sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

FOI PAI ATÉ O FIM.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
O bom Januário vendia pipocas para ajudar nos estudos do filho Nelson, a única alegria na sua viuvez. O tempo corria, e o menino progredia. Nelson, já um belo rapaz cônscio da sua importância, estudava Medicina. O pai continuava vendendo pipocas para manter os estudos do filho. Este, porém, cercado de colegas ricos e cheios de vaidades, pouco ligava para o pai. Tinha vergonha dele, por ser um simples pipoqueiro. O dia da formatura chegou. Quem colocaria o anel no seu dedo? Certamente o pai, sugeriram. Mas ele teve a coragem de mentir: 
- Não tenho pai. Minha namorada vai no lugar dele. 
No rancho, o velho pipoqueiro debatia-se em febre. Um amigo que o visitou, lhe contou que o filho estava se formando. 
- Mas ele não me falou nada. Preciso abraçar meu filho, mesmo doente. 
Saiu às pressas, amparado pelo amigo Artur. Era a imagem da morte à procura da vida. Quase às portas do salão, caiu desmaiado. Foram chamar o filho. O jovem médico, mordido pelo remorso, veio às pressas: 
- Que aconteceu, meu pai? 
- Parabéns, meu filho. Seja feliz... 
Foram suas últimas palavras. 
Lição para a vida: 
O olho que zomba do pai e despreza a mãe, arrancá-lo-ão os corvos do vale e devorá-lo-ão as aves de rapina (Prov. 30,17)

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