PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA |
Obedecer antes a Deus
O
início da pregação dos discípulos foi conturbado. Proibidos pelos donos do
poder, de ensinar em nome de Jesus, Pedro e João respondem: É preciso obedecer
a Deus antes que aos homens (At 5,29). É a mesma resposta que dão os cristãos diante das
pressões do poder romano, reconhecendo a Divindade de Jesus, Cordeiro que foi
imolado (Ap 5,12).
Só Ele é digno. Esta saudação que fazem a Cristo, Cordeiro imolado era a saudação
que se fazia ao imperador romano. Pedro e João lançam em face do Sumo Sacerdote
e do sinédrio, a acusação da culpa pela morte de Jesus. Mas Deus O exaltou,
tornando-O Guia Supremo e Salvador. Essa tendência de calar a Igreja passa pelos
séculos. A Igreja não é contra as pessoas, mas alerta contra o erro. O testemunho
dos Apóstolos é acompanhado pelo testemunho do Espírito Santo. Não falam por
si: “E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles
que lhe obedecem” (At 5,32).
A glória como meta
Toda a liturgia do
Tempo Pascal, depois de nos conscientizar do mistério que vivemos, coloca-nos
na perspectiva do nosso futuro. Assim rezamos: “Vosso povo... espere com
confiança o dia da Ressurreição” (oração). Pedimos que Deus “nos conceda a eterna alegria” (Oferendas). E
rezamos: “Concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos, a graça de
chegar um dia à gloria da ressurreição da carne (Pós-comunhão). O mistério da Ressurreição é
vivido cada dia pelos discípulos de Jesus. Todos os que crêem e todos os que
vivem no amor e na justiça vivem a Ressurreição na fragilidade. Um dia
poderemos com “todas as criaturas que estão na terra, debaixo da terra e no mar
e tudo o que neles existem, dizer: ‘Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro,
o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre’”. E todo universo diga:
Amém!
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