quinta-feira, 29 de setembro de 2022

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 1,47-51. 
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: "Eu vi-te debaixo da figueira", acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Bernardo (1091-1153) 
Monge cisterciense, doutor da Igreja 
1.º Sermão para a festa de São Miguel
«Bendizei o Senhor todos os seus anjos,
fiéis executores da sua vontade»(Sl 102,20-21) 
Celebramos hoje a festa dos santos anjos. E que podemos dizer destes espíritos angélicos? A fé diz-nos que eles gozam da presença e da visão de Deus, que possuem uma felicidade sem fim, aqueles bens do Senhor que «nem olho viu, nem ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem» (1Cor 2,9). O que pode um simples mortal dizer sobre este assunto a outros mortais, ele que é incapaz de conceber tais coisas? Se é impossível falar da glória dos santos anjos em Deus, podemos pelo menos falar da graça e do amor que eles manifestam relativamente a nós, pois gozam, não apenas de uma dignidade incomparável, mas também de um espírito de serviço cheio de bondade. Não podendo compreender a sua glória, deixamo-nos prender tanto mais fortemente à misericórdia destes familiares de Deus, cidadãos do Céu e príncipes do paraíso. O apóstolo Paulo, que contemplou a corte celestial e conheceu os seus segredos (cf 2Cor 12,2), atesta que todos os anjos são «espíritos ao serviço de Deus, enviados para exercer um ministério ao serviço daqueles que hão de herdar a salvação» (2Cor 12,2). Não tomeis tal afirmação por inconcebível, pois o Criador, o próprio Rei dos anjos, «não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por todos» (Mc 10,45). Que anjo desdenharia pois tal serviço, onde o precedeu Aquele que os anjos servem no Céu com pressa e alegria?

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