quarta-feira, 31 de maio de 2017

MESMO ASSIM, OBRIGADO, SENHOR

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO, REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Era jovem e bonita. Apenas dezoito anos, cheios de encanto, carregados de esperança, sorrindo para a vida. Os pais sonhavam os mais belos sonhos para ela. Seu presente de formatura foi um carro. Novinho e estiloso como a própria dona. Passadas as festas, saiu com ele para uma chácara de parentes, levando algumas amigas.Dirigia com graça e segurança, devidamente habilitada. Mas não conseguiu desviar-se de um carro que vinha na contramão. O choque não foi muito forte, mas bastou para que ela batesse a cabeça. Desmaiou e não voltou mais a si.O pai, triturado de dor, mas cheio de fé, rezou:
- Obrigado, meu Pai, porque deixaste nossa filha morar dezoito anos com a gente. Não merecíamos tanto. 
Oração da Bíblia: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas aflições..., (2 Cor 1,3-5) 
ORAÇÃO:Guia-nos, Luz eterna, através da escuridão. A noite é escura, a estrada é perigosa e as estrelas se esconderam. Se quisermos escolher nosso caminho, nos perderemos. Queremos tua mão em nossa mão./Existe muito obstáculo no caminho. Existem muitos inimigos que vêm na contramão. Sê o nosso guia./Teus mandamentos sejam os sinais colocados ao longo da estada, garantindo a chega feliz ao porto final. Amém.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Amarás com todo coração”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA, REDENTORSITA
Amor total
               Os saduceus haviam colocado a questão política do imposto pago aos romanos. Os fariseus colocaram Jesus em um dilema sobre o fundamento primeiro de toda a Lei de Deus. Tocava a raiz da fé. Queriam pegar Jesus em um erro de doutrina. Os fariseus tinham autoridade e prestígio entre o povo. Depois da destruição  do templo (380 AC), eles mantiveram a fé do povo. Queriam saber a opinião de Jesus sobre qual era o mandamento mais importante. Ele responde com o texto que os judeus rezavam três vezes ao dia tirado de Deuteronômio 6,4-9: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. “Esse é o maior e o primeiro mandamento” (Mt 22,37-38). Jesus acrescenta: “O segundo é igual ao primeiro: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo” (39). E acrescenta: “Toda a lei e os profetas dependem desses dois mandamentos” (40). Com as palavras Leis e profetas Jesus indica totalidade. O fundamento está nos dois mandamentos. O segundo está no livro do Levítico 19,18. Podemos entender por esse mandamento a segunda tábua da Lei, os que se referem ao próximo. Jesus acentua que o seu mandamento é o amor ao próximo: “Dou-vos um mandamento novo: Que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros” (Jo 13,34). Ao dizer semelhante diz igual Tem a mesma substância. João, em sua carta, explica a grandeza do amor ao próximo (1Jo 4,7-21). E Jesus acrescenta que tem que ser um amor como Ele amou: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Amor envolve a pessoa toda. Não há amor a Deus e aos outros se não for total, de coração, alma e inteligência. Amar a Deus é amar o que Ele pede: “Dai-nos amar o que nos ordenais” (oração).
Carinho de Deus
               O primeiro é igual ao segundo. Jesus não tencionava dar leis novas, mas cumprir o fundamental. Deus, no Antigo Testamento, se coloca ao lado do pobre, considerando-se seu advogado e responsável primeiro (Pr 23,10-11). Vemos os pontos em que a lei mostrava a grandiosidade da atenção de Deus para com os necessitados e o quanto Deus quer que continuemos este cuidado. A leitura de Êxodo chega ao ponto se de preocupar com o manto dado em penhor. Deve ser devolvido antes do por do sol, pois o dono pode passar frio de noite (Ex. 22,25-26). Deus se preocupa com as viúvas e os órfãos desprotegidos. Deus escuta seus lamentos. Não se trata de algo social, mas está unido ao fundamento da fé. Por isso Tiago ensina que a fé, sem obras é morta (Tg 2,17). O salmo nos leva a rezar que Deus é nosso refúgio e salvação (Sl 17).
Amor de evangelização
               A fé sem amor e a religião sem conteúdo são um risco muito grande. Paulo evangelizou os tessalonicenses e foi para eles um modelo. Estes acolheram a Palavra e se tornaram modelo para toda a Igreja tanto pela vida como pelo anúncio da Palavra. É assim que acontece quando sabemos amar a Deus e ao próximo. O resultado é a evangelização. Às vezes fundamentamos nossa fé em regrinhas e não no amor. Santo Afonso diz que toda santidade consiste em amar Jesus Cristo. Podemos perceber que nossas celebrações nem sempre nos satisfazem. São vazias, porque somos falhos no amor ao próximo. Culto sem caridade é inútil. Estamos correndo o risco de voltar à liturgia ritualista sem referência à vida. Esse culto torna-se como um pagão. Só rito.

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». 
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Bento XVI, papa de 2005 a 2013 
Palavras do Papa Bento XVI no encerramento do mês de maio nos jardins do Vaticano, 31 de Maio de 2006 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) 
«Aonde Maria chega, está presente Jesus»
Na hodierna festa da Visitação, como em qualquer página do Evangelho, vemos Maria dócil aos desígnios divinos e em atitude de amor previdente para com os irmãos. De facto, a humilde jovem de Nazaré, ainda surpreendida por tudo o que o anjo Gabriel lhe anunciou, isto é, que será a mãe do Messias prometido, ouve dizer que também sua idosa parente Isabel espera um filho na sua velhice. Sem hesitar põe-se a caminho, anota o evangelista, para alcançar «apressadamente» a casa da prima e pôr-se à sua disposição num momento de particular necessidade. 
Observemos que, no encontro entre a jovem Maria e a já idosa Isabel, o protagonista escondido é Jesus. Maria leva-O no seu seio como um tabernáculo sagrado e oferece-O como o dom maior a Zacarias, a sua esposa Isabel e também ao menino que se está a desenvolver no seu seio: «na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio». Aonde Maria chega, está presente Jesus. Quem abre o seu coração à Mãe encontra e acolhe o Filho e é colmado da sua alegria. A verdadeira devoção mariana nunca ofusca nem diminui a fé e o amor a Jesus Cristo nosso Salvador, único mediador entre Deus e os homens. Ao contrário, a entrega a Nossa Senhora é um caminho privilegiado, experimentado por tantos santos, para um seguimento fiel do Senhor. Confiemo-nos, pois, a Ela com filial abandono! 

CAMILA BATISTA DE VARANO Religiosa, Mística e Beata 1458-1524

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito. Aos dezoito anos, já sentia o chamado para a vida religiosa, mas continuava atraída pela vida e os divertimentos da corte. Quando conseguiu afastar todas as tentações, pediu a seu pai para ingressar num convento. Ele foi categórico e não permitiu. Camila ficou sete meses doente por causa disso. Seu pai fez de tudo, mas ela não desistiu. Após dois anos, acabou consentindo. Assim, aos vinte e três anos, em 1481, ingressou no mosteiro das clarissas, em Urbino, tomando o nome de irmã Baptista e vestindo o hábito da Ordem. O príncipe, entretanto, queria a filha próxima de si. Por isso comprou um convento da região e entregou aos franciscanos, para que o transformassem num mosteiro de clarissas. O primeiro núcleo saiu de Urbino, trazendo nove religiosas, entre as quais irmã Camila Baptista, como a chamavam, que se tornou a abadessa do novo mosteiro de Camerino. Os anos que se sucederam foram de grandes experiências místicas para Camila Baptista, sempre centradas na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Escreveu o famoso livro "As dores mentais de Jesus na sua Paixão", que se tornou um guia de meditação para grandes santos. Depois ela própria se tornou uma referência para as autoridades civis e religiosas que procuravam seus conselhos. Morreu com fama de santidade, em 31 de maio de 1524, nesse mosteiro. A cerimónia do funeral se desenvolveu no pátio interno do palácio paterno. Foi declarada beata Camila Baptista de Varano pela Igreja, para ser celebrada no dia de sua morte.

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715. A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida.  Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888.

S. Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240

O espanhol Raimundo Nonato, viveu no século XIII, e se rebelou contra a escravidão que na época era tida como natural por muita gente. Em 1224, entrou na ordem dos mercedários, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos islâmicos, que eram levados para prisões na Argélia. São Raimundo não queria apenas libertar os escravos, mas lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles. Capturado e preso na Argéliaa, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 cardeal pelo papa Gregório IX; todavia, no início de seu caminho para Roma padeceu violentas febres pela qual morreu. Recebeu a alcunha de Nonato (em catalão Nonat) porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época. É considerado o patrono das parteiras e obstetras.http://pt.wikipedia.org

Santa Petronília

Aurélia Petronília é romana de sangue patrício. Descendente de Tito Flávio Petrônio, estava aparentada com a família imperial dos Flávios. Além do seu nome patronímico, temos prova disso reparando que ela foi sepultada no cemitério de Flávia Domitila: era então regra absoluta, vinda dos costumes pagãos, não admitir no cemitério familiar qualquer pessoa fora da “gens”. Pertencia contudo ao ramo cristão, não reinante, dessa família.
Petronília foi provavelmente catequisada e batizada por São Pedro. Por esta razão, vários documentos dão-lhe o nome de “filha de Pedro”. Esta virgem tinha pelo príncipe dos Apóstolos grande veneração e mereceu ser objeto da sua mais paternal ternura, de maneira que foi considerada sua filha espiritual adotiva.
Nos tempos seguintes, a expressão filha de São Pedro enganou, e uma opinião errônea impôs-se até ao século XVII, segundo a qual Petronília foi verdadeiramente filha de São Pedro, nascida antes da vocação apostólica deste último. E, dizendo-se a França a Filha Primogênita da Igreja, o que vem dos tempos de Clóvis, não admira que tenha tomado Santa Petronília como sua protetora (a França é a primeira “filha” da Igreja Católica, porque foi o primeiro grande país da Europa Ocidental a se converter ao Cristianismo, assim como Petronília é a “filha” do primeiro Chefe da Igreja).
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Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria - 31 de maio

     Na Festa da Visitação de Nossa Senhora, o segundo mistério gozoso do Rosário, também a Festa do 'Magnificat', se estende e expande a alegria messiânica da salvação. Maria, Arca da Nova Aliança, é recebida por Isabel como a Mãe do Senhor. A Visitação é o encontro entre a jovem mãe, Maria, a serva do Senhor, e o antigo símbolo de Israel expectante, Isabel. A solicitude amorosa de Maria, com a sua viagem apressada, expressa o ato de caridade. João, que pulou no ventre de sua mãe, já começa sua missão precursora. O calendário litúrgico leva em conta a narrativa do Evangelho que coloca a visitação dentro dos três meses da Anunciação e o nascimento de João Batista. (M. Rom.)
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31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.
A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.
A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
O encontro das duas Mães é a verdadeira explosão de salvação, de alegria e de louvor ao Criador. Dele resultou a oração da Ave Maria e o cântico do "Magnificat", rezados e entoados por toda a cristandade aos longos destes mais de dois milénios.
Desde 1412, Nossa Senhora da Visitação é festejada especialmente pelos italianos da Sicília, como a Padroeira da cidade da Enna. Mas nem todo o mundo cristão celebrava esta veneração, por isto foi confirmada no sínodo de Basileia em 1441.
Os portugueses sempre a celebraram com muita pompa, porque rei D. Manuel I, o Venturoso, que governou entre 1495 e 1521, escolheu Nossa Senhora da Visitação a Padroeira da Casa de Misericórdia de Lisboa, e de todas as outras do reino.
Foi assim que este culto chegou ao Brasil Colónia, primeiro na Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, depois se disseminou por todo território brasileiro. Antigamente os fieis faziam uma enorme procissão até os Hospitais da Misericórdia para levar conforto aos enfermos e suas doações às instituições. Hoje, as paróquias enviam as doações recolhidas com antecedência, para as Pastorais dos enfermos, que actuam com os voluntários junto às Casas de Saúde mais deficitárias. Tudo para perpetuar a verdadeira caridade cristã, iniciada pela Mãe de Deus ao visitar a santa prima levando sua amizade e ajuda quando mais precisava.
Em 1978, a Madre Maria Vincenza Minet foi chamada pelo Senhor para fundar uma congregação de religiosa sob o carisma de Nossa Senhora da Visitação. Com o apoio do Bispo de Assis, nesta cidade da Itália nasceu as Servas da Visitação em 1978, para abrirem missões a fim de atender as necessidades dos mais pobres e marginalizados em todos os continentes. Hoje, além da Itália, actuam na Polónia, Filipinas, África e Brasil.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quarta-feira – Visitação de N. Senhora, Santos Câncio e Petronila 
Evangelho (Lc 1,39-56) “Todas as gerações agora me chamarão de feliz, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.” 
Damos muitos títulos a Maria, a mãe de Jesus e esposa de José; mas não podemos esquecer que ela mesma se apresentou a nós dizendo que todos a chamariam de “a Feliz”. Aquela para a qual Deus olhou com misericórdia, e a quem concedeu seu favor, amando-a mais que a todos. Não apenas a invoquemos sempre, mas também nos alegremos com ela, por ser a mais feliz das mulheres. 
Oração
Senhor meu Deus, hoje vos quero louvar por terdes amado tanto Maria, cobrindo-a com vossas graças e favores. Vós a fizestes a melhor e a mais santa entre todos nós, a mais feliz e abençoada. Mais do que todos nós ela foi uma alegria para vós, a vossa filha predileta. Eu vos agradeço tudo que fizestes por Maria, e peço que me ajudeis a vos agradar seguindo seu exemplo. Amém.

terça-feira, 30 de maio de 2017

O AMOR PODE TUDO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Um mês após o casamento, Maria Inês amanheceu sem o marido em casa: 
- Já sei onde ele passou a noite. Vou me vingar. 
A vingança foi: tomar forte dose de veneno. Socorrida a tempo, salvou-se mas ficaram as marcas do tóxico violento no esôfago, estomago e também no rosto. Sem poder alimentar-se, foi virando um cadáver ambulante. Sentindo as dores da maternidade, começou a preocupar-se. Como poderia alimentar o filho sem se alimentar? Procurou o mesmo médico que a socorrera quando se envenenou:
- Doutor, eu quis morrer porque meu marido me abandonou. Agora preciso viver para educar meu filho. Salve-me. Eu me sujeito a qualquer operação, por mais dolorosa que seja. 
A corajosa não fez somente uma operação. Foram muitas e demoradas, arriscadas, melindrosas e dolorosas. Eram feitas sempre à noite para os médicos terem tempo e sossego. Entre uma cirurgia e outra nasceu a criança. O filho nos braços dava-lhe novo alento para suportar as outras operações. A coragem da mãe e a persistência dos médicos devolveram-lhe a saúde. Estava feliz. Sua felicidade aumentou quando o marido, aconselhado por diversas pessoas, voltou regenerado. O sol entrou novamente naquele casebre. 
Oração da Bíblia: A caridade não se alegra com a injustiça... Tudo perdoa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 cor 13,6-7) 
ORAÇÃO: Senhor! Pedimos-te pelas mães desprezadas e oprimidas, separadas e traídas, rebaixadas e escravizadas. E que elas, por sua vez, façam tudo para merecer o respeito e o apoio na família e na sociedade. Amém.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Ide por todo o mundo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1017. Continuando uma missão
            Jesus terminou sua missão num fracasso humano, como expressam os dois discípulos que iam para Emaus: “Esperávamos que fosse Ele quem iria redimir Israel; mas, com tudo isso, faz três dias que essas coisas aconteceram...” (Lc 24,21). Eles estavam desiludidos. Mas Ele já tinha superado o fracasso e já estava vivo com eles como um fogo novo como disseram: “Não ardia nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras” (32). Jesus “apareceu-lhes no espaço de quarenta dias, falando sobre o Reino de Deus” (At 1,3). “Aproximando-se deles, falou ‘Toda autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos meus, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito santo, e ensinando-as a observar tudo quando vos ordenei E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,19-20). O que humanamente foi um fracasso, tornou-se uma missão a ser realizada pelos humanos. O discípulo, frágil e pequeno, torna-se, com autoridade divina, o anunciador e continuador da presença e missão de Jesus no mundo. Ele confiou totalmente na pessoa para sua missão de implantar o Reino na força do Espírito (At 1,8). Ele está unido ao discípulo. Não implantará uma ideologia, mas a presença do Reino que acontece na fé em Jesus. O Reino cresce sem a gente saber como.
1018. Constituindo um corpo
            Com o princípio de individualidade, tão bom, cultivou-se também o defeito do individualismo que se introduziu também na vida religiosa preocupando-se só com a própria salvação. Os outros que se salvem. Jesus disse que “quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado” (Mc 16,16). Mas disse também: “Fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,19). Discípulo não O segue individualmente, mas em grupo, como os 12 apóstolos. Os que creram se unem não só fisicamente, mas constituem um corpo de muitos membros, como nos explica Paulo. Este corpo tem a primeira missão de manter a presença de Jesus no meio de nós: “Eu estarei convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (20). Não anunciamos um corpo de verdades, mas uma Pessoa que vive conosco que nos deixou um ensinamento. Os discípulos, como corpo unido, continuam a presença e a missão do Redentor por sua vida e por sua Palavra.
1019. Multiforme ação
            Nesta atitude missionária de levar o Evangelho, cada um torna-se membro especial e tem dons especiais dados por Deus para essa missão. As crianças têm seu papel. Conhecemos o trabalho da “Infância missionária”. Jovens, adultos e anciãos, todos tem sua parte. Cada um deve ver como evangelizar. Mas é preciso evangelizar. Quem não evangeliza é porque ainda não foi evangelizado. Quem O conhece tudo faz para que Ele seja conhecido. Este corpo apostólico vai anunciar Jesus, não uma teoria, uma tradição particular, uma cultura, um método de grupos. Vimos que isso não deu certo e provocou esta onda de ateísmo no mundo. Eu mesmo tive a experiência de, indo trabalhar na África, tive a tendência de levar métodos brasileiros para a Igreja local. A evangelização, até mesmo dentro do Brasil, tem que ser diferente de lugar para lugar. Temos regiões diferentes. É a partir da cultura local é que vamos escolher o meio de evangelizar. No mês missionário, tenhamos em conta que todos somos missionários e rezemos pelas missões.

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 17,1-11a.
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique, e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com a glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu nos deste, e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir 
«Contra as Heresias», IV, 14 
«Para que Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.»
No princípio, não foi porque precisasse do homem que Deus modelou Adão, mas para ter alguém em quem depositar os seus benefícios. Porque, não só antes de Adão mas mesmo antes de toda a criação, já o Verbo glorificava o Pai, permanecendo nele, e era glorificado pelo Pai, tal como Ele próprio disse: «Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti antes que houvesse mundo». Também não foi porque tivesse necessidade do nosso serviço que Ele nos ordenou que O seguíssemos, mas para nos obter a salvação. Porque seguir o Salvador é participar da salvação, tal como seguir a luz é tomar parte da luz. 
Quando os homens estão na luz, não são eles que iluminam a luz e a fazem resplandecer, antes são iluminados e tornados resplandecentes por ela; longe de lhe acrescentar o que quer que seja, eles beneficiam da luz e por ela são iluminados. O mesmo acontece com o serviço prestado a Deus; o nosso serviço não acrescenta nada a Deus, porque Deus não precisa do serviço dos homens; mas, àqueles que O servem e O seguem, Deus dá a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. [...] 
Se Deus solicita o serviço dos homens, é para poder, Ele que é bom e misericordioso, conceder os seus benefícios aos que perseveram no seu serviço. Porque, se Deus não precisa de nada, o homem precisa da comunhão de Deus. A glória do homem é perseverar no serviço de Deus. É por isso que o Senhor dizia aos seus discípulos: «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi a vós» (Jo 15,16). Indicava assim que não eram eles que O glorificavam, seguindo-O, mas que, por terem seguido o Filho de Deus, eram glorificados por Ele. «Pai, quero que onde Eu estiver eles estejam também comigo, para contemplarem a minha glória» (Jo 17,24). 

SANTA JOANA D’ARC Guerreira do Altíssimo

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão
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O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação:
"O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].
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FERNANDO III Rei de Castela e Leão, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história. Em 1225, teve que pegar em armas contra os invasores árabes, mas levou em sua companhia o arcebispo de Toledo, para que o ajudasse a perseverar os soldados na fé. Queria, com a campanha militar, apenas reconquistar seus domínios e propagar o catolicismo. Vencida a batalha, com a expulsão dos muçulmanos, os despojos de guerra foram utilizados para a construção da belíssima catedral de Toledo. Durante seu reinado, cidades inteiras foram doadas às ordens religiosas, para que o povo não fosse oprimido pela ganância dos senhores feudais. Com a morte do pai em 1230, foi coroado também rei de Leão. Em seguida, chefiou um pequeno exército, aos seus moldes, e reconquistou dos árabes ainda Córdoba e Sevilha, onde edificou a catedral de Burgos. Pretendia lutar na África da mesma forma, mas foi acometido de uma grave doença. Morreu aos cinquenta e três anos, depois de despedir-se da família, dos amigos e companheiros, no dia 30 de maio de 1252, em Sevilha. Imediatamente, o seu culto surgiu e se propagou rapidamente por toda a Europa, com muitas graças atribuídas à sua intercessão. Foi canonizado pelo papa Clemente X, em 1671, após a comprovação de que seu corpo permaneceu incorrupto. São Fernando III é venerado, no dia de sua morte, como padroeiro da Espanha.

JOSÉ MARELLO Bispo, Santo 1844-1895

José Marello nasceu em 26 de Dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o frequentou até o final da adolescência, quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese. José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias. Muitas vezes, pensou em tornar-se um monge contemplativo, entretanto sua forte vocação para as necessidades sociais o fez seguir o exemplo do carisma dos fundadores, mais tarde chamados de "santos sociais", do Piemonte. Corajosamente, assumiu a responsabilidade dos problemas reais da época, sem se preocupar com o Estado, que fechava conventos, seminários e confiscava os bens da Igreja, sempre convicto de que os mandamentos não lhe poderiam ser confiscados por ninguém. Muito precisava ser feito, pois cresciam a miséria, o abandono, as doenças, a ignorância religiosa e a cultural. Mas, José também tinha de pensar nas outras pequenas paróquias da diocese, em condições precárias, e ainda, não podia deixar de estimular os padres, de cuidar da formação religiosa das crianças e jovens e de socorrer e amparar os velhos. Por isso decidiu criar uma "associação religiosa apostólica", em 1878, em Asti. O início foi muito difícil, contando apenas com quatro jovens leigos. Mas a partir deles fundou, depois, a Congregação dos Oblatos de São José, integrada por sacerdotes e irmãos leigos, chamados a servir em todos os continentes. Os padres Josefinos pregam, confessam, educam, fundam escolas, orfanatos, asilos, constroem igrejas e seminários. Dedicando-se igualmente aos jovens, velhos, doentes, por isso seu fundador os chamou de "oblatos", ou seja, "oferecidos" a servir em todas as circunstâncias. Em 1888, o papa Leão XIII consagrou José Marello bispo de Acqui. Porém, já com o físico muito enfraquecido pelo ritmo do serviço que nunca conheceu descanso ou horário, quando foi para a cidade de Savona, acompanhar a festa de São Filipe Néri, passou mal e morreu, aos cinquenta e um anos de idade, no dia 30 de Maio de 1895. O papa João Paulo II canonizou-o em 2001. A festa de são José Marello é celebrada no dia de sua morte e seu corpo repousa no santuário que recebeu o seu nome, em Asti.

Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basilea Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. 
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30 DE MAIO – A JOVEM QUE SALVOU A FRANÇA

Santa Joana D’Arc (1412-1431) passou a infância trabalhando no campo. Nunca aprendeu a ler e a escrever. Dotada de uma inteligência inata, mas sem maior formação, aos 14 anos começou a ouvir vozes misteriosas e celestiais, convocando-a para salvar a França e repor o rei no trono.Diante da situação desesperadora do exército francês derrotado e humilhado, não duvidou em expor ao Delfim (mais tarde Carlos VII) a missão que recebeu do céu de salvar a França. Ganhou dez mil soldados para essa tarefa. Em 1429, usando a armadura branca marchou à frente do exército. Sua presença e sua fé inquebrantável levantaram a moral das tropas. Venceu várias batalhas e reconquistou a coroa para o Delfim. Missão cumprida. Mas foi traída e vendida aos ingleses, que atribuíram seu êxito a uma bruxaria. Encarcerada em Rouen, acusada de heresia, foi submetida a diversos interrogatórios humilhantes. Os juízes declararam falsas e diabólicas suas visões. Foi levada ao cemitério de Rouen diante de uma grande multidão e intimada a se retratar. Não o fez, porém. Voltou para a prisão e foi condenada ao suplício da fogueira. Morreu olhando para um crucifixo e exclamando :
“Jesus! Jesus! Jesus!”
Este foi um dos processos mais tenebrosos e infames da História. Poucos anos depois, foi revisto, e reconhecida sua inocência. Para reparar o mal, a Igreja abriu outro, o da canonização, o que aconteceu em 1920. É a segunda padroeira da França. 
José Marello (1844-1895). Italiano nascido em Turim. Era inteligente, alegre, idealista. Devotissimo de São José. Fundou até a Congregação dos “Oblatos de São José” para cuidar da juventude.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira – Santa: Joana d’Arc 
Evangelho (Jo 17,1-11a) “...a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que tu enviaste, Jesus Cristo.” 
Jesus afirma que ele nos dá a vida eterna, a felicidade que começa agora e dura para sempre. E essa vida, para a qual fomos criados, só é completa quando conhecemos o Pai, nosso Senhor, e seu Filho Jesus. E podemos conhecer de fato o Pai e Jesus porque nosso coração foi transformado, porque fomos adotados como filhos e filhas, e participamos do conhecimento divino da Trindade. 
Oração
Senhor Jesus, como o Filho de Deus, vós podeis dar-nos a vida, fazendo-nos participantes de vossa vida divina. Assim nos libertais do mal, fazendo-nos viver a salvação para a qual fomos criados. Por isso vos agradeço, e bendigo vossa imensa misericórdia. Aumentai sempre minha união convosco pela fé e pelo amor. Enviai sobre mim vosso Espirito, para que vos conheça ainda mais. Amém.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

RENÚNCIA AMARGA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Fazia oito anos que dona Ercília se internara no leprosário. À medida que ia melhorando, prestava serviços como enfermeira. Deixara em casa o marido e três filhos pequenos. Nunca se esqueceu deles. Escrevia regularmente, mandando também a mesada que recebia como enfermeira.Evilásio, assim chamava-se o esposo, não suportou o isolamento e arranjou outra mulher. Teve mais três filhos, mas nunca contou nada para Ercília. Os anos passaram e ela curou-se. Podia voltar, rever o marido e os filhos, dos quais sentia imensa saudade. Ao aproximar-se da casa, avistou outra mulher lavando roupa no quintal. Viu seus filhos, agora crescidos, no meio das outras crianças, e teve um pressentimento fatal. Não sentiu ódio e nem revolta. Mas um terrível choque. Uma tremenda desilusão. O marido tentou desculpar-se: 
- Perdoe-me, Ercília. Pensei que você não voltaria mais. Aceito qualquer condenação. Mas perdoe-me. 
- Quero apenas ver meus filhos. Não lhes diga que sou sua mãe. 
Abraçou-os demoradamente. Abraçou também os filhos da outra. Abraçou até sua rival. Abraçou o marido. Depois pegou sua mala e tomou o caminho de volta para o leprosário. Continuaria como enfermeira daqueles sofredores. Fazendo o bem, esqueceu o mal e encontrou alívio para sua dor. (Do livro “a dor tem sete véus”) 
Oração da Bíblia: Aos casados ordeno, não eu mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido...e o marido não se divorcie da sua esposa (1 Cor 7,10-11) 
ORAÇÃO: Senhor, que os casais nunca se esqueçam do que prometeram aos pés do altar: Eu te prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, em todos os dias da minha vida. Amém.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Páscoa continuada”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1888. Páscoa é passagem
              Recolhendo as belezas do Tempo Pascal, temos a sensação de uma contínua caminhada. Não uma conquista de um sossego ou estabilidade, mas um impulso de ir adiante. Não se olha para trás, pois esta foi a grande tentação que sofreu o povo por voltar ao Egito. Por causa das cebolas, dos pepinos e dos peixes de graça, o povo se lamentava (Nm 11,4-6). A liberdade tem preço. Jesus caminha decididamente para Jerusalém (Lc 9,51). Essa disposição de Jesus de realizar sua missão até o fim O leva a ir em frente. Paulo diz: “Esquecendo-me do que fica para trás, e avançando para o que está diante, prossigo para o alvo, para o prêmio da vocação do alto, que vem de Deus em Cristo Jesus” (Fl 3,13-15). Jesus, depois da Ressurreição, vai ao Pai para a glorificação e ainda voltará para levar todos com Ele (Jo 14,3). O Universo caminha no mesmo sentido: “Conforme a decisão prévia que lhe aprouve tomar para levar o tempo a sua plenitude, a de em Cristo recapitular todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra” (Ef 1,9-10). Sendo Páscoa - uma passagem - tem um ponto ao qual se dirige: completar tudo em Cristo. O tempo litúrgico não se fecha com uma mudança de calendário, mas continua sua força transformadora em Cristo para que todas as coisas se encaminhem para o bem do homem e para a glorificação do Filho de Deus que passou entre nós fazendo o bem. Fazer o bem é passar da morte do individualismo para a vida do amor que se doa. Cada gesto de amor é uma Páscoa que se realiza. Sair de si é o mesmo que ocorreu com Cristo que saiu da sepultura.
1889. Deserto do caminho
              A própria dinâmica do povo de Deus ensina a fazer uma leitura do Mistério de Cristo em nós. Conhecemos bem a narrativa da saída do Egito comandada por Moisés. É histórica ou ensinamento? O importante é o que ilumina nossa caminhada espiritual. O povo sai do Egito na alegria da libertação. Depois entram numa epopeia de quarenta anos de deserto até entrar na terra prometida. Em quarenta anos tiveram a possibilidade de experimentar que a liberdade tem preço e exigências do totalmente novo, mesmo nas dificuldades. Viver a Páscoa é passar por desertos e tempestades. Se quisermos um cristianismo sem problemas temos que procurar na porta ao lado. O deserto, isto é, os tempos difíceis, queima o secundário e nos leva ao único necessário. Quem não sofre as demoras de Deus (Eclo 2,3), jamais poderá entender o que é tê-Lo. O maior deserto de Jesus foi a Cruz onde pode dizer: “Pai, em vossas mãos entrego o meu Espírito” (Jo 23,46). Era a oração que sempre fizera em sua vida, quando rezava o salmo 31,6. A Páscoa não deu aos discípulos uma tranqüilidade humana, mas a certeza divina em tudo o que faziam: O Senhor ressuscitou.
1890. Terra da promessa
Depois do deserto, os judeus atravessaram o rio Jordão como na passagem do Mar Vermelho: É a continuada liberdade. Entram na terra prometida e comem os frutos da terra (Js 5,12). A terra nova alimenta. Em nossa Páscoa entramos na terra nova da graça: “Nascestes de novo e vossa vida está escondida em Deus”. Deus é meu descanso. A vida eterna começa aqui. Vivemos já a vida futura que Cristo nos conquistou. Essa nova terra nos alimenta com os dons da Ressurreição. A vida da comunidade deve ser o espelho da vida futura. Os problemas que temos nos vêm, porque estamos ainda na matéria e não podemos fugir dela. Não se trata de suportar como fosse um mal, mas aproveitar dessas situações para exercer o dom da vida nova no amor que Cristo nos deu como seu mandamento.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 16,29-33.
Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora — e já chegou— em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
«A simple path» 
«Digo-vos isto para que em Mim tenhais a paz.»
As obras do amor são sempre obras de paz. Cada vez que partilhais o amor com outros, sentireis que a paz vos envolve a vós e a eles. E onde há paz, aí está Deus. É derramando a paz e a alegria nos corações que Deus toca a nossa vida e nos mostra o seu amor. 
Conduzi-me, Senhor, da morte à vida 
Do erro à verdade. 
Levai-me do desespero à esperança, 
Do temor à confiança. 
Fazei-me passar do ódio ao amor, 
Da guerra à paz. 
Fazei que a paz encha os corações, 
O nosso mundo, o nosso universo: 
Paz, paz, paz. 

Santa Theodósia de Constantinopla

Theodósia era uma freira em Constantinopla em meados de 18º século quando o p imperador estava destruindo imagens de Jesus, da Virgem Maria e dos santos.Uma das imagens de Cristo era muito querida por Theodósia .I O imperador enviou um de seus oficiais para quebrá-la em vários pedaços .Quando ele subiu a escada para alcançar o ícone acima da porta de seu convento e fazer o ato sacrílego, Theodósia sacudiu a escada e ele caiu no chão e morreu. Não satisfeita com isso Theodósia liderou um grupo de mulheres para atirar pedra no palácio do patriarca de Constantinopla que apoiava a destruição dos ícones.As autoridades prenderam e puniram as mulheres cristãs, mas Theodósia que liderava a rebelião foi duramente torturada e morta. Isto aconteceu em 745 DC. Sua festa é celebrada no dia 29 de maio.

S. Fernando, rei de Leão e Castela, +1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história. Em 1225, teve que pegar em armas contra os invasores árabes, mas levou em sua companhia o arcebispo de Toledo, para que o ajudasse a perseverar os soldados na fé. Queria, com a campanha militar, apenas reconquistar seus domínios e propagar o catolicismo. Vencida a batalha, com a expulsão dos muçulmanos, os despojos de guerra foram utilizados para a construção da belíssima catedral de Toledo. Durante seu reinado, cidades inteiras foram doadas às ordens religiosas, para que o povo não fosse oprimido pela ganância dos senhores feudais. Com a morte do pai em 1230, foi coroado também rei de Leão. Em seguida, chefiou um pequeno exército, aos seus moldes, e reconquistou dos árabes ainda Córdova e Sevilha, depois do que edificou a catedral de Burgos. Pretendia lutar na África da mesma forma, mas foi acometido de uma grave doença. Morreu aos cinquenta e três anos, depois de despedir-se da família, dos amigos e companheiros, no dia 30 de maio de 1252, em Sevilha. Imediatamente, o seu culto surgiu e se propagou rapidamente por toda a Europa, com muitas graças atribuídas à sua intercessão. Foi canonizado pelo papa Clemente X, em 1671, após a comprovação de que seu corpo permaneceu incorrupto. São Fernando III é venerado, no dia de sua morte, como padroeiro da Espanha.

S. Félix de Nicósia, religioso, +1787

Nasceu em Nicosia, Sicília, no ano de 1715, de uma família pobre, mas animada de profunda fé e temor a Deus, unidos a uma grande laboriosidade. O pai começava o dia participando da missa e o encerrava com uma visita ao SS. Sacramento. A mãe, quando dava um pedaço de pão aos filhos, convidava-os a deixar um pouco para os pobres, educando-os desse modo, no amor aos mais necessitados. Félix com a idade de 20 anos pediu para ser admitido no convento dos frades Capuchinhos. Obteve resposta negativa. Mas não desistiu: rezou, implorou, pediu novamente até que, depois de sete anos de provas, em 1743, é admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Frei Félix não precisou de uma transformação no noviciado: pobreza, penitência, humildade, obediência, união com Deus na oração e no trabalho, toda uma vida animada e iluminada no amor de Deus e ao próximo, ele procurou viver também na vida religiosa, numa atmosfera franciscana. Passou quarenta e três anos de vida religiose e gostava de se chamar “o jumentinho do convento”. Passava dia após dia pelas ruas e becos da cidade e pelas localidades próximas, com uma batina velha e remendada, os pés descalços, cabeça descoberta sob a chuva ou sol quente da Sicília, sacola nos ombros o terço nas mãos e o coração em Deus. Era afável e cordial com grandes e pequenos, ricos e pobres, autoridades e gente simples, tendo sempre uma palavra boa para todos, ora consolando, ora admoestando. Sempre agradecia com um alegre "Deo gratias" não só as esmolas, mas também as ofensas e repulsas. Frei Félix dedicava o dia ao apostolado e a noite às orações e penitências. No fim de maio de 1787, adoece de uma febre forte e, no último dia do mês de Nossa Senhora, a quem tinha amado e venerado desde a infância, entrou na paz eterna. Foi canonizado em 2005 pelo Papa Bento XVI.

DIA 29 DE MAIO – MARTIRIO COM REQUINTES DE MALDADE

Os adoradores do deus Saturno não gostaram dos primeiros evangelizadores cristãos na região de Trento porque, além de pregar contra a idolatria, recusaram-se a adorar esse ídolo. Eram eles Sisinio, Maltartiri e Alexandre, acólitos e futuros padres (+397). 
Foram surpreendidos na sua igreja e agredidos violentamente. O primeiro, Sisinio, morreu em conseqüência dos maus tratos. Martiri e Alexandre, dois irmãos, foram queimados vivos diante do altar do deus Saturno, usando-se para isso a madeira da mesma igreja que os idólatras destruíram. 
URSULA LEDOCHOWSKA (+1939) nasceu na Austria. Fundadora de uma Congregação Religiosa. Percorreu vários paises da Europa pregando o ecumenismo. Criou novo estilo de vida religiosa. Foi beatificada em 1983.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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