Evangelho segundo São Marcos 3,31-35.
Naquele tempo, chegaram à casa onde estava Jesus sua Mãe e seus irmãos, que, ficando fora, O mandaram chamar.
A multidão estava sentada em volta dele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura».
Mas Jesus respondeu-lhes: «Quem é minha mãe e meus irmãos?».
E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha mãe e meus irmãos.
Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».
Tradução litúrgica da Bíblia
Audiência geral de 27/10/2010
(trad.©copyright Libreria Editrice Vaticana,rev)
Santa Brígida, mulher de oração
para a Igreja do seu tempo!
Quando Brígida ficou viúva, teve início o segundo período da sua vida. Renunciou a outras bodas para aprofundar a união com o Senhor através da oração, da penitência e das obras de caridade. Portanto, também as viúvas cristãs podem encontrar nesta santa um modelo a seguir. Com efeito, após a morte do marido, Brígida distribuiu os seus bens aos pobres e, mesmo sem jamais aceder à consagração religiosa, estabeleceu-se no mosteiro cisterciense de Alvastra. Ali tiveram início as revelações divinas, que a acompanharam durante o resto da sua vida.
Lendo estas revelações, somos interpelados sobre muitos temas importantes. Por exemplo, volta-se a descrever frequentemente, com pormenores bastante realistas, a Paixão de Cristo, pela qual Brígida teve sempre uma devoção privilegiada, contemplando nela o amor infinito de Deus pelos homens. Nos lábios do Senhor que lhe fala, ela põe com audácia estas palavras comovedoras: «Ó meus amigos, Eu amo tão ternamente as minhas ovelhas que, se fosse possível, gostaria de morrer muitas vezes, por cada uma delas, com aquela mesma morte que padeci pela redenção de todas» (Revelationes, Livro I, C. 59). Também a dolorosa maternidade de Maria, que a tornou Mediadora e Mãe de misericórdia, é um tema que aparece com frequência nas revelações.
Ao receber estes carismas, Brígida estava consciente de ser destinatária de um dom de grande predileção da parte do Senhor: «Minha filha, Eu escolhi-te para Mim; ama-Me com todo o teu coração, mais do que tudo quanto existe no mundo» (I, 1). De resto, Brígida sabia bem, e disto estava firmemente convencida, que cada carisma está destinado a edificar a Igreja. Precisamente por este motivo, não poucas das suas revelações eram dirigidas, em forma de admoestações até severas, aos fiéis do seu tempo, também às autoridades religiosas e políticas, a fim de que vivessem coerentemente a sua vida cristã; mas fazia isto sempre com uma atitude de respeito e de fidelidade integral ao Magistério da Igreja, e de modo particular ao sucessor do Apóstolo Pedro.
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