terça-feira, 19 de outubro de 2021

EVANGELHO DO DIA 19 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 12,35-38. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento, para lhe abrirem logo a porta, quando chegar e bater. Felizes esses servos, que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo: cingir-se-á e mandará que se sentem à mesa e, passando diante deles, os servirá. Se vier à meia-noite ou de madrugada felizes serão se assim os encontrar». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana,doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Carta 85 a Nicolas d'Osimo, n.º 39 
«Tende os rins cingidos e 
as lâmpadas acesas» 
Acontece muitas vezes uma pessoa trabalhar numa coisa que não lhe sai como gostaria, o que a deixa triste e aborrecida; diz entãp para consigo: «Mais valia renunciar a este empreendimento, que me ocupou tanto tempo sem resultado, e procurar paz e repouso para a minha alma». Nessas alturas, a alma deve resistir, pela fome da honra de Deus e da salvação das almas, rejeitando os propósitos do amor próprio e dizendo: «Não quero evitar o trabalho nem fugir dele, porque não sou digna de paz e repouso; quero manter-me no posto que me foi confiado, e honrar corajosamente a Deus, trabalhando por Ele e pelo próximo». Vendo a nossa perturbação de espírito, o demónio tenta-nos por vezes a pensar, para nos desgostar dos nossos empreendimentos: «Ofendo mais a Deus do que O sirvo. Mais valia abandonar esta tarefa, não porque me desagrade, mas para deixar de fazer tolices». Caríssimo pai, não se oiça nem oiça o demónio, quando ele vos mete tais pensamentos no espírito e no coração. Pelo contrário, entregue-se com alegria ao trabalho, com santos e ardentes desejos, sem qualquer temor servil. Não receie ofender a Deus, porque a ofensa consiste numa vontade perversa e culpada. Quando a vontade não é segundo Deus, há pecado; mas, quando a alma está privada das consolações que sentia quando recitava o ofício e os salmos, quando não consegue rezar no tempo, no lugar e com a paz que gostaria de ter, nem por isso o seu esforço se perde, porque está a trabalhar por Deus. Não pode, pois, deixar-se afetar por isso, sobretudo quando a sua fadiga é em função do serviço à Esposa de Cristo; a nossa inteligência é incapaz de compreender e de imaginar quão meritório e agradável a Deus é tudo o que fazemos por sua Esposa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário