Evangelho segundo São Lucas 21,29-33.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores:
Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o verão está próximo.
Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o Reino de Deus.
Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo aconteça.
Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão».
Tradução litúrgica da Bíblia
Jesuíta(1641-1682)
Diário espiritual
Só Deus permanece para sempre
Só Deus é imortal (cf 1Tim 6,16).
Tudo o resto morre: os reis, os pais, os amigos; os que nos estimam ou a quem obrigámos separam-se de nós, seja pela morte, seja pela ausência; e nós separamo-nos deles. A memória dos nossos benefícios, a estima, a amizade e o reconhecimento morrem neles. As pessoas que amamos morrem, ou, pelo menos, a beleza, a inocência, a juventude, a prudência, a voz, a visão, etc., tudo isso morre neles. Os prazeres dos sentidos têm apenas, por assim dizer, um momento de vida. Só Deus é imortal de todas as formas.
Sendo muito simples, Deus não pode morrer pela separação das partes que O constituem; como é muito independente, não pode desfalecer pela subtração de um concurso estranho que O conserva. Não pode afastar-Se nem pode mudar; não só existirá sempre, mas será sempre bom, sempre fiel, sempre racional, sempre belo, liberal, amável, poderoso, sábio e perfeito em todos os sentidos. O prazer que se experimenta na posse de Deus é um prazer que nunca desaparece, que é inalterável, que não depende do tempo nem dos lugares; que não causa fastio, mas, pelo contrário, é cada vez mais sedutor.
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