Celebrando a festa de Nossa Senhora Aparecida, que
proclamamos Rainha e Padroeira do Brasil, queremos, unidos a todo o povo,
reconhecer seu lugar em nossa pátria e em nosso coração. Maria é o ícone da
Igreja do Brasil. Torna-se modelo e socorro de todo um povo sofrido, perseguido
pelas crises sociais, incompetência ou maldade dos governantes que pensam só em si. A rainha Ester, mesmo
sendo esposa de um rei pagão, permanece fiel a seu Deus e a seu povo. Só assim
pode salvar o povo morte que um ministro inescrupoloso e malvado lhe preparava.
A bela rainha Ester é a ocasião de Deus se mostrar fiel a seu povo. Ela é uma
profecia de Maria que, fiel a Deus, é fiel a seu povo, não abandonando o povo
nas suas necessidades. Foi realizado um belo concurso para a coroa do
centenário. Foram 5 belas coroas selecionadas. Há ainda uma bela coroa,
cravejada de milhões de diamantes. São os olhos brilhantes e inocentes de nosso
querido povo que corresponde ao olhar amoroso e ao terno sorrido da Mãe
Aparecida. Esta é hors-concours, e imbatível vencedora. Vendo o trono da Virgem
Mãe Aparecida, temos a impressão que ela quer descer para abraçar cada um. Ela
é a Maria das bodas de Caná, que serviçal e preocupada pede ao filho pelos
noivos para que não sejam envergonhados e a festa continue. Maria não quer que
a festa do povo brasileiro acabe e o povo fique envergonhado pela miséria e
necessidades. Quer que a festa do povo continue. Assim a Mãe sorri feliz .
Rainha que é sinal.
Ela
é o ícone da Igreja. Mostra como deve ser a Igreja para ser fiel a Deus. A
Mulher do Apocalipse resgata a dignidade de todas as mulheres que continuam
gerando a vida, mesmo ameaçada. Fazem-se mães fortes na defesa de seus filhos.
Não há dragão que possa amedrontar a mulher e a mãe pátria que quer vida para
todos. Maria oculta seu filho em seu seio. Quando trabalhava na Angola, durante
a guerra, as mães me diziam que gostariam de colocar de novo os filhos dentro
de seu seio para protegê-los. Quanto a pátria esta desejosa de proteger todos
seus filhos contra os dragões da violência, da corrupção e da ganância política
e econômica. Maria é coroada pelos 12 apóstolos. Toda a Igreja, seguindo Maria,
poderia descer do trono do poder e do desconhecimento do seu ministério, e
formar o grande útero da mãe para proteger os filhos indefesos. A rainha Ester
foi a expressão da fidelidade de Deus ao Povo. Nós podemos ser, para o povo, a
certeza de que o amor de Maria realiza para nós a fidelidade de Deus.
Rainha que intercede.
Rogai por nós pecadores. Coisa bela
é sentir a caridade de Maria e dos santos para conosco. Se podemos rezar uns
pelos outros, mais ainda o pode Maria. Ela continua sua missão de intercessora
como nas bodas de Caná, como Ester diante do rei Assuero, como diante de Jesus
nos seus dias terrenos. Agora no Céu, sua predileção é atender as súplicas do
povo sofrido, doloridos que têm nela a última esperança. Jesus é o único
mediador entre Deus e os homens. Associou, contudo a si todo o seu Corpo que
participa de sua vida e missão. A presença de Maria no meio de seu povo, feliz
com seu amor, é permanente e segura. Dizia aquele cientista que passou por
Aparecida: este povo não pode estar errado.
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