Evangelho segundo São Lucas 21,1-4.
Naquele tempo, Jesus levantou os olhos e viu os ricos deitarem na arca do Tesouro as suas ofertas.
Viu também uma viúva muito pobre deitar duas pequenas moedas.
Então Jesus disse: «Em verdade vos digo: Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.
Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1858-1916)
Eremita e missionário no Saara
Meditações sobre os Santos Evangelhos
«Ela, na sua penúria, ofereceu tudo»
«Pai, nas vossas mãos entrego o meu espírito» (Lc 23,46): é a última oração do nosso Mestre, do nosso Bem-amado. Possa ela ser também a nossa. E que seja não apenas a do último instante, mas a de todos os instantes: «Pai, entrego-me nas vossas mãos; Pai, confio-me a vós; Pai abandono-me a vós; Pai, fazei de mim o que Vos aprouver, eu tudo agradeço. Obrigado por tudo; estou disposto a tudo; aceito tudo; tudo Vos agradeço, desde que a vossa vontade se faça em mim, meu Deus, desde que a vossa vontade se faça em todas as vossas criaturas, em todos os vossos filhos, em todos aqueles que o vosso coração ama; nada mais desejo, meu Deus. Deponho a minha alma nas vossas mãos, dou-Vo-la, meu Deus, com todo o amor do meu coração, porque Vos amo, e é uma necessidade do meu amor dar-me, entregar-me nas vossas mãos sem medida. Entrego-me nas vossas mãos com uma infinita confiança, pois sois meu Pai».
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