Dorotéia Swartz de Montau, nasceu em Gross Montau, Prússia, no dia 6 de fevereiro de 1347, e morreu em Marienwerder, em 25 de junho de 1394.
Essa região estava sob a jurisdição dos cavaleiros da Ordem Teutônica, então no auge do seu poder. Ela viveu sob a sua jurisdição e foram eles que introduziram o processo de sua canonização em 1404.
Era filha de um fazendeiro holandês, Willem Swartz. Antigas biografias relatam que desde muito jovem ela mortificava o próprio corpo e recebera os estigmas invisíveis, disfarçando a dor que lhe causavam.
Com a idade de dezesseis anos se casou com Adalberto de Dantzig, homem maduro, artesão armeiro abastado, mas muito temperamental, de caráter violento. Quando tinha 31 anos, Dorotéia teve seus primeiros êxtases e o esposo não tinha paciência com suas experiências místicas e a maltratava. Levando a vida matrimonial com paciência, humildade e gentileza, conseguiu mudar pouco a pouco o caráter do esposo. O casal fez frequentes peregrinações a Colônia, Aachen e Eisiedeln.
Em 1390, eles resolveram visitar os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo em Roma. Mas Adalberto, impedido por uma enfermidade, permaneceu em casa, aonde veio a falecer.
Entregue a Deus, Dorotéia viajou sozinha para Roma. Ia mendigando, quase sem observar as regiões que percorria. Chegando a Roma, caiu doente e foi tratada durante longas semanas no hospital de Maria Auxiliadora. Quando regressou, seu esposo já havia falecido há meses.
Dos nove filhos que tiveram, quatro morreram ainda crianças e quatro durante a praga de 1383. Somente uma filha, Gertrudes, sobreviveu e tornou-se beneditina em Colônia. A Santa dedicou a ela um pequeno tratado de vida espiritual.
Em 1391 Dorotéia se mudou para Marienwerder. Ali encontrou o seu diretor espiritual, João de Marienwerder, da Ordem Teutônica, sábio teólogo e professorem Praga. Percebendo a grandeza espiritual da penitente, ele iniciou a transcrição de suas visões e de seu ensinamento em 1392. Este trabalho compreende sete livros em Latim, Septililium. Escreveu também a vida da Santa em quatro livros.
Em 2 de maio de 1393, depois de uma provação de dois anos, e com a permissão do Capítulo e da Ordem Teutônica, passou a viver em uma ermida construída junto a Catedral de Marienwerder. A cela tinha dois metros de largura e três de altura. Três janelas completavam a ermida: uma abria-se para o céu; outra dava para o altar, para que ela acompanhasse a Santa Missa e comungasse; a terceira dava para o cemitério e servia para lhe passarem os alimentos. Dorotéia vivia austeramente e comungava diariamente, algo excepcional para seu tempo. Com seu exemplo edificava a todos que a procuravam em busca de conselho e consolo. Foram-lhe atribuídas muitas conversões.
Embora não tivesse frequentado escola, Santa Dorotéia tinha uma bagagem cultural graças às suas viagens e ao contato com eclesiásticos eminentes. Além da Ordem Teutônica, sofreu influência da espiritualidade dominicana e teve como modelo Santa Brígida da Suécia, cujas relíquias haviam passado por Dantzig em 1374.
Santa Dorotéia morreu em Marienwerder no dia 25 de junho de 1394, e foi logo venerada como Santa e Patrona da Ordem Teutônica e da Prússia, mas só foi beatificada pela Igreja em 1976.
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