sexta-feira, 29 de julho de 2022

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo São João 11,19-27. 
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São John Henry Newman (1801-1890) teólogo, 
fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão 
«The tears of Christ at the grave of Lazarus» 
«Disse-Lhe Marta: "Acredito, Senhor"» 
Cristo veio ressuscitar Lázaro, mas o impacto desse milagre foi a causa imediata da sua prisão e crucifixão (cf Jo 11,46s). Ele sentiu nitidamente que o preço a pagar pelo regresso de Lázaro à vida era o seu próprio sacrifício: sentiu-Se descer ao túmulo de onde tirou o amigo; sentiu que , para Lázaro viver, Ele próprio tinha de morrer. As aparências inverter-se-iam: haveria um festim em casa de Marta (cf Jo 12,1s) e a Páscoa da tristeza seria dele. Jesus conheceu e aceitou totalmente essa inversão: Ele tinha vindo do seio do Pai para resgatar com o seu sangue todos os pecados dos homens e fazer sair do túmulo todos os crentes, como fez com seu amigo Lázaro, para os fazer voltar à vida, não durante algum tempo, mas para sempre. Face à amplitude do que pretendia fazer nesse ato de misericórdia único, Jesus disse a Marta: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá». Façamos nossas estas palavras de consolo, quer perante à nossa própria morte quer perante a morte dos nossos amigos: onde houver fé em Cristo, aí estará Ele em pessoa. «Acreditas nisto?», perguntou Ele a Marta. Quando um coração pode responder como Marta: «Acredito, Senhor», Cristo torna-Se misericordiosamente presente nele. Ainda que invisível, Ele está lá, junto do leito de morte e do túmulo, quer sejamos nós a agonizar quer sejam os nossos entes queridos. Bendito seja o seu nome! Nada nos pode tirar essa consolação. Pela sua graça, temos tanta certeza de que Ele está ali, com todo o seu amor, como se O víssemos. Depois da nossa experiência do que aconteceu a Lázaro, não duvidaremos um instante sequer de que Ele está cheio de atenções para conosco, de que Ele está ao nosso lado.

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