sexta-feira, 30 de setembro de 2022

SÃO SIMÃO, CONDE DE CRÉPY

Simão, conde de Crépy, renunciou às suas riquezas e matrimônio para dedicar-se à vida monacal; depois, no eremitério do Monte Jura, recebia muitos peregrinos, que buscavam ser iluminados pela sua sabedoria. Transferiu-se para Roma, onde morreu em 1082, sepultado na Basílica de São Pedro. 
Nasceu no ano de 1048 em Crépy-em-Valois, França. Era filho do Conde de Vexin, Filipe III. O parentesco com Matilda, esposa de Guilherme, o Conquistador, permitiu com que ele crescesse em sua corte e recebesse a promessa de casamento com Adele, sua filha. Como era um filho da nobreza, cresceu num ambiente austero, desenvolvendo profundo sentimento religioso cristão, mas também a educação para cumprir alguns deveres importantes, como a administração de territórios e posses. Simão, no entanto, não se envolveu na vida política e decidiu tornar-se monge quando era ainda muito jovem. Quando seu pai Philip morreu, ele herdou o vasto território que incluía Amiens, Vexin, Bar-Sur-Aube e tornou-se Conde de Crépy. No entanto, decidiu seguir sua inclinação religiosa renunciando a todas as riquezas, os territórios, os bens a ele destinados e se retirou para uma vida monástica. Em 1077, entrou para a abadia de Saint-Claude, que está localizada em Condat, no Jura, onde se tornou um eremita. Simão era conhecido por seus dotes carismáticos, e por esta razão no curso de sua vida, foi chamado várias vezes para mediar vários conflitos, como o de William, o Conquistador, e seu filho; o conflito entre o rei da França e Ugo de Cluny e o conflito entre Robert o Guiscard e o Papa Gregório VII. Com seus talentos de oratória e seus sentimentos profundamente arraigados para com o Senhor, Simão sempre conseguiu encontrar acordos para restaurar a paz. A mediação na disputa entre o Papa e Roberto il Guiscardo, em particular, lhe valeu a estima e a afeição de Gregório VII, tanto que o Papa expressamente lhe pediu que permanecesse em Roma e se tornasse seu assessor pessoal. Por esta razão, Simão morreu em Roma no dia 30 de setembro de 1082 e foi enterrado na Basílica de São Pedro. Seu túmulo foi decorado com um epitáfio feito por Oto de Châtillon (que se tornou o Papa Urbano II). Posteriormente, seus restos foram transferidos para a abadia de Saint-Claude. Nesta abadia, orações coletivas são organizadas em sua honra no dia de seu aniversário. Os monges de Saint-Claude ainda hoje o celebram e recordam através de orações e recitações do Rosário. O Santo é lembrado, sobretudo, por sua forte personalidade que foi capaz de atuar como mediador nas disputas e controvérsias de importantes figuras políticas da época. Graças a suas intervenções, conflitos de guerra potencialmente perigosos foram evitados. Além disso, São Simão foi admirado por sua força de vontade que o levou a renunciar a todo tipo de bem material, território e riqueza pessoal para seguir o forte sentimento religioso que o ligava a Deus.

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