sexta-feira, 30 de setembro de 2022

172. FOI PAI ATÉ O FIM.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA

VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
O bom Januário vendia pipocas para ajudar nos estudos do filho Nelson, a única alegria na sua viuvez. 
O tempo corria, e o menino progredia. 
Nelson, já um belo rapaz cônscio da sua importância, estudava Medicina.
O pai continuava vendendo pipocas para manter os estudos do filho. 
Este, porém, cercado de colegas ricos e cheios de vaidades, pouco ligava para o pai. 
Tinha vergonha dele, por ser um simples pipoqueiro. 
O dia da formatura chegou. 
Quem colocaria o anel no seu dedo? 
Certamente o pai, sugeriram. 
Mas ele teve a coragem de mentir: 
- Não tenho pai. Minha namorada vai no lugar dele. 
No rancho, o velho pipoqueiro debatia-se em febre. 
Um amigo que o visitou, lhe contou que o filho estava se formando. 
- Mas ele não me falou nada. Preciso abraçar meu filho, mesmo doente.
Saiu às pressas, amparado pelo amigo Artur. 
Era a imagem da morte à procura da vida. 
Quase às portas do salão, caiu desmaiado. 
Foram chamar o filho. 
O jovem médico, mordido pelo remorso, veio às pressas: 
- Que aconteceu, meu pai? 
- Parabéns, meu filho. Seja feliz... 
Foram suas últimas palavras. 
Lição para a vida: O olho que zomba do pai e despreza a mãe, arrancá-lo-ão os corvos do vale e devorá-lo-ão as aves de rapina (Prov. 30,17)

REFLETINDO A PALAVRA - “Comunidade e Redenção”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Comunidade que acolhe
 
A comunidade continua a presença e a missão de Jesus Cristo. Quer dizer que, tudo o que Cristo fez por nossa redenção continua presente no mundo através de seus seguidores, reunidos na Igreja. O Espírito age onde quer, mas temos o caminho normal que é a Igreja. Esta diz ao mundo que o “Pai nos amou e nos entregou seu Filho para o perdão de nossos pecados”. O perdão conduz à vida. Um elemento importante do caminho da redenção é o acolhimento que Jesus faz de nós e que continua a fazer através da comunidade. Deus nos amou e nos escolheu. Escolhendo, acolhe. Não queremos forçar as pessoas a seguirem a Cristo. O Espírito move os corações para que se abram a Cristo. Abrimos as portas de nossa comunidade para que possam realizar nela seu caminho de encontro com Cristo. O acolhimento abre as portas para a vida na comunidade. Essa é uma das metas importantes do caminho da redenção. A vida da comunidade acolhedora propicia a abertura dos corações. Nossa meta não é converter à Igreja, mas a Cristo que na Igreja continua sua missão. A purificação dos pecados pela penitência transforma os corações. Mas a redenção não se dirige somente ao espiritual. Ela está entranhada em toda a realidade humana. A redenção atinge o homem todo e transfigura todos os valores humanos para que “cada um se revista do Homem Novo criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade à imagem de Cristo” (Ef 4,24). Nada que há na pessoa humana está ausente à redenção. Não se trata de um espiritualismo, mas da presença do Espírito em todas as coisas, tornando o humano mais humano, por isso, mas apto a receber o divino. 
Comunidade que procura 
Seguindo os passos de seu fundador, a comunidade cristã vai em busca da ovelha perdida, da doente e da fraca. Não deixa de cuidar das fortes e de envolvê-las também na missão de Cristo. O que vemos são ovelhas gordas que impedem o crescimento do Reino por sua preguiça espiritual. Urge revisar o conceito de santidade. Na busca dos prediletos de Deus e dos pequeninos que Cristo tanto amava, a comunidade exerce sua missão primeira: “estar com Cristo e ser por Ele enviados a pregar” (Mc 3,14). No diálogo com as realidades do mundo, o cristão é capaz de compreender as angústias e alegrias do coração humano e apresentar a ele Aquele que pode preenchê-lo. Uma Igreja que se fecha entre seus sagrados muros não só é ineficiente, mas prejudicial, pois faz uma caricatura de Cristo que espanta quem deseja o caminho da verdade e da justiça. O contato com as culturas, com a religião popular, com os costumes e tradições das mais diversas raças e povos ensinará à Igreja o melhor caminho para se tomar na evangelização. O sadio intercâmbio é enriquecedor. A Igreja não pertence a um determinado povo, tempo ou cultura. Ela é está sempre nascendo “onde dois ou três se reúnem em nome de Cristo”. Procurar o homem para Cristo, é encontrá-lo em cada pessoa a quem nos dirigimos.
Comunidade que assume 
Queremos uma Igreja que suje as mãos com o necessitado. Chega já de Igreja de belos e lustrosos sapatos, que não se mancharam com a cor do povo. Nossos hábitos são perfeitos, mas o avental de Cristo ao enxugar os pés dos apóstolos pegou a poeira que se lhes pegara na caminhada. Assumir cada homem e cada mulher é um desafio que nos leva a vencer o anonimato, como Deus que conhece cada um por seu nome. Assumir a defesa das pessoas e comprometer-se com suas causas mais doloridas é um risco. Foi por isso que Cristo se entregou. Não faremos menos se assumirmos como Ele assumiu os que escolheu.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM SETEMBRO DE 2007

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 10,13-16. 
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre a cinza. Assim, no dia do Juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós. E tu, Cafarnaum, serás elevada até ao céu? Até ao inferno é que descerás. Quem vos escuta, escuta-Me a Mim; e quem vos rejeita, rejeita-Me a Mim. Mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Génova 
(1447-1510) 
Leiga, mística 
O livre arbítrio 
Consentir na conversão 
Deus alenta o homem a levantar-se do pecado, ilumina-lhe a inteligência com a luz da fé, e a seguir, por meio de um certo gosto e deleite, abrasa-lhe a vontade. Tudo isto realiza Deus num instante, se bem que nós o descrevamos com muitas palavras e o situemos num intervalo de tempo. Deus produz esta obra com maior ou menor intensidade, de acordo com o fruto que prevê obter. A todos é dada luz e graça, a fim de que, fazendo cada um o que estiver a seu alcance, possa salvar-se pelo simples facto de consentir. Este consentimento dá-se do seguinte modo: quando Deus realiza a sua obra, basta que o homem diga: «Estou contente, Senhor, fazei de mim o que quiserdes; estou decidido a nunca mais pecar e a deixar, por vosso amor, tudo o que há no mundo». Este consentimento e este movimento da vontade dão-se sempre que a vontade do homem se une à de Deus sem que ele próprio se aperceba disso, tanto mais que tal acontece em silêncio. O homem não vê o consentimento, mas experimenta uma sensação interior que o leva a dar-lhe continuidade. Nesta operação, sente-se tão fervoroso que fica espantado e estupefacto, mas sem conseguir desviar-se. Por esta união espiritual, o homem liga-se a Deus com um laço quase indissolúvel, porque, depois de o homem ter consentido, Deus faz quase tudo: rege-o e condu-lo à perfeição à qual o destinou.

30 de setembro - Beato Frederico Albert

Frederico Albert, fundador das Vicentinas de Maria Imaculada, nasceu em Turim (Itália), em 16 de outubro de 1820, e morreu em Lanzo Torinese, em 30 de setembro de 1876. Foi beatificado no dia 30 de setembro de 1984, pelo Papa João Paulo II. Filho de um alto oficial do exército, estava para entrar na Academia militar quando se sentiu repentinamente chamado à vida sacerdotal. Ordenou-se no dia 10 de Junho de 1843 e foi designado capelão militar. Depois de algum tempo, renunciou a esse posto para se consagrar ao múnus de pastor da paróquia de São Carlos. Em 1852 transferiram-no para a paróquia de Lanzo Torinese, onde permanecerá até à morte. O Padre Frederico conheceu São José Bento Cottolengo, que lhe chamou a atenção para a situação miserável de tantos pobres. Conheceu igualmente São José Cafasso, apóstolo dos presidiários e condenados à morte; São Leonardo Murialdo, criador da ação social em Turim; São João Bosco, apóstolo da juventude, que o convidou para pregar os exercícios aos jovens do Oratório de Valdocco. Todos estes Santos influíram no espírito do Padre Frederico Albert, levando-o também ele a criar obras dignas de menção. Em 1859, abriu um asilo para órfãs abandonadas. Em 1866, acrescentou-lhe uma escola de pedagogia, a fim de as raparigas se prepararem para professoras. Três anos depois, fundou a Congregação das Irmãs de São Vicente da Imaculada Conceição, que mais tarde tomaram o nome de Irmãs Albertinas, para se encarregarem das diversas obras por ele criadas.

SÃO SIMÃO, CONDE DE CRÉPY

Simão, conde de Crépy, renunciou às suas riquezas e matrimônio para dedicar-se à vida monacal; depois, no eremitério do Monte Jura, recebia muitos peregrinos, que buscavam ser iluminados pela sua sabedoria. Transferiu-se para Roma, onde morreu em 1082, sepultado na Basílica de São Pedro. 
Nasceu no ano de 1048 em Crépy-em-Valois, França. Era filho do Conde de Vexin, Filipe III. O parentesco com Matilda, esposa de Guilherme, o Conquistador, permitiu com que ele crescesse em sua corte e recebesse a promessa de casamento com Adele, sua filha. Como era um filho da nobreza, cresceu num ambiente austero, desenvolvendo profundo sentimento religioso cristão, mas também a educação para cumprir alguns deveres importantes, como a administração de territórios e posses. Simão, no entanto, não se envolveu na vida política e decidiu tornar-se monge quando era ainda muito jovem. Quando seu pai Philip morreu, ele herdou o vasto território que incluía Amiens, Vexin, Bar-Sur-Aube e tornou-se Conde de Crépy.

São Francisco de Borja, Vice-Rei da Catalunha, Viúvo, Sacerdote Jesuíta (+1572), 30 de Setembro

 Francisco de Borja e Aragão (Gandía, Valência, Espanha, 28 de outubro de 1510 – 30 de setembro de 1572) era Duque de Gandía, bisneto do Papa Alexandre VI e bisneto do rei Fernando II de Aragão. Exerceu o cargo de Vice-rei da Catalunha e fez-se jesuíta logo após enviuvar. Foi canonizado em 1671. Seu onomástico é celebrado em 30 de setembro.

Infância e juventude
Desde pequeno era muito piedoso e desejava tornar-se monge. No entanto, sua família enviou-o à corte de Carlos V, onde se destacaria acompanhando o imperador em suas campanhas e casando-se com uma nobre portuguesa, Eleonor de Castro Melo e Menezes, com a qual teve oito filhos: Carlos, Isabel, João, Álvaro, Fernando, Afonso, Joana e Dorotéia.
Nobre e considerado "grande de Espanha", em 1539 escoltou o corpo da imperatriz Isabel de Portugal até ser enterrado em Granada. Conta-se que, quando Francisco viu o efeito da morte sobre o corpo daquela que tinha sido uma bela imperatriz, decidiu que "nunca mais serviria a um senhor mortal". Ainda jovem foi nomeado vice-rei da Catalunha, província que administrou com grande eficiência. Quando seu pai morreu, recebeu por herança o título de Duque de Gandía, então retirou-se para a sua terra natal e aí levaria, com sua família, uma vida dedicada puramente à religião. 

São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos 22 anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito. Ele se ordenou sacerdote e partiu da Cesarea. Em 287, por interesse do Império Romano, que desejava tirar a Armênia do poder dos persas, Tirídates foi enviado, com soldados romanos, para retomar o trono que era seu por direito. Curiosamente, nesse exército estava também Gregório, que era seu colaborador e conselheiro particular. Vitorioso, tornou-se Tirídates III, rei da Armênia.

São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja

Origens 
Sofrônio Eusébio Jerônimo é o nome completo de São Jerônimo. Nasceu em Estridão, atual Croácia. Não se sabe a data exata do seu nascimento, estima-se que seja por volta de 347. De família cristã e rica, São Jerônimo recebeu uma sólida educação e, ajudado pelos seus pais, completou os estudos em Roma. Ali, deu-se à vida mundana, deixando-se levar pelos prazeres. Porém, logo se arrependeu, recebeu o Batismo e seguiu a vida contemplativa. 
Vida 
Jerônimo estudou por toda a vida, viajando a Europa ao Oriente com sua biblioteca dos clássicos antigos, nos quais era formado e graduado doutor. Passando pela França, conheceu um monastério e decidiu retirar-se para vivenciar a experiência espiritual. Uma de suas características era o gosto pelas entregas radicais. Ficou muitos anos, no deserto da Síria, praticando rigorosos jejuns e penitências, que quase o levaram à morte. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino, na Antioquia, em 379. Mas Jerônimo não tinha vocação pastoral e decidiu que seria um monge dedicado à reflexão, ao estudo e divulgação do cristianismo.

CONRADO D'URACH Monge de Cister, depois Cardeal, Beato + 1227

Filho do Conde Egino, o Barbudo d’Urach e de Inês von Zähringen, Conrado é nomeado, ainda muito jovem cónego, do cabido de São Lourenço de Liège (Bélgica). Mais tarde, ele abandona todos os seus títulos e torna-se monge de Cister na abadia de Villers-en-Brabant, da qual acaba por ser nomeado Abade em 1209. Mosteiro de Clairvaux onde estavam os restos mortais de Conrado d'Urash Como o permite a “Carta Caritatis” da Ordem ele foi eleito, alguns anos mais tarde, Abade do Mosteiro no qual a Ordem teve a sua origem, o de Clairvaux (1214), fundado por São Bernardo. Três anos mais tarde foi eleito Abade de Citeaux (1217), o que fez dele o Abade geral da Ordem de Cister. As qualidades humanas e espirituais do homem explicam esta ascensão tão rápida como notável, no seio da Ordem. Durante dois anos ele foi Superior geral e foi durante esse tempo que ele propôs ao Cabido geral da Ordem o cântico do “Salve Regina” no fim de cada ofício da noite. Durante o consistório de 8 de Janeiro de 1219 ele foi eleito cardeal por Honório III. Desde logo começou a exercer algumas funções diplomáticas. Legado em França, tornou-se muito activo durante a cruzada contra os Albingenses. Aqui confirma, em nome do Papa a Ordem dos Pregadores de São Dominicanos.

FREDRICO ALBERT Sacerdote, Fundador, Beato 1820-1876

Frederico Albert nasceu a 16 de Outubro de 1820 em Turim (Itália), onde seu pai, de Chateau-Beaulard, perto de Oulx, prestava serviço como alto oficial do exército da Sardenha. Sendo o filho mais velho, estava-se preparando para entrar na Academia Militar da cidade, quando um dia foi orar diante do túmulo do Beato Sebastião Valfré, o chamado “Apóstolo de Turim”. Mais tarde, abandonou a ideia de entrar para o exército e começou, ao contrário, os estudos para o sacerdócio. Depois da ordenação sacerdotal, que aconteceu a 10 de Junho de 1843, o seu primeiro encargo, que durou nove anos, foi o de capelão do rei. Em 1852, numa ocasião que se tornou famosa, Vítor Manuel II, acompanhado pela família e toda a corte, esteve presente a uma das homilias quaresmais de Frederico. O texto da homilia escolhido para aquele dia foi a história da mulher apanhada em adultério, que São João conta no seu Evangelho. Frederico não se moderou nas suas palavras e houve um murmúrio ansioso entre os cortesãos alarmados: todos estavam conscientes dos pecados cometidos pelo rei, mas este último admirou a sua honestidade e disse a Frederico, quando ia para sair: “Obrigado, sempre me disse a verdade”. Um breve discurso pronunciado na paróquia de São Carlos, em Turim levou Frederico a tomar a decisão de não permanecer na corte durante toda a sua vida.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sexta-feira –Santos: Jerônimo, Simão de Crépu, Gregório, o Iluminador
Evangelho (Lc 10,13-16) “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!”
Podemos perceber uma tristeza muito grande nas palavras de Jesus. Fala de Corazim e de Betsaida pensando em todos que se recusavam a aceitar sua mensagem. Nós estamos entre esses privilegiados, pudemos conhecer Jesus, ouvir sua palavra, e perceber que queria conquistar nosso coração. Seria muito triste se, depois de tantos favores, não o seguíssemos com fidelidade e alegria.
Oração
Senhor Jesus, agradeço porque me chamastes para ser vosso discípulo, e me destes a graça de aceitar vosso convite. Tenho de reconhecer que não tenho correspondido muito ao vosso amor por mim. Perdoai-me, Senhor, aumentai minha fé, meu amor e minha confiança em vós. Quero seguir vossos passos, quero viver como ensinais. Segurai minha mão, para que nunca vos deixe. Amém.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

171. DIANTE DE SÃO PEDRO.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um homem que fazia questão de cumprir direitinho todos os seus deveres religiosos. 
Morreu e foi prestar contas a Deus. 
Estava confiante que seria aprovado. 
São Pedro, que prepara para o interrogatório com Deus os que chegam, foi perguntando: 
-Você amou os pobres, os doentes, os excluídos? 
A todas essas perguntas, respondia sempre: 
- Amei somente Deus e mais ninguém. 
- Nesse caso não entendo porque somente agora você chegou aqui. 
- É porque morri hoje. 
- Você não morreu hoje. Já estava morto há muito tempo. 
Lição para a vida: Quem não pratica boas obras é um cadáver. “A Fé sem as obras é morta” (Tg 2,17).

REFLETINDO A PALAVRA - “Combate o bom combate da fé”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Mundo de opostos
 
Jesus continua ensinando os discípulos. Lucas, o evangelista dos pobres, apresenta claramente a situação da comunidade na qual vivia: pessoas muito pobres e ricos em exagero. Escreve: “Havia um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias” (Lc 16,19). É um ambiente de classe alta em meio a um mundo de pobres. Esse ambiente é o mesmo descrito pelo profeta Amós, que acrescenta a despreocupação que têm com a “ruína do povo”, no caso a destruição da nação: “Os que dormem em camas de marfim... comendo cordeiros do rebanho... os que cantam ao som das arpas... bebem vinho em taças e se perfumam com finos unguentos” (Am 6,4-6). O profeta faz ameaças graves: serão levados para o exílio, na primeira fila, e o bando dos gozadores da vida será desfeito (7). Jesus completa a ameaça com um castigo maior: “O rico, na região dos mortos, no meio dos tormentos, levantou os olhos e viu de longe a Abraão com Lázaro a seu lado”. O fim não é bom. Lucas mostra também os empobrecidos: “Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, os cachorros vinham lamber suas feridas” (Lc 16,20-21). Aqueles ricos vivem sem temer a Deus. Temer a Deus não é ter medo de um inferno, mas saber acolher a Deus em sua santidade e preocupar-se com o povo sofredor. O profeta e Jesus mostram quanto é fútil e inútil esse tipo de vida. Não que os bens sejam um mal, mas que o mal está em não saber viver os bens. O pobre está ferido no corpo e em sua dignidade.
Contrastes da fé 
O pobre é desconhecido pelas pessoas, mas reconhecido por Deus, pois o próprio nome Lázaro significa Deus ajuda. Deus fez opção pelo pobre, tanto que ele é levado para o Céu, e o rico para o inferno. Seio de Abraão significa o Céu, a intimidade com Deus. O modo de falar absoluto, um para o Céu e outro para o Inferno, é um modo hebraico de se dizer pelos extremos. Mas permanece o contraste da vida: Deus não quer a pobreza, como não quer que se viva na abundância, esquecendo-se dos empobrecidos, sobretudo quando são eles vítimas de uma política econômica de exclusão. Não podemos esquecer que não somos donos do mundo, somos administradores dos bens de Deus para o bem de todos. O profeta descreve como viviam os ricos na Samaria, não se preocupando com a situação do país, das pessoas. Jesus não fala de modo geral, mas particular. A vida após a morte levará a consequência de nosso presente. Aqui se planta, lá se colhe. Jesus anota que há algo de definitivo. O rico insiste em ter uma gota d’água para molhar a garganta. Impossível, pois não há comunicação de vida entre a situação de condenação e salvação. Há algo de definitivo em nossas opões de vida. 
Um caminho seguro 
O rico da parábola insiste que Abraão avise sua família sobre sua situação de condenação. E que evitem ir para lá. Abraão lhe diz que, mesmo que um morto apareça, não haverá conversão. A conversão se faz pela escuta da Palavra de Deus (Lc 16,23-31). Paulo insiste com Timóteo que combata o bom combate da fé, conquiste a vida eterna... pela qual fez a nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas (1Tm 6,12). A riqueza que produz fruto é a dá fé que dará sentido e valor a qualquer outro poder, riqueza e abundância. A fraternidade é o caminho seguro para não chegarmos ao que chegou o rico. 
Leituras: Amós 6,1ª,4-7; Salmo 145;
1Tm 6,11-16; Lucas 16,19-31 
1. Jesus instrui os discípulos. Lucas, evangelista dos pobres, mostra a situação da comunidade que tem muitos pobres e ricos exagerados. Amós, no ano 700 a.C., critica a classe alta pelo exagero de sua vida sem se preocupar com a ruína do povo. Jesus toca no mesmo assunto com a parábola do rico e do pobre Lázaro. O profeta e Jesus mostram como é fútil e inútil essa vida. 
2. Deus não quer a pobreza nem a riqueza inútil que se esquece dos empobrecidos. Não somos donos do mundo, mas administradores. Os dois morrem. Lázaro vai para o Céu e o rico para o Inferno. É definitivo. Vira-se o quadro. De lá um socorro é impossível. 
3. Pede que vá avisar a família para não ir para lá. Mas, o que converte o coração não são defuntos que voltem, mas a conversão pela escuta da palavra de Deus. Por isso Paulo insiste com Timóteo que combata o bom combate da fé. A riqueza que produz fruto é a da fé que dará sentido e valor a qualquer outro poder. Fraternidade é o caminho. 
Deixa estar jacaré! 
Não querendo ofender os bichinhos, podemos compreender que a parábola do rico Epulão e do pobre Lázaro mostra-nos o quanto a riqueza é prejudicial. Logicamente que é ótima para muita coisa. O que acontece é que se esquece de um pequeno detalhe: somos administradores dos bens de Deus e não donos. E o que se tem é para frutificar. O profeta Amós (mais de 700 anos antes de Cristo) já fazia críticas aos ricos que se divertiam e não viam o sofrimento do povo. E pagaram caro. Deus vai cuidar dos necessitados através dos bens que nos dá. A coisa pode se repetir. O rico, lá do inferno, grita para Lázaro socorrê-lo. Mas já é tarde. Então avise minha família!, Grita ele. Abraão diz que nem que um morto vá lá vão se converter. Só se converte ouvindo a Palavra de Deus e colocando em prática. Ser rico é bom, mas é preciso ser sábio. Não só ter a inteligência da riqueza, mas a sabedoria da vida. 
Homilia do 26º Domingo Comum
EM SETEMBRO DE 2007

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 1,47-51. 
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: "Eu vi-te debaixo da figueira", acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Bernardo (1091-1153) 
Monge cisterciense, doutor da Igreja 
1.º Sermão para a festa de São Miguel
«Bendizei o Senhor todos os seus anjos,
fiéis executores da sua vontade»(Sl 102,20-21) 
Celebramos hoje a festa dos santos anjos. E que podemos dizer destes espíritos angélicos? A fé diz-nos que eles gozam da presença e da visão de Deus, que possuem uma felicidade sem fim, aqueles bens do Senhor que «nem olho viu, nem ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem» (1Cor 2,9). O que pode um simples mortal dizer sobre este assunto a outros mortais, ele que é incapaz de conceber tais coisas? Se é impossível falar da glória dos santos anjos em Deus, podemos pelo menos falar da graça e do amor que eles manifestam relativamente a nós, pois gozam, não apenas de uma dignidade incomparável, mas também de um espírito de serviço cheio de bondade. Não podendo compreender a sua glória, deixamo-nos prender tanto mais fortemente à misericórdia destes familiares de Deus, cidadãos do Céu e príncipes do paraíso. O apóstolo Paulo, que contemplou a corte celestial e conheceu os seus segredos (cf 2Cor 12,2), atesta que todos os anjos são «espíritos ao serviço de Deus, enviados para exercer um ministério ao serviço daqueles que hão de herdar a salvação» (2Cor 12,2). Não tomeis tal afirmação por inconcebível, pois o Criador, o próprio Rei dos anjos, «não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por todos» (Mc 10,45). Que anjo desdenharia pois tal serviço, onde o precedeu Aquele que os anjos servem no Céu com pressa e alegria?

29 de setembro - São João de Dukla

Estas palavras do profeta Isaías, propostas na primeira Leitura, foram lidas por Jesus na sinagoga de Nazaré no início da Sua atividade pública: O Espírito do Senhor repousa sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu. Enviou-Me a levar a boa nova aos que sofrem; a curar os de coração despedaçado, a anunciar a anistia aos cativos, e a liberdade aos prisioneiros; proclamar um ano de graça da parte do Senhor. Naquele dia, na sinagoga, Jesus anunciou o seu cumprimento: o Espírito Santo consagrara com a unção precisamente a Ele, em vista da Sua missão messiânica. Mas aquelas palavras têm um valor que se estende também a todos aqueles que são chamados e enviados por Deus para continuar a missão de Cristo. Elas, portanto, podem referir-se certamente também a João de Dukla, que hoje me é dado incluir entre os Santos da Igreja. Dou graças a Deus, porque a canonização do Beato João de Dukla pode ter lugar na sua terra natal. O seu nome e juntamente a glória da sua santidade estão unidos para sempre a Dukla, pequenina ainda que antiga cidade, situada aos pés do monte Cergowa e da cadeia de montanhas do Beskid Central. João de Dukla é um dos muitos Santos e Beatos que cresceram na terra polaca, no decurso dos séculos XIV e XV. Todos estavam ligados à Cracóvia régia. Atraía-os a Faculdade de Teologia de Cracóvia, surgida por obra da Rainha Edviges, por volta do final do século XIV. Animavam a cidade universitária com o sopro da sua juventude e da sua santidade, e dali dirigiam-se para o Leste. As suas estradas levavam, antes de tudo, a Lviv, como no caso de João de Dukla, que transcorreu a maior parte da sua vida naquela grande cidade, centro ligado à Polónia por vínculos muito estreitos, especialmente a partir dos tempos de Casimiro, o Grande. São João de Dukla é o padroeiro da cidade de Lviv e de todo o território circunstante. 
Papa João Paulo II – Homilia de canonização – 10 de junho de 1997

29 de setembro - Beato Francisco de Paula Castelló i Aleu

Não menos edificante foi o testemunho dos demais mártires, como o jovem Francisco Castellói i Aleu, de vinte e dois anos, químico de profissão e membro da Ação Católica que, consciente da gravidade do momento não se escondeu, mas ofereceu a sua juventude em sacrifício de amor a Deus e aos irmãos, deixando-nos três cartas, exemplo de fortaleza, generosidade, serenidade e alegria, escritas poucos momentos antes de morrer, às suas irmãs, ao seu diretor espiritual e àquela que fora sua noiva. 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 11 de março de 2001
Francisco de Paula Castelló i Aleu nasceu em Alicante (Espanha) em 19 de abril de 1914. Seu pai morreu quando ele era apenas um bebê e sua mãe, professora, cristã exemplar e excelente educadora, encarregou-se da família. Ela ensinou-lhe a educação primária nas diferentes cidades de sua carreira como professora nacional, e preparou-o para sua primeira comunhão, que ele recebeu em Juneda, onde então Teresa Aleu trabalhava. Sua vida foi desenvolvida quase inteiramente em Lleida e em Barcelona, ​​onde Francisco fez seu ensino superior. Aos 12 anos, começou o ensino médio como aluno interno na escola marista de Lleida. E no Instituto de Química de Sarriá, dirigido pelos padres da Companhia de Jesus, obteve seu diploma em Ciências Químicas, iniciado em 1930. Graduou-se em Química pela Universidade de Oviedo (1934).

Santas Ripsima, Gaiana e comp., Mártires na Armênia – 29 de setembro

A Vita destas Santas, bem como a de São Gregório o Iluminador, também chamado São Gregório Armênio (1), são recordadas nas fontes da tradição armênia. As Actas destas virgens apresentam pormenores extravagantes, mas não há dúvida de que a veneração a estas virgens e mártires existe desde tempos imemoriais na Armênia. Ripsima é venerada no Egito com o nome de "Arepsima" (ver Analecta Bollandiana, vol. XIV (1927), pp. 157 e 395), como também nos textos em árabe e no Martirológio Sírio de Rabban Silba.
     Segundo o testemunho dos historiadores armênios Fausto e Lázaro, podemos dizer que as mártires começaram a ser veneradas desde meados do século quinto (ver Tournebize, na Histoire politique et religieuse d´Armenie, pp. 452 e ss.). A versão grega das suas Actas, atribuída a Agatângelo, foi impressa na Acta Sanctorum sept. vol. VIII, junto com as de São Gregório, em 30 de setembro.
     Todos os pesquisadores dessas legendas concordam em dizer que a parte atribuída a Ripsima é pura fábula, conforme também S. Weber, em Die katholiche Kirche in Armenien (1903), p. 117 e a Analecta Bollandiana, vol. LX (1942), pp. 102-114.
     Mas, segundo a opinião do Pe. Paul Peeters "seria um atrevimento negar a existência destas mártires...".

Patriarca São Ciríaco (Kyriakos), o Anacoreta, Padre do Deserto (+556), 29 de Setembro

Anacoreta = Eremita
 
São Ciríaco nasceu em 448 d.C., sob o reinado do imperador Teodósio o Jovem, em Corinto. Era filho de um Sacerdote da Igreja de Corinto chamado João e de uma piedosa mulher, Eudóxia. Com a idade de 18 anos, Ciríaco foi ordenado Leitor por Pedro, Bispo da cidade e tio de seu pai. Com o coração ardendo fortemente de desejo por Deus, o jovem fugiu para Jerusalém. Tendo chegado à Cidade Santa, Ciríaco ouviu a respeito das façanhas de Santo Êutimo(1) e pediu para ser recebido entre os seus discípulos. Santo Êutimo, então, revestiu-o com o santo hábito angélico, mas não lhe permitiu ficar na sua comunidade religiosa, com receio de escandalizar os outros patriarcas, por causa da pouca idade de Ciríaco. Enviou-o a São Gerásimo(2), que ficava perto do Rio Jordão. Ciríaco encarregava-se bem de sua tarefa de cozinheiro e progredia tão rapidamente nas santas virtudes ascéticas e nas orações que São Gerásimo afeiçoou-se a ele e aceitou levá-lo consigo para o deserto de Ruba, todos os anos, após o encerramento da Teofania até o Domingo de Ramos.

Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael - 29 de setembro

SANTOS ARCANJOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL, 
SOLDADOS DO EXÉRCITO CELESTE 
Arcanjos Origens 
Os Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael são investidos de cargos diferentes. Celebrados, antes, em datas diferentes, com as reformas do Concílio Vaticano II, agora são recordados em um só dia. A memória litúrgica ocorre em 29 de setembro. A Bíblia os lembra com missões específicas: Miguel, o adversário de Satanás; Gabriel, o anunciador; e Rafael, o ajudante. O título de arcanjo deriva da ideia de uma corte celestial na qual os anjos estão presentes de acordo com diferentes graus e dignidades. Os Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael ocupam as esferas mais altas das hierarquias angélicas. Eles têm a tarefa de conservar a transcendência e o mistério de Deus, ao mesmo tempo que tornam presente e perceptível a sua proximidade salvífica. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quinta-feira –Santos: Miguel, Gabriel, Rafael
Evangelho (Jo 1,47-51)Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: – Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade.”
Filipe tinha sido convidado por Jesus para o seguir. Entusiasmado foi logo convidar Natanael. Quando o acolhe, Jesus reconhece-o como um homem fiel a Deus, de coração sincero e transparente. Se queremos seguir Jesus, como discípulos, precisamos estar comprometidos com o Senhor, ter, ou pelo menos procurar ter, um coração sincero e transparente, para nos entregar de todo o coração.
Oração
Senhor Jesus, ouvi o convite e quero seguir-vos como discípulo, vivendo do vosso jeito de viver. Purificai meu coração de todo mal, para que me volte de todo para vós, na sinceridade da fé. Firmai meu coração para que continue fiel a vós e a meus irmãos. Bem sabeis como preciso de vossa ajuda, porque sou fraco e volúvel, medroso e de pouca generosidade. Confio em vossa bondade. Amém.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

170. FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Assim rezou um homem certa vez: 
- Meu Deus, eu sempre fui um bom católico. Justo. Honesto. Fiel. Eu o servi durante tantos anos. O senhor poderia ajudar-me agora. Ajude-me a ganhar na loteria. 
- Pois sim. Vou ajudá-lo. 
Passado algum tempo, sem ganhar um centavo, o homem reclamou: 
- Meu Deus, estou cansado de esperar. Quando o Senhor vai cumprir sua promessa de me ajudar a ganhar na loteria? 
- Estou esperando você comprar o bilhete. 
Lição para a vida: Deus ajuda a quem trabalha.

REFLETINDO A PALAVRA - “Comunidade aberta ao mundo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Não somos para nós
 
A comunidade cristã, em sua espiritualidade, não se distancia das realidades terrenas. Faz parte da espiritualidade sair de si e ir ao encontro dos que não são como nós. Jesus reza: “não vos peço que os tireis do mundo, mas que os livreis do Maligno” (Jo 17,15). Jesus encarnou-se na realidade humana (Hb 2,14). Isso não lhe era um problema. Não se envergonha de chamar-nos irmãos (Hb 2,11). Jesus não fugiu do mundo. A comunidade cristã vive no mundo para, com Jesus, transformá-lo. Não somos para nós. Como Jesus, que veio para as ovelhas perdidas, nós continuamos sua missão no mundo, indo para o meio dos necessitados de salvação. De pouco serviria estarmos bem se o mundo vai mal. Por isso, não podemos nos fechar na Igreja, no grupo, e nos esquecer que o mundo existe, com os olhos fechados para os sofredores de males tanto materiais como espirituais. Jamais será Igreja quem diz: venha para minha Igreja, ou venha para meu grupo. Fechar-se em um grupo ou uma Igreja é procurar a própria ruína. Demonstramos que não entendemos nada do que Jesus ensinou. Uma comunidade voltada para si está condenada a perder seu vigor. A missão de Jesus é atual. Ser missionário é mostrar que acreditou. Não ser missionário, nem que seja só pela oração, é não ter descoberto a urgência de Jesus na conversão dos povos. Imaginemos se 1 bilhão e tanto de católicos e tantos outros ficassem só contemplando a si! Cristo teria morrido em vão. Jesus tinha os olhos sempre voltados para os necessitados. Sentiu compaixão da multidão, pois estava cansada como ovelhas sem pastor (Mt 9,36). A misericórdia de Jesus invada nossas igrejas. 
Organizados para viver 
A Igreja é movida pelo Espírito Santo. Quem sabe tenhamos priorizado mais a estrutura do que o Espírito. As Autoridades da Igreja, os movimentos e associações, muitas vezes, cuidaram mais de observar leis e costumes que se criaram pelos séculos e deixaram de lado o espírito do Evangelho. Isso prejudicou muito. Deu-se mais valor ao secundário do que à fé. Por outro lado, não podemos viver sem uma organização que sustente a obra apostólica da Igreja. A base dessa organização está no poder. Poder evangélico chamado serviço fraterno. Quem quiser ser o maior, seja o servo de todos, como Ele veio não para ser servido, mas para servir (Mc 10,45). Toda organização de Igreja deve ter diante dos olhos os necessitados de redenção. Deus é o responsável pelos que sofrem, e dá a solução não com milagres, mas através de nós. Por isso, nossa estrutura deve estar aberta para o mundo, não para se macular de suas ideologias e idéias, mas para ser o fermento na massa (Lc 13,11), ser a luz sobre o candelabro (Mt 5,16), ser o samaritano que socorre (Lc 10,33). Assim, como Ele o foi, sejamos cada um de nós, organizados para viver o evangelho. 
Comunidade em diálogo com o mundo 
Se vamos ao encontro com o mundo, a espiritualidade nos estimula a entrar em diálogo com todos os segmentos da sociedade, das culturas, das religiões e instituições. Vejamos o quanto devemos estar preparados. A preparação não é só intelectual, pois nem todos têm essa possibilidade, mas sobretudo espiritual, isto é, ter a fé segura em Jesus. Mesmo que os outros não saibam dialogar, nós vamos dialogar. Dialogar significa conhecer e acolher a posição em que o outro se encontra. Aprender com ele aquilo que ele tem a nos ensinar, e apresentar Cristo como Redentor de todos, mesmo que seja somente pelo testemunho do evangelho. Levamos o evangelho para que se desabrochem, em seu jardim, as sementes do Verbo ali semeadas.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM SETEMBRO DE 2007

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,57-62. 
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o Reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o Reino de Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Narrativa de um companheiro de 
São Francisco de Assis (1244) 
Sacrum commercium, 22 
«O Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça» 
Ó Senhora Pobreza, o Filho do Pai soberano enamorou-Se da tua formosura (cf Sab 8,2), sabendo que serias a mais fiel das companheiras. Antes de Ele descer da sua pátria luminosa, tu preparaste-Lhe um lugar conveniente, um trono para Se sentar, um leito para descansar: a paupérrima Virgem de quem nasceu. Estiveste à sua cabeceira desde o princípio: foi reclinado «numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (Lc 2,7). E acompanhaste-O enquanto viveu neste mundo: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Quando começou a ensinar, depois de ter deixado os profetas falarem em seu nome, foi a ti que primeiro elogiou: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu!» (Mt 5,3). Depois, ao escolher alguns amigos como suas testemunhas para a salvação da humanidade, não foi por comerciantes ricos que optou, mas por modestos pescadores, para a todos mostrar que a estima que te tem, Senhora Pobreza, devia gerar amor por ti. Por fim, como se fosse necessária uma prova gloriosa e definitiva do teu valor, da tua nobreza, da tua coragem e da tua proeminência sobre as outras virtudes, foste a única a manter-te ligada ao Rei da glória, enquanto os amigos escolhidos O abandonaram. Companheira fiel e terna amante, nem por um instante O deixaste; a Ele foste ficando cada vez mais ligada ao vê-lo mais e mais universalmente desprezado. Tu foste a única a consolá-lo, não O deixando até à morte, «e morte de cruz» (Fil 2,8), nu, de braços abertos em esforço, as mãos e os pés trespassados por pregos, de tal forma que nada Lhe restava da sua glória para além de ti.

28 de setembro - Beato Bernardino de Feltre

Martinho, como foi chamado no batismo, nasceu em 1439, em Tomo, lugarejo minúsculo, distante alguns quilômetros de Feltre, na Itália. Foi o primogênito de dez irmãos, todos filhos do nobre e abastado Donato Tomitano e de Corona Rambaldoni. Criança precoce, ávido de leituras, Martinho se mostrou dotado de grande memória desde os primeiros estudos, tanto que aos onze anos lia e falava corretamente o latim. Cresceu numa família bem estruturada e de nível cultural elevado e, assim, conseguiu adquirir um espírito de discernimento diante de comportamentos sociais da época. Também em Pádua, onde estudou Direito, fez-se admirar pela seriedade de sua conduta e acuidade de suas reflexões. Profundamente tocado pela morte repentina de três de seus professores universitários, pelos quais sentia-se profundamente amado e ao mesmo tempo conquistado pela pregação que São Tiago das Marcas fazia na catedral de Pádua, Martinho interrompeu os estudos a 14 de maio de 1456 e tomou o hábito dos Frades Menores no Convento de São Francisco das mãos de Frei Tiago. Este, para honrar São Bernardino de Sena, deu a Martinho o nome de Frei Bernardino. Seu pai tentou demovê-lo da ideia de se tornar franciscano. Martinho, no entanto, tinha plena convicção de sua vocação, a respeito da qual nunca teve dúvidas. Começando um rigoroso tempo de noviciado no Convento de Santa Úrsula, fora de Pádua, Frei Bernardino se propôs a imitar o espírito do santo que era seu patrono celeste, vivendo uma vida santa e dedicando-se à pregação. Terminados os estudos de teologia, foi ordenado sacerdote em 1463. Depois de ter ensinado gramática durante certo tempo, a 19 de maio de 1469 foi nomeado pregador.

28 de setembro - Beato Luis Monza

Nasceu no dia 22 de Junho de 1898 em Cislago (Itália) em uma família extremamente pobre, cuja única riqueza era a fé e o trabalho. Em Setembro de 1913 partiu para o Instituto missionário salesiano de Penango Monferrato, nos arredores de Asti. A 16 de Janeiro de 1917 o seu pai faleceu. Logo depois, Luís foi chamado às armas. Após o final da guerra retomou os estudos sendo ordenado Sacerdote em Setembro de 1925. Exerceu o seu cargo dedicando-se à evangelização, ao exercício da caridade e à formação da comunidade. Fundou três importantes grupos: a schola cantorum, a filodramática e a sociedade desportiva "Viribus unitis". Em 1926 após uma série de provocações da parte de um grupo fascista, tiveram início numerosas violências contra o grupo Viribus unitis que, não obstante a mediação do Pe. Luís, culminaram com a prisão de oito jovens do oratório. Também ele foi preso e passou quatro meses no cárcere. Foi absolvido plenamente, embora com a proibição de ir a Vedano. Após a libertação, a diocese decidiu transferi-lo momentaneamente para a Paróquia de Santa Maria do Rosário, em Milão, para depois o destinar ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, em Saronno, onde chegou em Novembro de 1928. Foi neste ambiente familiar que o Pe. Luís se deparou com um mundo marcado pela solidão, tristeza e egoísmo.

28 de setembro - São Simão de Rojas

O mistério pascal, o paradigma da vocação à santidade, era o centro da vida de Simão de Rojas, ilustre religioso da Ordem da Santíssima Trindade, que agora é elevado à honra dos altares. Ele fez suas, as palavras de Cristo que ouvimos no Evangelho: "Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna” (Jo 12, 25). São Simão de Rojas deu pleno sentido à sua vida, como cristão e como sacerdote, na contemplação do mistério do amor de Deus. Fiel ao carisma redentor e misericordioso de sua ordem, o "Padre Rojas" - como era conhecido familiarmente pelo povo - era muito sensível às necessidades do próximo, especialmente os pobres e marginalizados, assim como os cristãos presos por causa de sua fé. Os pobres, por sua vez, viram nele o protetor, defensor e pai. Eles viram nele um testemunho tão visível e concreto da pobreza, que o consideravam como um deles, totalmente assimilado aos seus sofrimentos e necessidades. Trabalhou incansavelmente para que a Congregação dos Servos do Dulcíssimo Nome de Maria, fundada por ele, intensificasse cada vez mais sua atividade sócio caritativa. Seus membros, em sua maioria seculares, comprometeram-se a dividir seus bens e ajudar os pobres. Digno de nota foi o incansável zelo do novo santo. Mas sua enérgica e contínua atividade apostólica nunca obstruiu sua vida de oração contemplativa, à qual dedicou "muito tempo durante o dia e também durante a noite, depois do ofício comum do meio da noite".

Santa Eustóquia (Júlia), virgem – 28 de setembro

Sta. Eustóquia, junto a sua mãe,
ouve orientação de S. Jerônimo
Júlia Eustóquio ou Eustóquia (em latim: Iulia Eustochium/Eustochia) foi uma nobre romana do século IV, celebrada pela Igreja no dia 28 de setembro.
     Eustóquia nasceu em Roma em 368. Era filha de Paula (Santa Paula Romana) e Júlio Toxócio, ambos da alta aristocracia romana; era irmã mais nova de Bresila, sobrinha de Júlio Festo Himécio e Pretextata, tia de Paula e parente de Fúria. Após a morte de seu pai, em 379, adotou vida ascética como sua mãe, reunindo-se no cenáculo/palácio de Santa Marcela, em Roma.
     Em 382, quando São Jerônimo chegou a Roma vindo da Palestina, mãe e filha colocaram-se sob sua orientação espiritual. Foi discípula afetuosa, frequentando assiduamente as palestras sobre a Sagrada Escritura que o santo doutor dirigia ao grupo de senhoras romanas na casa de Santa Marcela. Seus tios tentaram persuadi-la a abandonar sua vida ascética e gozar dos prazeres da vida, mas suas tentativas foram infrutíferas.
     Por ocasião da festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo de 384, Eustóquia enviou-lhe uma nota e alguns presentes simbólicos: uma cesta de cerejas, braceletes e algumas pombas. São Jerônimo respondeu-lhe com uma carta muito espirituosa. Em 384, Júlia Eustóquia fez voto de virgindade perpétua e na ocasião São Jerônimo endereçou-lhe sua celebrada carta De custodia virginitatie.

28 DE SETEMBRO: SÃO CARITÃO, MONGE E CONFESSOR († 350)

São Caritão nasceu em Icônio, uma antiga cidade do sul da província romana da Galácia, durante o reinado de Aureliano (270 -275). Ele foi preso, torturado e condenado à morte por causa de sua fé cristã, mas finalmente foi libertado por um edito imperial. Mais tarde, mudou-se para a Palestina, onde passou a viver uma vida ascética. O santo converteu muitos judeus e pagãos à fé cristã. Tendo vivido durante muitos anos no deserto de Jed, estabeleceu vários mosteiros em toda aquela região, descansando em paz quando já contava com uma avançada idade. 
Tradução e publicação neste site com permissão de: 
Trad.: Pe. André

WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do Rei Wratisláu, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho de sua avó, Wenceslau levou de volta ao reino o Cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu.

LOURENCO RUIZ e companheiros mártires + 1633-1637

“O derramamento do seu sangue foi um admirável acto de culto e de amor a Deus e, segundo as palavras do Evangelho, Cristo dá testemunho diante do Pai celeste em favor dos mártires fiéis que deram testemunho d’Ele diante dos homens”.
 
No século XVII (1633-1637), na cidade de Nagasaki, do Japão, derramaram o seu sangue por amor de Cristo dezasseis mártires: Lourenço Ruiz e seus Companheiros. Este grupo de mártires, da Ordem de São Domingos ou a ela associados, é constituído por nove presbíteros, dois religiosos, duas virgens e três leigos, entre os quais se conta Lourenço Ruiz, chefe de família, natural das Filipinas. Como foi escrito algures, na véspera do dia 27 de Dezembro de 1637 foi cantado um Te Deum na igreja de São Domingos, quando chegou a notícia do martírio que sofreram na cidade de Nagasaki um grupo de dezesseis cristãos, entre os quais se encontravam o Padre António Gonzalez, superior da missão, dominicano espanhol natural de Deón, e Lourenço Ruiz, chefe de família, natural de Manila, do bairro chamado Binondo, nos arredores da cidade. Também estes testemunhos da fé cantaram salmos ao Senhor, celebrando a sua misericórdia e o seu poder, quando eram levados para o cárcere e suportavam a morte, durante o martírio que se prolongou por três dias. A fé vence o mundo. A pregação da fé é como o sol que ilumina todos aqueles que desejam chegar ao conhecimento da verdade. De facto, são diversas as línguas que se falam no mundo, mas é só uma e a mesma tradição cristã que se proclama em toda a terra. O Senhor Jesus resgatou com o próprio sangue os seus servos, reunidos de todas as tribos, línguas, povos e nações, a fim de os constituir um reino de sacerdotes para o nosso Deus.

INOCÊNCIO DE BERZO Presbítero, Beato 1844-1890

Inocêncio era filho de Pedro Scalvinoni e de Francisca Poli. Nasceu aos 19 de março de 1844 em Nardo, Vale de Canónica, em Bréscia, na Itália. Foi batizado com o nome de João. A sua infância ficou marcada pelo sofrimento porque ficou órfão de pai e pela prática da virtude, como aluno do Colégio de Lovere. Foi admitido no seminário diocesano de Bréscia e ordenado sacerdote aos 2 de julho de 1867. Nomeado Coadjutor de um pároco, em Cevo, distinguiu-se pelo desapego das coisas materiais, assiduidade no confessionário, caridade para com os pobres, assistência aos doentes e pregação. O Bispo chamou-o a Bréscia a fim de desempenhar o cargo de vice-reitor do Seminário. Após um ano, voltou para a cura das almas como pároco em Berzo, onde se entregou a intensa atividade apostólica, feita de oração, bom exemplo e pregação simples e paternal, bem como de proximidade pessoal junto a cada um para os levar até Deus. Entretanto, o Senhor chamava-o a uma vida mais perfeita. Depois de luta espiritual, pediu para ser capuchinho, quando tinha 30 anos. Em 1874, vestiu o hábito da Ordem, recebendo o nome de frei Inocêncio. Viveu em Albino. Depois, foi para o convento da Santíssima Anunciata, como vice-mestre de noviços. Em 1880, foi-lhe confiada à redação dos Anais Franciscanos, em Milão. Partiu para Crema, levando, por toda a parte, o brilho da sua santidade. Transferido outra vez para o convento da Santíssima Anunciata. Encontrou, no eremitério do Convento, a forma de se submergir na união com Deus que era própria do seu temperamento, de saciar a sua ânsia de sacrifício, de penitência e vida escondida.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Quarta-feira –Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia
Evangelho (Lc 9,57-62) “Enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: – Eu te seguirei para onde quer que fores.”
Há várias maneiras de seguir Jesus, mas o importante é estar com ele. Cada um tem seu modo de amar. O importante não é o modo, é o tamanho do amor. Alguns podem segui-lo vivendo a vida matrimonial. Outros poderão escolher o caminho do celibato. Uns podem renunciar a toda posse de bens materiais. Outros poderão escolher a posse e o uso moderado desses mesmos bens.
Oração
Senhor, sei que me conheceis e me amais pessoalmente. Acredito que reservais para mim uma missão que só eu poderei cumprir. Eu vos agradeço, Senhor, e peço que me ajudeis, para que eu tenha coragem de deixar tudo quanto for necessário deixar para vos amar e seguir. E que eu continue firme, apesar de todas as dificuldades, e cumpra minha missão com alegria e entusiasmo. Amém.