sexta-feira, 30 de setembro de 2022

CONRADO D'URACH Monge de Cister, depois Cardeal, Beato + 1227

Filho do Conde Egino, o Barbudo d’Urach e de Inês von Zähringen, Conrado é nomeado, ainda muito jovem cónego, do cabido de São Lourenço de Liège (Bélgica). Mais tarde, ele abandona todos os seus títulos e torna-se monge de Cister na abadia de Villers-en-Brabant, da qual acaba por ser nomeado Abade em 1209. Mosteiro de Clairvaux onde estavam os restos mortais de Conrado d'Urash Como o permite a “Carta Caritatis” da Ordem ele foi eleito, alguns anos mais tarde, Abade do Mosteiro no qual a Ordem teve a sua origem, o de Clairvaux (1214), fundado por São Bernardo. Três anos mais tarde foi eleito Abade de Citeaux (1217), o que fez dele o Abade geral da Ordem de Cister. As qualidades humanas e espirituais do homem explicam esta ascensão tão rápida como notável, no seio da Ordem. Durante dois anos ele foi Superior geral e foi durante esse tempo que ele propôs ao Cabido geral da Ordem o cântico do “Salve Regina” no fim de cada ofício da noite. Durante o consistório de 8 de Janeiro de 1219 ele foi eleito cardeal por Honório III. Desde logo começou a exercer algumas funções diplomáticas. Legado em França, tornou-se muito activo durante a cruzada contra os Albingenses. Aqui confirma, em nome do Papa a Ordem dos Pregadores de São Dominicanos. Exerceu, neste mesmo período algumas missões da Santa Sé em Espanha e na Alemanha. Enquanto que Legado apostólico do Papa Honório III, ele concedeu, em 1220, à Faculdade de Medina de Montpellier, os seus primeiros estatutos, o que faz desta a mais antiga faculdade de medicina em actividade no mundo. Durante o conclave de 1227, ele recusou a tiara preferindo que fosse eleito em seu lugar, o Cardeal Ugolino de Anagni, que iria depois ser conhecido sob o nome de Gregório IX Conrado desejava seguir as cruzadas na Terra Santa, mas morreu em Bari (Itália). Conforme seu pedido os seus restos mortais foram sepultados no mosteiro de Clairvaux. Toda a sua vida esteve sempre unida à sua vocação monástica, e nos seus últimos dias (segundo o cronista, ele dizia: “Tivesse agradado a Deus que eu tivesse permanecido até este dia em Villers, sob a disciplina regular, e que eu ali tivesse lavado os pratos com os serventes da cozinha”.

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