Vamos aprender o que a própria Igreja ensina
em seu Catecismo no qual resume toda a doutrina. Assim afirma: “O próprio
Cristo é fonte do ministério da Igreja. Instituiu-a, deu-lhe autoridade e
missão, orientação e finalidade”. O Concílio Vaticano II deu orientações claras
para a vida do povo de Deus. Isto é, guiado pela Palavra de Deus e pela
Tradição, aprofundou a orientação para o momento atual. A Igreja não está
distante da vida do mundo. Reafirmam-se as verdades e abrem-se novos caminhos.
Permanece vivo o ministério de Cristo através dos apóstolos e seus sucessores.
Seguem a Cristo também no serviço ao povo de Deus. Agem em continuação a Jesus
Cristo. Lembramos: “Como o Pai me enviou, assim também Eu os envio” (Jo 20,21). Recebem
igualmente o poder do perdão dos pecados, porque lhes é dado o Espírito Santo.
Lembramos que Jesus dá a Pedro, que professa a fé no Filho de Deus Vivo, as
chaves do Reino dos Céus. Poder de abrir as maravilhas da redenção a todos e poder
também de dizer o que não é da redenção. Como continuação de Cristo em seu
ministério, eles recebem o poder de agir em sua pessoa. Por que uma pessoa e
não diretamente? Porque a Encarnação continua. Para se encarnar Jesus usou a
condição humana, para continuar agindo entre nós, usa o mesmo caminho. Assim
Deus quer intermediários. Não atraem a si a glória, mas Àquele que os escolheu.
Esse ministério, sustentado pelo Espírito Santo, é um critério para
permanecermos na verdade.
1925.
Apascenta minhas ovelhas
Pedro,
seus sucessores, os Papas, em número de 266 até Francisco, continuaram a missão
de Pedro, unido a todos os bispos. É o Colégio Apostólico. No correr desses
séculos, cada Papa teve seu modo de agir, mas sempre na mesma verdade. Eram
humanos e pecadores como nós. Mas a verdade permaneceu a mesma. Jesus disse a
Pedro: Apascenta meus cordeiros e minhas ovelhas (Jo 21,15-17). Jesus afirma três vezes. É uma
forma usual de dar importância ao que está dizendo. Nessa função de apascentar
está seu magistério de anunciar o Evangelho com toda a Verdade. Por isso temos
garantia no caminho da Igreja. Não erra na fé. Nas verdades da fé e da moral é
garantido seu ensinamento. No que se refere à fé e à vida cristã em sua moral,
não erra. Nas questões humanas, sociais e políticas, nos ensinamentos
dependentes de uma época, pode errar. A nós compete estarmos atentos, amar e
ouvir esse Pastor que Cristo escolheu para segui-Lo. Unidos a Pedro, o Papa, os
bispos, de modo especial nos Concílios, têm seu ministério garantido na verdade.
Esse ministério tomou formas diferentes no correr da história. O importante é
estar sempre aberto às mudanças. Nós pudemos ver a diferença dos Papas que
tivemos ultimamente: Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e
Francisco. Nenhum Papa deixa de ser homem para ser um semi-deus. Sua missão nos
conduz a Deus.
1926.
Eu rezei por ti
Pedro era um homem frágil, com um temperamento muito próprio, cheio de
boa vontade e com um grande amor por Jesus. Foi capaz de negar, mas capaz de
seguir até à morte. Pedro é garantido por Jesus que lhe diz: “Simão, Satanás
pediu para vos peneirar como o trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim que tua fé
não desfaleça. Quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22,31-34). Jesus
mantém essa oração permanente diante do Pai por nós. Ele é nosso intercessor (Rm 8,34). Sempre
intercede e nos convida a acolher esse ministério. Entre os dons que sustentam
nossa fé, estão, então o ministério de Pedro passado a todos os Papas com os
bispos. O Papa é símbolo da Unidade de toda a Igreja.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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