terça-feira, 21 de junho de 2016

TOMÁS DE ORVIETO Servita, Beato ca. 1290-ca. 1340

Tomás nasceu em Orvieto, na Ombria (Itália) por volta de 1290. Impelido pelo desejo de seguir Cristo e pelo seu amor à Mãe de Deus, entrou na Ordem dos Servitas de Maria. Para ser o último dos serventes (Mc. 9, 35), pediu e obteve fazer parte dos irmãos não sacerdotes. Nele brilhavam particularmente as virtudes da humildade e da caridade fraterna, o espírito de serviço e de misericórdia, consideradas como características aos Servitas. Por isso mesmo, durante muitos anos foi mendigar de porta em porta. Nesta missão nada fácil, Tomás mostrava-se extremamente dócil, paciente e caridoso. Cheio de santa compaixão, ele dava aos pobres não somente o que sobejava da mesa dos irmãos, mas até mesmo a sua própria parte e, quando isto não chegava, recorria ao milagre, como o afirmaram numerosas testemunhas.  As imagens representando o irmão Tomás, algumas das quais muito antigas e belas, mostram-no com um saco às costas e numa das mãos um ramo de figueira ou oferecendo figos em pleno inverno a uma mulher grávida que deles tinha desejo. A fé de Tomás era inquebrantável e a sua intercessão junto de Deus de grande eficácia: raramente um pobre saia da sua beira com as mãos vazias. E mesmo quando isso acontecia, partia com o coração cheio de alento e de fé no Deus Criador de todos as coisas, que ama todos os homens por Ele criados, de maneira exclusiva, não excluindo do seu Reino que aqueles que livremente o recusam. O humilde escravo de Maria adormeceu no Senhor em Orvieto, em 1343. O seu corpo foi sepultado festivamente na igreja dos Servitas de Maria. Pouco depois, na sequência de diversos milagres, a sua campa começou a ser visitada, primeiro pelos habitantes de Orvieto e das cidades e aldeias vizinhas e depois, por milhares de peregrinos vindos de toda a Itália, o que levou os Servitas a instituírem um dia no ano para festejarem a irmão Tomás. O culto prestado ao Beato Tomás depois de centenas de anos, foi aprovado e confirmado pelo Papa Clemente XIII em 1768. Afonso Rocha

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