PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
Alimentar
o que é bom (oração)
A
oração da Missa dá um estímulo a viver a palavra deste 17º domingo: “Derramai
em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco,
para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes”. A
mensagem desse domingo ensina a viver um dos ensinamentos fundamentais de
Jesus. Tudo o que é humildade e simplicidade. O que Jesus ensina é um retrato
de seu modo de viver. Não se trata de diminuir-se ou rebaixar-se, mas ser
humano, normal, sem necessitar do orgulho e da vaidade para se impor. Como
somos completos, realizados e coerentes, não temos necessidade de disputar
lugares e querer parecer importantes. O último lugar é tão bom quanto o
primeiro desde que estejamos bem. A mentalidade que nos domina é de tirar
vantagens em tudo e sair na frente ganhando sempre mais. Assim pensam as
pessoas. Ninguém disputa o primeiro lugar em servir, ser útil e cooperar. Jesus
mostra outro caminho que rende muito mais: Em primeiro lugar dá uma aula de
civilidade e boa educação. Não é de bom tom querer aparecer e desfilar como
mais importante. Para quem está bem com a Palavra, está bem consigo mesmo.
Então, qualquer lugar é bom. O livro do Eclesiástico ensina que, quanto mais
poderoso se é, mais humilde se deve sê-lo (Eclo 3,20). Vemos a luta pelo poder. O
importante é que Deus veja a gente. E Deus vê o que é humilde e a ele revela
seus mistérios (Eclo
3,22). O orgulho é uma doença tão ruim que não tem remédio. Diz o
Eclesiástico: “Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de
pecado esta enraizada nele, e ele não compreende” (Eclo 3.30). A simplicidade é maior.
Convida
os pobres e aleijados
Jesus
continua ensinando que perdemos muito em viver na vaidade. Referindo-se ao
banquete oferecido diz que sempre traz consigo a obrigação em retribuir com
presentes do mesmo valor. E diz em relação às festas: “Quando deres um banquete,
não convides teus amigos, nem teus irmãos... nem teus amigos ricos. Estes vão
te convidar e assim já serás pago. Quando deres uma festa, convida os pobres,
os aleijados e os cegos. Então tu serás feliz por que eles não podem retribuir.
Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (Lc 14,12-14). Deus é quem paga a conta
do pobre. Essa modalidade de vida na vaidade não leva a nada e empobrece o
coração. A recompensa que a oferta feita aos pobres nos traz, será dada na
ressurreição. Esta é a festa que dura para sempre onde o Pai é quem paga. E
retribui com abundância. O banquete que o Pai nos prepara em recompensa ao que
fizemos a seus queridos, dura para a eternidade. A Igreja também está
envenenada pelo orgulho, vaidade, prepotência e luta por melhores lugares e
cargos. É preciso conversão.
Tocados
pela fé
Viver
os ensinamentos de Jesus não é só uma opção de vida, mas o resultado da fé que
nos tocou. A carta aos Hebreus compara esse momento ao encontro de Deus com o
povo no Monte Sinai. Lá era palpável. Agora são as realidades espirituais e as
coisas do Céu que nos tocam. Desse modo somos convocados à transformação de
nossa vida. Passamos a viver as exigências da conversão ao novo modo de vida a
partir do Evangelho.
Vamos entender
esses sentimentos de humildade e simplicidade quando percebermos que estamos em
contato com o Deus que nos tratou com tanto carinho. A ressurreição final está
longe, mas está presente em nosso cotidiano quando somos capazes de transformar
nosso orgulho em humildade e nossa vaidade em serviço fraterno.
Leituras:Eclesiástico 3,19-21.30-31;Salmo 67; Hebreus 12,18-19.22-24ª; Lucas
14,1.7-14
1.
Jesus usa o banquete do qual participa, para ensinar
pontos fundamentais de sua doutrina: a humildade e a simplicidade. O orgulho e
a prepotência não ajudam o ser humano.
2.
Em lugar de convidar amigos ricos que podem retribuir,
ensina a dar banquetes aos pobres que não podem retribuir. Deus é quem
retribuirá na ressurreição.
3.
Esse modo de pensar e agir não é só um sentimento
humanitário, mas vem do fato de se ter tocado as realidades espirituais, não
somente os fenômenos exteriores.
De
graça rende mais
A mentalidade que nos domina é tirar
vantagens em tudo e sair na frente ganhando sempre mais. É a cabeça do mundo.
Jesus mostra outro caminho que rende muito mais: Em primeiro lugar dá uma aula
de civilidade e boa educação. É de bom tom querer aparecer e desfilar como mais
importante. Para quem está bem consigo mesmo qualquer lugar é bom.
O livro do Eclesiástico ensina que
quanto mais poderoso a gente é, mas humilde deve ser. Vemos a luta pelo poder.
O importante é que Deus veja a gente. E Deus vê o que é humilde e a ele revela
seus mistérios (Eclo
3,22).
O orgulho é uma doença tão ruim que
não tem remédio. Diz o Eclesiástico: “Para o mal do orgulhoso não existe
remédio, pois uma planta de pecado esta enraizada nele, e ele não compreende” (Eclo 3.30).
Em seu ensinamento Jesus continua
refletindo sobre o risco desses favores que recebemos e devemos retribuir.
Vejamos ainda na questão das festas: “Quando deres um banquete não convides
teus amigos, nem teus irmãos... nem teus amigos ricos. Estes vão te convidar e
assim já fica pago. Quando deres uma festa convida os pobres, os aleijados, os
cegos. Então tu serás feliz por que eles não podem retribuir. Tu receberás a
recompensa na ressurreição dos justos” (Lc 14,12-14). Deus é quem paga a conta do pobre. E paga com
juros.Quanto temos que mudar em nossa
vaidade e orgulho. Vamos
entender esses sentimentos quando percebermos que estamos em contato com o Deus
que nos tratou com tanto carinho.
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