quinta-feira, 4 de novembro de 2021

EVANGELHO DO DIA 4 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 15,1-10. 
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: "Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida". Eu vos digo: assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda, até a encontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: "Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida". Eu vos digo: assim haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
co-padroeira da Europa 
Ó Beleza eterna! 
Pai, porque Te enamoraste 
das tuas criaturas? 
Ó Pai eterno! Ó fogo e abismo de caridade! Ó beleza eterna, ó sabedoria eterna, ó eterna bondade e clemência, ó esperança, ó refúgio do pecadores, ó largueza inestimável, ó bem eterno e infinito, ó fogo de amor! Terás tu necessidade das tuas criaturas? Dir-se-ia que sim, pois ages como se não pudesses viver sem elas, Tu, que és a fonte da vida, sem a qual tudo morre. Porque estás, pois, tão louco de amor? Porque Te enamoraste das tuas criaturas, porque lhes deste as tuas complacências, porque tens nelas as tuas delícias? Este desejo de que se salvem é em Ti como que uma embriaguez: elas fogem e Tu vais atrás delas; afastam-se de Ti e Tu aproximas-Te; e não havia maneira de chegares mais perto delas que revestindo-Te da sua humanidade. Que posso eu dizer? Farei como o gago, dizendo «a, a», pois nada mais sei dizer e as palavras não conseguem exprimir o sentimento da alma que apenas Te deseja a Ti e Te deseja infinitamente. Repetirei as palavras de Paulo: o que anunciamos é aquilo que o olho não viu, que o ouvido não ouviu, que não passou pelo coração do homem: aquilo que Deus tem preparado para aqueles que O amam (cf 1Cor 2,9). Que mais posso eu dizer? Diz apenas, alma minha, que experimentaste e viste o abismo da soberana e eterna Providência. Dou-Te graças, Senhor, Pai eterno, pela bondade sem medida que tens comigo, que sou miserável e indigno da tua graça.

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