Evangelho segundo São Marcos 3,13-19.
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se.
Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar,
com poder de expulsar demónios.
Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro;
Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»;
André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu
e Judas Iscariotes, que depois O traiu.
Tradução litúrgica da Bíblia
Catecismo da Igreja Católica§§74-79
«Escolheu doze, para andarem com Ele
e para os enviar a pregar»
Deus «quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1Tim 2,4), quer dizer, de Cristo Jesus. Por isso, é preciso que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que assim a Revelação chegue aos confins do mundo. [...] «Cristo Senhor, em quem toda a revelação do Deus Altíssimo se consuma, tendo cumprido e promulgado pessoalmente o Evangelho antes prometido pelos profetas, mandou aos apóstolos que o pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes assim os dons divinos» (Dei Verbum, 7).
A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de duas maneiras: oralmente, «pelos apóstolos, que, na sua pregação oral, nos exemplos e nas instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, do trato e das obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo» (ibidem); por escrito, «por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação» (ibidem).
«Para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os apóstolos deixaram os bispos como seus sucessores, "entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério"» (ibidem). Com efeito, «a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão ininterrupta, até à consumação dos tempos» (Dei Verbum, 8).
Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, denomina-se Tradição, enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora estreitamente a ela ligada. Pela Tradição, «a Igreja, na sua doutrina, na sua vida e no seu culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo aquilo em que acredita» (ibidem). «Afirmações dos santos padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante» (ibidem). Assim, a comunicação que o Pai fez de Si próprio, pelo seu Verbo, no Espírito Santo, continua presente e ativa na Igreja.
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