Santa Catarina de Alexandria (festa em 25 de novembro), nasceu e viveu na Alexandria no início do século IV. Sua vida era bastante simples e piedosa já que tinha muitas riquezas, visto que o seu pai era rico e ela era muito bonita. A sua conversão e sua paixão por Jesus teve lugar em uma Ermida na qual ela descobriu sua fé. Se batizou e declarou publicamente a sua fé e que não queria homenagear ninguém nem o imperador, mas somente Jesus. Através de uma visão denunciou Maxentius por perseguir os cristãos. Metade dos seus convertidos foram queimados vivos por Maxentius. Maxentius ofereceu a Catarina um casamento real se ela renunciasse a sua fé. A sua recusa fez com que eles a levassem para a prisão. Na prisão, enquanto Maxentius estava fora, ela converteu a sua esposa e 200 de seus soldados. Na volta ele sentenciou todos a morte, e Catarina ao martírio.
Os atos do martírio eram descritos por escribas romanos que tinham ordens de relatar o martírio e dar pouca ênfase ao santo sendo martirizado de modo assustar os cristãos, pois a os atos eram expostos no local do martírio e na biblioteca em Roma. O martírio foi feito amarando-a a um poste e girava-se um roda de madeira com pás de ferro junto ao seu corpo e as pás iam dilacerando a carne num suplicio infernal. Os estudiosos dizem que as pás eram feitas, na época, de ferro, pelos mesmo ferreiros que faziam as ferraduras dos cavalos, de uma maneira grosseira, sem afiar a lamina, e desta forma, a carne era dilacerada por impacto e não por corte, provocando dores lancinantes, em especial na região dos seios. Mas com Santa Catarina a roda quebrou milagrosamente. Maxentius enfurecido mandou que fosse decapitada. Diz a lenda que de suas veias jorraram leite em vez de sangue.
No Monte Sinai tem um monastério com o seu nome.
Santa Catarina era uma das vozes que Santa Joana d’Arc ouvia.
Ela é invocada contra acidentes no trabalho.
Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada segurando a roda com as pás de ferro.
Sua festa é celebrada no dia 25 de novembro.
O Monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai é renomado e é um dos mais velhos da cristandade. O arquiteto começou a construir suas paredes em 542 DC. Séculos mais tarde, guiados por um sonho, os monges desse monastério encontraram um corpo de mulher que eles tomaram como sendo o de Santa Catarina, que milagrosamente teria sido levada da Alexandria para a Palestina por anjos.
Nada é conhecido com certeza sobre ela a não ser que foi uma virgem martirizada na Alexandria sob o Imperador Maximinus Daza como relatado na Historia da Igreja (viii,c14) por Euzebius. Sua “Acta” que é considerada por muitos sem valor, diz que ela é filha do Rei Costos de Chipre, que foi chamada a Alexandria para ser conselheiro do Imperador Maximinus. Os filósofos estavam na moda na alta sociedade de Alexandria e Catarina era devotada aos estudos e ela tinha uma boa cultura antes de alcançar os 18 anos. Durante seus estudos ela aprendeu sobre Jesus Cristo. Catarina foi convertida por uma visão de Nossa Senhora e do Divino Infante.
Quando o Imperador Maximinus começou sua perseguição aos cristãos, Catarina foi ao imperador e o censurou pela sua tirania. Não conseguindo contra argumentar com ela, ele chamou vários de seus filósofos para com ela confrontar. Após eles admitirem que estavam convencidos pelos seus argumentos, o imperador furioso sentenciou que ela fosse queimada. O imperador se ofereceu para casar-se com ela mas ela recusou porque Cristo já havia aparecido a ela pessoalmente e colocado um anel em seu dedo( como Santa Catarina de Senna).
Por esta razão os cristãos gregos a chamam ‘AEkatharina” isto é ‘sempre pura”.
Ela foi açoitada por soldados durante horas e depois presa enquanto o imperador partiu para inspecionar um campo. Sua cela ficou cheia de pombos e Cristo apareceu para ela em uma visão. Quando o imperador retornou, ele encontrou sua esposa Faustina e um oficial de nome Porphyrius, que haviam ido visitar Catarina por curiosidade, convertidos e outros 200 homens da guarda imperial também convertidos. Todos foram condenados a morte.
Catarina foi sentenciada a ser morta na roda de navalhas conhecida com a Roda de Catarina.
Quando ela foi colocada na mesma as algemas partiram-se e a roda quebrou e as navalhas saltaram para fora matando alguns dos espectadores. Finalmente ela decapitada mas de suas veias saíram leite em vez de sangue. A lenda diz que por muitos anos óleos continuaram saindo de seus ossos e este óleo era um santo remédio na medicina da época, curando muitos doentes .
Em 527 o Imperador Justiniano construiu um monastério fortificado para os eremitas do Monte Sinai e o corpo de Catarina supostamente foi para lá levado no século 8°ou 9°. Desde então ele tem o seu nome. Ela é uma dos “santos ajudantes” que foram altamente venerados, tanto individualmente como um grupo, durante a Idade Media.
Sant Joana dÁrc ouviu e seguiu fielmente a voz de Santa Catarina e de Santa Margareth. Talvez o Senhor deu Catarina a Joana para ajuda-la no debate com os famosos teólogos. A paixão de Catarina é a mesma de Joana, a qual conhecemos com detalhes. Joana é a Catarina dos tempos modernos. É uma mulher, uma santa, uma filósofa como Catarina e não é preciso ser a filha de um rei; da Virgem Maria e do Nosso Senhor é suficiente. Sem dúvida Catarina tinha a simplicidade de uma pastora, embora a filosofia e religião nunca são encontrados em perfeita harmonia. O que interessa é a fé pura e simples.
Por causa dos argumentos com os filósofos ela é considerado a padroeira dos filósofos. Catarina é também a padroeira dos estudantes, dos livreiros, das jovens e dos fabricantes de rodas. Ela é padroeira das enfermeiras porque ao sangrar o seu sangue era leite.
É ainda a padroeira dos fazedores de selas, de cordas, dos estudantes de teologia da Universidade de Paris, e dos pregadores.
Seu emblema é uma roda com laminas. Ela é mostrada como uma virgem mártir, como uma jovem linda, segurando um livro ou a roda; as vezes é mostrada coroada pelos anjos e as vezes misticamente casando-se com o Divino Infante e visitando a Imperatriz Faustina na prisão; ou ainda com Cristo colocando um anel em seu dedo.
Alguns historiadores e dizem que:
"Enquanto ela pode bem ter sido uma senhora nobre, educada e virginal que confundiu os pagãos com sua retórica durante as perseguições, o crescimento da lenda, romance e poesia há muito enterrou a real Catarina".
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