segunda-feira, 27 de novembro de 2017

REFLETINDO A PALAVRA - “No Ministério de Cristo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1960. Participando da missão de Cristo 
Jesus, em seu ministério entre nós, era profeta, sacerdote e rei-pastor. Dizemos múnus, função que é o serviço de Cristo. Ele não guarda para si. Unidos a Ele participamos de sua vida e missão. Cristo proclama a palavra de Deus e a anuncia; resta o perfeito culto ao Pai; dirige como pastor o seu rebanho e orienta o mundo para Depus. Os que possuem o ministério sacerdotal ou episcopal participam dessa missão como pastores, profetas e sacerdotes. Também os leigos participam, a seu modo, do mesmo ministério (múnus) de Cristo. Os sacerdotes e bispos têm essa missão em vista da comunidade cristã. Estamos acostumados a colocar o clero como centro. Têm sua missão. Os leigos são o centro, principalmente onde a hierarquia não chega. E, como Jesus, os sacerdotes e bispos se põem a serviço nesse ministério para que os leigos tornem presente Jesus nesses diversos ministérios. O povo de Deus, a Igreja, é a base. Isso não é contra a hierarquia, mas a fortalece como missão e não como poder humano. O poder Divino é a força do serviço: “Estou entre vós como aquele que serve” (Lc 22,27). Os santos bispos, padres e freiras foram homens e mulheres humildes que se puseram a serviço. Isso não tira o poder-serviço. Dá força e ajuda na compreensão. É uma obra comum. Basta ver o que diz o documento Lumen Gentium: “Os Pastores sagrados sabem que não foram instituídos a fim de concentrarem em si sozinhos toda a missão salvífica da Igreja no mundo” (LG 30).
 1961. Uma missão de todos 
Vamos ter um ano para os leigos. O Concílio Vaticano II despertou-os para a missão. Essa missão tem índole secular, isto é, não faz parte da hierarquia nem da vida religiosa. “É específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus” (LG 31), nos trabalhos, na família, no social. São como o fermento na massa. “A eles cabe, de maneira especial, a missão de iluminar e ordenar todas as coisas temporais, às quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo, para louvor do Criador e Redentor” (Id). O documento continua ensinando que formamos um só corpo com em Cristo (Rm 12,4-5). Temos o mesmo batismo. Somos um em Cristo. Todos são chamados à santidade por caminhos diferentes. Pastores e fiéis unidos entre si e sirvam-se mutuamente. A diversidade de graças, ministérios e trabalhos unifica os filhos de Deus (LG 32). “O apostolado dos leigos é participação na própria missão salvífica da Igreja... naqueles lugares onde apenas através deles ela pode chegar” (LG 33). 
1962. Com Cristo em sua missão 
O documento sobre a Igreja continua explicando que “a todos os leigos incumbe a missão de trabalhar para que o plano de salvação atinja todos os homens” (LG 33). Por isso e para isso participam no sacerdócio comum e no culto. Pelo Batismo e Crisma participam do múnus sacerdotal de Cristo. Por sua vida, obras, preces vida conjugal, familiar, trabalho, descanso e dificuldades, tornam-se hóstias espirituais agradáveis a Deus por Cristo. Consagram o mundo a Deus. Além de continuarem o Cristo sacerdote na consagração do mundo e assumem também a missão do Cristo profeta. Jesus o faz pela vida e palavra. Essa missão de Jesus é continuada também pelos leigos “aos quais constituiu testemunhas e ornou com o senso da fé e a graça da Palavra para que brilhe a força do Evangelho na vida cotidiana, familiar e social” (LG 35). Como Cristo tem por missão levar o mundo para Deus. Os leigos, no mundo secular, o conduzem para Deus, levando-o para fazê-lo casa de todos os homens na justiça e na fraternidade. 

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