O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos maiores dons que Deus nos deu no mistério da Salvação. Por essa verdade podemos conhecer a profundidade da Redenção de Jesus que é uma vez por todas (Hb 7,25) e atinge todos os tempos. Maria é livre de toda a mancha do pecado, em previsão dos méritos da Paixão e Ressurreição de Jesus. “Ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor!” (Ef 1,4). O livro do Gênesis narra, de um modo poético e rico, a criação do mundo, como também o começo do mal. O mal não provém de Deus, provém da livre opção do homem e da mulher (Gn 3,1-24), fato misterioso que penetrou a humanidade toda. Por isso podemos dizer que em Maria, Deus venceu o pecado que se originou nos primeiros pais. Ela venceu, como nós, pela pura bondade de Deus que a predestinou a ser Mãe de seu Filho. Como Eva escolheu a morte, pois Deus dissera: “se comerdes do fruto morrereis” (Gn 3,3), Maria, ao dizer, “faça-se mim segundo tua palavra”, escolheu a vida e está revestida de toda graça, como lhe dissera o Anjo: “Salve, cheia de graça”. “O Senhor está contigo”! Anuncia a presença do Espírito que a torna “cheia de graça” e pode conceber a vida, pois não há nela semente de morte. Deste modo é gerada a Vida que é a luz dos homens (Jo 1,4). O pecado que matou Eva foi morto por Cristo em Maria, em sua Imaculada Conceição
Escolheu-nos para sermos santos
No Reino, não podemos ser filhos do pecado, por isso, como irmãos de Jesus, somos filhos de Deus e por Jesus temos por Mãe imaculada a Virgem Maria. Isso é dogma, quer dizer, necessário para a salvação. A Tradição da Igreja, compreendendo as Escrituras Sagradas, vê em Maria a Mulher do Apocalipse, grávida e perseguida em seus filhos. Ela é o ícone da Igreja, imaculada, preparada para seu esposo. Maria Imaculada não é só um privilégio pessoal, mas um dom para todos. Ela já possui em plenitude e nós o conseguiremos aceitando ser purificados pela Redenção operada por Jesus. Ele nos dá o Espírito, como deu a Maria, para nos purificar e conduzir no caminho que nos conduzirá a viver santos e irrepreensíveis no amor.
Livrai-nos por sua intercessão
As antigas liturgias rezam: “Tendo feito memória da Santíssima, Imaculada, Bendita, Gloriosa Soberana nossa, a Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria, junto com todos os santos, nós nos confiamos a vós e toda nossa vida a Cristo” (Lit. Bizantina). A Imaculada Conceição de Maria não é invenção do Papa Pio IX. É a proclamação oficial do que vem sendo acreditado desde os primeiros tempos. Ela é a pura ovelhinha, como reza uma homilia pascal primitiva. Pela intercessão desta Mãe, Virgem e Imaculada, elevada ao Céu em corpo e alma, nós pedimos a Deus, por sua intercessão, que possamos também chegar a tal libertação do pecado que possamos viver para sua glória. Os fiéis a Cristo, reconhecendo a beleza e grandeza de sua Mãe, assumem o compromisso evangélico de transformar o mundo da carne do pecado no mundo do amor e de santificar os corpos para que o amor seja pleno em todas as dimensões.
Leituras:Gênesis 3,9-15.20;Salmo 97;
Efésios 1,3-6.11-12; Lucas 1,26-38
1. O dogma da Imaculada Conceição é um dos maiores dons no mistério da Salvação: uma vez por todas e para todos. Foi redimida em vista dos méritos de Jesus. O livro do Gênesis mostra a criação do mundo e o começo do mal que aconteceu não por Deus, mas por opção do homem e da mulher. Eva escolheu a morte e Maria escolheu a vida ao dizer: faça-se em mim. O Anjo reconhece nela a cheia de graça. Nela Jesus pode tomar a vida, pois nele não há a semente da morte. O pecado que matou Eva, foi morto por Cristo em Maria.
2. No Reino, não podemos ser filhos do pecado, por isso, como irmãos de Jesus, somos filhos de Deus e, por Jesus, temos por Mãe Imaculada a Virgem Maria. Isso é dogma, quer dizer, necessário para a salvação. A Tradição, fundada na Escritura reconhece a ação de Deus em Maria. Deus lhe deu em plenitude e nós, conquistamos pelo Espírito que nos é dado.
3. A Igreja não inventou o dogma, mas proclamou o que vem sendo acreditado desde os primeiros tempos. Por sua intercessão, pedimos a Deus que possamos, libertados do pecado, viver para sua glória. Os fiéis assumem o compromisso de transformar o mundo da carne no mundo do amor e de santificar os corpos para que o amor seja pleno em todas as dimensões.
Um Anjo de gravata
O Anjo Gabriel estava chic no último. Que responsabilidade! Deus o envia a Nazaré, a uma mocinha da roça para dar um recadinho simples: ela vai ser mãe. Que novidade há nisso? Ela se espanta não com o Anjo, mas com a notícia: Vai ser Mãe de Deus. Na carne dela, Deus ia tomar nossa carne. Daí dizemos que Deus se humanizou em Maria.
Precisava de uma mãe que fosse a melhor representante da humanidade que acolhia Deus. Por isso a fez toda perfeita e imaculada, sem pecado. Esse fruto não podia vir de uma árvore pestiada pelo pecado.
O livro do Apocalipse fala de uma mulher vestida de sol, tendo a lua sob os pés e coroada com doze estrelas. Ela é a mulher maravilhosa. Essa mulher é a Igreja que tem em seu seio os filhos de Deus. É símbolo da Mãe, Maria, que tem o Filho de Deus. É símbolo de cada um de nós que tem Deus em si.
Nela Deus gerou toda a bênção para que fôssemos santos e imaculados no amor. Nela fomos feitos filhos adotivos, porque irmãos de seus filhos e também filhos de Deus.
Deus realizou n’Ela maravilhas. Por que não amá-la como Deus amou? Não deixe que ninguém fale mal dela perto de você. Quem xinga a mãe, xinga a família inteira.
Homilia da Sol. da Imaculada Conceição 08.12.2009
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