José Freinademetz nasceu no dia 15 de abril de 1852, na cidade de Oites, no Tirol do Sul, que na ocasião era território austríaco, mas a cidade hoje se chama Alta Badia e pertence a Itália. Seus pais eram camponeses muito pobres, tiveram treze filhos e formaram uma família muito cristã.
O pequeno José, desde a infância queria ser um missionário. Estudou no seminário diocesano de Bressanone, onde foi ordenado sacerdote em 1875. Depois de três anos de ministério em São Martino, na Alta Badia, com autorização de seu Bispo, ingressou na Sociedade do Verbo Divino, em Steyl, na Holanda, para ser um missionário.
Em 1879, recebendo a cruz dos verbitas, foi enviado para a missão da China. Ficou dois anos em Hong Kong, para adaptação dos costumes, e depois foi enviado para a primeira missão católica em Shandong do Sul, junto com um companheiro da Ordem, o holandês João Batista Anzer.
Os dois missionários encontraram uma comunidade minúscula de cristãos, com menos de duzentos fiéis. Começaram a evangelização com visitas pastorais em todas as vilas, contatando as pessoas e as famílias, pois o total de habitantes era de nove milhões.
Aos poucos o povo se afeiçoou ao caridoso, ativo e incansável Padre José, a quem deram o nome chinês de Padre Fu Shen Fu, que significa Padre Feliz. Com muita oração, fé na Divina Providência e extremo zelo missionário, conseguiram construir a Igreja, o seminário, o orfanato, a tipografia e a escola.
Até que em 1898, Padre José adoeceu e teve de se distanciar de sua querida Shandong, aliás ele só o fez esta única vez. Viajou para Nagasaki, no Japão, para tratar de uma tuberculose que iniciara. Mas retornou logo, mesmo sem estar totalmente curado.
Em 1900, quando a China viveu a rebelião dos Boxer, e os cristãos eram perseguidos por seus integrantes, Padre José permaneceu firme ao lado do seu rebanho, rezando e sofrendo com eles. Recusou viajar para a Holanda e participar das celebrações do jubileu de prata da Congregação do Verbo Divino, que, por sinal, coincidiam com o de sua ordenação.
Sete anos depois o governo chinês declarou uma epidemia de tifo. Padre José, à frente no atendimento e socorro às vitimas, contraiu a moléstia e morreu no dia 28 de janeiro de 1908, em Taikia.
Nesta ocasião, a diocese já contava com quarenta mil adultos convertidos e cento e cinqüenta mil crianças batizadas. A sua entrega à vida missionária no segmento de Cristo e seu amor ao povo chinês ele expressou nesta declaração à um irmão verbita: "Se pudesse reaver a juventude, escolheria outra vez a minha vocação, escolheria ser missionário no sul de Shandong".
Canonizado no ano 2003, pelo Papa João Paulo II, São José Freinademetz é festejado no dia de sua morte, sendo reconhecido o "Padre fundador da Igreja do Sul da província de Shandon".
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Outros santos e beatos:
Santo Antino — abade beneditino de Brantôme, em França, no século VIII.
Santa Cannera ou Kinnera (†530) — virgem irlandesa eremita, sepultada em Enniscorthy.
Beato Egídio de Lorenzana (1443-1518) — irmão leigo franciscano; viveu como eremita e exercia o ofício de jardineiro do convento. Durante longos anos, trabalhara em Nápoles como operário.
São Flaviano — martirizado no ano de 304, em Civitavecchia, sob o império de Diocleciano. Foi vice-prefeito de Roma.
São Glastiano (†830) — bispo, padroeiro de Kinglassie, na Grã-Bretanha.
São João de Réome (425-539) — viveu como eremita em Réome, em França, antes de fundar o mosteiro inspirado na regra de são Macário.
São Juliano de Cuenca (1127-1208) — bispo de Cuenca (Castela Nova, Espanha). Para socorrer os pobres, não se recusou a exercer o ofício de servente de pedreiro.
São Leônidas e companheiros — martirizados por egípcios em 304.
Santo Odon de Beauvais (801-880) — bispo beneditino. Preceptor dos filhos de Carlos Martelo, reformou a Igreja na França e foi mediador entre o rei e o papa Nicolau I.
São Paládio (†390) — eremita de uma localidade próxima a Antioquia.
São Paulino de Aquiléia (726-802) — admirado por Carlos Magno, que o nomeou patriarca de Aquiléia. Escritor e poeta, evangelizou os ávaros.
São Pedro Nolasco (1182-1258) — co-fundador, juntamente com são Raimundo de Penhaforte, de uma confraria consagrada ao resgate dos prisioneiros muçulmanos, transformada depois na Ordem dos Mercedários — assim denominada por causa de sua devoção especial à Virgem, cultuada sob o título de Santa Maria da Misericórdia ou da Mercê dos escravos. A regra obrigava a um quarto voto, que consistia em se oferecer como escravo dos muçulmanos se tal fosse necessário para libertar um cristão em perigo de apostasia. Dentre os 26 mil prisioneiros libertados pelos mercedários, em seu primeiro século de existência, 890 foram resgatados e reconduzidos à pátria por são Pedro Nolasco, muitas vezes à custa de inexprimíveis padecimentos e torturas. Morreu no dia de Natal.
São Ricardo de Vaucelles (†l169) — abade cisterciense, sucessor de são Bernardo.
São Simeão (†390) — eremita na Síria, fundou dois mosteiros no monte Sinai.
São Tiago, o Eremita — viveu na Palestina, no século VI. Penitente, “depois de haver perdido a fé”, conforme o Martirológio, viveu durante anos no interior de uma sepultura.
Santos Tirso, Lêucio e Calínico — martirizados na Apolônia, na Frígia, em 251. Suas relíquias encontram-se na França.
São Valério (†315) — bispo de Saragoça, exilado por Diocleciano.
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