quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O CRUCIFIXO E O LADRÃO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Quem visita a antiga igreja catedral de Wuerzburg na Alemanha, se detém maravilhado diante de um grande crucifixo. Sua celebridade está na posição dos braços e das mãos. O divino crucificado está com as mãos arrancadas da cruz, e as mantém sobre o peito, na posição de quem abraça. As gotas de sangue na coroa de espinhos são pedras de rubi.A imaginação popular teceu uma lenda ao redor desse crucifixo singular: Conta-se que um ladrão entrou à noite na igreja para roubar as pérolas da coroa. Subiu na cruz e atracou-se com o próprio crucificado para alcançar a coroa. Nesse momento Jesus soltou os braços da cruz e abraçou o ladrão, apertando-o contra o peito. Era um gesto de censura e ao mesmo tempo de misericórdia. Amanheceu assim, abraçado coração a coração, sem poder desvencilhar-se de quem queria desviá-lo de um crime sacrílego.Quando o sacristão chegou de manhã e viu aquela cena inédita, assustou-se deveras. Refeito do susto, ajudou o criminoso a soltar-se dos braços do Crucificado. Os cabelos do sacrílego arrependido haviam embranquecido. 
Para refletir: Esta cena revela até onde vai a misericórdia e o perdão de Jesus.
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REFLETINDO A PALAVRA - “A Palavra de Deus está no centro”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1214. Conhecer a verdade da Palavra
            Com grande alegria a Igreja reconhece o crescimento que houve no amor e no uso das Sagradas Escrituras. Podemos lembrar que, muitas vezes, a Palavra de Deus era um argumento a mais para provar as idéias. Ela vinha junto de outros autores respeitáveis e competentes. O Concílio Vaticano II mandou que os estudos tivessem como primeiro fundamento a Palavra de Deus. Não se nega que não houvesse interesse no uso correto da Palavra de Deus.  Assim ela se tornou sempre mais a alma de todo estudo da Verdade.  Os estudos da fé que não têm fundamento na Escritura, perdem o sentido e podem não passar de uma ideologia. Fundar-se na Palavra não é fazer da Palavra um simples apoio a nossas idéias. Pegar um texto e querer que ele prove o que pensamos, pode ser arriscado. A Escritura é fundamento, quando é vida e quando a ela entregamos nosso coração e a tomamos como guia. Assumimos como um todo e não com frases soltas. Por isso ensina o Concílio na Dei Verbum: “O estudo dos livros sagrados deve ser como que a alma da sagrada teologia” (DV 24 –VD 31). O estudo da Escritura é muito exigente e muito bonito. Nisso contribuem tantos homens de fé tanto católicos como de outras Igrejas, peritos em tantas ciências que fazem das Escrituras o Pão do Céu e o pão da mesa, vivendo da Palavra de Deus. Isso é um estímulo muito grande para que também nós, menos preparados, nos dediquemos a esse estudo. Não basta abrir a Bíblia. É preciso também abrir o coração e a inteligência. É um convite insistente aos pregadores para se aprofundarem nessas Sagradas Letras e alimentarem o povo. Se explicarmos bem, o povo entende e leva ao coração. Já se deu um passo usando a língua do povo. Quem participa sempre das celebrações lê 90 % da Escritura. Ela se torna o centro da vida e das reflexões sobre a Verdade.
1215. Ensina a Palavra
            Paulo insiste com seu jovem colaborador Timóteo que colocara à frente das comunidades de uma região: “Ensina a Palavra, insiste a tempo e fora de tempo” (2Tm 4,2). É missão da Igreja ensinar a Palavra. Por Igreja entendemos todos os que puderam aprender um pouco mais. Temos que evitar todo tipo de fundamentalismo. Vemos o quanto tem feito mal às pessoas esta praga do fundamentalismo. O próprio Jesus ensinou a ler as Escrituras quando recrimina seus opositores que pegavam as palavras ao pé da letra e se esqueciam de seu sentido. Erram os que abrem a Bíblia ao acaso para procurar a verdade sobre uma pessoa ou situação. A Palavra sempre tem profundos sentidos, mas não podemos pecar, tentando a Deus, forçando que diga o que queremos dizer. Quantas vezes se ouve o povo reclamar que o padre não explica o evangelho! É necessário um empenho maior no ensino da Palavra, como Paulo insiste: a todo tempo.
1216. O Verbo se fez carne
A Encarnação de Jesus foi um fato histórico. Por isso também a Bíblia exige métodos apropriados. Podemos aprender dos que estudam. Cada época dá sua contribuição. Não podemos nos fixar em um passado, mas aprender de todas as épocas e das diversas ciências. Na TV aparecem certas afirmações sem fundamento e que muitos aceitam sem crítica. Por isso é preciso o estudo. Mas também não basta só a interpretação espiritual, sem o trabalho das ciências. Jesus viveu em um tempo, como a Escritura foi escrita em tempos diversos. Não mudamos a Palavra, mas a tornamos atual com o valor humano e divino. Os entendidos nos ajudam, mas também também a beleza do Espírito que nos introduz em sua compreensão.

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Mateus 4,18-22.
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os, e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Bento XVI, papa de 2005 a 2013 
Audiência geral de 14/06/06 
Santo André, apóstolo do mundo grego
A primeira característica que impressiona vivamente em André, o irmão de Simão Pedro, é o seu nome; ele não é hebraico, como se poderia esperar, mas grego, sinal não insignificante de uma certa abertura cultural da sua família. [...] Pouco antes da Paixão, tinham ido uns gregos à cidade santa de Jerusalém [...] para adorarem o Deus de Israel na festa da Páscoa. André e Filipe, os dois apóstolos com nomes gregos, serviram de intérpretes e de mediadores junto de Jesus a este pequeno grupo. [...] Jesus disse aos dois discípulos, e por seu intermédio ao mundo grego: «Chegou a hora de ser glorificado o Filho do Homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12,23-24). Que significam estas palavras neste contexto? Jesus quis dizer: Sim, o encontro entre Mim e os gregos terá lugar, mas não como uma conversa simples e breve entre Mim e outras pessoas, impelidas sobretudo pela curiosidade. Com a minha morte, comparável à queda na terra de um grão de trigo, virá a hora da minha glorificação. Da minha morte na cruz virá a grande fecundidade. O grão de trigo morto, símbolo de Mim próprio crucificado, tornar-se-á, na ressurreição, pão da vida para o mundo; será luz para os povos e culturas.» [...] Por outras palavras, Jesus profetisa a Igreja grega, a Igreja dos pagãos, a Igreja do mundo como fruto da sua Páscoa.  
Uma tradição muito antiga vê em André [...] o apóstolo dos gregos nos anos que se seguiram ao Pentecostes, dando a entender que ele foi anunciador e intérprete de Jesus no mundo grego. Pedro, seu irmão, saiu de Jerusalém, passando por Antioquia e chegando a Roma, para aí exercer a sua missão universal; André foi, pelo contrário, o apóstolo do mundo grego. Aparecem assim, na vida e na morte, como verdadeiros irmãos – uma fraternidade que se exprime simbolicamente na especial semelhança entre os centros de Roma e de Constantinopla, Igrejas verdadeiramente irmãs.

30 DE NOVEMBRO - CATEQUIZOU DO ALTO DA CRUZ

Um dia André e João ouviram falar de Jesus e foram até ele. Mas não sabiam como iniciar o diálogo. Meio acanhados, perguntaram: 
-Mestre, onde moras? 
-Vinde e vede, respondeu. 
Andaram com Jesus o dia inteiro. Ouviram e viram tanta coisa, que ficaram fascinados por ele. André foi um dos primeiros discípulos de Jesus e um dos doze. Impetuoso e pronto como seu irmão Simão Pedro, após ouvir o apelo de Jesus “Ide pelo mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura...” abalou-se logo para a Grécia, o Curdistão e a Geórgia. Pagou com o sangue sua fidelidade ao Mestre, por quem se apaixonara desde jovem. O instrumento do seu martírio foi uma cruz em forma de X. Dizem que a transformou em púlpito, anunciando Jesus até morrer. Chegando ao céu, terá acrescentado:
- Agora sim, encontrei o Messias e ... para sempre. 
Outros santos para este dia: - Troiano; - Justina; Zósimo – Monge libanês do séc. V.Taumaturgo. 
Oração para este fim de novembro:Senhor, há tanta gente em quem não posso acreditar: Nos poderosos que oprimem os povos. . .Nos patrões que exploram seus empregados. . .Nos cristãos que dão contra testemunho. . .No homem egoísta e soberbo, hedonista e perverso...Nos partidos políticos que procuram seu próprio interesse. . .Tu somente, tens palavras de vida eterna. Que todos te conheçam e te sigam. Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ANDRÉ, APÓSTOLO século I

Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Baptista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galileia.   Foi levado por João Baptista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta in-dicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes. Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus. André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascensão e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com exactidão. Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galileia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local. André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demónios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus". Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua . O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – 
Evangelho (Mt 4,18-22) Jesus andava à beira do mar da Galileia ... Simão, chamado Pedro, e seu irmão André estavam lançando a rede ao mar...” 
Parece que eles já se tinham encontrado com Jesus, mas tinham voltado a seu trabalho. Agora ele os procura, convida para que o sigam e aprendam com ele um novo jeito de viver. Assim poderão conquistar muitos outros que acreditem nele e confiem a ele sua vida. Também a nós Jesus faz a mesma proposta; a resposta deles foi imediata e total: deixaram tudo, barcos e redes para o seguir. 
Oração
Senhor Jesus, ainda que não com a mesma generosidade, tenho procura ouvir vosso convite e aceitar vossa proposta. Ajudai-me a vos dar uma resposta mais corajosa, estando pronto também para o que me reservais para o futuro. Tenho feito alguma coisa por vós, é verdade. Mas tenho sido medroso e preguiçoso, e perco muitas oportunidades de ajudar meus irmãos. Perdoai-me, Senhor. Amém.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PROFESSOR IMPORTUNO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
O aluno foi pedir ao diretor que queria mudar de escola. Este desencadeou uma série de perguntas:
-Por que, meu filho? Há alguma coisa errada aqui? Está descontente com as notas? 
-Não há nada errado.  Simplesmente, quero mudar de escola.
-Será por causa dos professores?... Há algum de quem não gosta?...
-Não é por causa dos professores. Gosto de todos.
-Então é por causa dos seus colegas de classe?...
-Não é nada disso.
-Talvez seu pai esteja achando que as mensalidades estão caras?... 
-Também não é isso, não, senhor.
O diretor fez uma longa pausa. Quem sabe se, nesse intervalo, o menino resolveria falar a verdade. No meio do silêncio, o menino começou a chorar. 
-Finalmente, venci — pensou o diretor: 
-Fale sem medo. Não tenha acanhamento. Tenho certeza que alguma coisa o está aborrecendo nesta escola.
O garoto fez um gesto afirmativo com a cabeça. O diretor, com ares de vencedor:
-Diga, por que está chorando. 
O aluno olhou bem para o diretor e disse: 
-Porque o senhor está fazendo perguntas demais.
Para refletir:— Preciso saber respeitar o íntimo das consciências. O coração tem razões que a razão não conhece.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Batismo de Jesus”



PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA 
Redentorista
Um batismo no Espírito
               A celebração do Batismo de Jesus faz parte da Manifestação do Senhor que, juntamente com as Bodas de Caná introduz no ciclo do Tempo Comum para ouvir o Filho e crer Nele. Ele é o Vinho Novo da festa do Reino. Neste momento é a primeira vez que se ouve a voz do Pai que unge o Filho com o Espírito para a missão como rezamos na oração: “Sendo o Cristo batizado no Jordão, e pairando sobre Ele o Espírito Santo, Vós o declarastes solenemente Vosso Filho”. Lucas insiste que Jesus agia movido pelo Espírito. Jesus dará o Espírito a seus discípulos para que permaneça com eles (Jo 14,16). O Filho é o Predileto, como lemos sobre Isaac (Gn 22,2) e sobre o Servo de Javé, que lemos em Isaías. Esta figura, um tanto misteriosa, é uma profecia sobre Jesus, o Filho, cuja missão é estabelecer a justiça na terra, e ser aliança do povo, luz das nações para abrir os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão e livrar do cárcere os que vivem nas trevas (Is 42,6-7) Estas  palavras que Jesus diz de Si mesmo em Nazaré. (Lc 4,118-19 – Is. 61,1-2). Diante da manifestação de Deus no Jordão, somos chamados a dar glória, reconhecendo Sua Divindade e acolhendo suas palavras e a Palavra Viva que é Jesus. Ouvir e viver o Evangelho é dar glória.
Uma fé que liberta
               Pedro, na casa de Cornélio, pagão justo, demonstra o que significa ser novo povo de Deus aberto a todos. Diz: “Deus não faz acepção de pessoa e aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença” (At 10,34-35). A libertação que Jesus veio trazer, como lemos na primeira leitura, não se refere só a pessoas, mas deverá ser uma libertação da estrutura de fé judaica que era fechada. Agora, faz parte do povo de Deus todo aquele que faz o bem, por isso tem fé em Jesus que ungido pelo Espírito Santo, “passou entre nós fazendo o bem” (At 10,38). Recebemos o dom de ouvir sempre o Filho (Pós-comunhão), por isso continuamos Sua missão de fazer o bem. Vejamos que a noção de religião não é intimista, mas salvadora e curativa para toda humanidade através de atitudes de libertação. Essa libertação não só convida todos a entrarem no povo de Deus, mas também, como Jesus, encarna-se na realidade dos povos, assumindo deles o que é bom para proclamar a graça da salvação e formar as comunidades cristãs.
Uma missão a partilhar
               A celebração de hoje é como um documento de nosso Batismo: Se Deus declarou Jesus o Filho amado, amados são todos os seus irmãos batizados. Suplicamos a perseverança: “Concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente no vosso amor” (oração). A oração pós-comunhão insiste na coerência de fé e vida: ser chamado de filho é para ser filho de fato. Poucas palavras disse o Pai. O Filho amado, nosso irmão amado, quer que o amor que é faz o bem esteja presente nos filhos. Se estivermos libertos do Mal, Deus estará conosco e poderemos fazer todo o bem, libertar de todos os males, pois para isso fomos batizados. O testemunho de vida dos cristãos será nosso maior anúncio do evangelho. Jesus nos deixa o exemplo da oração. É seu grande testemunho. Para receber o Espírito é preciso estar aberto ao Pai que vai abrir seu peito e dá-Lo a nós. Renovemos nosso amor a nosso batismo.

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 21,12-19.  
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».  
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), 
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
2.º sermão sobre o salmo 26
«Nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas» 
«Levantaram-se contra mim falsos testemunhos, que desencadearam a violência» (Sl 26,12). [...] O salmista debate-se nas mãos dos que o perseguem e o atormentam; perde a respiração, sofre, mas mantém-se confiante porque Deus o sustenta, Deus o ajuda, Deus o conduz, Deus o guia. Ao mesmo tempo cheio de alegria pelo que pode admirar e cantar, e acabrunhado pela dor por causa do que tem de sofrer, por fim respira e exclama: «Creio firmemente que poderei contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos» (13). Oh, como é doce a bondade do Senhor, imortal, incomparável, eterna, imutável! E quando te verei, ó bondade do Senhor? Creio que te verei, não na terra dos mortais, mas «na terra dos vivos». O Senhor far-me-á sair da terra dos mortais, Ele que, por mim, Se dignou aceitar esta terra dos mortais e morrer às mãos dos mortais. [...] Escutemos, também nós, a voz do Senhor que das alturas nos exorta e nos consola; escutemos a voz daquele que temos por pai e por mãe (10). Porque Ele escutou os nossos gemidos, viu a nossa aflição, sondou os desejos do nosso coração [...]. Graças à intercessão de Cristo, acolheu favoravelmente a nossa única prece, o nosso único pedido. E enquanto completamos a nossa peregrinação neste mundo, mesmo que o caminho seja longo, Ele não recusará aquilo que nos prometeu, pois disse-nos: «Espera no Senhor». Quem fez a promessa é todo-poderoso, verdadeiro, fiel. «Espera no Senhor; sê forte e corajoso no teu coração» (4). Não te deixes, pois, perturbar. 

29 DE NOVEMBRO - PISOTEADO POR UM TOURO SELVAGEM

Na França, ergue-se uma das mais robustas e majestosas igrejas do mundo, centro de grandes peregrinações, dedicada a São Saturnino (século II), popularíssimo na Europa. Mas sabe-se pouca coisa dele.Na falta de dados históricos, o povo deu largas à imaginação, chegando a dizer que Saturnino ouviu as pregações de Jesus, ofereceu-lhe pão e peixe após a ressurreição, esteve no cenáculo no dia de Pentecostes, foi sagrado bispo por São Pedro e foi trabalhar na França e na Espanha.Segundo outros, teria sido arrastado pelos chifres por um touro selvagem, morrendo pisoteado na perseguição do imperador Décio. É invocado nas dores de cabeça e desmaios; nas angústias e agonias; nas epidemias e pragas de formigas. 
– São Francisco Antônio Fasani, ainda jovem entrou para o convento de sua cidade. Ordenou-se padre e dedicou-se aos trabalhos apostólicos da pregação, do confessionário e também de escritor. Percorria todas as aldeias de sua região, o que o fez merecer o título de "apóstolo de sua terra". Dava assistência aos encarcerados e aos condenados à morte. Os últimos momentos de sua vida passou-os em sua terra nata. Sua novena preferida era a da Imaculada Conceição. Foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1986.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres. Ele produziu vários volumes de sermões, alguns em Latim. Francisco António era devotado aos pobres, aos que sofriam e aos prisioneiros. Várias vezes ele acompanhava aqueles condenados à morte até o patíbulo. Francisco António promoveu a devoção a Imaculada Concepção a qual tinha grande devoção e especial amor muito antes deste dogma ter sido definido. Ele trouxe de Nápoles uma estátua da Imaculada Conceição que ele colocou na igreja de São Francisco de Assis e ele escreveu hinos a ela para serem cantados pelo povo de sua terra. Essa estátua ainda é objecto de veneração em Lucera. Ele também estabeleceu a Novena a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No dia 29 de novembro, no primeiro dia desta Novena Francisco António faleceu, como outro notável e também reverenciado Francisco, o de Assis. Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 15 de abril de 1951 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 13 de abril de 1986.

REDENTO DA CRUZ Religioso, Missionário, Mártir, Bem-aventurado 1598-1638

Dionísio da Natividade e Redento da Cruz Beatos Os carmelitas, Dionisio e Redento, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, aqui se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Teresa de Jesus e S. João da Cruz. O Beato Redento da Cruz é portugês, natural de Cunha, Paredes de Coura, Viana do Castelo. Aqui nasceu em 1598. O seu nome de baptismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam. Na cidade de Tatá, no reino de Sinde, conheceu os carmelitas descalços que aí tinham uma comunidade. Depressa se sentiu atraído peio estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de S. Teresa de Jesus e S. João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa. A princípio, o prior do convento escusou-se a admitir o capitão da guarda de Meliapor pensando que ele não era para aquele género de vida. Mas Tomás Rodrigues da Cunha tanto insistiu que o prior acedeu ao seu pedido deixando-o tomar hábito e iniciar o noviciado. Tomás deixou tudo: a carreira militar, a posição social, a glória e até o nome vindo a chamar-se, desde então, Frei Redento da Cruz. No ano de 1620, foi fundado o nosso convento do Carmo de Goa, para onde foi enviado Frei Redento, depois de também ter sido frade conventual no convento de Diu.
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Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638

Chamava-se Pierre Berthelot e nasceu na Flandres, onde hoje é a Bélgica, em 1600. Era navegador e, por vicissitudes várias, serviu a armada holandesa quando tinha vinte anos. Mas, em breve, trocou o reino da Holanda pelo de Portugal, onde foi nomeado cosmógrafo e piloto-mor. Em Goa, tentou em vão ser jesuíta. Mas, em 1635, acabou por ser aceite na ordem carmelita, onde recebeu o nome de Dionísio da Natividade. Já carmelita, participou na defesa de Goa mas, em 1638, quando se dirigia a Samatra acompanhando uma embaixada real, foi apanhado pelos mouros que o quiseram forçar a aderir à religião islâmica. Seguia com ele o irmão Redento da Cruz. Os dois, com mais sessenta companheiros, resistiram até ao martírio que ocorreu nos finais desse mesmo ano.

SATURNINO DE TOULOUSE Primeiro Bispo de Toulouse, Mártir, Santo Século III

Saturnino forma um elo entre o Gaul, França, e Judeia. Entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Ele ouviu falar de São João Baptista e foi ouvi-lo pessoalmente e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi baptizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, o qual ele seguiu sendo um dos seus 72 discípulos. Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo apareceu a eles. Foi com Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando a Gaule, e após foi para Arles e Nimes e acabou se fixando em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus que ele converteu em sua jornada. Quando chegou a Toulouse ele começou a destruir os ídolos pagãos e o povo estava muito desconfiado. Saturnino sentiu que algo mais deveria ser feito. Assim um dia Saturnino curou a lepra de Austris da Saxónia, filha de Marcellus o governador de Toulouse! Imediatamente quase toda a cidade se converteu. De lá ele enviou seu discípulo Honestus para Pamplona e ele conseguiu chegar até Toledo onde converteu centenas. Se encontrava multidões desconfiadas, ele simplesmente fazia um milagre com sua benção, invocando os poderes de Jesus, curava um paralítico, um leproso ou um cego e seguia em frente. Mais tarde retornou a Toulouse a qual encontrou e boas condições. Outro grande milagre: O evangelista fora para longe por anos e quando retornava tudo estava como se ele estivesse presente! Mas o trabalho de Saturnino não estava completo. Agora restava a ele morrer. Morrer como São Pedro ou como São João Baptista. Diz a tradição que ele expulsou as estátuas dos deuses pagãos de um templo que ainda havia na cidade e que os padres pagãos da época, colocaram outras estatuas de ídolos e elas simplesmente quebravam ou, o que era mais impressionante, saíam andando para fora da cidade. Com isso silenciou-se os oráculos pagãos de onde os padres recebiam sua principal renda. Eles capturaram Saturnino e ataram seus pés a um touro selvagem e este saiu arrastando Saturnino pela cidade afora e mesmo quando seus devotos o socorreram ele já estava com a cabeça e o corpo estilhaçados. Hoje a igreja de São Saturnino em Toulouse é a maior igreja (no estilo romanesco) da França e o seu corpo está colocado numa grande campa construída em 1746. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um Bispo sendo arrastado por um touro; ou com um touro a seus pés.

Santa Matilde de Hackeborn - 29 de novembro

Hoje gostaria de vos falar de Santa Matilde de Hackeborn, uma das grandes figuras do mosteiro de Helfta, que viveu no século XIII. A sua irmã de hábito, Santa Gertrudes a Grande, no livro VI da obra Liber specialis gratiae (O livro da graça especial), em que são narradas as graças especiais que Deus concedeu a Santa Matilde, afirma assim: «O que escrevemos é muito pouco em comparação com o que omitimos. Publicamos estas coisas só para a glória de Deus e a utilidade do próximo, porque nos pareceria injusto manter o silêncio sobre as numerosas graças que Matilde recebeu de Deus, não tanto para si mesma, na nossa opinião, mas para nós e para aqueles que vierem depois de nós» (Mechthild von Hackeborn, Liber specialis gratiae , VI, 1). Esta obra foi redigida por Santa Gertrudes e por outra irmã de hábito de Helfta, e contém uma história singular. Matilde, com cinquenta anos de idade, atravessava uma grave crise espiritual, unida a sofrimentos físicos. Nesta condição, confiou as duas irmãs de hábito amigas, as graças especiais com que Deus a tinha guiado desde a infância, mas não sabia que elas anotavam tudo. Quando o veio a saber, ficou profundamente angustiada e perturbada. Porém, o Senhor tranquilizou-a, fazendo-lhe compreender que quanto estava a ser escrito era para a glória de Deus e a vantagem do próximo (cf. ibid., II, 25; V, 20). Assim, esta obra é a fonte principal da qual haurir as informações sobre a vida e a espiritualidade da nossa Santa.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quarta-feira – Santos: Iluminada, Brás de Véroli, Paramão 
Evangelho (Lc 21, 12-19) “Antes que isso aconteça, sereis presos e perseguidos; entregues às sinagogas e postos na prisão... por causa do meu nome.” 
Talvez não tenhamos de enfrentar essas perseguições violentas por causa de Jesus. Mesmo assim precisamos de coragem para lhe permanecer fiéis. Porque enfrentamos sempre outras pressões para pensar e agir como todo mundo, aceitar que a vida não tem sentido, e por isso cada um se ajeite como quer, etc. É preciso que nossa adesão de fé seja firme, muito firme, mas adulta e lúcida. 
Oração
Senhor Jesus, não nos falta exemplo de pessoas que tudo enfrentaram para vos ser fiéis até à morte. Não quero ficar imaginando desafios difíceis; apenas vos peço que me ajudeis a ser fiel no dia a dia, nas pequenas dificuldades e ligeiras contradições que enfrento. Iluminai minhas escolhas, para serem fiéis à verdade e ao amor. E dai-meainda a coragem mansa e tranquila de que preciso. Amém.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

COMO FAZER UMA IGREJA CRESCER

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Propostas: 1. - Comece com o poder da oração. Ore sozinho, em grupo ou com o seu cônjuge para iniciar, mas procure maneiras de aumentar a sua base de oração. Viver a arte da oração e a espiritualidade cristã. Você conhecerá e seguirá os planos de Deus para o crescimento, ao invés de ter aparentemente boas ideias que podem não ser a direção que Ele tem para você. -
2. - Divulgue a sua igreja, futuros eventos, atividades e programas. Convide as pessoas quando encontrá-las. É possível fazer isso sem ser desagradável, puxando conversa com alguém em momentos oportunos. Se tiverem filhos pequenos, mencione que a igreja oferece uma ótima programação infantil. Use os meios de comunicação...
3. - Participe de conferências, seminários sobre o crescimento de igrejas e de eventos com especialistas em trabalhos vitoriosos.
4. ´-- Anuncie. Você pode enviar cartas para os vizinhos da região, colocar um anúncio na lista telefônica ou no jornal do bairro ou distribuir folhetos. Podem-se enviar cartões postais também - a cores ou uma foto na parte da frente costumam atrair a atenção do destinatário de uma forma que uma carta Num envelope simples provavelmente não atrairia.
5. - Use a internet para manter contato com outras pessoas por e-mail. Essa ferramenta eficaz poderá ajudá-lo a encontrar todo tipo de conselhos sobre o crescimento da igreja e fornecer uma grande variedade de ideias.
6. - Faça um orçamento para o crescimento da igreja. Coloque dinheiro para a evangelização e para ajudar pessoas necessitadas. Articule parceria em prol do evangelismo pessoal, campanhas, cruzadas e obras missionárias.
7 - Na Igreja católica, existem várias modalidades de espiritualidades. Procure de forma pronTa viver e anunciar uma rica e salutar espiritualidade para os membros da comunidade. Uma prática muito forte que faz a igreja crescer com vida espiritual é: “retiros espirituais e encontros para aprofundamentos em espiritualidades”. Daí: grupos de oração, vigília de oração, acampamento de estudos sobre a oração e a vida de grandes homens de Deus fundadores das ricas espiritualidades da Igreja de Cristo. - Obs.: Sábia administração, celebração não demorada, liturgia avivada, horário adequado para as programações eclesiais e uma boa acolhida. - Para meditação: Atos 2, 37-47.
Pe. Inácio José do Vale - Professor de História da Igreja - Instituto de Teologia Bento XVI - Sociólogo Pesquisador dos Novos Movimentos Religiosos - E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com
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DEPOIS SOBROU LUGAR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Algumas crianças estão refesteladas no banco do ônibus, enquanto um casal de velhos agüenta firme em pé. O visual dos dois denota cansaço e preocupação. Os passageiros olham apáticos para eles, como se fossem gente de outro mundo.Uma senhora, também de certa idade, comenta com a vizinha:
-Está vendo aquela cena? Gente nova e cheia de vida esborrachada no banco, enquanto aqueles velhinhos mal podem manter-se em pé.
-Concordo com você. O povo de hoje não sabe mais o que é civilidade. 
-Por outro lado, continuou a vizinha abaixando a voz, gente dessa idade não deveria mais viajar...
Quase sem ouvir as últimas palavras da vizinha, aquela senhora levantou-se decidida e fez sinal aos velhos para que viessem ocupar seu lugar. O homem mandou a esposa assentar-se e ficou de pé, ao seu lado.Mas os passageiros já haviam entendido a lição. Crianças, jovens e adultos, uma porção se levantou para ceder o seu lugar. Agora havia lugar sobrando. Estabeleceu-se então um clima de fraternidade no ônibus.No meio da conversa descontraída, ficaram sabendo o motivo da viagem dos dois: iam visitar o filho em estado grave, quase às portas da morte. Não era, portanto, uma viagem de recreio.
Para refletir:— Como está nosso espírito de solidariedade? — E a educação das nossas crianças com respeito aos idosos?
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REFLETINDO A PALAVRA - “As Escrituras e a Igreja”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1211. Interpretando a Palavra
            Há uma questão de doutrina a respeito da interpretação da Palavra de Deus: Por um lado há a doutrina de alguns que ensinam a livre interpretação dizendo que cada um tem a assistência do Espírito para interpretar. Podemos ver os resultados negativos. Isso não impede a compreensão individual da Palavra e o máximo proveito para a salvação. A doutrina da Igreja Católica ensina que a Palavra de Deus só pode ser interpretada na fé eclesial. Sem a fé, vivida no corpo da Igreja, não se tem uma interpretação autêntica. Quem orienta a compreensão, baseado na Tradição é o Magistério, isto é, o ensinamento da autoridade da Igreja. Este se baseia na Tradição e no Ensinamento dos Santos Padres, isto é, santos escritores antigos, com o estudo dos que são especialistas nas Escrituras. Não é uma ação particular, mas comunitária. Isso dá segurança ao conhecimento da Palavra. Por isso o primeiro passo é a fé. O conjunto da Escritura explica a Escritura. Não são textos isolados. Pegar a letra pela letra é fundamentalismo, como vemos em certas seitas cristãs e não cristãs. Santo Tomás, apoiado em Santo Agostinho, diz: “A letra do Evangelho também mata, se faltar a graça interior da fé que cura” (VD 29). Por que depender da Comunidade Igreja? Porque a Palavra foi escrita na comunidade. Alí é o lugar propício e mais fecundo para compreendê-la. A comunidade reunida para a celebração da liturgia acolhe a Palavra e a compreende. A Palavra celebrada é uma escola para compreendê-la. Não dispensa os esforços dos estudos e a vibração do coração para compreender.
1212. Estudando a Palavra
            A interpretação exige fé, abertura do coração, mas não dispensa o estudo. Como é gostoso ouvir alguém que dedicou a vida ao estudo da Palavra de Deus! É Palavra de Deus na palavra humana. O estudioso da Palavra, guiado por sua inteligência e esforço de ouvir o Deus que fala nessas palavras, dá uma contribuição fundamental para todos os fiéis. O documento Verbum Domini ensina que a Sagrada Escritura deve ser lida com o mesmo espírito com que foi escrita” (DV 29). São Pedro ensina em sua carta que “nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular porque nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos Homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que os homens santos falaram de nome de Deus” (2Pd 1,20-21). Com o Concílio Vaticano II houve cresceu o interesse em aprender ler e viver a Palavra de Deus. Por isso não se deve deixar o estudo, pois ele nos ajuda a compreender melhor todas as coisas. Alguns acham difícil ler. Sem ler, vai ser sempre difícil. À medida que lemos e também estudamos, compreedemos sempre mais.
1213. Interpretação e vida
Só interpreta bem as Escrituras quem as vive. A Palavra viva dentro de nós é diferente da palavra vista somente intelectualmente. Se a Palavra lida não me leva a conversão é porque não a lemos com sinceridade e coerência de vida. A fé do fiel vai conduzir a viver essa palavra com o coração aberto. Quando unimos a leitura à vida fica fácil compreender e interpretar, pois a Palavra nasceu no seio da comunidade e escrita por gente como nós, guiadas pelo Espírito. À medida que nossa vida vai se assemelhando ao texto, mais vivo ele se torna para nós e nós nos tornamos vivos para a comunidade. S. Gregório afirma: “As palavras divinas crescem juntamente com quem as lê”. 

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 21,5-11.
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João Paulo II (1920-2005), papa 
Mensagem aos católicos da Áustria, Junho 1982
«Há de erguer-se povo contra povo» 
Perante os múltiplos perigos e ameaças contra a existência da humanidade, os cristãos lutam, com toda a força da sua esperança e em união com todos os homens de boa vontade, por um futuro mais seguro, mais digno de ser vivido. Aliás, o que nos anima não é apenas uma esperança puramente terrena, mas é também, e sobretudo, a esperança que provém da fé, cujos fundamento e cujo objetivo são o próprio Deus: Deus que, em Cristo Jesus, disse o seu sim definitivo ao homem. Com a sua cruz e ressurreição, Cristo venceu todo o sofrimento e todas as calamidade do mundo, tornando-Se assim para todos nós sinal da esperança. A esperança é uma virtude divina; é basicamente um dom que obtereis desde já [...] se o pedirdes insistentemente a Deus, com os outros e pelos outros. [...] Nós, os cristãos, temos simultaneamente o dever de manifestar publicamente a nossa esperança e de a partilhar com os outros. Pelas nossas palavras e ações, ricas de esperança, ajudaremos os outros a vencerem o medo de viver, a resignação e a indiferença, e a terem confiança em Deus e nos homens. Como discípulos de Cristo [...], oferecereis ao Homem de hoje, cercado por mil ameaças e cheio de confusão, a palavra e a esperança que libertam.