A grande força de renovação do mundo está na família. Não podemos dar um modelo de família, como por exemplo, a família tradicional, como dizendo: se a família tivesse permanecido como no meu tempo, não haveria esses problemas. Bastava papai olhar para a gente, a gente já se encolhia. Bonito! Mas foi nesta família que nasceu a crise do momento. Certamente há grandíssimos valores na família tradicional que vem atravessando séculos. O que compete a nós saber de família que serve para o atual momento. Há valores em tantos modelos. A Igreja não dispensa a família, pois sem ela, não se pode conceber a sociedade. Ainda não vimos os resultados da família que estamos vivendo no momento. Já se podem ver alguns resultados: desagregação, desorientação de jovens, instabilidade do casamento, desconhecimento dos princípios morais, hedonismo, materialismo, o voluntarismo e tantas coisas mais que demonstram a imaturidade para assumir o matrimônio. A força transformadora do matrimônio cristão será o testemunho de amor, a vida nas bem-aventuranças, a atitude de serviço mútuo e o serviço à sociedade. O casal cristão e os que optaram pela vida celibatária são, por sua própria maneira de viver, a força renovadora. Se Jesus “é o caminho, a verdade e a vida”, a família será o evangelho vivo dessa Palavra por indicar caminhos, mostrar verdades e garantir a vida. O testemunho não é só visual, mas possui a força de Cristo que age por seu Espírito.
Educação para a vida
Vivemos tempos difíceis na educação. Aconteceram mudanças boas, mas enfrentamos novos desafios. Não julguemos os tempos. A religião foi, a bem dizer abolida das escolas, com a agravante das outras religiões que bloqueiam qualquer sinal da fé cristã. Não devemos nos preocupar, pois o seguidor de Jesus, se não puder falar dele, dá o testemunho de sua vida e fala do amor, da justiça, da paz, do valor da pessoa, da natureza e dos valores humanos que, na realidade são cristãos. Educar para a vida é formar para uma sociedade sempre melhor. As salas de aulas que, às vezes, são o túmulo da fé dos jovens, podem se tornar em sementeiras de homens e mulheres novos. Um bom mestre forma discípulos que serão mestres. É doloroso ver as portas das escolas com tantos jovens. Quem caminho tomarão?
Presença na sociedade
É doloroso ver cristãos encadeirados na sociedade política, econômica, social, artística que são os primeiros a, por suas atitudes, destruir a fé e os bons costumes. Todos somos chamados a ser fermento onde estamos. Os homens e mulheres de princípios só serão verdadeiramente grandes, no momento em que assumirem postos e posições importantes na política, na economia, na arte, na vida social com princípios cristãos. Por que votamos em quem não corresponde ao ideal? Não se trata de fazer partido dos católicos, mas que os eleitos transformem a realidade a partir do evangelho, não usar o evangelho para subir. Se há economistas cristãos, há um modo de Jesus mostrar o uso dos bens. Se há artistas, a arte é meio de anunciar. Se há senhores da sociedade, podem muito bem pensar como Jesus pensava. A Igreja não tem soluções completas, mas apresentas caminhos concretos e evangélicos para as soluções.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM NOVEMBRO DE 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário