Evangelho
segundo S. Lucas 19,41-44.
Naquele tempo, quando Jesus Se aproximou de Jerusalém, ao
ver a cidade, chorou sobre ela e disse: «Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz! Mas não. Está escondido
a teus olhos. Dias virão para ti, em que os teus inimigos te rodearão de trincheiras e te
apertarão de todos os lados. Esmagar-te-ão a ti e aos teus filhos e não deixarão em ti pedra sobre pedra,
por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilia 38 sobre Lucas
«Ao ver a cidade, [Jesus]
chorou sobre ela»
Quando se aproximou de Jerusalém e a viu, o nosso Senhor e Salvador
chorou sobre ela: «Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz! Mas
não. Está escondido a teus olhos. Dias virão para ti, em que os teus inimigos
te rodearão de trincheiras» [...]. Alguém poderá dizer: «O sentido destas
palavras é claro; com efeito, elas realizaram-se a propósito de Jerusalém: o
exército romano cercou-a e devastou-a até à exterminação e virá o tempo em que
dela não restará pedra sobre pedra.»
Não o nego, Jerusalém foi destruída por causa da sua cegueira, mas pergunto:
aquele choro não diria respeito à nossa própria Jerusalém? Porque nós somos a
Jerusalém sobre a qual Jesus chorou, nós que estamos convencidos de ter um
olhar tão penetrante. Se, depois de ter sido instruído nos mistérios da
verdade, depois de ter recebido a palavra do Evangelho e o ensinamento da
Igreja [...], um de nós peca, esse provocará lamentações e choros; e não se
chora sobre um pagão, mas sobre aquele que, depois de ter feito parte de
Jerusalém, dela saíu.
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