Evangelho segundo São Mateus 13,44-46.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo.
O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola».
Tradução litúrgica da Bíblia
presbítero de Antioquia,
bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homílias sobre o Evangelho de Mateus,n°47,2
As parábolas do tesouro e da pérola
As duas parábolas, do tesouro e da pérola, ensinam a mesma coisa: que temos de preferir o Evangelho a todos os tesouros do mundo. Mas há uma situação ainda mais meritória: preferi-lo com gosto, com alegria e sem hesitação. Não podemos esquecer-nos de que ganhamos mais do que perdemos ao renunciar a tudo para seguir a Deus. O anúncio do Evangelho está oculto neste mundo como um tesouro escondido, um tesouro inestimável.
Para procurar esse tesouro, são necessárias duas condições: a renúncia aos bens do mundo e uma sólida coragem. Efetivamente, trata-se de «um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola». Essa pérola única é a verdade, e a verdade é una, não se divide. Possuis uma pérola? Então conheces a tua riqueza. Mas, se a tens fechada na concha da mão, o mundo ignora a tua fortuna. Acontece o mesmo com o Evangelho. Se o abraças com fé e o manténs fechado no coração, que tesouro! Mas só tu o conhecerás. Os não crentes, que ignoram a sua natureza e o seu valor, não fazem ideia da incomparável riqueza que tu possuis.
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