couro.Jesus parou diante dele, observou bem os dentes da boca escancarada e disse aos acompanhantes: 
- Reparem nos seus dentes. Como estão branquinhos.

30 DE MARÇO - APRENDEU NA SOLIDÃO A TRATAR COM O POVO

Certa tarde silenciosa alguém bateu à porta do vetusto mosteiro do Monte Sinai. Era um rapaz de nome João Clímaco (+649) que vinha pedir um cantinho para se aprofundar em Deus na solidão. Permaneceu uns três anos nesse mosteiro.Queria, porém, mergulhar mais no silêncio. Por isso instalou-se numa gruta como eremita, onde passou quarenta anos. A fama de santidade correu mundo e ele se viu cercado de multidões que vinham buscar conselho e orientação. Pregava e testemunhava. Quando morreu o abade do mosteiro de Monte Sinai, os monges foram buscá-lo no deserto para ser o seu abade. Teve que aceitar, embora a contragosto. Lá escreveu o famoso livro “Escada do paraíso”, que tornou-se leitura obrigatória em todos os mosteiros do Oriente e do Ocidente. Consta de 30 capítulos ou degraus que o fiel tem de escalar para chegar à perfeição. Foi mestre da oração da tranqüilidade, a Hesiquia, tão viva na espiritualidade oriental.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Dias da Semana Santa”.

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Três dias de tensão.
  Hoje vamos dar uma visão de conjunto dos dias da Semana Santa, quando celebramos o Mistério Pascal de Cristo. Passado o Domingo de Ramos vivemos um clima de caminho com Cristo. Acompanhamos sua tensão interior e choques com os chefes do povo e da religião. Na 2ª,3ª e 4ª feiras, lemos textos do profeta Isaias que falam do servo sofredor. Jesus é este servidor de Deus que se entrega por nós. Nos evangelhos acompanhamos o esboçar-se da traição de Judas e a decisão dos “homens” de matar Jesus.  Na quinta-feira de manhã temos a missa da bênção dos Santos Óleos (catecúmenos, crisma e enfermos) que entram na confecção dos sacramentos. Os sacramentos nascem do Mistério da morte e ressurreição de Jesus, e são eles a nos dar os frutos da redenção conquistada por Jesus.
Uma bacia e uma toalha.
Ao cair da tarde de 5ª feira iniciam-se as grandes celebrações. A missa da Ceia do Senhor, relembra 4 pontos fundamentais: a Eucaristia, pão e vinho que tornam presente o sacrifício redentor de Cristo; a instituição do sacerdócio quando Jesus diz: fazei isso em memória de mim; o mandamento do amor que é o caminho da vida e salvação, síntese de tudo o que Jesus foi e ensinou; a humildade, maior virtude, para viver como Jesus viveu. Mais bonito ainda é ver Jesus sintetizar tudo isso na cerimônia do Lava-pés. Ali está o sacerdócio como serviço, a maneira de amar com humildade e a explicação da Eucaristia e da morte-ressurreição de Jesus, modo de Deus amar e servir o mundo, vivido e ensinado pelos cristãos: partir e repartir. Após a missa temos a adoração silenciosa junto à agonia de Jesus no Horto das Oliveiras. Simples: ma bacia e uma toalha, resume muito.
Uma cruz e uma lágrima.
Não temos missa na Sexta-Feira Santa, pois o sacrifício celebrado na missa se realiza em Jesus Crucificado. Ali, o Deus-Homem chega ao absurdo do amor: entregar-se pelos que ama. “Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos”. Ele era nosso amigo quando não éramos ainda seus amigos. Última gota de sangue, última prova de amor. Na liturgia das 15 horas celebramos a morte de Jesus. Ela se torna presente. Ouvimos a Palavra de Deus que proclama a presença desta morte, rezamos por todas as necessidades do mundo e adoramos Jesus morto sobre o madeiro. Quanta dor e sofrimento no Filho, na Mãe e nos amigos! “Uma espada traspassará tua alma”. Mãe das Dores, rogai por nós. Ao final temos a Comunhão. Celebramos Cristo morto, mas Ele está vivo.Por isso podemos participar totalmente de seu mistério pela comunhão de seu Corpo e Sangue redentores.
Um túmulo vazio.
            Passamos o Sábado no silêncio ao lado do túmulo silencioso. Não há celebração, há somente a dor silenciosa pela morte de um Deus. Nosso Deus não mata, morre por nós. À hora noturna iniciamos a celebração da Vigília Pascal. É o dia que escolhi para ir para o Céu. Lindíssimo. Celebro este mistério com uma alegria incalculável. É o fogo novo, a proclamação da Páscoa, as leituras, a renovação das promessas do batismo, a celebração Eucarística. Ressuscitamos com Ele. Passemos estes dias ouvindo a Palavra e abrindo o coração.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ‒ Segunda-feira Santa ‒ Santos: Régulo, Donino, João Clímaco 
Evangelho (Jo 12,1-11) “Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. Ali ofereceram-lhe um jantar...” 
Era como se fosse uma despedida. Na casa dos três irmãos Jesus era bem acolhido e sentia-se bem. O Filho de Deus mantinha relacionamentos pessoais e diferenciados. O mesmo contato ele nos oferece e espera de nós. Um relacionamento não apenas formal, mas contato entre pessoas que se conhecem e se amam. Que se importam uma com a outra. Esse o contato que devo procurar. 
Oração

Senhor, creio que me conheceis e me amais pessoalmente. Sou importante para vós, sempre me acompanhais com interesse, atenção e cuidado, tudo fazendo para meu bem. Eu é que nem sempre vos trato como amigo conhecido e apreciado. Ajudai-me a vos conhecer cada vez mais intimamente, e a vos amar com um amor forte e comprometido, que faça diferença em minha vida. Amém.

domingo, 29 de março de 2015

S. José de Arimateia, séc. I

José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. De acordo com o Evangelhos, era o dono do sepulcro onde Jesus, seu amigo, foi depositado, num horto a cerca de 30 metros do local da crucifixão e de onde ressuscitou três dias depois da morte. A tradição atribui também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido hoje como o Santo Sudário. 
cf. wikipedia

Beata Joana Maria de Maillé, viúva, +1414

Relutante em casar aos 16 anos, viúva com um pouco mais de 30, expulsa de casa pelos parentes do marido, nos restantes 50 anos de sua vida foi obrigada a viver sem abrigo. Tantos percalços estão concentrados na vida da Beata Joana Maria de Maillé que nasceu rica e mimada no Castelo de La Roche, perto de Saint-Quentin, Touraine, em 14 de abril de 1331. Seus pais eram o Barão de Maillé Hardoin e Joana, filha dos Duques de Montbazon. Sua família se destacava pela devoção. Ela cresceu sob a orientação espiritual de um franciscano, mostrando uma particular devoção a Maria. Dedicava-se a orações prolongadas e fez precocemente o voto de virgindade. Aos onze anos, no dia de Natal, pela primeira vez teve um êxtase: Maria Santíssima lhe apareceu segurando em seus braços o Menino Jesus. Uma doença que quase a levou à morte serviu para desprendê-la mais e mais da terra e torná-la mais próxima de Deus. Na idade de dezesseis anos, aparece no cenário de sua vida um parente da mãe que se tornou seu tutor, o que sugere que os pais morreram prematuramente. O tutor combina, de acordo com o costume da época, o casamento de Joana com o Barão Roberto II de Sillé, um bom jovem, não muito mais velho do que ela, seu companheiro de brincadeiras na infância. 
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

29 de Março - Santos Jonas e Barachiso

A narrativa do martírio sofrido pelos irmãos cristãos, Jonas e Barachiso, persas da cidade de Beth-Asa, em 327, é uma das páginas mais violentas do sofrimento católico. Entretanto, a descrição das torturas infligidas aos irmãos foi registrada por um pagão, o comandante da cavalaria do mandante imperador sanguinário. Além do martírio, pouco se sabe da vida deles, bem como suas origens. A biografia conhecida dos dois, começa quando visitaram cristãos encarcerados na cidade de Hubahan. A Igreja da Pérsia sofria na época uma das mais cruéis perseguições de que se tem notícia, decretada e comandada pelo imperador Sapor. Jonas e Barachiso resolveram enfrentar os perigos para consolar os cristãos que, dias depois, seriam martirizados. Só naquela prisão, haviam nove condenados à morte. Por sua atitude, ambos, foram presos e levados à presença do juiz. Aí começou a descrição de todo o terror. Como se negaram a adorar o rei, o sol e a lua, falsos deuses, o juiz mandou separá-los para tentar enganar os irmãos. Barachiso foi colocado no calabouço, enquanto Jonas era barbaramente açoitado. Depois, teve os pés atados e foi jogado nas águas cobertas de gelo. O juiz chamou então Barachiso e relatou as torturas de Jonas, dizendo-lhe que seu irmão tinha sacrificado aos deuses. Barachiso não acreditou e fez um discurso tão eloqüente em defesa do cristianismo, que o juiz ordenou que seu processo continuasse somente à noite, longe do público, temeroso de que suas palavras acabassem convertendo ali mesmo alguns pagãos. Como castigo, mandou que colocassem ferros em brasa em seus braços. Os torturadores lhe deitaram chumbo derretido pelas narinas e olhos. Foi devolvido ao calabouço, pendurado por um dos pés. No dia seguinte, o juiz tentou a mesma tática com Jonas, depois de mandar tirá-lo das águas geladas. Disse que Barachiso tinha abandonado sua religião. Este também não acreditou e respondeu com outro discurso fervoroso. Em contrapartida, os torturadores cortaram-lhe as mãos e os pés, arrancaram-lhe a língua e o couro cabeludo, jogaram seu corpo no piche em ebulição, depois cortaram seu corpo em pedaços e jogaram numa cisterna. Quanto a Barachiso, bateram-lhe com ferros pontiagudos, deitaram-lhe piche e enxofre ferventes pela boca, e o maltrataram até que não desse mais sinais de vida. Realmente, trata-se de uma página chocante do cristianismo dos primeiros tempos, mas importante e cujo registro se faz necessário, para que continue preservada no conhecimento dos católicos dos nossos tempos. De maneira que se compreenda como a fé em Cristo sobrevive a todos os suplícios psicológicos e de sangue através dos séculos para a glória na eternidade de Jesus, o Redentor da Humanidade.

29 de Março - São Segundo de Asti

Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes. Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão. Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão. Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio. O Pó é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas, minúsculo apenas no nome formado por duas letras, possui mil e quinhentos metros cúbicos de volume d'água por segundo, nos seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros de extensão, um dos mais longos da Itália. Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas, não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 30 de março do ano 119. No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti e de Ventimilha, cujo culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico que o celebra no dia 29 de março.

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo S. Marcos 14,1-72.15,1-47.
Faltavam dois dias para a festa da Páscoa e dos Ázimos, e os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam maneira de se apoderarem de Jesus à traição, para Lhe darem a morte. Mas diziam: «Durante a festa, não, para que não haja algum tumulto entre o povo». Jesus encontrava-Se em Betânia, em casa de Simão o Leproso, e, estando à mesa, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro com perfume de nardo puro de alto preço. Partiu o vaso de alabastro e derramou-o sobre a cabeça de Jesus. Alguns indignaram-se e diziam entre si: «Para que foi esse desperdício de perfume? Podia vender-se por mais de duzentos denários e dar o dinheiro aos pobres». E censuravam a mulher com aspereza. Mas Jesus disse: «Deixai-a. Porque estais a importuná-la? Ela fez uma boa ação para comigo. Na verdade, sempre tereis os pobres convosco e, quando quiserdes, podereis fazer-lhes bem; mas a Mim, nem sempre Me tereis. Ela fez o que estava ao seu alcance: ungiu de antemão o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo: Onde quer que se proclamar o Evangelho, pelo mundo inteiro, dir-se-á também em sua memória o que ela fez». Então, Judas Iscariotes, um dos Doze, foi ter com os príncipes dos sacerdotes para lhes entregar Jesus. Quando o ouviram, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele procurava uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?». Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade. Virá ao vosso encontro um homem com uma bilha de água. Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: ‘O Mestre pergunta: Onde está a sala, em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?’. Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, alcatifada e pronta. Preparai-nos lá o que é preciso»
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IRMÃO, JÁ REZAMOS O TERÇO HOJE?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Santo Afonso, já bem idoso e esquecido, paralisado numa cadeira de rodas, perguntou certa tarde ao Irmão Romito, que cuidava dele como enfermeiro: 
- Irmão, já rezamos o terço hoje? 
 - Sim, Pai Afonso. Foi logo de manhã após o café. 
- Eu não estou lembrado. 
Mesmo após ouvir repetidas vezes a confirmação do Irmão, ele disse: 
- Eu acredito na sua palavra, mas não me lembro. Por via das dúvidas, vamos rezar de novo. Porque (acentuando bem as palavras) do terço vai depender a minha salvação eterna.

29 DE MARÇO – ENCANTAVA-SE COM O CANTO DOS SALMOS

Santo Eustásio de Luxeuil viveu no século III. Quando jovem, gostava de freqüentar um mosteiro, dirigido por São Columbano, e se extasiava com o canto melodioso dos salmos. Columbano observou o jeito daquele rapaz piedoso e perguntou-lhe um dia:
- Como te chamas? 
- Eustásio, senhor abade. 
- Eu acho que Deus está te chamando para seguir seus caminhos. 
- Como posso sabê-lo? 
- Vem comigo. Vou ensinar-te aquilo que sei. 
Eustásio deixou sua casa e tornou-se discípulo de São Columbano. Ao morrer, Columbano pediu-lhe que continuasse o seu trabalho entre os monges. Fundou vários mosteiros, restaurou a disciplina em alguns e desmanchou intrigas em outros. Chegou a congregar cerca de seis mil monges nos diversos mosteiros construídos ao redor. Instituiu o "louvor perene": Os monges se revezavam dia e noite diante do Ssmo. Sacramento. Eustásio se preocupou não só com seus monges, mas também com o povo abandonado. Saiu pelo mundo como missionário ardente e impetuoso, evangelizando muitas regiões.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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nº 1426 Homilia do Domingo de Ramos (29.03.15)“Hosana ao Filho de Davi”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Salve, Rei dos judeus
            A entrada de Jesus em Jerusalém não é simplesmente um fato de sua vida, mas é a realização da profecia de Zacarias 9,9 sobre o rei futuro: “Eis que teu rei vem a ti”, como outrora fizera Davi. O rei monta um jumentinho, não um garboso cavalo de guerra. Ele vem em paz para implantar a paz. Ele mesmo o diz: “Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz”. Por não aceitar esta paz, muitos males advirão (Lc 19,42-44). Nesses próximos dias teremos os grandes acontecimentos de nossa Salvação. O Domingo de Ramos é como que uma síntese: O Ressuscitado, que aparece glorificado pelo povo, vai ser crucificado, morto e sepultado. Mas Deus O ressuscitará. A Paixão não é o fim. A cerimônia tem origem primitiva na Igreja de Jerusalém que celebrava os mistérios de Jesus, no lugar em que haviam acontecido. Essa cerimônia passou para toda a Igreja. O povo saúda Jesus: “Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso Pai Davi! Hosana no mais alto dos céus”(Mc 11,10). É um momento de reconhecer que em Jesus o Reino, iniciado por Davi, agora chega à maturidade: abrir ao descendente prometido que manterá o reino para sempre. Deus prometera a Davi que sua família duraria para sempre. Essa profecia foi realizada em Jesus. O reino de Jesus não é mais um reino terrestre: Em seu processo de condenação à morte, Pilatos pergunta: “És o rei dos judeus?” Jesus responde: “Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus”. “Mas meu reino não é daqui” (Jo 18,32-36). O mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus é a abertura desse novo e eterno tempo de Deus. Eterno é o reino da justiça, do amor e da paz.
Abriu-me os ouvidos
            No segundo momento da liturgia de hoje está centrado na reflexão sobre a pessoa de Cristo que é o Servo profetizado por Isaias que carrega sobre si o sofrimento, a dor e a humilhação. A oração da celebração dá-nos um porquê de todo esse momento de sofrimento e dor: “... Para dar aos homens um exemplo de humildade, quiseste que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Dai-nos aprender o ensinamento de sua paixão e ressuscitar com Ele em sua glória”. Quando se diz exemplo, não é só um modelo a ser seguido, mas há uma união de vida. Ele é o exemplar que devemos realizar em nós. Por isso a leitura de Isaías diz: “Ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido para prestar atenção como discípulo”. O aprendizado não é só um conceito que aprendemos, mas uma vida que assumimos. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8,34). O aprendizado une o discípulo ao Mestre para manifestá-Lo.
Esvaziou-se a si mesmo
            Ouvimos a narrativa da Paixão do Senhor. Imensa é a dor, pois imenso é o amor. O amor de entrega que Cristo demonstra, “não voltando atrás” (Is 50,5), vem desde sua encarnação, como lemos na carta as Filipenses (2,6-11). Despojou-se da demonstração de sua divindade, esvaziou-Se a si mesmo, assumindo a condição de escravo tornando-Se igual aos homens. Humilhou-Se a Si mesmo, fazendo-Se obediente até à morte e morte de Cruz. Por isso Deus o exaltou. A garantia de nossa ressurreição está na certeza de nosso esvaziamento, abnegação e entrega. Assim podemos afirmar como o centurião romano: “Na verdade, este homem era o Filho de Deus”. Mesmo, sentindo-nos abandonados, temos a confiança que Jesus teve ao dizer: em vossas mãos entrego meu Espírito.
Leituras: Marcos 11,1-10;Isaías 50,4-7;Salmo 21;Filipenses 2,6-11; Marcos 11,1-39. 
1.     A entrada de Jesus em Jerusalém realiza uma profecia. Ele é o rei que vem como Davi, montando um jumentinho, não um cavalo de guerra. Vem trazer a paz e é recusado. A liturgia tem dois momentos: a procissão gloriosa que lembra a Ressurreição. A missa traz temática da Paixão. Aclamação do Rei é o reconhecimento da realização da promessa a Davi. Jesus se diz rei. 
2.    Refletimos sobre a pessoa de Jesus que assumiu a humildade e carrega os sofrimentos do povo. Ele é o exemplo de humildade. Sua abnegação O conduz à aniquilação da morte. Ele quer que seu exemplo esteja em nós. Seu exemplo é Ele próprio. Convida identificar-se com Ele. 
3.    A entrega de Cristo vem desde sua Encarnação. A carta aos Filipenses diz que Ele Se aniquilou e foi obediente até a morte e morte de cruz. A garantia de nossa ressurreição está em nossa obediência e na profissão de fé no Filho de Deus. 
            Entrando na escola 
            A celebração do Domingo de Ramos é como que uma síntese do Tríduo Pascal, isto é, a morte, sepultura e ressurreição de Jesus.  Apresenta a gloriosa procissão de entrada de Jesus em Jerusalém reconhecido como o Messias Rei prometido. E depois, temos a missa na qual predomina a Paixão através dos textos da opção de Jesus por ser humilde servidor e o homem das dores crucificado.
            Isaias nos fala do servo de Deus que se fez discípulo aberto ao aprendizado. “Ele me desperta cada amanhã e me excita o ouvido para prestar atenção como um discípulo” (Is 50, 4). Aprende não para si, mas para dar conforto à pessoa abatida (4). Ficou firme no sofrimento na certeza de não ser humilhado.

            Temos que ser discípulo sempre, por isso aprender sempre.

nº 62 Homilia do Domingo de Ramos Em 22.03.2002

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR

“Bendito o que vem em nome do Senhor”

A liturgia deste domingo tem duas manifestações diferentes: a primeira é a alegria da procissão de Ramos e a segunda é a séria missa de Quaresma. Abrem-se para nós a comemoração dos dias em que o Senhor se entregou à morte. 
A densidade de ensinamentos destes dias é muito grande. Jerusalém estava cheia de gente que veio para a festa da Páscoa, festa da libertação da escravidão do Egito e festa de toda a salvação que Deus oferecera ao povo. Jesus vem à festa e faz o ingresso triunfal, como o rei prometido, como diz o Profeta Zacarias: “Exulta! Solta gritos de alegria Jerusalém, eis que o teu rei vem a ti, ele é justo e vitorioso, humilde montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho da jumenta" (Za 9,9). Ele é o grande rei, descendente de Davi, o Messias esperado. E o povo entendeu. O povo o acolheu. Depois os chefes o recusarão e matarão. Esta é a primeira parte da celebração. 
Na segunda parte ouvimos a narrativa de Isaías sobre o servo sofredor. Ele sofre, mas não perde sua confiança em Deus e está pronto a aprender Dele através do sofrimento que passa. Continuando a conhecer Jesus, S.Paulo mostra-nos o caminho de nossa salvação que percorre Jesus: faz-se humilde, servo, toma a forma humana e em tudo se faz como um de nós. Faz-se obediente, como se diz em Isaías. Obediente quer dizer aquele que tem os ouvidos abertos para saber o que Deus quer e seguir seus caminhos. Pelo seu sofrimento é ouvido por Deus e glorificado. Mas Jesus já não está glorificado ao lado do Pai? Sim, mas agora é glorificada nossa humanidade assumida por Ele na condição de fragilidade para restaurá-la e glorificá-la com Ele. 
Nesta missa temos a leitura da Paixão de Jesus. Ler a Paixão significa aprender, recordar e viver melhor. Não podemos perder de vista a história e os acontecimentos de Nossa Redenção. Proclamar o acontecimento é fazê-lo vivo entre nós  e fazer-nos participantes dos frutos deste mistério. É importante contar os fatos acontecidos. 
Vivemos num mundo que pode ser chamado de ateu, descrente. Os cristãos não ficam atrás. Fazemos um cristianismo a nossa imagem e com a mentalidade do mundo, avessa ao evangelho. A renovação anual da celebração pascal quer trazer à nossa memória o que Deus fez por nós em Cristo. É fundamental que isso se concretize, pois lembrando os fatos, nós podemos retomar a estrada. Sempre as escrituras nos dizem de lembrar as maravilhas que Deus fez. Assim nós nos voltamos para Ele e renovamos nosso coração.
Somente uma sugestão: Vamos à procissão de ramos e levamos os ramos para casa. Este gesto simpático significa tomar um atitude de comprometimento com Cristo de ser de seu reino e ser dele.

Leituras: Mateus 21,1-11; Isaias, 50,4-7; Filipenses 2,6-11; Mateus 27,11-54)

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ‒ Domingo da Paixão ‒ Santos: Jonas, Eustácio, Secundo 
Evangelho (Mc 15,1-39) “Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte: Eloi, Eloi, lamá sabactâni?” Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 
Para nos libertar do mal e fazer-nos participantes de sua natureza divina, o Filho de Deus viveu a nossa vida. Como diz Paulo, “Era de condição divina, mas não se prevaleceu de sua igualdade com Deus. Aniquilou-se a si mesmo, tomando a condição de escravo e fez-se igual se aos homens.” (Fl 2,6-7) Viveu em tudo nossa vida. Nunca, porém, foi mais homem do que quando, pregado na cruz, experimentou até onde pode chegar nossa dor e nossa solidão. Conosco e por nós gritou o primeiro versículo do Salmo 21(22): “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Ele sabe o que é nosso sofrimento, como são grandes nossas limitações, como é triste querer fazer o bem e cair no mal. Porque ele se uniu a nós para nos unir a si, podemos ter esperança. 
Oração
Senhor Jesus, meu Cristo crucificado, sozinho e abandonado, provastes o amargor de nosso sofrimento e de nossa solidão, quando nos parece que todos nos abandonam, até o Pai. Foi nesse abandono que vos abandonastes totalmente em suas mãos, aceitando a morte na fidelidade e na coerência mais completa. Olhai por nós, Senhor, nessas passagens duras de nossa vida, quando só a fé nos ilumina, só a esperança nos sustenta, só o amor nos impulsiona. Ajudai-nos principalmente quando chegar nossa última hora, para que saibamos fazer de nossa morte um ato de entrega, de amor e de obediência. Que vossa presença a nosso lado nos ilumine com a esperança da vida definitiva, na plenitude da paz e da alegria. Amém.

sábado, 28 de março de 2015

28 de Março - São Xisto III

Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente. Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus. Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca. Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora. Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja. Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália. Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.

S. Gontrão, rei e confessor, +514

Era filho do Rei Clotaire e de Santa Clotilde. Foi coroado rei de Orleans e Burgonha em 561, enquanto seus irmãos Charibert reinavam em Paris e Sigebert em Metz. Em geral a sua vida foi a de um pacificador. Ele protegeu os seus sobrinhos contra as maldades das rainhas Brunehault e Fredegunde. Mas ele tinha períodos de intemperança. Divorciou-se de sua esposa Maercatrude e ordenou a execução do seu medico. Teve depois enorme remorso e lamentou esses pecados pelo resto da sua vida, por si próprio e pela sua nação. Jejuava, orava, chorava e oferecia-se ao Deus a quem tinha ofendido. O seu reinado foi próspero e ele deu exemplos de como as máximas do Evangelho podiam ser usados efetivamente na política. Foi o protetor dos oprimidos, ajudou os doentes, e cuidou dos parentes de seus súditos. Abriu a sua fortuna e a da coroa especialmente nos períodos da fome, seca e das pragas. Fez aplicar as leis de maneira justa e estrita, independente da pessoa, mas estava pronto a perdoar ofensas contra ele, incluído duas tentativas de assassinato. Gontrão construiu magníficas igrejas e vários monastérios. São Gregório de Tours relata vários milagres feitos pelo Rei antes e após a sua morte, alguns que ele mesmo testemunhou. Na época de sua morte, em 28 de março de 592, Gontrão havia reinado por 31 anos e imediatamente seus súditos o aclamaram como santo. Ele foi enterrado na igreja de São Marcellus, a qual ele havia construído. Os Huguenots queimaram suas relíquias e espalharam as suas cinzas no século XVI, mas deixaram, em sua fúria, o crânio intocável. Ele está agora em uma caixa de prata na mesma igreja. Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como um rei encontrando um tesouro e dando-o para os pobres. Algumas vezes ele é mostrado com três bolsas de tesouros perto dele, um globo e uma cruz. Ele é o padroeiro dos divorciados, dos guardiões e dos assassinos arrependidos.

Santa Gisela, rainha, abadessa, +1065

Era filha do duque bávaro, Henrique (O Briguento) e de Gisela de Barganha. Em 1096 os emissários de Geiza da Hungria vieram a sua casa, para alegria de seus pais, pedir sua mão em casamento. Gisela que se houvera consagrado a Deus no íntimo de seu coração não conseguiu alterar esta situação e assim mudou-se para a corte principesca húngara. Porem sua meta continuava a ser a de levar todo o povo para Cristo. Gisela foi coroada e ungida como primeira rainha cristã dos húngaros e com ela, seu marido Estevão que se converteu ao cristianismo por sua influência. Gisela ajudou na construção e nos reparos de Igrejas, construiu a Catedral de Vezprim para a qual doou ricos feudos. Mandou vir escultores da Grécia para embelezarem as Igrejas. Porém passou por grandes sacrifícios. Perdeu a primeira filha e, logo depois, o filho. Outras duas filhas se casaram e jamais as reviu por partirem para terras muito distantes. Seu filho Américo, que deveria suceder-lhe no trono real, também faleceu. Mais tarde também ele foi canonizado pela sua santidade.