Catarina, era seu nome civil, nasceu em Carmagnola (Borgo Salsasio, Turim), em 10 de outubro de 1829, no seio de uma humilde família camponesa. Teve uma infância serena, circundada pelos afetos familiares, mas, em 1833, o pai abandonou a família, um pesar que marcou a sua infância e adolescência. Sua mãe, com os filhos, foi viver com um tio sacerdote em Borgo San Bernardo (também em Carmagnola), junto ao avô e uma tia. Diante do infortúnio, Catarina se abre para uma vida de doação e se volta para Deus, a quem sempre se refere como o “Bom papai”, dirigindo-se a Ele com confiança filial. Catarina, de temperamento orgulhoso e independente, mas também terno e sensível, desde a juventude trava uma luta interior com a sua natureza, deixando que Deus molde o seu caráter. Transforma-se pouco a pouco em uma criatura humilde, simples, disponível, aberta e dócil à ação da graça. Aprende a dizer “sim” a Nosso Senhor dia após dia e começa a viver as virtudes de um modo heroico.
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Quando manifestou seu desejo de fazer-se religiosa, seu tio sacerdote se opôs firmemente, enquanto sua mãe, se bem que não era contrária, sentia medo de ficar sozinha. Foi preciso que cinco anos se passassem para ela poder cumprir seus desejos. Fez parte da Companhia dos Humilhados, que tinha a missão de acompanhar os mortos à sepultura. Em 1850, obteve a permissão de tornar-se religiosa, mas não de clausura como ela desejava: ingressou nas Irmãs de Santa Ana. Foi recebida no palácio Barolo de Turim pela fundadora, a Marquesa Júlia. O Instituto de Santa Ana havia sido fundado em 1834 por Carlos Tancredi Falletti, Marquês de Barolo, para acolher as crianças de rua e nascia com a missão de educá-los e instrui-los. O marquês morreu no dia 4 de setembro de 1838 em Chiari. Sua esposa, Júlia Cobert, nascida em Maulevrièr, na católica Vadeia, viveu até o dia 19 de janeiro de 1864, cumprindo a missão que assumiu com ele no serviço aos mais pobres. No dia 26 de julho de 1851 Catarina vestiu o hábito religioso, recebendo o nome de Ir. Maria Henriqueta. Nas comunidades nas quais o Senhor a coloca e nas várias situações nas quais se encontra vivendo, Ir. Henriqueta continuou de modo sempre mais intenso a vida de doação. A fidelidade nas pequenas ações é o segredo do seu caminho: “As pequenas ações feitas com grande amor valem muito mais que os atos heroicos feitos com objetivos humanos”. Ao seu diretor espiritual, um jesuíta, manifestou sua aridez espiritual e seu desejo de ir como missionária à Índia. Para preparar-se obteve a permissão de privar-se "das coisas não absolutamente necessárias". Em 1854 foi enviada a Castelfidardo, onde havia uma casa fundada uns anos antes, a pouca distância do Santuário de Loreto. Foi acolhida por suas Irmãs de religião "como uma espiã", mas em pouco tempo se fez amar. Um ano depois de sua chegada eclodiu uma epidemia de cólera na cidade, quando as Irmãs se ofereceram para cuidar dos doentes; a dedicação da Beata foi extraordinária. Foi nomeada mestra de noviças. O dia 17 de maio de 1857 foi memorável: com outras religiosas ela assistiu à audiência com o Beato Pio IX que visitava Loreto. Assistindo à audiência estava presente Santa Madalena Sofia Barat. Com 32 anos foi eleita Superiora Geral. Recebeu assim, ainda muito jovem, a herança de uma Congregação também muito jovem e deveria ser “a Madre” até o final da sua vida (1894). Escolhida por Deus para consolidar e desenvolver o Instituto, Madre Henriqueta foi fiel ao espírito dos Fundadores. Abriu o Instituto aos horizontes da missão ad Gentes, enviando as primeiras seis missionárias à Índia, em 1871, pois desejava fortemente que Deus e o Seu amor fossem conhecidos no mundo inteiro, porque pensava: “é impossível conhecê-Lo e não amá-Lo”. Presentes primeiramente em Secunderabad, as Irmãs se propagaram em vários estados indianos, e hoje a missão na Índia é a maior do Instituto. A Madre Maria Henriqueta esteve à frente da Congregação até sua morte, e a desenvolveu de forma excepcional. Fundou 32 casas, chegando a Roma e Sicília. Foi conselheira de São João Bosco quando este criou a Regra das Filhas de Maria Auxiliadora, e lhe "emprestou" duas irmãs para a nova congregação. Afável e gentil, Madre Maria Henriqueta era reservada e de poucas palavras. Com a permissão de seus superiores fez o voto extraordinário de buscar no cumprimento de cada ação o modo "mais perfeito". Meditava longamente diante do Tabernáculo e obteve da Santa Sé que suas religiosas pudessem comungar diariamente. Ao ler seus escritos, a Autobiografia e o enorme epistolário, se percebe seu total abandono nas mãos da Providência. A Beata Maria Henrique procurou em todas as coisas a vontade de Deus e se abandonou, tornando-se com a sua própria vida um canto de louvor à Santíssima Trindade. É esta herança espiritual que deixa para suas filhas e a todos aqueles que têm a graça de encontrá-la no seu caminho. Ela faleceu em Turim de um câncer de mama. Seus restos se encontram na capela da Casa Mãe de Turim. No dia 7 de maio de 1978 o Papa Paulo VI a proclamou bem-aventurada, reconhecendo a sua riqueza e fecundidade espiritual e indicando o seu caminho de santidade como modelo a seguir.
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Quando manifestou seu desejo de fazer-se religiosa, seu tio sacerdote se opôs firmemente, enquanto sua mãe, se bem que não era contrária, sentia medo de ficar sozinha. Foi preciso que cinco anos se passassem para ela poder cumprir seus desejos. Fez parte da Companhia dos Humilhados, que tinha a missão de acompanhar os mortos à sepultura. Em 1850, obteve a permissão de tornar-se religiosa, mas não de clausura como ela desejava: ingressou nas Irmãs de Santa Ana. Foi recebida no palácio Barolo de Turim pela fundadora, a Marquesa Júlia. O Instituto de Santa Ana havia sido fundado em 1834 por Carlos Tancredi Falletti, Marquês de Barolo, para acolher as crianças de rua e nascia com a missão de educá-los e instrui-los. O marquês morreu no dia 4 de setembro de 1838 em Chiari. Sua esposa, Júlia Cobert, nascida em Maulevrièr, na católica Vadeia, viveu até o dia 19 de janeiro de 1864, cumprindo a missão que assumiu com ele no serviço aos mais pobres. No dia 26 de julho de 1851 Catarina vestiu o hábito religioso, recebendo o nome de Ir. Maria Henriqueta. Nas comunidades nas quais o Senhor a coloca e nas várias situações nas quais se encontra vivendo, Ir. Henriqueta continuou de modo sempre mais intenso a vida de doação. A fidelidade nas pequenas ações é o segredo do seu caminho: “As pequenas ações feitas com grande amor valem muito mais que os atos heroicos feitos com objetivos humanos”. Ao seu diretor espiritual, um jesuíta, manifestou sua aridez espiritual e seu desejo de ir como missionária à Índia. Para preparar-se obteve a permissão de privar-se "das coisas não absolutamente necessárias". Em 1854 foi enviada a Castelfidardo, onde havia uma casa fundada uns anos antes, a pouca distância do Santuário de Loreto. Foi acolhida por suas Irmãs de religião "como uma espiã", mas em pouco tempo se fez amar. Um ano depois de sua chegada eclodiu uma epidemia de cólera na cidade, quando as Irmãs se ofereceram para cuidar dos doentes; a dedicação da Beata foi extraordinária. Foi nomeada mestra de noviças. O dia 17 de maio de 1857 foi memorável: com outras religiosas ela assistiu à audiência com o Beato Pio IX que visitava Loreto. Assistindo à audiência estava presente Santa Madalena Sofia Barat. Com 32 anos foi eleita Superiora Geral. Recebeu assim, ainda muito jovem, a herança de uma Congregação também muito jovem e deveria ser “a Madre” até o final da sua vida (1894). Escolhida por Deus para consolidar e desenvolver o Instituto, Madre Henriqueta foi fiel ao espírito dos Fundadores. Abriu o Instituto aos horizontes da missão ad Gentes, enviando as primeiras seis missionárias à Índia, em 1871, pois desejava fortemente que Deus e o Seu amor fossem conhecidos no mundo inteiro, porque pensava: “é impossível conhecê-Lo e não amá-Lo”. Presentes primeiramente em Secunderabad, as Irmãs se propagaram em vários estados indianos, e hoje a missão na Índia é a maior do Instituto. A Madre Maria Henriqueta esteve à frente da Congregação até sua morte, e a desenvolveu de forma excepcional. Fundou 32 casas, chegando a Roma e Sicília. Foi conselheira de São João Bosco quando este criou a Regra das Filhas de Maria Auxiliadora, e lhe "emprestou" duas irmãs para a nova congregação. Afável e gentil, Madre Maria Henriqueta era reservada e de poucas palavras. Com a permissão de seus superiores fez o voto extraordinário de buscar no cumprimento de cada ação o modo "mais perfeito". Meditava longamente diante do Tabernáculo e obteve da Santa Sé que suas religiosas pudessem comungar diariamente. Ao ler seus escritos, a Autobiografia e o enorme epistolário, se percebe seu total abandono nas mãos da Providência. A Beata Maria Henrique procurou em todas as coisas a vontade de Deus e se abandonou, tornando-se com a sua própria vida um canto de louvor à Santíssima Trindade. É esta herança espiritual que deixa para suas filhas e a todos aqueles que têm a graça de encontrá-la no seu caminho. Ela faleceu em Turim de um câncer de mama. Seus restos se encontram na capela da Casa Mãe de Turim. No dia 7 de maio de 1978 o Papa Paulo VI a proclamou bem-aventurada, reconhecendo a sua riqueza e fecundidade espiritual e indicando o seu caminho de santidade como modelo a seguir.
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