segunda-feira, 7 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Amor que parte”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Quando o amor nos deixa
 
Continuando as reflexões do Papa Francisco sobre o matrimônio, Amoris Laetitae – Alegria do Amor, chegamos a um aspecto importante e ao mesmo tempo duro da vida matrimonial: a separação do casal pela morte. Por mais doloroso que seja o momento, saber encarar de um lado positivo: a morte como uma nova dimensão do amor. A beleza do matrimônio tem muitas facetas. Uma delas é quando a vida chega ao fim. Não vamos durar eternamente sobre a terra. Nenhuma morte é bem-vinda. Salienta o Papa: “Abandonar a família atribulada por uma morte, seria uma falta de misericórdia, seria perder uma oportunidade pastoral, e tal atitude pode fechar-nos as portas para qualquer eventual ação evangelizadora” (AL 253). É o momento de levar aos feridos pela morte, a mesma presença de Jesus que se comoveu e chorou no velório do amigo (Jo 11,33.35). Ele é a vida. Assim podemos compreender que a presença da Igreja nesses momentos dá vida aos que perdem a esperança, e chegam a se magoar com Deus como sendo culpado. Nessa fase de dor é importante a presença da comunidade. É necessária essa pastoral junto a esses que sofrem. Não se trata de conservar a vida, mas o amor. Há uma tendência a querer manter uma presença como viva como conservar o quarto e suas coisas no estado em que deixou. Achei bonito a atitude de uma parente, gente simples, que perdeu o marido. Ela disse: “Hoje lá em casa foi dia triste. Fomos distribuir as coisas de meu marido. Serviram tanto a ele, agora vão servir a outros”. Assim se encara a vida e a morte. 
Uma missão permanente 
Não vamos conservar a presença física, mas as preciosas lembranças dos bons tempos vividos, das boas obras praticadas e os pensamentos que norteavam. É bom não apagar a pessoa, mas também não se apagar por ela. A morte é um bem quando continua dando vida. É o momento da libertação. A missão dos mortos continua em nós, sobretudo quando recolhemos suas heranças espirituais para continuá-las. Continuamos o amor. Como se diz: “saudade é o amor que fica”. “O amor possui uma intuição que lhe permite escutar sem sons e ver o invisível. Isso não é imaginar o ente querido como era, mas poder aceitá-lo transformado, como é agora, à imagem de Cristo ressuscitado, como disse à Madalena que queria abraçar seus pés, que não O tocasse, para a levar a um encontro diferente” (AL 255). 
Igreja recolhe as lágrimas 
Há um descaso muito grande em muitas áreas da Igreja, como instituição, com respeito à doença, ao falecimento e à dor. É justamente aí o momento mais importante. Jesus sabia estar presente, como vimos. E continua presente e nos atrai. Paulo diz: “Desejo ardentemente partir para estar com Cristo” (Fl 1,23). Há o desejo de revermos aqueles queridos que se foram. Há os que até exploram os sentimentos com possíveis contatos. Mas o contato que acontece não é a nível humano, pois já passaram, mas na oração. Esta sim estabelece o diálogo em Deus. Quanto mais estamos em Deus, mais estamos com nossos queridos. A Igreja ensina: “Rezar por eles pode não só ajudá-los, mas também tornar mais eficaz a sua intercessão em nosso favor” (Catecismo, 958). “De modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo; mas é reforçada pela comunicação dos bens espirituais” (LG, 49). “Quanto melhor vivermos nesta terra, tanto maior felicidade podemos partilhar com os nossos queridos no Céu” (AL 258).
ARTIGO PUBLICADO EM FEVEREIRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 7 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 9,18-26. 
Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante dele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos aproximou-se por detrás dele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se dele. Mas, quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Jerónimo (347-420) 
Presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja 
«Debate entre um luciferino e um ortodoxo», SC 473 
A pureza da fé 
«Quando voltar o Filho do homem, 
encontrará fé sobre a Terra?» (Lc 18,8). 
Quem faz esta pergunta do Evangelho deve recordar que a fé que é aqui referida é aquela sobre a qual o Senhor dizia: «A tua fé te salvou»; e também, a propósito de um centurião: «Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé» (Mt 8,10). Nem o centurião, nem a mulher que tinha perdas de sangue havia doze anos (cf Mc 5,25) acreditavam no mistério da Santíssima Trindade, que foi manifesto aos apóstolos após a ressurreição de Cristo; o que Jesus aprova é a simplicidade do seu coração e a entrega da sua alma a Deus. Com efeito, esta mulher ia «pensando consigo: "Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada"». É esta fé que o Senhor afirma ser raro encontrar! É esta fé que, mesmo entre os crentes, raramente é perfeita. «Seja feito conforme acreditaste», diz o Senhor (Mt 8,13). Esta é a palavra que não desejo ouvir; pois, se me for feito segundo a minha fé, perecerei. É certo que creio em Deus Pai, creio em Deus Filho, creio em Deus Espírito Santo, creio num só Deus, mas não quero que me seja feito conforme acredito, pois não é raro o inimigo semear a cizânia no meio do campo de um homem. Na realidade, não são poucas as vezes em que, na minha oração, passeio pelas ruas, faço contas aos juros, e até, levado por uma imaginação vergonhosa, trato de coisas que coraria em revelar. Onde está a fé? Interrogue cada um o seu coração e verá que é raro descobrir nesta vida uma alma fiel a ponto de nada fazer por desejo de glória ou pelo que dirão. Com efeito, os vícios estão próximos das virtudes. É difícil contentarmo-nos em ter Deus como único juiz.

São Félix de Nantes(514-584)

Félix de Nantes  foi um bispo de Nantes, França, no século VI .
 Ele é venerado como santo na Igreja Católica . 
Vida Félix casou-se e, em 551, aos 37 anos, foi nomeado Bispo de Nantes, enquanto sua esposa se tornou freira. Ele então vendeu seu patrimônio em benefício dos pobres e construiu uma catedral dentro das muralhas da cidade, conforme planejado por seu antecessor, Evemer. Seus melhoramentos municipais em Nantes foram elogiados nos poemas de Venâncio Fortunato . Ele frequentemente mediava entre o povo da Bretanha e os reis francos . Guerech II, Conde de Vannes, saqueou a Diocese de Rennes e a Diocese de Vannes , e repeliu as tropas que o Rei Chilperico enviou contra ele. A pedido do Bispo Félix, o conde retirou suas forças e fez a paz. Félix esteve no Concílio de Paris em 557 e no Concílio de Tours em 567, onde foi observado que alguns costumes galo-romanos de culto aos antepassados ​​ainda eram praticados. Ele morreu aos 70 anos em 8 de janeiro de 584, tendo servido como bispo de Nantes por 33 anos. Seu dia festivo no Calendário Romano Geral é 7 de julho.

Santo Ilídio de Auvergnese

Santo Ilídio foi o quarto bispo da Auvergnese, de acordo com São Gregório de Tours. Seu nome poderia ter se originado do rio Allier: o santo nasceu em suas margens e sua veneração também começou lá. A vida de Santo Ilídio foi escrita por São Gregório de Tours seguindo a tradição da Igreja de Clermont. Santo Ilídio assumiu seu episcopado após o de São Leogoncio, por volta do ano 370. Sua reputação de santidade se estendeu à capital de Trier, na Mosela. O imperador (usurpador) Maxime tinha uma filha possuída pelo diabo, incurável. Apelou ao milagreiro de Auvérnia: Ilídius foi solicitado; veio, agiu e venceu; Ao simplesmente colocar um dedo na boca da jovem, ela
imediatamente sentiu a cura. O imperador, agradecido e surpreso, ofereceu-lhe uma grande quantia de dinheiro, mas Ilídio recusou. Ele simplesmente pediu que o costumeiro tributo de vinho e milho dado à Igreja - até então pago em espécie - fosse convertido em dinheiro. Ilídio voltava para casa quando foi surpreendido pela morte. Deve ter sido o ano de 384, já que no Concílio de 385 Clermont já tinha Nepotien como bispo. Dois séculos depois de sua morte, a veneração a Ilídio permaneceu tão viva quanto desde seus primórdios em Clermont - no tempo de São Gregório de Tours - que mesmo assim disse: "seus milagres são inúmeros, tantos que nem todos podem ser registrados".

07 de julho - Beato Pedro To Rot

“O primeiro Beato da Papua da Nova Guiné abre uma nova era na história do povo de Deus neste país. Martírio sempre fez parte da peregrinação do povo de Deus através da história. Na leitura do Antigo Testamento, o segundo livro de Macabeus conta a história de Eleazar e sua incrível fidelidade à lei santa de Deus, a sua disponibilidade para aceitar a morte, em vez de fazer o mal. Antes da prova suprema, ele disse: "Senhor, a quem pertence o conhecimento sagrado, sabe que, sendo capaz de escapar da morte, sofro com dores terríveis o flagelo do corpo, mas a alma de bom grado suporta tudo isso por temor a Ele" (2 Mac 6, 30).
O sofrimento causado pela recente e trágica erupção aproximou a comunidade cristã na Nova Bretanha do mártir Pedro To Rot. No plano salvífico de Deus, o sofrimento "mais do que qualquer outra coisa, faz presente na história da humanidade as forças da Redenção" (Salvifici doloris, 27). Assim como o Senhor Jesus salvou seu povo por amá-los "até o fim" (Jo 13, 1), "até à morte e morte de cruz" (Fl 2, 8), assim também continua a convidar cada discípulo a sofrer pelo Reino de Deus. Quando unido com a Paixão redentora de Cristo, o sofrimento humano torna-se um instrumento de maturidade espiritual e uma magnífica escola do amor evangélico. O Beato Pedro compreendeu o valor do sofrimento. O Beato Pedro, inspirado pela sua fé em Cristo, foi um esposo devotado, um pai amoroso e um catequista empenhado.

07 de julho - São José Maria Gambaro

Hoje a Igreja agradece ao seu Senhor, que a abençoa e a imbui de luz com o esplendor da santidade destes filhos e filhas da China. Não é porventura o Ano Santo o momento mais oportuno para fazer resplandecer o seu testemunho heroico? A jovem Ana Wang, com catorze anos, resiste às ameaças do carnífice que a convida a renegar e, dispondo-se à decapitação, declara com o rosto radiante: "A porta do Céu está aberta a todos" e murmura três vezes "Jesus". E Chi Zhuzi, com dezoito anos, grita destemido aos que acabavam de lhe cortar o braço direito e se preparavam para o esfolar vivo: "Cada pedaço da minha carne, cada gota do meu sangue vos repetirão que sou cristão". Igual convicção e alegria testemunharam os outros 85 chineses, homens e mulheres de todas as idades e condições, sacerdotes, religiosos e leigos, que selaram a própria indefectível fidelidade a Cristo e à Igreja com o dom da vida. Isto aconteceu ao longo de vários séculos e em complexas e difíceis épocas da história da China. Esta celebração não é a ocasião oportuna para formular juízos sobre aqueles períodos históricos: poder-se-á e dever-se-á fazê-lo noutra circunstância. Com esta solene proclamação de santidade, a Igreja só deseja reconhecer que aqueles Mártires constituem um exemplo de coragem e de coerência para todos nós e honram o nobre povo chinês. Nesta plêiade de Mártires resplandecem também 33 missionários e missionárias, que deixaram a sua terra e procuraram introduzir-se na realidade chinesa, assumindo com amor as suas características, no desejo de anunciar Cristo e de servir aquele povo. Os seus túmulos estão lá, como que a significar a sua definitiva pertença à China, que eles, apesar dos seus limites humanos, amaram com sinceridade, despendendo por ela as suas energias. "Nunca fizemos mal a ninguém responde Dom Francisco Fogolla ao governador que se prepara para o golpear com a espada. Ao contrário, fizemos o bem a muitos". 
Papa João Paulo II – 01 de outubro de 2000 – homilia de canonização

Santo Antonio Fantosati

"Os preceitos do Senhor dão alegria". 
Estas palavras do Salmo bem a experiência dos 120 mártires na China. Os testemunhos que chegaram até nós deixam entrever neles um estado de espírito marcado por uma profunda serenidade e alegria. Hoje a Igreja agradece ao seu Senhor, que a abençoa e a imbui de luz com o esplendor da santidade destes filhos e filhas da China. Não é porventura o Ano Santo o momento mais oportuno para fazer resplandecer o seu testemunho heroico? A jovem Ana Wang, com catorze anos, resiste às ameaças do carnífice que a convida a renegar e, dispondo-se à decapitação, declara com o rosto radiante: "A porta do Céu está aberta a todos" e murmura três vezes "Jesus". E Chi Zhuzi, com dezoito anos, grita destemido aos que acabavam de lhe cortar o braço direito e se preparavam para o esfolar vivo: "Cada pedaço da minha carne, cada gota do meu sangue vos repetirão que sou cristão". Igual convicção e alegria testemunharam os outros 85 chineses, homens e mulheres de todas as idades e condições, sacerdotes, religiosos e leigos, que selaram a própria indefectível fidelidade a Cristo e à Igreja com o dom da vida. Isto aconteceu ao longo de vários séculos e em complexas e difíceis épocas da história da China. Esta celebração não é a ocasião oportuna para formular juízos sobre aqueles períodos históricos: poder-se-á e dever-se-á fazê-lo noutra circunstância.

Festa de todos os Pontífices Romanos

História
 
Esta festa celebra, em uma única data, a memória de todos aqueles, entre os 266 Pontífices Romanos, venerados como Santos e Beatos: 82 Santos e 9 Beatos (até hoje, 2021). Com esta festa, que se realiza na Basílica de São Pedro, queremos recordar a missão de Pedro, que todos os seus sucessores continuam. Alguns deram testemunho, de modo heroico, do mandato de confirmar os irmãos, merecendo ser inscritos no álbum dos Santos e propostos para a veneração do povo cristão. 
Evangelho: Lucas 22, 28-32 
«Naquele tempo, Jesus disse aos seus apóstolos: “Vós tendes permanecido comigo nas minhas provações; eu, pois, disponho do Reino a vosso favor, assim como meu Pai o dispôs a meu favor, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos senteis em tronos, para julgar as doze tribos de Israel. Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu rezei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos"». 

Santa Maria Guo Lizhi Mártir Festa: 7 de julho

Ela era uma mulher cristã que viveu na China durante um período muito difícil para os cristãos, ela e sua família foram perseguidas por sua fé. Quando chegou a hora de morrer, Maria não só não teve medo, mas deu força aos outros. Ele acompanhou sete de seus parentes até o local onde seriam mortos e os encorajou a não ter medo. Depois que seus entes queridos foram mortos, ela mesma pediu para morrer, demonstrando um profundo amor por Deus e sua família.
Martirológio Romano: Na aldeia de Hujiacun perto de Shenxian, também em Hebei, Santa Maria Guo Lizhi, mártir, que na mesma perseguição, como segunda mãe dos Macabeus, exortou sete de seus parentes que ela acompanhou ao lugar da tortura à firmeza de espírito e, pedindo para ser morta, seguiu aqueles que ela havia enviado para o céu. 

Beata Ifigênia de São Mateus (Francisca Maria Susanna de Gaillard de la Valdène) Santíssimo Sacramento Virgem, mártir Festa: 7 de julho

(*)Bollène, França, 23 de setembro de 1761
(+)Orange, França, 7 de julho de 1794 
Ela é uma figura proeminente entre os mártires da Revolução Francesa. Nascida em Bollène em 1761, ela entrou na ordem dos Santíssimos Sacramentinos e, como muitos outros religiosos de seu tempo, foi vítima da ferocidade anticlerical que caracterizou aquele período histórico. Sua morte ocorreu em 7 de julho de 1794 em Orange. Recusando-se a fazer um juramento à República e renunciar à sua fé, ela foi condenada à morte junto com muitas outras irmãs. Sua execução na guilhotina foi um ato de testemunho de sua fé inabalável em Deus. 
Martirológio Romano: Em Orange, também na França, a Beata Ifigênia de São Mateus (Francisca Maria Susana) de Gaillard de la Valdène, virgem da Ordem de São Bento e mártir durante a Revolução Francesa. 
As freiras presas na região da planície do Ródano incluíam duas freiras cistercienses, uma beneditina, dezesseis ursulinas e treze freiras do Santíssimo Sacramento. Na prisão, eles não pararam de continuar as práticas de sua vida conventual. A primeira Beata Sacramentina a subir à guilhotina em 7 de julho, porque não queria faltar à sua fidelidade à Igreja, foi a Beata Ifigênia de São Mateus. As freiras se comportaram de forma excepcionalmente heróica, testemunhadas por aqueles que escaparam do massacre.

Beata Beatriz d’Este, Rainha da Hungria

Beatriz d'Este (1215 – antes de 8 de maio de 1245) foi rainha consorte da Hungria como a terceira esposa do rei André II da Hungria . Beatriz era filha única do Marquês Aldobrandino I de Este, mas o nome e a origem de sua mãe são desconhecidos. Como seu pai faleceu no ano de seu nascimento, ela foi educada por seu tio, o Marquês Azzo VII de Este . No início de 1234, o idoso rei André II da Hungria , que havia enviuvado pela segunda vez em 1233, visitou a corte da família Este e apaixonou-se pela jovem Beatriz. Seu tio consentiu ao casamento apenas com a condição de que tanto o rei André quanto Beatriz renunciassem ao dote e a qualquer direito à herança de seu pai. O casamento foi celebrado em 14 de maio de 1234 em Székesfehérvár , e o Rei André prometeu em seu contrato conjugal que concederia 5.000 libras como parte do casamento a Beatriz, e esta também receberia 1.000 libras como sua renda anual. No entanto, a relação entre Beatriz e os filhos de seu marido logo se tornou tensa. Após a morte de seu marido em 21 de setembro de 1235, seu enteado, o rei Béla IV da Hungria, ascendeu ao trono e queria banir Beatriz da Hungria.

Santa Edelburga, Virgem, Princesa e Abadessa – 7 de julho

A princesa que deixou a corte e entrou em um mosteiro na floresta
Edelburga, também chamada de Santa Etelburh de Faremoutiers, era filha de Aneric, rei dos Anglos orientais. Por desejar alcançar a perfeição cristã, foi para a França e lá se consagrou a Deus no Mosteiro de Faremoutier, na floresta de Brie, no governo do qual sucedeu sua fundadora Santa Fara.
     Após sua morte, seu corpo permaneceu incorrupto, como testemunha Beda, o Venerável.
     Ela é homenageada nos Martirológios Romano, francês e inglês neste dia. Nestes últimos, sua sobrinha Santa Earcongota é homenageada com ela. Ela era filha do rei de Kent e de Santa Sexburga; acompanhou Santa Edelburga a Faremoutier, e lá viveu um grande exemplo de todas as virtudes, e foi honrada após sua feliz morte por muitos milagres, como relata Beda.
     Hereswide, a esposa do rei Aneric, mãe de muitos santos, após a morte de seu marido, retirou-se também para a França, e consagrou-se a Deus no famoso mosteiro de Cale ou Chelles, a cinco léguas de Paris, perto do Marne, fundado por Santa Clotilde, mas principalmente dotado por Santa Batilde, onde perseverou, avançando diariamente em santo fervor até sua feliz morte.

Vilibaldo de Eichestat Beneditino, Bispo, Santo 700-787

Monge beneditino inglês e depois Bispo de Eichestat, na Germânia. 
Era sobrinho de São Bonifácio que o consagrou bispo (700-787).
Vilibaldo nasceu em 22 de outubro de 700, na cidade de Wessel, na Inglaterra. Pertencia à casa real dos Kents, seu pai era o rei Ricardo I e os irmãos eram Vunibaldo e Valburga. Todos eles, mais tarde, inscritos no Livro dos Santos da Igreja. Ainda criança, ele foi confiado aos monges beneditinos da Abadia de Waltham, que cuidaram se sua formação intelectual e religiosa. Foi ali, entre eles, que decidiu ser também um monge. Mas, em 720 saiu do mosteiro e da Inglaterra, antes de fazer os votos definitivos e nunca mais voltou para sua pátria. Na companhia de seu pai e seu irmão, seguiu para uma longa peregrinação cuja meta final era Jerusalém. A viagem foi interrompida em 722, quando seu pai, o rei, morreu na Itália. Assim, ele e o irmão resolveram ficar em Roma. Dois anos depois, sem Vunibaldo, continuou a peregrinação percorrendo toda a Palestina, que estava sob o domínio árabe. Os peregrinos em geral eram bem acolhidos, entretanto, por causa das tensões políticas com o Império do Oriente, Vilibaldo e outros peregrinos quase foram presos, mas puderam prosseguir o caminho em paz.

Diogo de Carvalho Presbítero e Mártir, Beato + 1624

O Padre Diogo de Carvalho faz parte daquela “via láctea” imensa que nos princípios da evangelização cristã no extremo oriente, foi semente de cristãos pelo sangue derramado pela fé naquelas terras longínquas, longe da pátria Lusitana. Nasceu em Coimbra onde se fez jesuíta apenas com 16 anos, mas foi em Macau que terminou os estudos de teologia e foi ordenado sacerdote. Em 1609 era missionário no Japão, e seguiu fielmente as “pegadas” dos seus predecessores célebres — entre os quais se destaca como um luminar imenso, o grande jesuíta e santo: Francisco Xavier — que lutaram e deram a vida para que outros cristãos no Japão, após eles ficassem a conhecer Jesus Cristo e a sua “Boa Nova do Reino”. A fim de poder evangelizar em tempo de grande perseguição, refugiou-se numa região mineira até ao dia em que umas pegadas na neve o denunciaram e foi preso com 10 dos seus fiéis seguidores. No inverno de 1624, foram os onze prisioneiros submetidos ao tormento dos tanques de água gelada, morrendo um após outro. O Padre Diogo de Carvalho sobreviveu ainda cinco dias à morte do último. Pio IX beatificou-o em 1867. Esperemos que um dia a Igreja o eleve às honras dos altares, canonizando-o, como o fez para tantos outros mártires. 
Cf. Padre José Leite, s. j., “Santos de Cada Dia”.

Marcos Kitien Siang Leigo, Mártir, Santo + 1900

De antiga família cristã convertida em 1650, irmão de um sacerdote, pai de família, culto, hábil médico, administrador da pequena comunidade cristã de Ye-Tcang-Ten, era universalmente estimado e amado pelos seus excelentes dotes e pela sua generosidade. Muito fiel às práticas religiosas, queria que todos o fossem na sua família. Tantas qualidades eram, porém, obscurecidas pelo vício do ópio. Resistiu, caiu, volta a resistir, recaiu muitas vezes, até que o ópio o dominou. Os missionários, no princípio, absolveram-no repetidas vezes, mas, por último, sendo grave o escândalo, proibiram-no de receber a comunhão. "Ah — exclamou —, tenho apenas uma esperança de salvação, o martírio, sem o martírio não conseguirei encontrar a porta do paraíso." Esse comportamento, que se diria paradoxal, durou 30 anos.

MARIA ROMERO MENESES Religiosa Salesiana, Beata 1902-1977

Religiosa salesiana de Maria Auxiliadora no Nicarágua, ao serviço dos pobres e abandonados. Propagadora da devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora. João Paulo II beatificou-a no dia 14 de abril de 2002. É a primeira “bem-aventurada” da América Central.
Nasceu em Granada de Nicarágua, no dia 13 de janeiro de 1902. O pai era ministro do governo republicano e muito rico. Mas era também muito generoso com os deserdados da sorte. Infelizmente foi vítima de uma trapaça e sua situação económica ficou comprometida para sempre. Maria tinha um carácter parecido com o do pai. A família tinha grandes sonhos para ela: estudou música, piano e violino. Mas ela escolheu a estrada religiosa. Parecia-lhe que o carisma de Dom Bosco tivesse sido criado exactamente para as suas aspirações. Depois dos votos perpétuos, foi mandada a São José de Costa Rica, que se tornou a sua segunda pátria. Foi enviada como professora no colégio destinado a jovens de famílias ricas. Mas, como Dom Bosco, ela procurava "crianças pobres e abandonadas". E, depois de conquistar os da cidade, foi por montes e vales, a fim de "salvar almas". Como Dom Bosco, escolhendo dentre as melhores de suas alunas, criou as discípulas para a Obra dos Oratórios. Deu-lhes o nome de las misioneritas, e juntas fizeram milagres, não apenas em sentido figurado.

Beato Bento XI (Niccolò Boccasini) Papa Festa: 7 de julho

Nicolau Boccasini, natural de Treviso, tornou-se Papa, em 1303, com o nome de Bento XI. Destacou-se na Ordem Dominicana dos Pregadores por ter obtido a difícil trégua entre a França e a Inglaterra. Como Papa, transferiu-se de Roma para Perugia, com o intuito de dedicar-se totalmente à Igreja.
Treviso, 1240 - 1304 
(Papa de 27/10/1303 a 07/07/1304) 
Dominicano, apreciado por sua humildade e piedade, tornou-se Provincial da Lombardia, conseguiu trazer a paz entre os dominicanos e a cidade de Parma. Eleito no capítulo de Estrasburgo, promoveu uma trégua entre Eduardo I da Inglaterra e Filipe, o Belo. Nomeado cardeal por Bonifácio VIII, não conseguiu impedir que este último emitisse a Bula que proibia as ordens mendicantes de pregar e ouvir confissões fora de seus conventos. Apesar disso, permaneceu fiel a Bonifácio VIII durante o triste período de Anagni. Uma vez papa, veio pôr fim à luta entre Filipe, o Belo, e os Colonna. Percebendo que o trabalho de pacificação era difícil em Roma, mudou-se para Perugia, onde morreu após uma vida dedicada a compor os desentendimentos que dilaceraram seu século. 
Etimologia: Benedetto = aquele que deseja o bem, do latim
Martirológio Romano: Em Perugia, ocorreu o falecimento do Beato Bento XI, Papa, da Ordem dos Pregadores, que, benévolo e gentil, inimigo das contendas e amante da paz, promoveu no curto período de seu pontificado a harmonia na Igreja, a renovação da disciplina e o crescimento da devoção religiosa.

ORAÇÕES - 7 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
7 – Segunda-feira – Santos: Vilibaldo, Ilídio, Félix de Nantes
Evangelho (Mt 9,18-26) "Um chefe aproximou-se, inclinou-se diante dele, e disse: – Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e viverá.”
Admirável a confiança daquele homem no poder e na bondade de Jesus.Acreditava que o Mestre – aquele carpinteiro de Nazaré – podia trazer de volta para ele a menina morta.E confiava na bondade de seu coração.Sei que não posso pedir milagres, mas acredito que Jesus saberá como me ajudar, da melhor maneira. Ele tem coração humano; creio queentende minhas inquietações e minhas dores.
Oração
Senhor Jesus, hoje vos quero pedir por quem vive momentos tristes de doenças e dores, sem recursos disponíveis. Peço também pelos que estão a morrer, nas ultimas lutas da vida; e por aqueles que perdem entes queridos. Ajudai-os a viver esses momentos na fé, na esperança confiante, como etapas desta nossa caminhada para a vida definitiva, sem separações, dores, incertezas e medos. Amém.

domingo, 6 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A novidade de Jesus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O amor acima do ódio
 
O sermão da montanha é o núcleo da fé cristã. E nele, a maior novidade de Jesus, está no amor aos inimigos. Em sua morte na cruz, reza ao Pai: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Está assim em direção contrária a ensinamentos e práticas do Antigo Testamento. Este ódio está no coração do homem desde o começo da humanidade, como nos retrata o livro do Gênesis. A lei antiga ensinava: “Olho por olho, dente por dente” (Lv 24,20). Vemos a mudança: ensina a não resistir ao malvado, oferecer a outra face, deixar que te levem a roupa, andar dois km a quem te força andar um. Cristo assim o fez. Ensina o amor ao próximo como o seu mandamento e, este amor inclui o amor ao inimigo, para sermos como o Pai. Diz: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque Ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,44-45). A razão fundamental é ser perfeito como o Pai celeste é perfeito, sendo “misericordiosos como o Pai é misericordioso” (Lc 3,36). Ser perfeito é ser misericordioso. Amor aos inimigos, critério da verdadeira fé em Jesus. Para Jesus, o modelo é sempre o Pai. É sua escola. Assim chegamos à santidade. Com esses ensinamentos Jesus nos põe no caminho da santidade. Esta acontece nas coisas simples do amor e exigentes para que a vida seja plena. Não é esse o conceito de santidade apresentado e vivido por muitos. O Evangelho é tão claro e os métodos são tão outros. 
Resposta que cura 
Vivemos num mundo de guerras. As piores são as guerras internas dentro das comunidades e das famílias. Jesus quer amortecer a força do mal pelo bem. Paulo resume este pensamento de Jesus com estas palavras: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem” (Rm 12,21). Defender-se não significa aumentar a violência. Por isso dá seu ensinamento: “Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!... . É o que dizemos: Quando um não quer, dois não brigam. Não aumentar a força da maldade. O ensinamento de Jesus desmonta todo esquema de maldade, agressividade e guerra. Não adianta continuar a briga jogando gasolina no fogo. Assim se rompe a carreira do mal. É a estratégia cristã. “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mt 5,39.43-45). Inimigos sempre existirão, então, rezemos por eles e busquemos a paz. É uma característica cristã o perdão do inimigo e mais, não criar inimizades nem promover a discórdia. 
Ser como o Pai. 
A referência de Jesus é sempre seu Pai, como rezamos no salmo 102 que revela o amor de Deus: “O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas”. No Antigo Testamento temos como razão de ser santos: “Sede santos, porque Eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,1-2). O projeto de vida do fiel, espelhado no Pai e revelado por Jesus, tem um modo de ser: “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Na Eucaristia comungamos também sua mentalidade de paz. É o momento de rezar pelos inimigos e criar uma onda de amor que vença o ódio. É o que chamamos de cultura do amor. Se nos amarmos damos nossa maior contribuição para a vida do mundo. 
Leituras: Levítico 19,1-2.17-18; Salmo 10; 
1Coríntios 3,16-23; Mateus 5,38-48 
1. O sermão da montanha é o núcleo da fé cristã. E nele, a maior novidade de Jesus, está no amor aos inimigos. 
2. Defender-se não significa agir com violência, aumentado o mal. 
3. O projeto de vida do fiel, espelhado no Pai e revelado por Jesus, tem um modo de ser: “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito” 
Empresta-me teus óculos 
É preciso uma visão nova para entender o Evangelho de Jesus. Temos que ser como o Pai do Céu. Os antigos diziam: “olho por olho, dente por dente”. Assim a briga não acaba. Jesus corta esse ensinamento de antigamente que entrou na Bíblia vinda de leis pagãs. Jesus limpa a lente para que vejamos mais apuradamente.  A síntese de seu ensinamento é esta: ir além do que é exigido pela lei; ir ao amor maior que faz a diferença. Aqui temos o maior ensinamento de Jesus: amar os inimigos. Somos chamados a ser santos como Deus é Santo. Deus ama todos e não faz distinção de pessoas.
Homilia do 7º Domingo Comum (19.02.2017)

EVANGELHO DO DIA 6 DE JULHO

Evangelho segundo São Lucas 10,1-12.17-20. 
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide. Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: "Paz a esta casa". E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: "Está perto de vós o Reino de Deus"». Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei: "Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o Reino de Deus". Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade». Os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até os demónios nos obedeciam em teu nome». Jesus respondeu-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago. Dei-vos o poder de pisar serpentes e escorpiões e dominar toda a força do inimigo; nada poderá causar-vos dano. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos no Céu». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Hildegard de Bingen 
(1098-1179) 
Abadessa beneditina e doutora da Igreja 
«Livro das obras divinas», cap. 6 
O homem que restabeleceu uma relação 
com Deus penetra o mundo. 
Na estrutura do mundo, o homem está, por assim dizer, no centro: tem mais poder do que as outras criaturas da mesma estrutura, porque, se é pequeno em estatura, é grande nas energias da sua alma. De cabeça erguida e pés bem assentes na terra, é capaz de mover tanto os elementos de cima como os de baixo. As obras das suas mãos penetram em tudo, porque, através da energia do homem interior, tem a capacidade de pôr em ação esse poder. O corpo é maior do que o coração, mas as energias da alma excedem as do corpo em poder. O coração está escondido no fundo do corpo, mas o corpo está rodeado pelas energias da alma, que se estendem a todo o mundo. Assim, é através da ciência de Deus, da consciência ligada a Deus, que o fiel existe, tendendo para Deus dentro dos limites do espírito do mundo; em todos os seus empreendimentos, prósperos ou adversos, é a Deus que aspira, e não deixa de manifestar a Deus o respeito amoroso que o anima. O homem interior contempla as criaturas que o rodeiam com os seus olhos carnais, mas, pela fé, é a Deus que vê. O homem reconhece-O em todas as criaturas, porque se apercebe de quem é o Criador das mesmas.

Santa Godelina, Esposa, mártir - 6 de julho

Godelina nasceu em Hondeforte-lez-Boulogne, c. 1049 e morreu em Gistel, no dia 6 de julho de 1070. Era a mais nova dos três filhos de Hemfrid, Senhor de Wierre-Effroy, e sua esposa Ogina. Godelina desde criança praticava a piedade e os pobres afluíam à procura da jovem, cujo desejo de satisfazer as suas necessidades muitas vezes envolveu-a em dificuldades com o mordomo de seu pai e até mesmo com seu piedoso pai. Aos dezoito anos, a fama de sua beleza e de suas qualidades admiráveis ​​tinham se espalhado por Artois e até mesmo em Flandres, e muitos pretendentes apresentaram-se, Entretanto, como a decisão fora deixada com Godelina, ela persistia na resolução de renunciar ao mundo pelo claustro. Um dos jovens nobres, Bertoldo de Gistel, decidido a casar-se com ela, invocou a influência do suserano de seu pai, Eustáquio II, Conde de Boulogne, e foi bem sucedido. Após o casamento, Bertoldo e sua esposa partiram para Gistel, onde, no entanto, Godelina encontrou na mãe de Bertoldo uma inimiga amarga e implacável que induziu o filho a abandonar a sua esposa no mesmo dia de sua chegada, e mandou emparedá-la em uma cela estreita, com alimentação apenas suficiente para sobreviver.

Santa Sexburga Rainha de Kent, Abadessa Festa: 6 de julho

† 6 de julho de 699 aprox. 
Nascida princesa e criada como rainha e abadessa, ela era filha do Rei Ana de East Anglia e irmã de vários outros santos. Casou-se com o Rei Herconberto de Kent e teve quatro filhos, dois dos quais também eram santos. Após a morte de Herconberto em 664, Etelburga fundou um mosteiro em Minster-in-Sheppey e tornou-se sua abadessa. Mais tarde, mudou-se para a Abadia de Ely e também se tornou sua abadessa. Segundo a lenda, ela supervisionou o sepultamento de sua irmã, Santa Etelburga, em um túmulo de mármore branco. Etelburga morreu por volta de 699 e seus restos mortais foram posteriormente transferidos para uma capela na Abadia de Ely. Santa Sexburga, Princesa de East Anglia, era filha do Rei Ana, irmã das santas Eteldreda, Etelburga e Vitburga, e meia-irmã de Santa Setrida. Ela se casou com o Rei Erconberto de Kent, com quem teve dois filhos e duas filhas, as santas Ercongota e Ermengilda. O leitor contemporâneo não deve se surpreender com a proliferação de tal santidade na corte real, fato muito comum no primeiro milênio tanto no Oriente quanto no Ocidente, até mesmo na Etiópia, uma antiga nação cristã na África. Sexburga fundou um mosteiro em Minster-in-Sheppey, onde eventualmente se aposentou após ficar viúva em 664, tornando-se também sua abadessa.

Santa Noiala Virgem e Mártir na Bretanha Festa: 6 de julho

Menina britânica decapitada em Beignan, na Bretanha. Segundo a lenda, ela caminhou até Pontivy com a própria cabeça entre as mãos. Ela é altamente venerada na Bretanha. O centro do culto a Santa Noiala (fr. Noyale) é Noyal-Pontivy (Nuial plebs em 1082), a maior paróquia da diocese de Vannes até a Revolução e uma das mais importantes, pois era o centro do poderoso senhorio dos Rohans, que construíram em seu território o castelo em torno do qual a cidade de Pontivy foi formada. A igreja paroquial de Noyal-Pontivy, uma imponente construção gótica, iniciada em 1420 no local de uma capela romana, é dedicada a Noiala. Na mesma vila, uma capela datada de 1708 e chamada Petite-Sainte-Noyale também é dedicada a ela. Poucos quilômetros mais adiante, há uma terceira capela, também sucessora de uma construção romana, da qual restam alguns vestígios e que era, ainda no século XIV, a igreja paroquial original. Iniciada em 1423 e restaurada em 1719, possui outra capela muito pequena ao lado em homenagem a São João Batista. Não muito longe, escondida num vale, descobre-se uma tripla fonte monumental, adornada com nichos e pináculos, também dedicada a Noiala e a São João. Ao lado, avistam-se duas rochas que a lenda popular indica como sendo o leito e o genuflexório da santa. Estes diferentes locais de culto, uma tradição popular centenária, um antigo púlpito da igreja, cujos frescos narravam a vida da santa e que foi destruído em 1684, um hino bretão do século XVI: são as únicas fontes da vida de Noiala.

Santa Domingas (Ciriaca) venerada em Tropea Festa: 6 de julho

Santa Domingas nasceu em 287 em Tropea, na Calábria, filha de Doroteu e Arsênia. Desde a infância, viveu em um ambiente profundamente cristão, onde a própria vida cotidiana era imbuída da fé professada. A família provavelmente possuía uma posição rica e proeminente, se parece que o próprio imperador estava interessado na questão que levou Doroteu, Arsênia e Domingas a julgamento. Isso também pode ser confirmado pelo fato de os pais de Domingas terem sido poupados de suas vidas, em troca do exílio na região do Eufrates. Domingas, por outro lado, foi submetida a inúmeras pressões e perseguições para induzi-la a renunciar à sua fé cristã. Não só as várias tentativas foram em vão, como os milagres realizados pela santa levaram à conversão de alguns dos presentes. Levada para a Campânia, ela foi julgada e condenada à tortura "ad leones", mas os leões permaneceram impassíveis e até se tornaram dóceis diante da santa. A punição foi então transformada em decapitação, ocorrida, segundo o historiador Barônio, em 6 de julho de 303. O culto à santa de Tropea se espalhou para o sul da Itália e o Oriente, pois os bispos de Tropea, de rito grego, dependiam, como jurisdição eclesiástica, do patriarcado de Constantinopla. Os restos mortais da santa repousaram por muitos anos em Vizzini, para então serem transferidos para a catedral de Tropea, cidade da qual ela é padroeira. 
Martirológio Romano: Em Nicomédia, na Bitínia, na atual Turquia, Santa Ciriaca, virgem e mártir sob Diocleciano, que é objeto de grande veneração em Tropea, na Calábria.

Santa Darerca (Monenna) de Killeavy Abadessa Festa: 6 de julho † 517

Parece que o nome de batismo desta virgem, comemorado nos martirológios irlandeses em 6 de julho, era Darerca, e que Moninna é, na verdade, um apelido de origem obscura. Seus Acta chegaram até nós, mas apresentam dificuldades consideráveis, visto que a santa foi confundida com a santa inglesa Modwenna, venerada em Burton-on-Trent. Darerca foi a fundadora e primeira abadessa de um dos mais antigos e importantes mosteiros femininos da Irlanda, construído em Killeavy (Condado de Armagh), onde as ruínas de uma igreja dedicada a ela ainda são visíveis. Ela morreu em 517. Killeavy permaneceu um importante centro da vida religiosa até ser destruída por invasores escandinavos em 923; Darerca continuou a ser amplamente venerada, especialmente na região norte da Irlanda. Martirológio Romano: No território de Armagh, na Irlanda, Santa Monenna, abadessa do mosteiro de Killeevy, que ela mesma fundou. Santa Darerca, também conhecida como Monenna, foi uma figura central na história do monaquismo irlandês. Fundadora e primeira abadessa do mosteiro de Killeavy (Condado de Armagh), sua vida e obra deixaram uma marca indelével na tradição religiosa irlandesa. Embora suas Acta apresentem algumas dificuldades de interpretação, ela permanece viva na veneração popular, especialmente na Irlanda do Norte.

Beata Maria Rosa, Beneditina, mártir da Rev. Francesa - 9 de julho

Nascida em Sérignan (Vaucluse), no dia 4 de fevereiro de 1741, Susana Ágata de Loye entrou na abadia beneditina de Caderousse, onde fez sua profissão em janeiro 1762, adotando o nome religioso de Maria Rosa. Irmã Maria Rosa passou 30 anos praticando todas as virtudes monásticas, vivendo na pobreza e na obediência, preparando-se todos os dias para morte e, sem saber, para o martírio. Em setembro de 1792, depois de seu mosteiro ter sido fechado pelos revolucionários, Irmã Maria Rosa voltou à casa da família em Sérignan, dedicando-se às obras de caridade e de apostolado. Presa em maio 1794, permaneceu na mesma prisão com mais 32 religiosas de várias ordens, todas amontoadas. Em 6 de julho seguinte, foi trazida diante da comissão popular de Orange. O tribunal acusou-a de querer destruir a república e intimou-a a fazer o juramento prescrito pela lei. Irmã Maria Rosa recusou, calmamente, mas com firmeza, afirmando que ela considerava este juramento como uma apostasia. Ela foi imediatamente condenada à morte; a execução foi realizada na mesma tarde, às seis horas, e ela subiu ao cadafalso com grande coragem. Sua execução abriu a série de massacres que deveriam continuar por três semanas. Beatificada em 10 de maio de 1925, sua festa é celebrada em 9 de julho.

Maria Goretti Virgem e mártir 1890-1902

Maria nasceu em 16 de outubro de 1890, em Corinaldo, província de Ancona, Itália. Filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini, terceira de sete filhos de uma família pobre de bens terrenos mas rica em fé e virtudes, cultivadas por meio da oração em comum, terço todos os dias e aos domingos Missa e sagrada Comunhão. No dia seguinte a seu nascimento, foi batizada e consagrada à Virgem. Aos seis anos recebeu o sacramento da Confirmação. Depois do nascimento de seu quarto filho, Luigi Goretti, pela dura crise econômica que enfrentava, decidiu emigrar com sua família às grandes planícies dos campos romanos, ainda insalubres naquela época. Instalou-se em Ferriere di Conca, colocando-se a serviço do conde Mazzoleni, neste lugar Maria mostra claramente uma inteligência e uma maturidade precoce, onde não existia nenhum pingo de capricho, nem de desobediência, nem de mentira. É realmente o anjo da família. Após um ano de trabalho esgotante, Luigi contraiu uma doença fulminante, a malária, que o levou à morte depois de padecer por dez dias. Como conseqüência da morte de Luigi, Assunta teve que trabalhar deixando a casa a cargo dos irmãos mais velhos. Maria freqüentemente chorava a morte de seu pai, e aproveita qualquer ocasião para ajoelhar-se diante de sua tumba, para elevar a Deus suas preces para que seu pai goze da glória divina. Junto com a tarefa de cuidar de seus irmãos menores, Maria seguia rezando e assistindo a seu curso de catecismo.

Maria Úrsula Ledochowska Religiosa, Fundadora, Santa

Leiga, protectora das missões, (1863-1939).
"Soubesse só amar! Arder, consumar-se no amor" ― assim escreveu Júlia Ledóchowska antes dos votos religiosos aos 24 anos de idade. No dia da sua Profissão, mudou o nome para Maria Úrsula de Jesus, que tomou aquelas palavras como orientação para toda a sua vida. Na sua família houve vários homens de Estado, militares, eclesiásticos e pessoas consagradas, comprometidas na história da Europa e da Igreja. Outros dos seus irmãos escolheram a vida consagrada e Maria Teresa foi beatificada em 1975; tinha fundado o Sodalício de São Pedro Claver e o seu irmão Vladimiro, foi Superior-Geral dos Jesuítas. Nos vinte e cinco anos de vida no convento, em Cracóvia, Maria Úrsula atraiu as atenções com o seu amor ao Senhor, pelo talento educativo e sensibilidade perante as necessidades dos jovens, nas difíceis condições sociais, políticas e morais daquele tempo. Quando as senhoras foram autorizadas a frequentar a Universidade, conseguiu organizar o primeiro pensionato na Polónia, onde as estudantes podiam encontrar um lugar seguro para a vida e para o estudo, além de uma sólida formação religiosa. Mostrou a mesma sensibilidade ao andar, com a bênção de Pio X, em trabalho no coração da Rússia, hostil à Igreja. Quando partiu, acompanhada de outra religiosa e ambas vestidas de burguesas, para Pietroburgo, partiu sem saber que caminhava para um destino desconhecido e que o Espírito Santo a guiava por caminhos que não previra.

Nazária Inácia March Mesa Religiosa, Fundadora, Beata 1889-1943

Nasceu em Madri, a 10 de Janeiro de 1889. Seus pais, João Alexandre March e Nazária Mesa, tiveram 18 filhos, de que sobreviveram apenas dez. Nazária, que foi a quarta, sendo gêmea, esteve em perigo de vida e, por isso, foi batizada imediatamente. Para completar as prescrições rituais levaram-na à igreja no dia 11 de Abril. Aos sete anos internaram-na no colégio do Espírito Santo, onde viveu até aos treze. Ao preparar-se para a primeira comunhão, sentiu que Jesus a chamava a segui-Lo e consagrou-se totalmente a Ele com voto de virgindade, no dia 15 de Agosto de 1900, diante da imagem de Nossa Senhora que se venerava no colégio. Em 1906, emigrou com os pais para a cidade do México. Na viagem conheceu as Irmãs dos Anciãos Desamparados. Entusiasmou-se a ser como elas e entrou na congregação a 7 de Dezembro de 1908. Voltou, por isso, para Espanha, para fazer o noviciado. Consagrada a Deus pelos votos religiosos, seguiu com outras Irmãs para a Bolívia, a fim de fundar um asilo para idosos na cidade de Oruro. Ali fez os votos perpétuos, no dia 1 de Janeiro de 1915. Por mais de doze anos fez parte dessa comunidade, dedicada inteiramente aos pobres. Percorreu outras cidades, povoações e minas a pedir esmolas para os velhinhos. Nessas caminhadas descobriu que a messe era grande e os operários poucos. Que fazer? Nos exercícios espirituais, segundo o método de Santo Inácio, feitos em 1920, sentiu-se fortemente movida a reunir outras pessoas para dilatar o Reino de Cristo, «sob a bandeira da cruz».

ORAÇÕES - 6 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
6 – 14º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Lc 10,1-12.17-20) “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita.”
Jesus não enviou somente os doze, que formavam o grupo dos “enviados” (ou apóstolos,na língua grega), e iriam ocupar posição especial em sua nova comunidade (igreja).Escolheu também e enviou outros setenta e dois para anunciar a oferta de salvação para todos. Todos nós, que acreditamos em Jesus e procuramos viver como ensinou, recebemos a mesma tarefa, recebemos o mesmo Espírito para tornar presente e atuante seu poder de transformação e de vida. Não fomos chamados para apenas ser membros da igreja, receptores, guiados, tutelados e ajudados.Unidos a Cristo, sagrados pelo seu Espírito, devemos ser agentes e fatores de salvação e de vida nova para as pessoas e as instituições. Que o Senhor nos ajude a assumir nosso lugar na semeadura e na colheita.
Oração
Senhor Jesus, agradeço o me terdes chamado para vos seguir. Creio em vós, Filho de Deus Encarnado,e espero vossa ajuda para ser fiel sempre e em tudo. Peço perdão para minha fraqueza e minha maldade; ajudai-me a vos amar, a vos ter como centro para minha vida. Quero assumir a missão que me confiais, e levar a quantos puder vossa mensagem, vosso jeito de pensar e de viver. Olhai para as necessidades de vossa igreja, despertai em nós todos a coragem de assumir nossas responsabilidades como vossos enviados. Dai coragem e decisão para aqueles que se sentirem chamados a servir vossa igreja, nossa igreja, nos vários ministérios, mesmo deixando de lado legitimas aspirações. Ajudai na caminhada os que há anosprocuram ajudar-nos a vos conhecer e amar. Amém.

sábado, 5 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Amor partido”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Divórcio – uma situação
 
Já há tempo refletimos sobre a Exortação do Santo Padre, Papa Francisco sobre o matrimônio – Amoris Laetitia – A Alegria do Amor. No capítulo sexto, nº 241-152, trata do divórcio. É interessante e comovente o carinho e o respeito que o Papa devota aos divorciados e separados. Sempre procura o lado positivo. Não condena, mas estimula a viver bem e chama a comunidade apoiar em todas as circunstâncias. Não nega a indissolubilidade do matrimônio, mas sabe entender a situação de cada um, sempre com misericórdia e numa atitude curativa. Os separados e divorciados recebiam um tratamento de pecador público. Há um sentimento comum, e há os que assim dizem, que os separados não podem comungar. Podem sim. Outra é a situação do recasados. Estamos diante de uma das grandes polêmicas do momento. Grupos conservadores têm maltratado o Papa. Seria bom ler o texto na íntegra, pois é muito rico. Resumindo diz que há casos em que é inevitável separação. Por exemplo: injustiça, violência, defesa dos filhos, exploração, indiferença... Diz: “Mas deve ser considerado um remédio extremo, depois que se tenham demonstradas vãs todas as tentativas razoáveis!” (AL 141). Diz também: “As pessoas divorciadas que não voltaram a casar devem ser encorajadas a encontrar na Eucaristia alimento que a sustente nesse seu estado” (AL 243). A comunidade deve dar apoio, sobretudo se há pobreza. Mais ainda, diz que os divorciados “devem sentir que fazem parte da Igreja e não estão excomungados”(AL 243). Isso não destrói a doutrina sobre o casamento. 
Soluções 
Além de ser sensível ao sofrimento das pessoas separadas, é sensível também à solução da situação através da declaração da nulidade. Não anula o casamento. Declara que foi nulo. Os fiéis têm direito à justiça. A pastoral familiar deve entrar na questão dos divorciados, pois seu número cresce dia a dia. Por ai vemos a necessidade de preparar o casamento. Para muitos que se casam na Igreja, o que vale é só o espetáculo. Nas separações o Papa lembra que os filhos não podem ficar reféns da situação. Não sejam usados. “É irresponsável arruinar a imagem do pai ou da mãe para monopolizar o afeto do filho, se vingar ou defender... isso provocará feridas difíceis de curar” (AL 145). Os pais divorciados devem ser integrados na comunidade para continuarem a educação religiosa dos filhos. A assistência religiosa pode curar as feridas (AL 246).
Situações complexas 
Lembra ainda o documento papal a questão dos casamentos mistos: católico com evangélicos ou com não batizados. São os casamentos mistos. O Papa diz que “se convém valorizar quer pelo seu valor intrínseco, quer pela ajuda que podem dar ao movimento ecumênico” (AL 247). A respeito da comunhão dos cônjuges, sigam-se as normas já dadas pelo Conselho da Unidade dos Cristãos em 25 de março de 1993. Quanto aos casamentos com não batizados, “eles representam um lugar privilegiado de diálogo inter religioso” (AL 247-248). Quanto a esses, pedem que a liberdade religiosa seja respeitada. Com respeito às situações pessoais de outras tendências, a Igreja pede respeito e é contra toda discriminação. Não se pode fazer a equiparação com desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família (AL 251). Cada um, em sua condição e situação pessoal, é chamado a fazer um caminho de santidade que não é de repressão, mas libertação. Refere-se por fim aos filhos onde falta o pai ou a mãe. A comunidade deve ser a família ampliada que dá suporte e afeto. Lembra as famílias pobres que sofrem com uma morte ou separação sejam apoiadas.
ARTIGO PUBLICADO EM FEVEREIRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 5 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 9,14-17. 
Naquele tempo, os discípulos de João Batista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado e nessa altura hão de jejuar». Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Catecismo da Igreja Católica 
§772,773,796 
O Esposo está com eles 
É na Igreja que Cristo realiza e revela o seu próprio mistério, como meta do desígnio de Deus: «instaurar todas as coisas em Cristo» (Ef 1,10). São Paulo chama grande mistério (cf Ef 5,32) à união esponsal entre Cristo e a Igreja. Porque está unida a Cristo como a seu esposo, a própria Igreja, por seu turno, se torna mistério; e é contemplando este mistério que São Paulo exclama: «Cristo no meio de vós, esperança da glória» (Col 1,27). Maria precede-nos todos como a esposa «sem mancha nem ruga» (Ef 5,27); é por isso que «a dimensão mariana da Igreja precede a sua dimensão petrina» (João Paulo II). A unidade de Cristo e da Igreja, cabeça e membros do corpo, implica também a distinção entre ambos, numa relação pessoal; este aspeto é muitas vezes expresso pela imagem do esposo e da esposa. O tema de Cristo como esposo da Igreja foi preparado pelos profetas e anunciado por João Batista (cf Jo 3,29); o próprio Senhor Se designou como o esposo (cf Mc 2,19); e o apóstolo apresenta a Igreja e cada fiel, membro do seu corpo, como uma esposa desposada com Cristo Senhor, para formar com Ele um só Espírito. Ela é a esposa imaculada do Cordeiro imaculado (cf Ap 22,17) que Cristo amou, pela qual Se entregou para a santificar (cf Ef 5,26), que associou a Si por uma aliança eterna, e à qual não cessa de prestar cuidados como ao seu próprio corpo. «Eis o Cristo total, cabeça e corpo, um só, formado por muitos. O próprio Senhor diz no Evangelho: "Já não são dois, mas uma só carne" (Mt 19,6). Como vedes, temos, de algum modo, duas pessoas diferentes; no entanto, tornam-se uma só na união esponsal» (Santo Agostinho).

Santo Agatão Mártir Festa: 5 de julho

Agatão e Trifina, mártires na Sicília (século IV). Nada se sabe ao certo sobre eles. O primeiro pode ser Agatão I, bispo de Lipari. Ou pode até ser um erro de transcrição do nome de Santa Ágata de Catânia. 
Etimologia: Agathon = bom, do grego 
Emblema: Palma 
O Martirológio de Jerônimo comemora os mártires Agatão e Trifina na Sicília em 5 de julho, sem acrescentar mais nada. A notícia passou de lá para os martirológios históricos, para vários manuscritos sicilianos e para o Martirológio Romano. Destes mártires, tudo se desconhece, exceto as escassas informações que nos são fornecidas pelos martirológios. Lanzoni supôs que sob o nome de Agatão deveríamos reconhecer "o famoso mártir de Catânia Agathenis..., transformado em Agathonis por um copista inexperiente", hipótese também aceita por Delehaye no comentário ao Martirológio de Jerônimo. Também se cogitou que o mártir Agatão pudesse ser identificado com Agatão I, bispo de Lipari, mencionado nos Atos dos Santos. Alfio, Filadelfio e Cirino, que, fugindo para se salvar da perseguição, foram para Lentini, onde viveram escondidos em uma caverna perto da cidade, juntamente com Alessandro, um velho perseguidor convertido; esta suposição parece improvável, no entanto, visto que os autores dos martirológios desconheciam os atos dos três mártires que vieram da Sicília para o Ocidente, através do Oriente.

05 de julho - Beato José Boissel

Quem disse que os padres são estrangeiros? 
Quem disse que os padres não são bons? 
Quem disse que somos traidores porque confessamos a religião dos padres?
Padre Boissel está aqui, agora, morto diante de nós. Sua vida é a resposta para nossas perguntas e nossa fé. Se ele não é bom, porque o céu não o atingiu com um raio, a praga não o matou? Por que ele se movia com impaciência e solicitude para ajudar seus filhos na aldeia de Hat-I-Et? Era apenas o cuidado para com seus filhos, aqueles que ele amava, que o levava até eles, sem pensar em seu sangue, sua carne, sua vida. Vocês, pessoas notáveis, os professores que conheceram e acompanharam o Padre Boissel, sabem e lembram que ele era um homem bom, generoso com as pessoas, com os necessitados. Mesmo que ele fosse um homem direto com palavras e que "espirrasse forte", lembram-se de sua bondade, que ele construiu em todos os lugares que passou. "A terra que cobre o rosto por quinhentos anos não pode nos fazer esquecer o amor", diz o poeta, porque o padre Boissel era um exemplo, uma fonte do amor de Cristo por nós. Nem a chuva que cai nem as águas ruidosas podem apagar a cor vermelha brilhante do sangue do padre Boissel, que marcou esta terra do Laos. 
Homilia do Padre Pierre Douangdi para os funerais do Padre José Boissel, 8 de julho de 1969 

05 de julho - São Guilherme de Hirsau

Guilherme nasceu na Baviera, possivelmente por volta de 1030 e nada mais se sabe sobre suas origens. Como oblato, aos cuidados dos beneditinos, foi educado como monge na Abadia de Santo Emerão, uma igreja privada do bispo de Ratisbona, onde foi aluno do famoso Otlo de Santo Emerão. Acredita-se geralmente que foi lá que Guilherme ficou amigo de Ulrico de Zell, outro grande reformador dos mosteiros e santo, uma amizade que duraria até o fim de sua vida. Também na abadia, por volta de meados século XI, Guilherme escreveu tratados sobre astronomia e música, e seu conhecimento era considerado insuperável em sua época. No campo da astronomia, construiu diversos instrumentos, incluindo o relógio de sol que mostrava as variações dos corpos celestes, solstícios, equinócios e outros fenômenos siderais. Seu famoso astrolábio de pedra ainda está em Ratisbona: com mais de 2,5 metros de altura, traz gravado na frente uma esfera astrolábica e no verso a figura de um homem observando o céu, que se presume ser o astrônomo e poeta grego Arato de Solos (século III a.C.). Na música, além de ser considerado um músico habilidoso, fez várias melhorias no desenho da flauta. Em 1069 foi chamado a Hirsau para suceder ao deposto abade Frederico, e uma vez que assumiu o mosteiro não aceitou receber a bênção abacial até a morte do seu predecessor que aconteceu em 1071.