Ele procurou fazer tudo direitinho.
Vestiu o terno, pôs a gravata e foi para a igreja.
No início, o padre deu uma vela para ele segurar.
Ficou segurando a vela.
Após o rito principal, o da água, o padre pediu para ele acender a vela no Círio Pascal.
Ele acendeu.
Terminada a celebração, o padre perguntou a ele:
-“Por que você está segurando esta vela?”
O pobre homem se enroscou todo.
Olhou para a vela, olhou para o padre, deu um sorriso amarelo e disse:
-“Para dizer a verdade, sr. Padre, eu não sei”.
O padre lhe explicou o sentido da vela, e por que o padrinho a segura.
-Ela representa a Vida Nova que a criança acaba de receber de Cristo, representado no Círio Pascal. E o padrinho é o fiador da formação religiosa inicial daquela criança. Muitos cristãos aceitam ser padrinhos de muitas e muitas crianças, e nem se lembram, ou não sabem, da responsabilidade que assumem.
Eles são como estepe:
Se os pais não ensinarem ao filho ou à filha os primeiros passos da fé, os padrinhos têm obrigação de fazê-lo, senão terão de prestar contas a Deus.
São os pais e os padrinhos que mantêm acesa a fé da criança, até o dia feliz da Primeira Comunhão, e da Crisma.
A partir daí, é o adolescente que a segura, mas eles continuam vigilantes, dando-lhe a mão quando preciso.
Se os padrinhos fizerem isso, receberão de Deus um grande prêmio no Céu.
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