Segundo alguns registros encontrados, Ema nasceu por volta do ano 980, na cidade de Karnten na Áustria e seus pais eram nobres cristãos. Levava o título de Condessa de Friesach-Zeltschach desde seu nascimento e foi apresentada à corte imperial de Bamberg por Santa Cunegunda.
Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e Guilherme.
No mesmo dia perdeu seu esposo e seus filhos, que foram assassinados. Depois disso, Ema viu-se sozinha com o patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida no sentido de auxiliar aos pobres e de fundar mosteiros, que colocou sob a regra dos beneditinos.
Primeiro fundou o Mosteiro Feminino de Gurk e mais tarde o Mosteiro Masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou como religiosa no Mosteiro de Gurk. Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples monja beneditina.
Foi tal a reclusão de Ema, que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito piedosa. Era tão boa e benevolente com todos os pobres, que já era considerada uma santa em vida.
Alguns contam que ela teria morrido em 27 de junho de 1045. Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema faleceu bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.
Poucos anos depois de sua morte, no momento em que o caixão foi aberto, seu corpo foi descoberto reduzido a pó, com exceção de sua mão direita, a que havia dado tão generosamente esmolas aos pobres.
Desde 1174, Ema está enterrada na Catedral de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido. Mais tarde seus despojos foram transferidos para a cripta da Catedral. No século XVIII, Antonio Corradini, artista italiano, esculpiu um baixo-relevo em mármore sobre sua tumba, representando o momento de sua morte.
Como o fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão propagaram a sua santidade, os bispos e os mosteiros providenciaram a oficialização do seu culto. Ema não era venerada somente na Áustria, mas também na Eslovênia. A devoção a ela só aumentou ao longo dos tempos.
Ema de Gurk foi beatificada em 21 de novembro de 1287 pelo Papa Honório IV e canonizada 800 anos após, em 5 de janeiro de 1938 pelo Papa Pio XI.
Ela é representada em trajes de dama nobre, trazendo nos braços a maquete de uma igreja ou então em hábito religioso com uma rosa, ou ainda distribuindo esmolas.
A generosidade de Santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente por meio do vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade.
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