Evangelho segundo S. Mateus 13,36-43.
Naquele
tempo, Jesus deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se
d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Jesus
respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem e o campo é o
mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros
são os Anjos. Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim
do mundo: o Filho do homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino
todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão-de
lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. Então, os
justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica - §§
823-827
A Igreja é santa aos olhos da fé,
indefetivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é proclamado «o
único Santo», com o Pai e o Espírito, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se
por ela para a santificar, uniu-a a Si como seu corpo e cumulou-a com o dom do
Espírito Santo para glória de Deus. A Igreja é, pois, o povo santo de Deus, e os
seus membros são chamados «santos» (1Cor 6, 1). [...] A Igreja, unida a Cristo,
é santificada por Ele. Por Ele e nele toma-se também santificante. [...] É nela
que nós adquirimos a santidade pela graça de Deus. [...]
Nos seus
membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir. [...] «Enquanto Cristo,
santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os
pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é
simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no
seu esforço de penitência e renovação» (Lumen Gentium, 42) Todos os membros da
Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores. Em todos
eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do
Evangelho até ao fim dos tempos.
A Igreja reúne, pois, em si, pecadores
abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação. A
Igreja é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque não
possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus
membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem no pecado e
nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela
sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus
filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo.
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