Evangelho segundo São Mateus 20,20-28.
Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres?». Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda».
Jesus respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei de beber?». Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus declarou-lhes: «Bebereis do meu cálice. Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande, seja vosso servo
e quem entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso escravo.
Será como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens».
Tradução litúrgica da Bíblia
Catequeses sobre o livro do Génesis 1,7
«Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João
e levou-os, só a eles, a um monte alto»
(Mc 9,2): São Tiago, testemunha da luz
Nem todos os que contemplam Cristo são igualmente iluminados por Ele; cada um o é na medida em que pode receber a luz. Os olhos do nosso corpo não são igualmente iluminados pelo Sol; quanto mais subimos a lugares elevados, quanto mais alto contemplamos o nascer do Sol, melhor recebemos a sua luz e o seu calor. Assim também o nosso espírito, quanto mais subir e se elevar para perto de Cristo, mais perto se lhe oferecerá a luz da sua claridade e será alumiado pela sua luz de forma mais brilhante e magnífica. Disse o Senhor de Si próprio através do profeta: «Aproximai-vos de Mim e Eu aproximar-Me-ei de vós» (Zac 1,3). Portanto, não vamos todos a Ele do mesmo modo, mas cada qual «segundo as suas próprias capacidades» (Mt 25,15): ou é com as multidões que vamos a Ele e Ele alimenta-nos em parábolas, para que não enfraqueçamos de privação no caminho (cf Mc 8,3), ou permanecemos a seus pés sem cessar, preocupando-nos apenas em ouvir a sua palavra, sem nunca nos deixarmos perturbar por múltiplos cuidados das obrigações (cf Lc 10,38s); os que se aproximam dele assim recebem muito mais a sua luz.
Mas se «permanecemos com Ele em todas as suas provações» (Lc 22,28) como os apóstolos, sem nunca nos afastarmos, Ele explica-nos em segredo o que disse às multidões, iluminando-nos ainda com mais claridade (cf Mt 13,11s). Enfim, se algum for capaz de subir com Ele à montanha, como Pedro, Tiago e João, esse não será iluminado somente pela luz de Cristo, mas pela voz do próprio Pai.
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