domingo, 31 de dezembro de 2017

A SOGRA NO TRÂNSITO

VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
O guarda manda o sujeito parar o carro. 
- Seus documentos, por favor. O senhor estava a 130 km/h e a velocidade máxima nesta estrada é 100. 
- Não, seu guarda, eu estava a 100, com certeza. 
A sogra dele corrige: 
-Ah, JOÃO, que é isso! Você estava a 130 ou mais! 
O sujeito olha para a sogra com o rosto fervendo. 
- E sua lanterna direita não está funcionando... 
-Minha lanterna? Nem sabia disso. Deve ter pifado na estrada... 
A sogra insiste: 
- Ah, JOÃO, que mentira! Você vem falando há semanas que precisa consertar a lanterna! 
O sujeito está fulo de raiva e faz sinal à sogra para ficar quieta. 
- E o senhor está sem o cinto de segurança. 
- Mas eu estava com ele. Eu só tirei para pegar os documentos! 
- Ah, JOÃO, deixa disso! Você nunca usa o cinto! 
O sujeito não se contém e grita para a sogra: 
- Cale essa boca! 
O guarda se inclina e pergunta à senhora: 
- Ele sempre grita assim com a senhora?
Ela responde: 
- Não, seu guarda. Só quando ele bebe..
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Homilia da Sagrada Família (31.12.17)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
“Família, Sacramento da Redenção.” 
Deus é família
 Quando queremos falar bem de uma pessoa que nos impressiona, dizemos: ele é muito família. Refere-se a uma qualidade que supre muitos defeitos. A família é seu referencial primeiro. O texto de Lucas narrando a consagração de Jesus declara-O, pela lei, pertencente a Deus. No livro do Êxodo, os primogênitos dos judeus eram propriedade de Deus pelo fato de terem sido poupados na matança dos primogênitos no Egito. Deviam ser resgatados (Ex 13,2). Assim cumprem a lei. A família de Jesus se alarga com Simeão e Ana, que viviam a esperança do Messias e reconhecem o Menino. Maria está envolvida no sofrimento do Filho. A família se torna o berço e a escola de formação de Jesus: “Voltaram a Nazaré, sua cidade. O Menino crescia e se tornava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele” (Lc 39-40). As virtudes familiares que Paulo ensina aos Colossenses são a explicitação do mandamento “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,17). Aqui podemos compreender um pouco mais sobre o sacramento do matrimônio. É a realização do mandamento do amor. O matrimônio não é uma cerimônia do passado na qual se assinam papéis, mas é uma aliança que se define pela opção ratificada na celebração. O sacramento não é só um papel passado ou um juramento. A matéria do sacramento não se reduz ao sim, mas à entrega de vida que vai penetrar o casal e todos da família e da comunidade. O Sacramento do Matrimônio se estende por toda vida e envolve a todos
Sacramento da família
Aprendemos que o sacramento dá a graça. O batismo dá graça santificante e os demais sacramentos a levam às diversas situações da vida que são santificadas pelos sacramentos. A leitura de Eclesiástico nos mostra que o sacramento do matrimônio envolve pais e depois os filhos para receber e fazer crescer a graça. Temos o quarto mandamento que manda “Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem seus dias sobre a terra” (Ex 22,12). Esse mandamento encabeça os demais que se referem ao próximo. Sendo um sacramento que se dirige à família, o livro do Eclesiástico (3.3-7.14-17) apresenta como garantia de vida longa e bênçãos. É instrutivo como um estatuto para a vida dos idosos ensinando o respeito e o amor constante. O mandamento tem também uma dimensão espiritual: alcança o perdão dos pecados, evita cometê-los e é razão para ter suas orações ouvidas. A força sacramental do matrimônio permanece na vida da família envolvendo também os pequeninos e os idosos. As virtudes nascem desse sacramento.
Dias com Deus.
Como a família acontece no dia a dia, temos um processo de realização humana e salvação. Sempre pensamos os sacramentos como uma celebração na Igreja e nos esquecemos de sua ligação com a vida concreta. A família é a célula primeira da Igreja. Por isso falamos de igreja doméstica. Daí se desenvolve para a instituição que deverá se desenvolver como família. O contrário pode se tornar um corpo que é só uma ideia. Na pastoral não damos atenção suficiente para a família de modo a tê-la como ponto de partida mas sim, como uma pastoral. Deveria ser o contrário. Certa vez uma família trouxe duas crianças para a primeira comunhão. Diziam: Nós preparamos em casa. Assim fomos preparados. Quem sabe fosse diferente nossa pastoral se a família fosse a base.
Leituras:  Eclesiástico 3,3-7.14-17ª ; Salmo 127; Colossenses ,12-21.Lucas 2,22-40     
1. Partindo da família de Nazaré, temos a família como primeiro passo para a salvação.
2. A família tem a dimensão de graça e salvação como realização do mandamento do amor.
3. A família é a Igreja doméstica, que é a primeira célula da Igreja. 
            Menino de Família 
Quando celebramos a festa da Sagrada Família, temos sempre a imagem da serenidade e de um mundo distante do nosso. A gente sempre pensa: devia ser bonito e tudo sereno. Será? Eram pobres, felizes, mas de vida dura.
Em que podem ser exemplo para nós? A Palavra de Deus orienta a partir do fato da apresentação de Jesus ao templo: obedecendo à lei de Deus, mas profundamente aberta ao Espírito Santo que dava sentido à vida de Jesus e de sua Família. Temos aí a figura do velho Simeão que acolhe Jesus, movido pelo Espírito Santo.
Qual é o papel do Espírito Santo em nossas famílias?
Simeão e Ana eram idosos cheios do Espírito Santo e da Palavra de Deus que os levou a discernir Jesus no meio de tantos outros meninos que eram apresentados ao templo.

A leitura do livro do Eclesiástico nos coloca diante de um texto que faz da família um verdadeiro sacramento. Faz pensar que o sacramento do Matrimônio não é importante porque é uma lei eterna, mas que a eternidade da lei está na força redentora da família.

EVANGELHO DO DIA 31 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 2,22-40.
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor,como está escrito na Lei do Senhor: "Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor", e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo. O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d'Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; - e uma espada trespassará a tua alma - assim se revelarão os pensamentos de todos os corações". Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João Paulo II (1920-2005), papa 
Angelus de 28/12/1980
O mistério da Sagrada Família

Irmãos, fomos em espírito a Belém no dia de Natal, a Belém onde o Verbo divino Se fez carne, tendo diante dos olhos da fé o mistério insondável do Deus encarnado por nós, homens, e para nossa salvação. Mas este mistério reveste ao mesmo tempo a forma, tão nossa conhecida, da família, da família humana. Com efeito, nssa noite em que a Virgem Maria, esposa de José, trouxe Jesus ao mundo, revelou-se a família que a Igreja venera hoje com devoção. 

Partindo desta Sagrada Família de Belém e de Nazaré da qual Cristo, o próprio Filho do Deus vivo, Se tornou Filho, a Igreja pensa hoje em todas as famílias do mundo, dirigindo-se a cada uma e rezando por cada uma. Esta festa é a Jornada da Família. Assim como a família de Nazaré foi o lugar privilegiado do amor, o meio particular onde reinou o respeito mútuo das pessoas umas pelas outras e pela sua vocação, assim como foi também a primeira escola onde a mensagem cristã foi intensamente vivida, assim também a família cristã deve ser uma comunidade de amor e de vida, os seus dois valores fundamentais. 

Neste dia, convido-vos a todos a meditar e a viver conscientemente aquilo que Deus, a Igreja e a humanidade inteira esperam hoje da família. Convido-vos a unir-vos à minha oração por todas as famílias: «Deus, "do qual provém toda a paternidade no Céu e na Terra" (Ef 3,15), Tu, Pai, que és amor e vida, faz com que nesta Terra, por teu Filho Jesus Cristo, nascido de mulher, e pelo Espírito Santo, fonte da caridade divina, cada família se torne um verdadeiro santuário da vida e do amor para as gerações que se renovam sem cessar. Que a tua graça oriente os pensamentos e as ações dos esposos para o maior bem das suas famílias; que o amor, reforçado pela graça do sacramento, seja mais forte que todas as fraquezas e crises. E que a Igreja possa cumprir com fruto a sua missão na família e pela família.» 

31 DE DEZEMBRO – O SANTO QUE FECHA AS PORTAS DO ANO

Silvestre I, o 38º na lista dos Papas, viveu na época em que começava um novo tempo para a Igreja. Até então ela vivera debaixo das catacumbas, na clandestinidade, acuada pelos imperadores, banhada no sangue dos seus mártires. Iniciava agora nova etapa. Saía das catacumbas. Agora se podia celebrar publicamente o culto divino e construir igrejas. Silvestre I viveu numa época de certa calma. Houve problemas, porém. O imperador Constantino Magno decretou liberdade de culto para o cristianismo, mas exagerou nesse protecionismo, chegando a querer impor sua vontade no governo eclesiástico. Silvestre precisou pactuar com certas atitudes do imperador para continuar pastoreando seu rebanho com alguma independência. Foram 21 anos bem agitados, mas de conseqüências benéficas. 
ORAÇÃO PARA COMEÇAR E TERMINAR BEM 
Senhor! Que eu saiba viver e conviver no decorrer deste ano. Que eu viva e deixe viver. Que eu aproveite a vida sensatamente. Que eu esteja de bem com a vida, E com todos com quem me encontrar ao longo deste ano.Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA

Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
*****
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Pri-meira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuida-va sua vida de piedade, encontrando sempre tem-po para meditação, orações vocais e mortificações.

São Vicente de Paulo indica-lhe sua vocação

O tempo foi passando, e Catarina crescendo em graça e santidade. Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando esta terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal com o dedo, chamando-a para perto de si. Porém, tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: “Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. Catarina acordou sem entender o significado do sonho.
Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.
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SILVESTRE DE ROMA Papa, Santo + 335

O longo pontificado de São Silvestre (de 314 a 335) correu paralelo ao governo do imperador Constantino, numa época muito importante para a Igreja recém saída da clandestinidade e das perseguições. Foi nesse período que se formou uma organização eclesiástica que duraria por vários séculos. Nesta época, teve lugar de destaque o imperador Constantino. Este, de facto, herdeiro da grande tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da divindade (nunca renunciou ao título pagão de “Pontífice Máximo”), e logo também do Deus dos cristãos e por isso encarregado de controlar a Igreja como qualquer outra organização religiosa.
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Santa Benta Hyŏn Kyŏng-nyŏn e seis companheiros, Mártires

Santas Mártires Coreanas
Martirológio Romano: Em Seul, na Coreia, Santa Benta Hyŏn Kyŏng-nyŏn, viúva e catequista, e seis companheiros, mártires, que depois de terem sofrido muitos suplícios pelo nome de Cristo, morreram finalmente decapitados. 
     A ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, conta com o apostolado de um generoso grupo de leigos na raiz da Santa Igreja de Deus nas terras coreanas. A primeira semente da fé católica foi levada para sua pátria por um leigo coreano em 1784, no seu retorno de Pequim. Fecundada na metade do século XIX pelo martírio de 103 membros da jovem comunidade, entre eles se destacando Santo André Kim Taegon, o primeiro presbítero coreano e o apóstolo leigo São Paulo Chong Hasang.
     As perseguições que ocorreram em ondas sucessivas de 1839 a 1867, ao contrário de sufocar a fé dos neófitos, suscitaram uma primavera como por ocasião da Igreja nascente. Repetia-se o fato: “o sangue de mártires é semente de cristãos”.
     Dos santos mártires coreanos temos poucas notícias, mas seus nomes são lembrados hoje graças a sua inscrição no calendário dos santos por João Paulo II em 6 de maio de 1984. Um grupo de mártires é recordado nos dias 20 e 21 de setembro; a memória destes mártires se faz no dia em que generosamente deram suas vidas por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Eis os seus nomes:
Bárbara Cho Chung-i, leiga casada
Madalena Han Yong-i, leiga casada
Pedro Ch’oe Ch’ang-hub, leigo casado e catequista
Benta Hyong Kyong-nyon, leiga casada e catequista
Elisabete Chong Chong-hye, leiga
Bárbara Ko Sun-i, leiga casada
Madalena Yi Yong-dok, leiga
+ 29 de dezembro de 1839 em Seul

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Domingo  – SAGRADA FAMÍLIA 
Evangelho (Lc 2,22-40) “Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade.” 
Aqueles dias de Maria e de José tinham sido extraordinários, totalmente fora do que poderiam imaginar. A chegada a Belém, a angustiosa procura de um abrigo, o nascimento do Menino, a visita dos pastores com sua mensagem maravilhosa, e no templo as palavras de Simeão e Ana. Profecias que falavam de um futuro que mal podiam imaginar, e ao mesmo tempo deixavam entrever conflitos e sofrimentos. Depois de toda essa movimentação, que era quase um tumulto, a longa viagem de volta para Nazaré, para o sossego das ruas e o silêncio da casa, a retomada da rotina que nada parecia modificar. Tudo, porém, era diferente com a presença daquele Filho especial, que era deles e não era, por ser Filho do Altíssimo. Tinham de aprender a viver assim entre dois mundos. 
Oração
Senhor, nossa vida é sempre mais ou menos assim. Há dias especiais, quando pareceis tão perto de nós, e tudo parece claro e fácil; outros um tanto sombrios e incertos. Nós sempre flutuamos entre alegrias e tristezas, entusiasmos e desânimos. Dias que parecem passar rápidos demais, de tão alegres, outros que nos mergulham na rotina cinzenta. Dias de Jerusalém e de Nazaré; de Tabor e de Getsemani. Tenho de aprender a viver assim, nessa vida de altos e baixos, de exaltação e de tranquilidade. Ajudai-me, Senhor, a ter a maturidade e o equilíbrio necessários para não perder o rumo, para não me entusiasmar demais nem me afundar no aparente cinzento do dia a dia. Se estiver sempre convosco, acho que saberei achar marcas de alegria mesmo nos dias comuns. Amém.

sábado, 30 de dezembro de 2017

A MÃE É DESSE JEITO...

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Mãe não cobra, mãe não exige e não reclama, antes mãe doa, soma, torce.
Mãe transborda compreensão e sentimento.
Mãe derrama bênçãos sobre os filhos, perdoa os deslizes, guia os passos e não espera nada em troca. Mãe não espera por recompensas.
Mãe é exemplo, colo, é carinho, cumplicidade, amizade, lealdade e, sobretudo, sonha com a felicidade dos filhos.
Mãe é dotada do sentimento mais puro e abençoado por Deus, o amor. Por tudo isso, por este amor incondicional,
Mãe é o maior e melhor presente que Deus nos deu!
Antonio Marcos Pires – Editora SANTUÁRIO
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REFLETINDO A PALAVRA - “Conheço minhas ovelhas e elas me seguem”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
Conduz às fontes das águas.
            O Tempo da Páscoa nos introduz no ensinamento e na Vida de Cristo. É um momento de acolher os frutos da Ressurreição. Não só lembramos o acontecimento da passagem de Cristo da morte para a Vida, como também de nossa ressurreição com Ele. A liturgia nos desvenda as riquezas dadas por Jesus. Jesus não é um simples morto que voltou à vida, mas o Ressuscitado que é o Senhor, um com o Pai e Pastor de Seu povo. De seu lado aberto saiu sangue e água. Estas águas da Vida jorradas de seu coração são a meta de todos os que creem. É para essas águas que Ele nos conduz. As águas simbolizam a Vida de Deus na qual vivemos. Nas orações da celebração de hoje pedimos que sejamos conduzidos às alegrias celestes onde já está o Pastor (Oração). Estas alegrias nos advêm da participação dos sacramentos que continuam em nós a obra da Redenção (Oferendas). É assim que nos conduz às águas (Ap 7,17). Salvos por Jesus adquirimos uma morada nos Céus (Pós-comunhão). Ele mesmo dissera que iria nos preparar um lugar (Jo 14,2). Ele é o Pastor que nos conduz. Entre o Pastor e a ovelha há uma relação de conhecimento para o seguimento: “Eu conheço as minhas ovelhas e elas me seguem”. Este conhecimento é o mesmo pelo qual conhece o Pai e é por Ele conhecido. Por isso Jesus diz: o Pai e Eu somos Um (Jo 10,30).  O tempo da Páscoa nos ensina a divindade de Jesus, por isso insiste nas palavras: Eu Sou. É o Nome e o Ser de Deus. O Pastor se põe na condição de igual ao Pai. É este conhecimento que dá às ovelhas a segurança de seguí-Lo. Estão protegidas e ninguém as tirará de suas mãos. Lemos no Apocalipse que Ele nos abrigará na Sua tenda (Ap 7,15).
Eu lhes dou a vida eterna
               Ouvir e seguir o Pastor é ter a salvação. Jesus é pastor unido ao Pai que é o Pastor e Rei de seu povo. O conhecimento que Jesus tem de suas ovelhas e elas Dele, não é um saber coisas sobre Ele, mas de uma experiência da Vida. Elas formam uma comunidade que escuta o Pastor.  A experiência se dá quando se ouve a voz do Pastor. Os que O seguem se juntarão à imensa multidão dos que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro (Ap 7,13). Mesmo no meio das perseguições, terão suas lágrimas enxugadas (Ap 7,17). Conhecer o Pastor é uma experiência de união total de vida, tendo seus mesmos sentimentos, suas atitudes, e assumindo a cruz como Ele tomou. O conhecimento através do amor ensinará a Verdade do Pastor. Ele é a base da missão de todo apóstolo como vimos em Paulo e Barnabé.
Chamados a ser pastor
Na perspectiva vocacional corremos o risco de ficar no periférico desta vocação, como ritos, roupas, promoções, tradições e costumes. A verdadeira vocação se dá nesta íntima união com o Pastor, em seus sofrimentos, como ocorreu com os apóstolos. A tentação do mundo na ganância, no orgulho, no exterior e na riqueza, não combina com Jesus. A piedade exterior também não serve. É preciso lavar as vestes no sangue do Cordeiro, isto é, ter adesão total a Ele. Aí sim, podemos conduzir com Ele o povo que lhe é fiel. A vocação tem uma dimensão universal, como universal é a missão de Jesus. Como Paulo deixa o judaísmo e se abre ao mundo pagão, somos chamados a nos abrirmos ao novo que nos é dado nesta vocação. A missão de todo o cristão, de modo particular dos pastores, é que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 30 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 2,36-40.
Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no templo uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450),
bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 147, sobre o mistério da Encarnação
Finalmente, Ana vê a Deus no seu Templo
Como pode o homem, com o seu olhar tão limitado, abranger o Deus que o mundo não consegue abarcar? O amor não se incomoda em saber se uma coisa é adequada, conveniente ou possível. O amor [...] ignora a medida. Não se consola com o pretexto de que é impossível; a dificuldade não o detém [...]. O amor não consegue deixar de ver quem ama. [...] Como pode alguém acreditar que é amado por Deus sem O contemplar? Assim, o amor que deseja ver Deus, mesmo que não seja racional, é inspirado pela intuição do coração. Foi por isso que Moisés ousou dizer: «Se alcancei graça aos teus olhos, revela-me as tuas intenções» (Ex 33,13s), e o salmista: «Mostra-nos o teu rosto» (79,4). [...] Por conseguinte, conhecendo o desejo que os homens têm de O ver, Deus escolheu, para Se tornar visível, um meio que beneficiasse todos os habitantes da Terra, sem com isso prejudicar o Céu. Pode a criatura que Deus fez semelhante a Si neste mundo ser considerada pouco digna no Céu? «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança», disse Deus (Gn 1,26). [...] Se Deus tivesse adotado a forma de um anjo, ter-Se-ia mantido invisível; se, em contrapartida, tivesse encarnado numa natureza inferior à do homem, teria ofendido a divindade e teria rebaixado o homem, em vez de o elevar. Portanto, que ninguém, irmãos muito amados, considere uma ofensa a Deus o facto de Ele ter vindo aos homens como homem, e de ter encontrado este meio para ser visto por nós.

30 DE DEZEMBRO – FUGIU PARA NÃO SER BISPO, MAS...

São Fulgêncio viveu no século IV: filho de romanos, vivia numa região da África. Trabalhava como coletor de impostos até conhecer as obras de Santo Agostinho. Decidiu então, viver uma vida de austeridade e solidão, junto com os monges do Egito. Mas sua viagem foi interrompida quando o navio que o levava, precisou atracar em Siracusa. Ainda no porto, soube que havia sido eleito bispo, junto com outros candidatos, para diversas dioceses.. Foi então que decidiu fugir para mais longe ainda. Quando Fulgêncio soube que os bispos já tinham sido sagrados, retornou à sua terra natal. Mal chegou à sua província, foi eleito bispo da pequena cidade de Ruspe, a única diocese que não tinha bispo. Fulgêncio passou a pregar e a se dedicar intensamente às obras pastorais. O dinheiro que recebia, dava-o aos pobres. Durante nove anos desempenhou sua função com humildade, até sua morte.
Oração: São Fulgêncio, rogai por nós para que aceitemos com alegria e obediência tudo o que estiver em conformidade com os planos do Pai. Que seja realmente feita a Sua vontade e não a nossa.São Fulgêncio, que a partir do momento em que abraçastes o que realmente vos foi traçado, passastes a ser realmente feliz, fazei que também nos mergulhemos lna Vontade suprema de nosso Criador para podermos sentir a paz e a força do Alto. Amém.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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São Rugero de Cane

São Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane. No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas.
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JOÃO MARIA BOCCARDO Sacerdote, Fundador, Beato 1848-1913

Em 1848, 20 de Novembro nasce o pequeno João Maria Boccardo, em Testona, município de Moncalieri. Família pobre com 8 irmãos mas muito religiosa, sentiu o chamado, entra no seminário e é ordenado sacerdote em 3 de Junho de 1871. Trabalha no seminário como assistente e depois como reitor por vários anos. No dia 10 de Setembro de 1882 aos 34 anos de idade, recebe a proposta de assumir uma paróquia, no momento sem pastor. Cidade pequena, 3000 habitantes: Pancalieri. Em junho de 1884 os seus paroquianos são atingidos por uma epidemia: A cólera. As providências sanitárias são tomadas. Padre João Maria Boccardo e o grupo das Filhas de Maria redobram sua dedicação. Ninguém fica sem os sacramentos. E a epidemia desapareceu, tudo volta a normalidade. Mas o Pároco continua afligido por que tem muitas famílias enlutadas, dizimadas, atingidas pela miséria. Ele sente que a paróquia precisa continuar fazendo alguma coisa com campo da caridade.
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EUGÉNIA RAVASCO Religiosa, Fundadora, Beata 1845-1900

Eugénia Ravasco nasceu em Milão no dia 4 de Janeiro de 1845, terceira dos seis filhos do banqueiro genovês Francisco Mateus e da nobre senhora Carolina Mozzoni Frosconi. Foi baptizada na Basílica de Santa Maria da Paixão e recebeu o nome de Eugénia Maria. A família rica e religiosa ofereceu-lhe um ambiente cheio de afectos, de fé e uma fina educação. Depois da morte prematura de dois filhinhos e também da perda da jovem mulher, o pai retornou a Génova, levando consigo o primogénito Ambrósio e a última filha Elisa com apenas um ano e meio. Eugénia ficou em Milão com a irmãzinha Constância, entregue aos cuidados da tia Marieta Anselmi, que como uma verdadeira mãe, cuidou do seu crescimento, educando-a com amor, mas também com firmeza. Eugénia, vivaz e expansiva, na sua infância, a considerou sua mãe e se uniu a ela com grande afecto. No ano de 1852 se reuniu a sua família em Génova. O desapego da tia lhe causou uma dor fortíssima, que a fez adoecer.
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MARGARIDA COLONA Religiosa, Beata 1254-1284

Margarida nasceu em 1254, no castelo de seus pais a 40 quilómetros de Roma. Perdeu o pai pouco depois de nascer e a mãe aos dez anos. Foi posta sob a tutela de seu irmão João. Quando atingiu dezoito anos e a quis casar, João verificou que, tanto Margarida como seu irmão Tiago, se tinham apaixonado pelos ideais franciscanos e nada os pôde demover. Tiago chegou a cardeal defensor da Ordem, enquanto Margarida se retirou para um pequeno convento, dizendo ter sido agraciada com uma aparição da Virgem Maria. Não estando sujeita a clausura, pôde entregar-se às obras de caridade, especialmente junto dos Irmãos Menores doentes e dos leprosos. cf. José Leite, s.j.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado  – Santos: Anísia, Libério, Sabino
Evangelho (Lc 2,36-40) Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade.” 
Certamente Maria e José mais de uma vez falaram sobre essa visita ao Templo, o que Deus os fizera compreender, e as perguntas que lhes deixara sem respostas. Entre certezas e na procura de respostas, foram vivendo em Nazaré, confiados no Senhor. Minha vida não pode ser diferente, neste tempo em que vivemos na fé e na esperança, que bastam para me fazer viver nas mãos de Deus. 
Oração
Senhor meu Deus, pensando bem, tenho as certezas que preciso: vós nos amais e nos dais a possibilidade de nos amar. Isso torna possível nossa felicidade. O resto não importa, pode ir e vir, como as ondas do dia e da noite. Vós não mudais, e se me agarro a vós estou seguro segurando em vossa mão. Ajudai-me, Senhor, a manter apesar de tudo a tranquilidade, a alegria e a vossa paz. Amém.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

UM BEBÊ NA LATA DE LIXO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Tempos atrás, justamente por ocasião do Natal, foi encontrada na lata de lixo uma criancinha recém-nascida, Uma menina voltava da escola. Estava ainda em jejum, pois sua mãe não tivera nada para dar aos filhos de manhã. Passando ao lado de uma lata de lixo, assustou-se e parou para escutar melhor. Alguma coisa se mexia dentro da lata. Pensou que se tratava de algum bicho remexendo o lixo, e fez menção de se afastar.Mas, ouvindo um chorinho, tornou a se aproximar. Dentro de um embrulho havia uma criança recém-nascida. Pegou o embrulho com cuidado e levou-o para a mãe. A mulher não se conteve de espanto. Tirou depressa a criança daquele embrulho, pois faltava pouco para morrer sufocada. Não teria agüentado mais tempo o calor da lata, se a menina não a tivesse socorrido. De quem seria ? Ninguém ficou sabendo. Nem importava naquele momento. Embora carregada de filhos, acolheu mais essa criança e procurou dar-lhe os primeiros socorros. Algumas vizinhas quiseram adotá-la. Ela respondeu:
-Agradeço a boa vontade de vocês. Mas foi para mim que Deus a mandou. É o meu presente de Natal. Serei sua mãe da melhor maneira que puder. 
Ao armar o presépio, como é costume nesse tempo,  manjedoura foi um carrinho velho de mão, que forraram com folhas de palmeira. A criancinha encontrada no lixo foi o  Menino Jesus daquele ano.
Palavra de Deus:É sempre no meio dos pobres que Deus encontra o melhor acolhimento.
Oração: Senhor, quanto lhe devo! Adoeci, mas não me abandonaste. Adoeci, mas ficaste ao meu lado... Adoeci, mas ouviste meus lamentos com paciência... Adoeci, mas me cercaste de pessoas caridosas... Adoeci, mas finalmente me curaste... Obrigado, Senhor!
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REFLETINDO A PALAVRA - “Ele está no meio de nós”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1252. Jesus ressuscitou!
            Jesus ressuscitou! Não se trata de um defunto que voltou à vida, mas da Vida que superou Morte. Deus O ressuscitou. Ele passou da morte para a vida de ressuscitado na qual sua humanidade é totalmente tomada pela Divindade. O corpo ressuscitado é, numa linguagem simples, conduzido pelo espiritual. Não há espaço nem distância em seu estado de ser. Assim esteve presente entre seus discípulos em diversos momentos. Deve ter sido maravilhoso ver Jesus depois de sua Ressurreição. As narrativas das aparições de Jesus deixavam os discípulos tão felizes que eles não conseguiam acreditar. Os evangelistas recolhem diversas tradições. Essa presença Dele vivo entre eles depois da Ressurreição faz parte de sua pregação. Afirmam: Deus o ressuscitou e Ele apareceu a nós que “comemos e bebemos com Ele depois da Ressurreição”. Um dia Ele teve que pedir alguma coisa para comer para provar que era um vivo e não um fantasma (Lc 24,36-42). Não consta do evangelho que os discípulos tenham manifestado saudades, ou tenham sentido Sua falta. Por outro lado insistem que Ele está presente. É como dizemos na missa: “Ele está no meio de nós”. Sua presença era percebida de diversos modos. O efeito da pregação era simbolizado pela pesca abundante. Os milagres que faziam era pelo nome de Jesus. Sentiam-se acompanhados de perto pelo Espírito Santo que Jesus lhe tinha dado.
1253. Mas onde Ele está?
            A presença do Ressuscitado se dá de diversos modos hoje. Lucas (24,13-35) nos conta que dois discípulos iam a uma aldeia chamada Emaús e conversavam entre si sobre os acontecimentos da prisão e morte de Jesus. Jesus se aproxima e não se dão conta que é Ele. Ele pergunta por que estavam tristes e eles dizem que era porque acontecera a morte de Jesus. Até dizem que algumas mulheres andaram dizendo que Ele estava vivo, mas eles não tinham visto. Jesus lhes explica, pelas Escrituras, o que deveria acontecer com o Messias. Quando chegaram à aldeia, Jesus fez de conta que iria mais longe. Eles então lhe disseram: “Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já declina”. Ele ficou, e quando estavam à mesa, tomou o pão, abençoou-o, depois o partiu e distribuiu-o a eles. Neste momento eles o reconheceram; ele, porém ficou invisível diante deles.
1254. Presenças de Jesus.
            Temos aqui 4 tipos  presenças de Jesus também entra nós: 1º - Quando estamos juntos em nome de Jesus. “Onde dois ou três estiverem juntos em meu nome, Eu estarei no meio deles” (Mt 18,20); 2º - Lendo os sinais dos tempos, o que acontece no mundo, tendo sempre diante dos olhos os mistérios de Jesus. Quando assim fazemos, Ele está presente; 3º - Quando lemos ou ouvimos a Palavra de Deus na celebração ou individualmente é Ele quem fala, pois está presente. “É Cristo que fala quando se leem as Escrituras” (Vat II –SC 7); 4º - Quando participamos da Eucaristia, partilhamos o pão e quando o distribuímos na caridade, é Ele que nos dá o verdadeiro pão (Jo 6,32); Quando, na fé, O acolhemos, Ele está presente em nosso coração. Assim disseram os discípulos: “Não ardia o nosso coração quando ele nos fala pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (Jo 24,32). Pela fé e pela abertura de coração nós o temos sempre junto conosco. Os dois discípulos, felizes, voltaram imediatamente para Jerusalém à luz da bela lua e da Ressurreição. E ali, ouviram: “O Senhor ressurgiu e apareceu a Simão Pedro”. Celebrar bem a festa da Páscoa é ter certeza desta presença.

EVANGELHO DO DIA 29 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35.
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor,como está escrito na Lei do Senhor: "Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor", e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo. O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d'Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; - e uma espada trespassará a tua alma - assim se revelarão os pensamentos de todos os corações".
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Boaventura (1221-1274), 
franciscano, doutor da Igreja 
«A Árvore da Vida», n.º 7
Recebe o Menino nos braços 
O Mestre da perfeita humildade não Se contentou, Ele que era em tudo igual a seu Pai, com submeter-Se à mais humilde das virgens; submeteu-Se também à Lei, a fim de resgatar e libertar da escravidão da corrupção «os que se encontravam sob o domínio da Lei» (Gal 4,5), «para alcançarem a liberdade na glória dos filhos de Deus» (Rom 8,21). E quis ainda que sua Mãe, embora puríssima, observasse a lei da purificação. Redentor de todos, quis ser Ele próprio resgatado como primogénito, apresentado no Templo de Deus, e quis que se oferecesse uma vítima por Ele em presença dos justos, que exultaram de alegria. Exulta pois, também tu, com este santo velho e com Ana, mulher de tanta idade. Corre adiante da Mãe e do Menino, e que o amor triunfe sobre a vergonha, que o afeto expulse o temor. Recebe o Menino nos teus braços, e diz com a Esposa: «Abracei-O e não O largarei» (Cant 3,4). Deixa-te levar pelos transportes do santo velho e canta com ele: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo.» 

Santa Lutgarda e o Papa Inocêncio III


     O Papa Inocêncio III morreu no dia 16 de julho de 1216. No mesmo dia, ele apareceu a Santa Lutgarda, no monastério de Aywières, região central da Bélgica. Surpresa por ver um espectro envolto em chamas, ela perguntou de quem se tratava e o que queria.
     “Sou o Papa Inocêncio”, ele respondeu.
     “Mas seria possível que o senhor, nosso pai comum, se encontrasse em um estado assim?”, ela perguntou.
     “Sim, eu de fato me encontro neste lugar”, ele respondeu. “Estou expiando três faltas que teriam causado minha perdição eterna. Graças à bem-aventurada Virgem Maria, obtive o perdão delas, mas tenho de fazer reparação. Ai de mim! Aqui é terrível e isto durará por séculos, se tu não vieres em meu auxílio. Em nome de Maria, que obteve para mim o favor de recorrer a ti, ajuda-me”.
     Depois de dizer estas palavras, ele desapareceu.
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29 DE DEZEMBRO – APUNHALADO DENTRO DA CATEDRAL

Tomás Becket (1118- 1170) – Tomás, bispo de Cantuária e Henrique II rei da Inglaterra, não se entendiam mais, porque o rei queria mandar na Igreja. Até acontecer o que aconteceu: Dia 29 de dezembro de 1170, quando o bispo se dirigia para a catedral com seus acompanhantes, um bando de homens invadiu o recinto sagrado, brandindo lanças e espadas. Um deles esbravejou: 
- Onde está o traidor? 
Ninguém respondeu. A mesma voz gritou:
- Onde está o arcebispo? 
- Está aqui, respondeu impavidamente Dom Tomás. Não perguntem pelo traidor porque ele não está aqui. O que vocês querem na casa de Deus, armados desse jeito? 
- Queremos a sua morte. 
- Estou pronto. Mas respeitem estes meus companheiros.
Apoiando-se na coluna da igreja, preparou-se para receber o golpe fatal. Quatro homens avançaram nele com as espadas desembainhadas. Somente o quinto golpe tirou-lhe a vida. (Pe. Hünermann) 
Santo Tomás Becket fica como exemplo de resistência diante dos ditadores que se atrevem a colocar os direitos do Estado acima dos direitos de Deus.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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TOMÁS BECKET Bispo, Mártir, Santo 1118-1170

Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse. Quando foi corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação, foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para ser nomeado arcediácono do religioso. Quando o arcebispo Teobaldo morreu e o papa concedeu o privilégio ao rei de escolher e nomear o sucessor, Henrique II não vacilou em colocar no cargo o amigo. Mas o rei não sabia que o antigo amigo se tornara, de fato, um fervoroso pastor de almas para o Senhor e ferrenho defensor dos direitos da Igreja de Roma. Tomás foi ordenado sacerdote em 1162 e, no dia seguinte, consagrado arcebispo de Canterbury.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
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29 – Sexta-feira  – Santos: Tomás Becket, Segundo, Primiano 
Evangelho (Lc 2,22-35) “Ao se completar os dias para a purificação da mãe e do filho... Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor.” 
A narrativa da apresentação do menino no Templo é o modo de Lucas dizer mais uma vez que Jesus é a realização das promessas antigas de salvação. As palavras de Simeão, porém, lembram que o salvador não será, como imaginavam, um rei poderoso, mas um salvador que será rejeitado por muitos. E já insinuam o desfecho trágico do Calvário: “Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 
Oração
Senhor Jesus, vossa vida e a de Maria foram um entremeado de alegrias e tristezas, de calmas e tempestades. Não devo espantar-me que também a minha seja assim, pois essa é a realidade que vivemos aqui e agora. Devo estar preparado para momentos de sombra, mas sem deixar que isso me impeça de viver agradecido e feliz os bons instantes que nos concedeis bondosamente. Amém.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

JESUS MENINO ANDOU DE BICICLETA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Tarde silenciosa na igreja, após os concorridos ofícios natalinos. O padre vigário foi à igreja para uma visita. Ao ajoelhar-se diante do presépio, notou a falta da estatuazinha do Menino Jesus. Ficou intrigado. Quem a teria levado embora! Realmente, era uma Menino Jesus muito bonito, artístico e alvo de muitos “curiosos”. Nesse vai-e-vem de pensamentos, avista um menino que encostou uma bicicleta junto à porta da igreja, entrou carregando uma imagem do Menino Jesus e depositou-a no presépio.O padre acompanhou a cena, meio escondido atrás de uma coluna. Não resistiu à curiosidade e interpelou amigavelmente a criança:
-Feliz Natal! Conte para mim onde você andou com esse Menino Jesus. 
O menino assustou-se porque achou que ninguém o tinha visto. Acalmou-se logo, porém, diante do olhar amigo do padre, e respondeu:
-Seu padre, não fique zangado comigo. Eu pedi uma bicicleta ao Menino Jesus. Se eu ganhasse, daria uma voltinha com ele ao redor da igreja. É o que acabei de fazer. 
Lição: Você está certo, menino. Devemos ser gratos a Jesus pelos muitos presentes que recebemos dele.
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