nasceu em Frómista (Espanha) por volta de 1190,
segundo os diversos biógrafos
que se debruçaram sobre a sua vida.
De família distinta, estudou na Universidade de Palência e foi ordenado sacerdote.
Após ser presbítero canónico em Astorga, ingressou na Ordem dos Dominicanos, onde se distinguiu pela sua retórica e capacidade de pregação.
Graças à protecção de um tio, bispo de Astorga, foi-lhe atribuído o título de canónico e uma bula especial permitiu que fosse nomeado deão sem que tivesse ainda a idade requerida. Conta-se que, ao chegar a Astorga para ocupar o seu posto, com os seus melhores trajes e num cavalo ricamente ajaezado, o animal tropeçou e o cavaleiro estatelou-se no chão. A humilhação sofrida enfureceu-o, tendo decidido de imediato recolher-se a um convento, afastando-se do mundo.
Como frade, ocupou o posto de capelão militar, ofício em que o seu dom de oratória chamou a atenção do rei Fernando III, que o convocou para a sua Corte. Como confessor do rei, incentivou-o a renunciar às hostilidades contra a Andaluzia, e acompanhou-o na campanha de conquista de Córdoba e Sevilha; consagrou como igrejas as mesquitas das cidades conquistadas. No regresso da campanha, abandonou a Corte para pregar nas Astúrias e na Galiza. É nesta fase de sua vida que a tradição popular lhe atribuiu a realização de diversos milagres, em particular os relacionados com a vida dos pescadores e marinheiros da Galiza, a quem teria dedicado muito do seu labor de pregador.
Entre estes, afirma-se que, estando a pregar em Baiona, ocorreu uma tempestade que perturbou a prédica. Seguindo o exemplo de Jesus Cristo, conforme os Evangelhos, Pedro Gonçalves ordenou ao vento e aos outros elementos que cessassem, fazendo-se a bonança.
Foi nomeado prior do Convento de Guimarães, em Portugal, onde contou, entre os seus frades Gonçalo de Amarante, que a Igreja elevou ao grau de bem-aventurado.
Já sexagenário, retirou-se para Tui, onde travou amizade com o arcebispo Lucas de Tui; na Páscoa de 1246, veio a falecer durante uma peregrinação a Santiago de Compostela. Está sepultado na Catedral de Tui.
Foi beatificado, oito anos após a sua marte, pelo Papa Inocêncio IV em 1254 e canonizado, séculos mais tarde, pelo Papa Bento XIV em 1741.
São Pedro Telmo é o santo padroeiro da cidade de Tui e da diocese de Tui-Vigo, onde se celebra a sua festa na segunda-feira da segunda semana da Páscoa.
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