Sacerdote da Ordem Franciscana Regular (1826-1879). Fundador da Sociedade dos Sacerdotes do Prado. Beatificado por São João Paulo II em 4 de outubro de 1986.
Nascido a 16 de abril de 1826, em Lyon, de uma família modesta, foi ordenado em 1850. Aos 17 anos, o jovem Antônio sentiu-se chamado ao ministério sacerdotal. No primeiro ano de estudos teológicos, pensou seriamente ingressar no Instituto de Missões estrangeiras de Paris. Não realizou seu desejo, mas o ideal missionário permaneceu nele e se manifestou concretamente no momento de sua ordenação sacerdotal em 1850, quando foi nomeado coadjutor da paróquia de Santo André de la Guillotière, bairro industrial e operário da cidade de Lyon, França. Três coisas aí o marcaram e fizeram sofrer muito: a “miséria e ignorância” das pessoas, agravada pelas “inundações catastróficas” do Ródano em fins de maio de 1856; o “distanciamento do clero” em relação às mesmas; a sensação nítida de que a pastoral utilizada pela Igreja local não servia. “Um pouco menos de devoção e um pouco mais de fé”, dizia.
Na Noite de Natal de 1856, diante do presépio, recebeu a revelação da divina pobreza e o amor do Natal, e desde então, como perfeito imitador de São Francisco de Assis, viveu uma vida cada vez mais pobre: “Foi meditando durante a noite de Natal de 1856 sobre a pobreza de Nosso Senhor e sobre a Sua descida para o meio dos homens que resolvi deixar tudo e viver o mais pobremente possível. Foi o mistério da Encarnação que me converteu!… Então decidi-me a seguir Nosso Senhor Jesus Cristo mais de perto. E o meu desejo é que vós próprios sigais de perto Nosso Senhor”.
Incentivado pelo Santo Cura d’Ars, aceitou em 1857 o ofício de diretor espiritual da “Cidade do Menino Jesus”, uma obra fundada em Lyon para meninos pobres, que se propunha sobretudo a preparação dos meninos para a primeira comunhão e a acolhida dos meninos abandonados. Em 1859 decidiu fundar a sua obra em favor dos jovens marginalizados. Com a ajuda de Frei Pedro Louat e de Irmã Amélia e Ir. Maria, comprou um grande salão de baile, situado próxima da paróquia de Santo André, em Lyon, que se chamava “Prado” e que foi o centro de suas obras assistenciais.
À obra para os jovens juntou-se uma escola para clérigos da qual saíram os sacerdotes que formaram a “Sociedade dos Sacerdotes do Prado”. Antônio Chevrier estava convicto de que a “formação de sacerdotes e catequistas, consagrados à evangelização dos pobres, era a grande necessidade da sua época e da Igreja”. E para isso só sacerdotes pobres estariam em condições de fazê-lo: “Sacerdotes despojados (Presépio), crucificados (Calvário) e dados em alimento (Eucaristia)”.
Em Lyon, depois de um ano de fortes dores por causa de uma úlcera, Antônio se juntou na paz dos santos no dia 2 de outubro de 1879, aos 53 anos. Foi beatificado por São João Paulo II durante sua peregrinação apostólica a Lyon, no dia 4 de outubro de 1986, festa do Seráfico Pai São Francisco de Assis, a quem tanto amou o bem-aventurado Antônio Chevrier.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
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