sexta-feira, 30 de setembro de 2022

172. FOI PAI ATÉ O FIM.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA

VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
O bom Januário vendia pipocas para ajudar nos estudos do filho Nelson, a única alegria na sua viuvez. 
O tempo corria, e o menino progredia. 
Nelson, já um belo rapaz cônscio da sua importância, estudava Medicina.
O pai continuava vendendo pipocas para manter os estudos do filho. 
Este, porém, cercado de colegas ricos e cheios de vaidades, pouco ligava para o pai. 
Tinha vergonha dele, por ser um simples pipoqueiro. 
O dia da formatura chegou. 
Quem colocaria o anel no seu dedo? 
Certamente o pai, sugeriram. 
Mas ele teve a coragem de mentir: 
- Não tenho pai. Minha namorada vai no lugar dele. 
No rancho, o velho pipoqueiro debatia-se em febre. 
Um amigo que o visitou, lhe contou que o filho estava se formando. 
- Mas ele não me falou nada. Preciso abraçar meu filho, mesmo doente.
Saiu às pressas, amparado pelo amigo Artur. 
Era a imagem da morte à procura da vida. 
Quase às portas do salão, caiu desmaiado. 
Foram chamar o filho. 
O jovem médico, mordido pelo remorso, veio às pressas: 
- Que aconteceu, meu pai? 
- Parabéns, meu filho. Seja feliz... 
Foram suas últimas palavras. 
Lição para a vida: O olho que zomba do pai e despreza a mãe, arrancá-lo-ão os corvos do vale e devorá-lo-ão as aves de rapina (Prov. 30,17)

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