quinta-feira, 21 de julho de 2016

REFLETINDO A PALAVRA - Redentorista “Reflexo da misericórdia de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Ela deu o sim a Deus
Na criação do mundo e da humanidade, Deus fez o homem depois a mulher de sua costela. Na nova criação, Deus tomou a mulher para fazer o Homem Novo, Jesus Cristo. A carne do Redentor nasceu da carne de Maria. Assim como não se perde a filiação, Jesus não desdenhou sua Mãe. O Verbo de Deus se fez carne no seio de Maria. Ela é “Mãe do Senhor” (Deus) como proclama Isabel. Por isso a chamamos de Mãe de Deus. Na festa da Assunção, privilégio que a Igreja proclama como dogma de fé, reconhecemos que Deus a libertou da corrupção da morte por sua união com o Filho Ressuscitado. O corpo de Jesus que ela trouxe consigo, leva-a consigo na Ressurreição. Tudo o que se diz de Maria é pouco, pois é infinito o que se pode dizer de seu Filho. Participa de modo privilegiado da divindade do Filho, em sua humanidade ressuscitada. Ele primogênito de toda a criação (Cl 1,15); Ela a primogênita da redenção. Nela, a humanidade toda inicia sua vida glorificada. Sua Assunção ensina que temos a garantia de realizar o que Jesus prometeu: “Quem crê em mim, tem a vida eterna e o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,47). Tudo isso, Maria obteve porque deu o seu sim. Deus a escolheu e lhe deu uma missão. Tem a missão de estar unida a Cristo em sua redenção. Uma de suas missões é a misericórdia com que ora pela humanidade, sobretudo quando vive no mal. Jesus, depois de sua morte redentora, teve seu coração aberto pela lança. Dele saiu sangue e água (Jo 19,34). Unida a Cristo continua a missão de ser o coração aberto de Jesus por onde jorra a misericórdia de Deus, pois ela participou do projeto misericordioso de Deus acolhendo-o na fé. Participa agora servindo a Deus em seu povo, como serviu a Isabel no nascimento de João Batista.
Intercessão misericordiosa
            Em sua missão, Maria está preocupada com a situação do povo, pois fala do prepotente orgulhoso, do pobre humilhado e faminto. O Senhor olhou para Maria, libertando-a da humilhação para que, por seu Filho, todos alcançassem a salvação, pois socorreu a Israel lembrando-se de sua misericórdia. A misericórdia socorre os pobres. A misericórdia de Deus coloca as coisas em seu lugar. Não destrói ninguém. Ainda há males no mundo: o dragão continua querendo destruir a Mulher, porque assim devoraria seu Filho (Ap 12,4). O inimigo está solto, diz Paulo: “É preciso que ele reine até que todos seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último inimigo a ser vencido é a morte” (1Cor 15,20-27).
Participar de sua glória

            Celebrar a festa da Assunção é sustentar “o desejo de chegar até Deus”. (Oferendas). Louvamos e amamos a Deus, amando a Mãe de seu Filho que é Deus com o Pai e o Espírito. A comunidade coloca nos lábios de Maria a profecia: “Todas as gerações me chamarão bem aventurada” (Lc 1,48). Negar Maria é arriscar-se a negar Jesus, pois o fruto está unido à árvore: “Bendito é o fruto do teu ventre” (v. 42). Temos sempre que revisar nossa devoção mariana pois tem que ser sempre melhor. Participando de sua glória nós a louvamos e agradecemos os imensos benefícios que nos deu em seu Filho. Não amar Maria, ou negá-la é negar a Palavra de Deus e negar Jesus que tanto a amou que a quis consigo em corpo e alma no Céu.  Não podemos negar que Jesus veio na carne.

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