segunda-feira, 15 de abril de 2024

EVANGELHO DO DIA 15 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 6,22-29. 
Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-no a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-lo no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?». Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo (345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n.º 82, 5 
«O alimento que dura até à vida eterna 
e que o Filho do homem vos dará» 
Os judeus comiam a refeição da Páscoa em pé, de sandálias nos pés e cajado na mão; comiam-na à pressa (cf Ex 12,11). Tu ainda tens mais razão para te manteres vigilante! Eles preparavam-se para partir para a Terra Prometida e comportavam-se como viajantes; tu encaminhas-te para o Céu. É por isso que temos de estar sempre em guarda. Os inimigos de Cristo bateram no seu corpo santíssimo sem saberem o que faziam (cf Lc 23,34); e tu recebê-lo-ias com a alma impura depois de tantos benefícios que Ele te fez? Pois Ele não Se contentou em Se fazer homem, em ser flagelado e morto; no seu amor, quis ainda unir-Se a nós, identificar-Se connosco não apenas pela fé, mas realmente, pela participação no seu próprio corpo. Considera a honra que recebes e a que mesa és conviva. Aquele que os anjos não veem sem tremer, Aquele para quem não ousam olhar sem temor por causa do esplendor da glória que Lhe irradia da face, é desse que fazemos nosso alimento, tornando-nos um só corpo e uma só carne com Ele. «Quem poderá contar as obras do Senhor e anunciar todos os seus louvores?» (Sl 106,2) Que pastor alimentou jamais as suas ovelhas com a sua própria carne? Acontece muitas vezes as mães confiarem os filhos a amas de leite. Não assim Cristo; Ele alimenta-nos com o seu próprio sangue, torna-nos um só corpo com Ele.

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