Evangelho segundo São Mateus 11,25-30.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Tradução litúrgica da Bíblia
Papa(1920-2005)
Motu proprio «Spes ædificandi», §§ 2-3
A santidade de rosto feminino
Na iminência do Grande Jubileu do ano 2000, pareceu-me que os cristãos europeus, que estão a assistir, juntamente com os seus concidadãos, a uma histórica passagem rica de esperança e, ao mesmo tempo, cheia de preocupações, podem retirar especial proveito da contemplação e da invocação de alguns santos que são, de certo modo, particularmente representativos da sua história. Considero particularmente significativa a opção por esta santidade de rosto feminino, no quadro da providencial tendência que, na Igreja e na sociedade do nosso tempo, se veio afirmando com um reconhecimento sempre mais evidente da dignidade e dos dons próprios da mulher.
Na verdade, desde o início da sua história, a Igreja não deixou de reconhecer o papel e a missão da mulher, apesar de às vezes se ter deixado condicionar por uma cultura que nem sempre lhe prestava a devida atenção. Mas também sob este aspeto a comunidade cristã foi progressivamente evoluindo, sendo decisivo para este fim o papel desempenhado pela santidade. A isso deu estímulo constante Maria, a «mulher ideal», Mãe de Cristo e da Igreja; mas também a coragem das mártires, que enfrentaram com surpreendente força de espírito os tormentos mais cruéis, o testemunho das mulheres empenhadas com radical exemplaridade na vida ascética, a dedicação quotidiana de tantas esposas e mães na «Igreja doméstica» que é a família, os carismas de tantas místicas que contribuíram para o próprio aprofundamento teológico – tudo isso deu à Igreja indicações preciosas para acolher plenamente o desígnio de Deus sobre a mulher. De resto, esse desígnio já tem expressão inequívoca em algumas páginas da Sagrada Escritura, de modo particular na atitude de Cristo testemunhada no Evangelho. É neste contexto que aparece a opção de declarar Santa Brígida da Suécia, Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz copadroeiras da Europa.
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