Pedro nasceu em 1803, em Incheon, hoje na fronteira entre a Coreia do Norte e Coreia do Sul.
Após a morte de seu pai, sua família mudou-se para Seul, onde viveu em condições de extrema pobreza. Em Seul, fez amizade com Paolo Yi Kyong-on, que o instruiu na fé cristã . Era descendente de T’ae-jong, rei da Coréia (1400- 418), assim como irmão mais novo de Charles Yi Kyong e Lutgarda Yi, martirizados em 1801. O próprio Paolo Yi Kyong-on, preso em 1827, morreu após terríveis torturas infligidas a ele.
Em janeiro de 1834, o sacerdote Pacífico Yu Pang-che conseguiu entrar na Coreia vindo da China. Os católicos coreanos, que ficaram sem padres desde a perseguição de 1801, puderam finalmente se confessar e receber a comunhão. Padre Yu, apreciando a devoção, gentileza e simplicidade de Peter Yi Ho-Yong, fez dele um catequista .
Pedro, que já havia recebido um anúncio de seu próximo martírio em um sonho, certo dia em fevereiro de 1835, voltando do trabalho para casa, foi surpreendido e preso por um grupo de guardas. Foi feito prisioneiro e durante os quatro anos que permaneceu na prisão sofreu todo tipo de torturas e privações. No entanto, resistiu heroicamente aos guardas que, espancando-o e quebrando-lhe os ossos, procuravam com que fizesse sacrifícios pagãos e negasse a fé cristã.
Durante os longos anos de prisão, perseverou em orações e jejuns, continuando a mostrar bondade e simplicidade de espírito para com seus companheiros de prisão e para com os próprios torturadores. Um velho prisioneiro, seu companheiro de cela, ficou tão impressionado com ele que se arrependeu de seu passado e pediu-lhe instrução religiosa para obter o Batismo. Até Ágata , irmã de Pedro, foi presa por causa de Cristo. Embora os dois irmãos estivessem detidos em celas diferentes, alguns guardas gentis permitiram que eles se encontrassem e prometeram que queriam ser martirizados no mesmo dia. Pedro, porém, estava exausto pelas condições desumanas do encarceramento: os católicos eram amontoados em celas que eram muito pequenas, tanto que não podiam nem mesmo se deitar, sem contar com as torturas. Por causa das condições insalubres do cárcere, adoeciam com o fedor, sangue, pus e podridão. A comida era tão escassa que os prisioneiros eram obrigados a mastigar as esteiras de palha imundas ou comer as pulgas que entravam na cela. Apesar de desejar morrer pela espada, Pedro acabou falecendo devido aos maus tratos em 2 de novembro de 1838, com apenas 36 anos de idade.
Sua beatificação deu-se em 05 de julho de 1925 pelo Papa Pio XI e sua canonização em 06 de maio de 1984, pelo Papa São João Paulo II.
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